Arquivos

(507) – ÁRVORE MÁ – VI

ÁRVORE   MÁ   6

“Ó Deus, por que nos rejeitaste para sempre? Por que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?” (Sl.74:1). O deus aqui referido é Jeová (Sl.74:18). O povo queria permanecer fiel, mas Jeová os obrigava a fazer o mal. O clamor do povo de Israel era assim: “Por que, ó Jeová, nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração para que te não temamos? Faze voltar, por amor dos teus servos, as tribos da tua herança” (Is.63:17 – maiúsculo nosso). Se Jeová obrigava seu povo a se desviar do bom caminho, era árvore má.

Jeová é árvore má porque declara que criou Israel para sua glória (Is.43:7). A Escritura Sagrada revela o zelo de Jeová pelas ovelhas: “Porque assim diz Jeová dos Exércitos: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas, e as buscarei, como o pastor busca o seu rebanho” (Ez.34:11-12).Esse era o discurso, a realidade era outra. O primeiro cativeiro de Israel, depois que entrou na terra prometida, foi na mão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia (Jz.3:1-8). Durou oito anos esse cativeiro, mas a Mesopotâmia é a região entre os rios Tigre e Eufrates, onde ficava a Babilônia, e onde foi o último cativeiro. Nabucodonosor II, rei de Babilônia, levou o povo de Judá para o cativeiro. Lá sofreram todas as humilhações possíveis. As mães piedosas devoravam os filhos recém-nascidos (Lm.4:10). A água era comprada, a pele se enegreceu pelo ardor da fome, as mulheres e as virgens eram forçadas e violentadas (Lm.5:10-11). Os príncipes eram enforcados, os mancebos eram obrigados a moer, “caiu a coroa de nossa cabeça; ai de nós” (Lm.5:12-16). Os babilônicos adoravam Bell e Milita (o Sol e a Lua). Milita, a lua, era a deusa da fertilidade. O majestoso templo de Milita era dedicado à fertilidade, e todas as mulheres tinham, tanto solteiras como casadas, o direito de se tornar sacerdotisas por um ano. Nesse período ficavam expostas em frente ao templo, e se entregavam a quem passasse. Nabucodonosor é o autor dessas atrocidades? Não! Jeremias, o profeta, revela a autoria desses crimes, pela boca do próprio Jeová: “Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com o meu braço estendido, e a dou àquele que me agrada em meus olhos. E agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo; e todas as nações o servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho; e, se alguma nação ou reino não servirem Ao mesmo Nabucodonosor, rei de Babilônia, e não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, visitarei com espada, e com fome, e com peste essa nação, diz Jeová, até que a consuma” (Jr.27:5-8 – grifo e maiúsculo nosso). E o profeta Jeremias disse ao rei de Judá: “falei com Zedequias, rei de Judá, conforme todas estas palavras, dizendo: Metei os vossos pescoços no jugo do rei de Babilônia, e servi-o, a ele e ao seu povo, e vivereis. Por que morrerias tu e o teu povo, à espada, e à fome, e de peste, como Jeová disse?” (Jr.17:12-14 – maiúsculo nosso).

Vejam vocês! Jeová, o pastor das ovelhas, entregou-as para o lobo, isto é, Nabucodonosor, rei de Babilônia, para que fossem devoradas; e foi o que aconteceu, porque Jeová é árvore má. Jesus, o bom pastor, deu a sua vida pelas ovelhas (Jo.10:11). Quais ovelhas? Ovelhas fiéis e salvas? Não! Jesus deu a vida pelas ovelhas perdidas. Paulo assim explica o amor de Deus pelo pecadores: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5:8 –maiúsculo nosso). E logo à frente Paulo confirma esta verdade, dizendo: “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm.5:10 – maiúsculo nosso).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(506) – ÁRVORE MÁ – V

ÁRVORE   MÁ   5

Jeová é árvore má porque é o criador do mal, pois declarou: “Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, Jeová, faço todas essas coisas” (Is.45:7). Como é que Jeová cria o mal? Expliquemos: José fez uma obra tão grande beneficiando o Egito, que este povo se uniu aos hebreus como irmãos. Jeová, entretanto, tinha um plano de usar o Egito e Israel para se promover diante das nações como deus. E o plano foi o seguinte: “Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão. E ele multiplicou sobremodo o seu povo, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos. Mudou o coração deles para que aborrecessem o seu povo, para que tratassem astutamente aos seus servos. Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera. Fizeram entre eles os seus sinais e prodígios, na terra de Cão” (Sl.105:23-27 – maiúsculo nosso). Ao mudar o coração dos egípcios para que escravizassem a Israel Jeová criou um mal que não existia:

  • Jeová mesmo declara: “Tocar-se-á a buzina na cidade e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade e Jeová não o terá feito?” (Am.3:6).
  • Jeová é deus só de Israel, e não dos gentios (os gentios são outras raças). Os egípcios eram uma raça gentílica. Jeová os considerava inimigos. Jeová protegia Israel e mandava pragas contra o Egito. Jeová anuncia a morte dos primogênitos do Egito, desde os homens até os animais. Esta foi a última praga. Acerca do povo hebreu, Jeová diz: “Mas contra todos os filhos de Israel nem ainda um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que Jeová fez diferença entre os egípcios e os israelitas” (Ex.11:5-7). Ora, fazer acepção de pessoas é um mal; é mal de discriminação racial; e isso é crime. E Jeová declara: “Jeová é rei eterno; da sua terra serão desarraigados os gentios” (Sl.10:16). O Deus verdadeiro, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, é Deus de todos. Paulo apóstolo diz: “É porventura Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente” (Rm.3:29).Jeová é árvore má, e o Pai de Jesus é árvore boa.
  • Os povos que habitavam a terra de Canaã eram contaminados. Eles sacrificavam seus filhos, queimando-os vivos na boca de Moloque, abominação dos filhos de Amom. Um varão se deitava com outro como se fosse mulher. Outros se deitavam com animais; as mulheres se punham também diante de animais, para juntarem-se com eles. Jeová declara que iria visitar os cananeus e expulsá-los da terra (Lv.18:21-26). Quando Israel entrou na terra prometida, Jeová lhes disse: Vocês não guardaram o meu concerto, também eu não expelirei mais os moradores da terra, e os seus deuses vos serão por laço (Jz.2:1-3). E habitando Israel no meio dos cananeus corruptos, tomaram suas filhas para seus filhos por mulheres, e serviram aos seus deuses; e os filhos de Israel se contaminaram, e Jeová os entregou na mão de Cusã-Rizataim por oito anos (Jz.3:1-8).

Não expulsando os cananeus da terra da promessa, Jeová provocou sete males:

  1. Faltou com a palavra empenhada (Ex.33:2; 34:24).
  2. Aprovou a prática da sodomia e da bestialidade em Israel, que proibira (Lv.18:22-25).
  3. Corrompeu seu povo Israel (Jz.3:1-7).
  4. Não era seu projeto a santificação de Israel (Is.63:17; Jó22:2-3).
  5.  Tornou imundo o lugar da sua eterna habitação. Jeová mesmo declarou: “Tu os introduzirás, e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Jeová, aparelhaste para tua habitação, no santuário, ó Jeová, que as tuas mãos estabeleceram. Jeová reinará eterna e perpetuamente” (Ex.15:17-18). “Por que saltais ó montes elevados? Este é o monte que Jeová deus desejou para a sua habitação, e Jeová habitará nele eternamente?” (Sl.68:16).
  6. Criou um cativeiro corruptor para o seu povo Israel (Jz.3:1-8).
  7. Jeová contaminou o seu próprio trono aqui na terra (Jr.3:17).

Estes sete males não existiriam se Jeová tivesse cumprido a sua palavra, extirpando os sodomitas, isto é, os cananeus, da terra prometida. Mas ele é árvore má. Só pode dar frutos maus. A árvore boa, Jesus, só produz homens feitos na luz (Mt.5:14-16). Jesus, a videira verdadeira, só produz os verdadeiros filhos de Deus, inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandecem como astros no mundo (Fp.2:15).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(505) – ÁRVORE MÁ – IV

ÁRVORE   MÁ   4

Jesus Cristo é árvore boa, pois diz a Escritura: “Como Deus ungiu a Jesus Cristo com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem” (At.10:38). Em outra passagem Jesus diz: “Toda vara em mim que não dá bom fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo.15:2).

As varas da videira, que é Jesus, são os cristãos fiéis e verdadeiros, e que dão bons frutos. Se a vara está em Cristo, isto é, na videira, e não dá fruto, Jesus tira fora (Jo.15:2). A vara que dá mau fruto não faz parte do seu corpo. João diz: “Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca, não o viu e nem o conheceu” (I Jo.3:6). Existem duas videiras. A do Velho Testamento e a do Novo Testamento. A do Velho Testamento é a de Jeová (Is.5:1). A do Novo Testamento é a do Pai, pois Jesus diz: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador” (Jo.15:1). Se Jesus é a verdadeira, que dá bons frutos, a de Jeová é a falsa, pois ele mesmo confessa, dizendo: “Que mais se podia fazer à minha videira que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas, veio a dar uvas bravas? Agora pois vos farei saber o que hei de fazer à minha videira: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada; e a tornarei em deserto; não será podada nem cavada, mas crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela; porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e a casa de Judá são a planta de minhas delícias” (Is.5:4-7). No verso quatro, Jeová diz: “E como, esperando eu que desse uvas, veio a dar uvas bravas?” Um dos nomes de Jeová é El Shaday (TODO PODEROSO). O Todo poderoso não teve poder para fazer com que sua videira, a planta de suas delícias, desse uvas boas? A Escritura Sagrada diz: “Tudo o que Jeová quis, ele o fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos” (Sl.135:6 – maiúsculo nosso). Este texto do Velho Testamento não é verdadeiro, pois Jeová não teve poder para fazer que a sua videira desse frutos bons. Poder para reter as nuvens e a chuva ele teve, poder para arrancar a sebe e derrubar a parede para que fosse pisada, ele teve; mas poder para que desse bons frutos ele não teve. Poder para entregar todas as nações na mão de Nabucodonosor, Jeová, o Todo poderoso, teve (Jr.27:5-8). Inclusive o reino de Judá(Jr.27:12-13). Poder para destruir os dois reinos, o do norte e o do sul, Jeová, o Todo poderoso teve; mas poder para salvá-las da prática do pecado ele não teve.

Após destruir Israel, o reino do norte, Jeová disse: “Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome” (II Rs.23:27). E logo depois que os caldeus levaram Judá para o cativeiro, o Todo poderoso Jeová declarou: “Deus (Jeová) enviou contra ele as tropas dos caldeus, e as tropas dos siros, e as tropas dos moabitas e as tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para destruir, conforme a palavra de Jeová, que falara pelo ministério de seus servos, os profetas. E, na verdade, conforme o mandado de Jeová, assim sucedeu a Judá, que a tirou de diante da sua face, por causa dos pecados de Manassés” (II Rs.24:2-3). Que poder tem o Todo poderoso Jeová. Ele manobra todas as nações da terra, e as trouxe contra Judá para destruí-lo; mas não tem poder para fazer da sua videira, planta de suas delícias, dar bom fruto (Is.5:1-4). O grande apóstolo Paulo diz que Jeová é o oleiro que forma os vasos. Leiamos: “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou” (Rm.9:21-23). Ora, se é Jeová que fabrica vasos maus, preparados para a ira, ele mesmo criou Israel mau. Ele diz de Israel:“Nem tu as ouviste, nem tu as conheceste, nem tampouco desde então foi aberto o teu ouvido, porque eu sabia que obrarias muito perfidamente, e que era prevaricador desde o ventre” (Is.48:8). E em outro lugar: “Pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Nesse caso vós também podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal” (Jr.13:23).Quarenta anos andando com seu povo Israel e não os ensinou a fazer o bem?

Jesus só ficou três anos ensinando, e, de doze apóstolos um só se perdeu.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(504) – ÁRVORE MÁ – III

ÁRVORE   MÁ   3

Sou odiado por milhões de cristãos por evidenciar as ações perversas de Jeová descritas na Bíblia toda, mas há um personagem bíblico que pensa como eu. Este é Jó. Vejamos o que ele diz desse deus malvado. É preciso ressaltar que Jeová disse a Satanás sobre Jó: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a deus, e desviando-se do mal” (Jó 1:8). Satanás então tentou Jeová com mentiras caluniosas a respeito de Jó, e em lugar de repreender Satã e expulsá-lo de sua presença, Jeová disse: “Ele está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão” (Jó 1:12). Jó tinha sete filhos e três filhas, que Satanás matou. Jeová não amava os filhos de Jó? Depois de perder rebanhos, gado, ovelhas, jumentos, depois de ter suas propriedades e casas queimadas a fogo, os filhos assassinados pelos sabeus e as filhas tomadas como concubinas, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça, e se lançou em terra e adorou; e disse: “Nu saí do ventre de minha mãe, nu para lá tornarei; Jeová deu e Jeová tirou; bendito seja o nome de Jeová” (Jó 1:13-21). Jó era fiel a Jeová, mas Jeová não era fiel a Jó. Jó respeitava Jeová, mas Jeová respeitava Satanás. Este, então tentou novamente a Jeová, que cedeu, permitindo que Satã tocasse o seu corpo, mas sem lhe tirar a vida. E Satã feriu a Jó de uma chaga maligna (Jó 2:6-9). Jó, fiel, sabia que todo o mal vinha de Jeová, pois Jeová o entregou nas mãos de Satã; então Jó falou, dizendo:

  1.      “Entrega-me deus ao perverso, e nas mãos dos ímpios me faz cair” (Jó 16:11).
  2.     “Quantas culpas e pecados tenho eu? Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado. Por que escondes o teu rosto, e me tens por inimigo?” (Jó 13:23-24).
  3.      “Seria pois o homem mais justo do que deus? Seria pois o varão mais puro do que seu criador? Eis que nos seus servos não confia, e nos seus anjos encontra loucura” (Jó 4:17-18).
  4.      “Deus não revogará a sua ira; debaixo dele se encurvam os auxiliares soberbos. Quanto menos lhe poderei eu responder, ou escolher diante dele as minhas palavras! A ele, ainda que eu fosse justo, não responderia; antes ao meu juiz pediria misericórdia. Ainda que chamasse, e ele me respondesse, nem por isso creria que desse ouvidos à minha voz. Porque me quebranta com uma tempestade, e multiplica as minhas chagas sem causa. Nem me permite respirar, antes me farta de amarguras” (Jó 9:13-18).
  5.       “Porque se me exalto, tu me caças como um leão feroz, e de novo fazes maravilhas contra mim” (Jó 10:16).
  6.      “Direi a Jeová: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo. Parece-te bem que me oprimas, que rejeites o trabalho das minhas mãos e resplandeças sobre o conselho dos ímpios?” (Jó 10:2-3). “Porque deus desatou a sua corda, e me oprimiu” (Jó 30:11).
  7.      “Sabei agora que Deus é que me transtornou, e com sua rede me cercou. Eis que clamo: Violência! mas não sou ouvido; grito: Socorro! mas não há justiça. O meu caminho ele entrincheirou, e não posso passar; e nas minhas veredas pôs trevas. Da minha honra me despojou, e tirou-me da cabeça a coroa. Quebra-me de todos os lados, e eu me vou; arranca a minha esperança, como a uma árvore. Fez inflamar contra mim a sua ira, e me considera como um de seus inimigos” (19:6-11).
  8.       “Se pequei, que te farei, ó guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?” (Jó 7:20). “Descansado estava eu, porém ele me quebrantou; e pegou-me pelo pescoço, e me despedaçou; também me pôs por seu alvo. Cercam-me os seus frecheiros; atravessa-me os rins, e não me poupa, e o meu fel derrama pela terra” (Jó 16:12-13).

      9.     “Porque as flechas do Todo-poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim” (Jó 6:4).

Para Jó, Jeová era árvore má, pois anda de mãos dadas com Satanás. Bem diz o provérbio: ‘Dize-me com quem andas, e dir-te-ei quem és’.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(503) – ÁRVORE MÁ – II

ÁRVORE    MÁ   2

 

Jesus Cristo declarou: “NÃO PODE A ÁRVORE BOA DAR MAUS FRUTOS” (Mt.7:18 – maiúsculo nosso).

  1. Esaú e Jacó são irmãos gêmeos, filhos de Rebeca, mulher de Isaque, filho de Abraão. Amaleque era, portanto, bisneto de Abraão, e rei dos amalequitas, uma tribo nômade. Depois que Abraão feriu a rocha e deu água ao povo, Amaleque pelejou contra Israel (Ex.17:8). Mas Jeová deu vitória a Israel (Ex.17:13). Mesmo assim, Jeová fez um juramento: “Porquanto jurou Jeová: Haverá guerra de Jeová contra Amaleque de geração em geração” (Ex.17:16). Quinhentos anos mais tarde, quando reinava Saul sobre Israel, Jeová disse a Saul: “Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo quanto tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de mama, desde os bois até as ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos” (I Sm.15:3). E por que Jeová fez isso? “Eu me recordei do que fez Amaleque, como se opôs a Israel, quando subia do Egito” (I Sm.15:2). O ódio eterno é fruto maligno de Jeová, por isso é árvore má e venenosa.
  2. Jeová declara que é o oleiro que dá forma ao barro para fazer o vaso (Jr.18:6; Is.64:8). Paulo então declara: “O oleiro tem poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra”? (Rm.9:21). Ora, o oleiro que faz o vaso de desonra, produziu um fruto mau. Vaso de desonra é fruto mau, logo Jeová é árvore má, pois tendo poder para fazer vasos de honra, faz também vasos de desonra.
  3. Naamã, chefe do exército do rei da Assíria, estava leproso. Uma menina israelita, que era serva as mulher de Naamã, falou do profeta Eliseu e seus milagres. Naamã contou ao rei, e este escreveu uma carta ao rei de Israel, dizendo: “Saibas que eu te envio Naamã, para que o cures da lepra, e junto envio dez talentos de prata, seis mil ciclos de ouro e dez mudas de vestidos” (II Rs.5:1-5). Eliseu soube que o rei de Israel estava desesperado, foi ao rei e disse: Deixa-o vir a mim. Veio, pois, Naamã com sua comitiva. Eliseu mandou-o lavar-se sete vezes no Jordão. No sétimo banho Naamã ficou curado. Maravilhado, Naamã trouxe o presente. Como Eliseu desprezava o presente, Geazi, seu servo, correu até alcançar Naamã, e pediu os dez talentos de prata, os seis mil ciclos de ouro e as dez mudas de vestidos. Naamã lhe deu, e Geazi voltou rejubilando. Eliseu então o repreendeu, e lançou uma maldição, dizendo: “A lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. E saiu Geazi de diante de Eliseu” (II Rs.5:6-27 – maiúsculo nosso). Que a lepra de Naamã se pegasse em Geazi, já era fruto mau, pois Naamã lhe deu o presente, mas a lepra se pegar e Geazi e na descendência, é um fruto próprio de Satanás e seus demônios.
  4. 4.      Jeová fez uma acusação grave contra Israel, dizendo: “Porque adulteraram, e sangue se acha nas suas mãos; com os seus ídolos adulteraram, e até os seus filhos, que de mim geraram, fizeram passar pelo fogo, para os consumirem” (Ez.23:37). Quem lê este texto, pensa: Como era perverso o povo de Israel! Mas Ezequiel nos revela que perversidade não vem de Satanás, ou de demônios, mas de Jeová: “Eu os contaminei nos seus próprios dons, nos quais faziam passar pelo fogo tudo o que abre a madre; para os assolar, a fim de que soubessem que eu sou Jeová” (Ez.20:26).
  5. 5.      Jeová declara alto e em bom som que é árvore má pela boca do profeta Amós, dizendo:“Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, e Jeová não o terá feito?” (Am.3:6). Jeová reclama para si a autoria de todo e qualquer mal que aconteça numa cidade. Contra a cidade de Jerusalém, Jeová diz: “Porque pus o meu rosto contra esta cidade para mal, e não para bem, diz Jeová; na mão do rei da Babilônia se entregará, e ele a queimará a fogo” (Jr.21:10).

Indiscutivelmente, Jeová é árvore má e maligna.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(502) – ÁRVORE MÁ – I

ÁRVORE  MÁ  I

Sobre as árvores Jesus diz: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons” (Mt.7:16-19). Jesus declara também que é uma árvore boa, e que dá somente frutos bons: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim, que não dá fruto, a tira, e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo.15:1-2). Nesta parábola Jesus não trata de maus frutos. Ele afirma que é a árvore e que os cristãos são as varas. Se o cristão, não dando fruto, é cortado da videira, que será feito da que dá fruto mau? E, se o cristão está numa Igreja, e está dando maus frutos, ele pensa que está ligado a Cristo, mas está ligado a Satanás. João diz: “Quem comete o pecado é do diabo” (I Jo.3:8).

Mas queremos falar de uma outra árvore, que proclama que seu fruto é bom, mas só dá mau fruto. Que árvore é essa?

  1. Jeová é o deus que criou a serpente (Gn.3:1). E a serpente foi a causa da queda de Adão e Eva, pois trouxeram a morte a toda a raça humana, logo, Jeová é árvore má. Paulo diz que a morte veio de Adão (Gn.3:17-23; Rm.5:12). Jesus é árvore boa porque trouxe a vida para todos (Jo.10:10, 11:25-26).
  2. Outro fruto mau de Jeová foi reino de Israel. Jeová disse que criou Israel para sua glória(Is.43:7). Israel também é comparada a uma videira plantada por Jeová. Ele confessa que  esperava que a videira desse uvas boas, mas deu uvas bravas. Então ele vai botar fogo na videira e destruí-la (Is.5:1-7). Mas Jeová não é deus? E confessa que não sabia o que ia acontecer? Mas Jeová não é El Shaday (O Todo poderoso)? Teve poder para destruir a humanidade no dilúvio, e não teve poder para formar um povo santo?
  3. Outros frutos maus que Jeová produziu estão e Ex.4:11, quando ele disse a Moisés: “Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, Jeová?” Um médico deu o número de cegos que existem no mundo todo, hoje: Cento e oitenta mil pessoas que sofrem desse mal, vindo de Jeová. Só no Brasil existem uns vinte mil. E não existem mais porque a medicina cura os glaucomas que produzem cegueiras, cataratas congênitas. Jesus cura os cegos (Jo.9:1-5).

      4.      Salomão declara: “Jeová fez todas as coisas para os seus próprios fins, e até o ímpio para o dia do mal” (Pv.16:4). Ímpio quer dize “não bom”. Ímpio quer dizer mau, perverso, etc.. Que deus é este que é o criador dos ladrões, assassinos, corruptores, mentirosos, idólatras, lascivos, sodomitas, etc.? Ora, Jesus só faz o contrário, pois é árvore boa. A Escritura diz: “Não erreis; nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus Cristo, e pelo Espírito de nosso Deus” (I Co.6:10-11).

5.     Na lei de Jeová, lemos: “Desposar-te-ás com uma mulher, porém outro homem dormirá com ela” (Dt.28:30). O marido perverso comete o mal, e a mulher inocente é prostituída por ordem de Jeová? Não é só Moisés que registrou essa maldade da árvore de Jeová. Jeremias também registrou esse comportamento deletério de Jeová, por ocasião do cativeiro babilônico: “Portanto darei suas mulheres a outros, e as suas herdades a quem as possua; porque desde o menor até ao maior cada um deles se dá à avareza” (Jr.8:10). E o profeta Zacarias: “Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; a cidade será tomada, as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas” (Zc.14:2). As mulheres usavam véu, e não mostravam em público, mas Jeová forjava um assalto (Jr.18:11).

Não queremos dizer que Jeová só fazia o mal, pois ele faz também o bem, mas neste caso a árvore é má, pois produz frutos maus e bons. Só que os bons são raros (Gn.2:9).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(501) – ANJO DE LUZ – III

 ANJO   DE   LUZ   3

II Co.11:13-14

Jesus disse: “EU E O PAI SOMOS UM” (Jo.10:30 – maiúsculo nosso). Ser um é ser totalmente igual em tudo. Analisemos a assunto biblicamente:

  1. Jesus era mortal e Deus é imortal. Que diz a Bíblia? “Jesus, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia” (Hb.5:7). Do Pai, lemos: “Ora ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre” (I Tm.1:17). Nesta área, enquanto estava na carne, Jesus não era um com o Deus Pai.
  2. Quando orava no Getsêmani, Jesus orou assim: “Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc.22:42). Em Mateus está um pouco diferente: “Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt.26:39). Uma coisa fica bem clara nas palavras de Jesus: Ele e o Pai tinham vontades diferentes; tinham planos diferentes para resolver o problema da cruz. Se tinham vontades diferentes, em relação à vontade não eram um.
  3. São Tiago fala assim: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg.1:13). Na carta aos Hebreus, lemos: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb.4:15). O próprio Jesus disse aos seus discípulos: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações“ (Lc.22:28). Quanto às tentações, Jesus e o Pai não eram um.
  4.      Apesar destas diferenças, é possível provar que Jesus Cristo e o Deus Pai são um. O próprio Jesus explica, dizendo: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Felipe: Mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Felipe? quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras” (Jo.14:7-11). Sobre as obras Jesus disse mais: “As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim” (Jo.10:25). “Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?” (Jo.10:32). “Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas se as faço, e não credes em mim, crede nas mesmas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu nele” (Jo.10:37-38). São as obras que provam a unidade do Pai e do Filho. O Deus Pai só faz o bem, por isso está escrito: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg.1:17). E o Filho só faz o bem como diz a Escritura: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At.10:38).
  5. Comparemos Jesus com Jeová: Jesus veio para trazer vida aos homens pecadores (Jo.5:24; 10:10). Jeová veio trazer morte e destruição (Gn.6:5-7; Dt.28:61-63). Jesus veio para ensinar a amar (Jo.13:34). Jeová veio impor um jugo de servidão e violência (II Cr.12:7-8; Ez.20:33). Jesus veio para libertar das maldições de Jeová (Gl.3:13). Jeová veio para lançar maldições sobre os pecadores (Dt.28:15; Pv.3:33). Jesus veio trazer paz (Jo.14:27). Jeová trouxe opressão (II Rs.17:20; Dt.28:29).

Jesus nunca fez nenhuma das obras de Jeová, mas só as do Pai.

Se alguém aceita e crê que Jeová é Deus, realmente Satanás se transfigurou em anjo de luz.

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(500) – ANJO DE LUZ – II

 ANJO   DE   LUZ   2

Jesus não é anjo, pois é o Filho unigênito do Pai. E revelou na sua vida a justiça do Pai. Revelou o amor do Pai, trazendo a graça de Deus, isto é, a salvação para todos os homens, maus e bons, justos e injustos (Tt.2:11). Jesus revelou a providência de Deus Pai, preparando um lugar de repouso para as suas ovelhas (Jo.14:1-3). Jesus revelou a misericórdia de Deus Pai, trazendo do céu, após a ressurreição, o Espírito Santo, que intercede por nós (Rm.8:26); o Espírito Santo que ensina todas as coisas (Jo.14:26). O Espírito Santo confere dons sobrenaturais (I Co.12:7-11). O Espírito Santo nos guia em toda a verdade (Jo.16:13). E é o Espírito Santo que nos torna filhos de Deus (Rm.8:14).

Antes de Jesus Cristo, os homens eram guiados pelo príncipe das potestades do ar, do espírito que opera nos filhos da desobediência (Ef.2:1-3). Todos eram governados por potestades da trevas(Cl.2:12-13). E todos eram enganados pensando que serviam a Deus. Vejamos:

  1. A ira é própria de Satanás: “Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o Diabo desceu a vós, e tem grande ira” (Ap.12:12). Mas Jeová deus disse: “Um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até ao mais profundo do inferno, e consumirá a terra com a sua novidade” (Dt.32:22).Ora, Deus é amor, e o amor não se ira, pois o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta(I Co.13:7). Se a ira é satânica, e Jeová, que se ira todos os dias, conseguiu se impor como deus a Israel, Satanás se transfigurou em anjo de luz.
  2. Satanás é o acusador dos cristãos, pois está escrito: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; pois já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Ap.12:10). Se Jeová deus é também acusador dos servos de Deus, Jeová é Satanás transfigurado em anjo de luz. Jeová acusou o pecado de Adão e Eva (Gn.3:9-13). Acusou o pecado de Caim (Gn.4:9-10). Acusou o pecado dos antediluvianos (Gn.6:5-7). Jeová acusou o pecado dos filhos de Judá (Gn.38:6-10). Jeová acusou todos os reis de Israel e de Judá, com algumas exceções, acusou os profetas. Dá para escrever um livro de acusações. Como Jeová é adorado como deus, sendo igual ao diabo, podemos dizer que Satanás se transfigura em anjo de luz.
  3. Satanás é o tentador. Jesus, depois de batizado por João, jejuou 40 dias e 40 noites. E chegando-se a ele o tentador, disse-lhe: “Se tu és o Filho de Deus, mande que estas pedras se transformem em pães” (Mt.4:1-3; I Ts.3:5). Deus é exatamente o oposto do diabo. Mas Jeová age do mesmo modo. Tentou Abraão pedindo-lhe o sacrifício de seu filho Isaque (Gn.22:1-2).Tentou o seu povo Israel, que salvou o Egito, para saber se guardariam os mandamentos (Dt.8:1-2). Tentou o fiel rei Ezequias, para saber o que tinha no coração (II Cr.32:31). Jeová confessa que foi tentado dez vezes durante a peregrinação no deserto (Nm.14:22). O que complica as fraquezas de Jeová, é que, o Deus revelado por Jesus Cristo é diferente. Leiamos: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg.1:13). Se Deus Pai não é tentado pelo mal, e a ninguém tenta, e Jeová, o tentador, é adorado como deus; ele é Satanás transfigurado em anjo de luz.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(499) – ANJO DE LUZ – I

ANJO   DE   LUZ   1

O apóstolo Paulo declarou: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (II Co.11:13-14). Segundo a Bíblia, anjo de luz é o estado glorioso em que Jesus apareceu aos três discípulos no monte Tabor. Satanás se transforma mudando o seu aspecto monstruoso para aparecer aos olhos dos humanos um anjo de luz. Em Gn.3:1-4, Satanás aparece como serpente. Até ao fim da Escritura Sagrada não achamos nenhuma passagem em que Satã aparecesse bonzinho. Por que, pois Paulo faz tal declaração? Analisemos citações da Bíblia:

  1. Pedro disse: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pd.5:8). O profeta Oséias declarou sobre Jeová: “Serei, pois, para eles, como leão; como leopardo espiarei no caminho. Como urso que tem perdido seus filhos, os encontrarei; lhes romperei as teias do seu coração; e ali os devorarei como leão” (Os.13:7-8). Se Jeová, que se revelou a Moisés, dizendo: Eu sou Deus(Ex.3:10-13), devorou seu filhos como leão, o apóstolo Pedro revelou que Satanás se transfigurou em anjo de luz, mas não perdeu o vício de devorar.
  2. O evangelista Lucas diz que uma mulher tinha o espírito de enfermidade, havia já dezoito anos, e andava curvada sem poder endireitar-se. “Vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher estás livre da tua enfermidade” (Lc.13:10-12). No verso dezesseis, Jesus revela que era Satanás que a mantinha prisioneira. Concluímos que muitas enfermidades malignas são obra de Satanás para atormentar os homens. Jeová coloca nos homens enfermidades malignas para atormentá-los e matá-los, como declarou o próprio Moisés, dizendo: “Jeová te ferirá com a tísica, e com febre, e com quentura, e com ardor, e com secura, e com destruição de sementeiras, e com ferrugem, até que pereças” (Dt.28:22). E continua: “Jeová te ferirá com úlceras do Egito, e com hemorróidas, e com sarna, e com coceira de que não possas curar-te” (Dt.28:27). Ora, Deus Pai, que é amor, enviou seu unigênito Filho para salvar da condenação e curar todas as enfermidades. Se Jeová, que se declara piedoso (Ex.34:6), manda enfermidades más e malignas como Satanás, só podemos concluir que ele é Satã transfigurado em anjo de luz, porém o caráter é maligno.
  3.       Satanás tem um império: é o império dos mortos. Na carta aos Hebreus, lemos: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Jesus participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte” (Hb.2:14). Se Jeová fundou o seu reino no tempo em que imperava a morte, todas as pessoas que formavam o seu reino estavam espiritualmente mortas, pois Paulo diz: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só — Jesus Cristo” (Rm.5:17). O próprio Jesus Cristo declara que estavam todos mortos no corpo e no espírito, quando um discípulo lhe pediu licença para ir sepultar seu pai, que havia falecido. Jesus respondeu: “Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt.8:21-22). Se Jeová fundou um reino só de mortos (Ex.19:6), ele é Satanás transfigurado em anjo de luz (II Co.11:14). O reino de Cristo é um reino de vivos, pois Jesus é a ressurreição e a vida (Jo.11:25-26). E Jesus declarou: “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo.5:24).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(498) – SABOTAGEM – I

SABOTAGEM   I

  1.      “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo.3:17). Deus é Pai e não condena ninguém, por isso o apóstolo Paulo disse: “Deus quer que todos se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (I Tm.2:3-4). Se Deus quer salvar todos, não condena ninguém. Pois no Velho Testamento, antes de Cristo, um anjo, dizendo-se deus, condenava todo mundo. Condenou toda a humanidade à morte pelo pecado de Adão. Na epístola do apóstolo Paulo aos Romanos, lemos: “Assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos são pecadores” (Rm.5:12). O anjo mesmo é quem se declara Deus, quando apareceu em sonhos a Jacó: “E disse-me o anjo de Deus em sonhos: Jacó. E eu disse: Eis-me aqui. E disse ele: Levanta agora os teus olhos, e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho, são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te fez. Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me tens votado um voto” (Gn.31:11-13). O anjo que apareceu em Betel, no sonho da escada, cujo topo tocava os céus, era Jeová (Gn.28:10-22). Outros textos que confirmam isso são: Êxodocapítulo vinte, quando o anjo Jeová deu os dez mandamentos: “Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:” (Ex.20:1).No livro dos Atos dos Apóstolos, sobre Moisés, lemos: “Este é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai” (At.7:38).
  2. No Novo Testamento está escrito: “Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (I Tm.2:5). Se o único mediador entre Deus e os homens é Jesus, qualquer anjo, dizendo-se deus, é falso deus, e o seu mediador também é falso. Pois Jeová se revelou como deus de Israel através de Moisés, e não através de Jesus Cristo. Ele disse a Moisés: Vem agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito. “Então disse Moisés a deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (Ex.3:10-11). Ora, se Cristo é o único mediador, e Jeová colocou Moisés como mediador, nem Jeová é Deus, e nem Moisés é mediador. É tudo um espetáculo armado para Jeová se promover. No Salmo 106 lemos: “Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder” (Sl.106:8 maiúsculo nosso). É fantástico que Deus, o Pai, salvou os homens por amor, pois Paulo diz: “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm.5:8). O anjo Jeová salvou Israel do Egito por amor do seu nome, isto é, para ser conhecido como o deus Jeová. Pensando bem, Deus, o Pai de Jesus, salva o homem do inferno, lhe dá vida eterna, e pela ressurreição o leva ao seu reino celestial (II Tm.4:18). O anjo Jeová salva Israel do Egito, e os mata no deserto (Jd.5).
  3. No Novo Testamento lemos que o Deus verdadeiro não habita em templos feitos por mãos de homens, nem é servido por mãos de homens, como necessitado de alguma coisa (At.17:24-25).Pois o anjo Jeová, faz questão de ser servido pelos homens. Ao enviar Moisés a Faraó, deu a seguinte ordem: “Então dirás a Faraó: Assim diz Jeová: Israel é meu filho, meu primogênito. E eu te tenho dito: Deixa ir o meu filho, para que me sirva” (Ex.4:22-23). Mas Jeová endurecia Faraó para não deixar o povo sair (Ex.4:21). Por que endurecia? Porque não pensava no bem estar do povo, e sim na sua própria promoção (Sl.106:8). Depois de cada praga maligna, o coração de Faraó amolecia, e Jeová endurecia. Endureceu sete vezes; depois exigia libertação para ser servido no deserto. O que espanta um estudioso das escrituras, é que, para chegar a Deus como filho, o homem tem de crer em Cristo, ser lavado no batismo, nascer de novo e ser nova criatura, e tem de ser santificado pelo Espírito Santo (Jo.3:3-6, 5:24; At.22:16; II Co.5:17; II Ts.2:13). E o anjo Jeová era servido por um povo carnal, corrompido no Egito, e idólatra. E Paulo diz: “E tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por Jesus é justificado todo aquele que crê” (At.13:39). Aqui estão os dois mediadores: o falso e verdadeiro.

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(497) – O PAI DA ANTROPOFAGIA

O   PAI   DA   ANTROPOFAGIA

Antropofagia ou canibalismo era um hábito primitivo de comer carne humana. No Brasil a antropofagia era praticada pelos índios nos estados da Amazônia, Mato Grosso, Goiás e Maranhão. Eram canibais os ferozes Mundurucus do Alto Tapajós, os Tupis Parintintins do rio Madureira que, como os Tupis orientais, trucidam e devoram os prisioneiros de guerra. Os Botocudos eram canibais, os Xipaias do Vale Ximbu. Por que essas tribos comiam carne dos inimigos? Por vingança, ou para satisfazer a coragem ferida, ou para incorporar a bravura do guerreiro vencido, ou também para implantar terror nos povos vencidos. Era feito um complicado ritual, com cerimônias demoradas, bailados, êxtases místicos, invocações relacionadas com as almas dos mortos.

Com a chegada da civilização, o canibalismo foi desaparecendo (informações tiradas da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, volume um, segunda parte, páginas 380 e 381 e Enciclopédia Barsa, volume 7, páginas 458 a 461).

A história antiga conta que era praticado o canibalismo na Europa, na África e na Austrália. Eram famosos os canibais da Austrália, os de Sumatra e os de Bornéu.

Como surgiu esse hábito animalesco e tenebroso do canibalismo na história dos homens? Há três mil e seiscentos anos atrás, o povo de Israel era cativo no Egito, uma nação poderosa e culta, que estudava astronomia, medicina e matemática. Eram mestres em embalsamar corpos de mortos. Jeová enviou Moisés para libertar Israel, mais ou menos dois milhões de pessoas. Jeová conferiu a Moisés poderes sobrenaturais, dizendo-lhe: “Eu te tenho posto por deus sobre o Egito” (Ex.7:1). Para Jeová, para ser deus tinha de produzir pestes e pragas mortais. E foi o que Moisés fez. Com a última praga, a morte dos primogênitos, Faraó deixou o povo sair com grande despojo. O povo saiu com grande júbilo, e depois de um ano chegou ao monte Sinai. Moisés subiu ao monte para receber a lei de Jeová, os dez mandamentos. Jeová, no livro da lei, impôs uma condição: Muitas bênçãos para quem fosse fiel, guardando os mandamentos de Jeová, e grandes e monstruosas maldições para o povo, se não permanecesse fiel (Dt.28:1-14, 15-68).

Uma das maldições era a prática da antropofagia. O texto diz: “Comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der Jeová, teu deus, na angústia e no aperto com que os teus inimigos te apertarão, se não tiveres o cuidado de guardar todas as palavras desta lei, escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e terrível, Jeová teu deus” (Dt.28:53-58). A primeira vez que Jeová obrigou o povo de Israel à prática da selvagem antropofagia, foi antes da divisão do reino, quando Bene-Hadade, rei da Síria, cercou Samaria por muito tempo. A fome foi tanta, que os filhos eram o único alimento (II Rs.6:24-33). Passados 240 anos, quando Nabucodonosor, servo de Jeová, levou o reino de Judá para o cativeiro na Babilônia, pela segunda vez Jeová obrigou o povo de Israel à prática do bárbaro e selvagem canibalismo. O profeta Ezequiel relata o grande feito: “Eu farei em ti o que nunca fiz, e o que jamais farei, por causa de todas as tuas abominações. Portanto, os pais comerão os filhos no meio de ti, e os filhos comerão os pais” (Ez.5:9-10, 15-17). Aqui Jeová mentiu, pois anteriormente já tinha aplicado a lei do canibalismo em Israel, como lemos acima. A fome no cativeiro babilônico era tão insuportável, que Jeremias exclamou: “Vê, ó Jeová, a quem fizeste assim? Hão de as mulheres comer o fruto de si mesmas, as crianças que trazem nos braços?” (Lm.2:20).E disse mais o profeta: “As mãos das mulheres piedosas coseram seus próprios filhos; serviram-lhe de alimento na destruição da filha do meu povo” (Lm.4:10). E isto tudo foi feito por Nabucodonosor, servo de Jeová (Jr.25:9, 27:6, 43:10).

O que assusta é que os canibais, filhos do diabo, comiam as carnes dos inimigos, vencidos em batalha, e o deus antropofágico, de nome Jeová, obrigava seu povo, que eram seus filhos (Dt.14:1), obrigava, por perversidade, os pais devorarem os filhos, e os filhos a devorarem os pais. Este ato ultrapassa todos os limites da lógica, da razão e do bom senso!

Como pode ser este o Pai de Jesus, sendo um com Ele?

Suas atitudes e conceitos eram completamente diferentes. Nunca houve o mesmo espírito nos dois.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(496) – O ESPÍRITO SANTO DE JEOVÁ – I

O ESPÍRITO SANTO DE JEOVÁ 1

Jesus disse: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito Santo que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo.7:38-39). Examinando no grego, o texto diz que não havia Espírito Santo. Por que Jesus fez esta declaração, se no Velho Testamento aparece duas vezes a palavra Espírito Santo? (Sl.51:11; Is.63:10). A palavra ESPÍRITO no hebraico é RUAR (VENTO). A palavra SANTO é KADOSH. Traduzindo a palavra RUAR KADOSH, temos VENTO SANTO.

Nós podemos saber se o Espírito Santo de Jeová é o mesmo do Novo Testamento, comparando a obra do espírito de Jeová com a obra do Espírito Santo do Pai no Novo Testamento. Vejamos:

  1. O espírito santo de Jeová é espírito de contenda: “Disse Jeová: O meu espírito não contenderá para sempre com o homem, porque ele também é carne” (Gn.6:3). Mas o Espírito Santo do Pai é Espírito de comunhão: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém” (II Co.13:13).
  2. O espírito santo de Jeová era inimigo de Israel: “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu espírito santo; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” (Is.63:10). O Espírito Santo de Deus é amigo do homem e o defende: Disse Jesus: “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (Jo.14:16-17).
  3. O espírito santo de Israel é espírito de escravidão: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai!” (Rm.8:15). No Velho Testamento não havia filhos de Deus, mas só servos, escravos. O apóstolo Paulo é quem revela isso, dizendo: “Dizei-me os quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que nasceu da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria, porque estes são os dois concertos; um, do monte Sinai, gerando filhos para a escravidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém, que agora existe, pois é escrava com seus filhos” (Gl.4:21-25). A lei e Jeová impõem um jugo de servidão insuportável. É o que declara Pedro em At.15:1-10. E o próprio Jeová declara que é o deus da servidão: “Então se humilharam os príncipes de Israel, e o rei, e disseram: Jeová é justo. Vendo, pois, Jeová que se humilhavam, veio a palavra de Jeová a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os destruirei; antes em breve lhes darei lugar de escaparem, para que o meu furor não se derrame sobre Jerusalém, por mão de Sisaque. Porem serão seus servos, para que conheçam a diferença da minha servidão e da servidão dos reinos da terra” (II Cr.12:6-8). O Espírito Santo do Pai, é o contrário do espírito de Jeová, como esclareceu Paulo acima, no texto de Rm.8:15.
  4. O espírito santo de Jeová é a bandeira de guerra de Jeová. O profeta Isaías assim diz: “Então temerão o nome de Jeová desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o espírito de Jeová arvorará contra ele a sua bandeira” (Is.59:19). É claro que o espírito santo de Jeová não pode ser diferente do que ele é, pois seu nome é Jeová Tsebaot (Jeová dos Exércitos – Sl.24:10). E Moisés declara que Jeová é varão de guerra; seu espírito santo também. O rei Davi era cheio do espírito santo de Jeová, e fez tantas guerras derramando tanto sangue, que Jeová, varão de guerra, o proibiu de edificar o templo (I Cr.22:8).

O Espírito Santo do Pai é de paz. Paulo diz: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm.14:17). A paz é fruto do Espírito Santo do Pai(Gl.5:22).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(495) – O IMPOSSÍVEL AOS HOMENS

O   IMPOSSÍVEL   AOS   HOMENS

  • Pergunta-se: É possível ao homem subir ao céu de corpo e alma natural? Pela Bíblia não, pois Jesus disse: “Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino dos céus” (Jo.3:3). Isto quer dizer que o homem natural, isto é, o homem de carne e osso, não pode ver o reino dos céus. Todos os que nascem uma só vez viram pó (Gn.3:19). Para vermos o reino dos céus temos que ser gerados novamente (I Pd.1:23).
  • O mesmo Jesus diz que para entrarmos no reino dos céus temos que passar da morte para a vida:“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo.5:24). Isto quer dizer que quem é nascido do Espírito Santo não é mais pó, mas é nova criatura e tem a vida eterna (II Co.5:17); e é apta para o reino dos céus.
  • “A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção” (I Co.15:50). A carne e o sangue estão sujeitos a dois tipos de corrupção: A naturalquando a carne e o sangue se putrefazem pela morte natural, por idade, ou por doença, ou por violência. E a sobrenatural que é a corrupção da alma pelo pecado, isto é, pela cobiça, sensualidade, maus pensamentos, prostituição, adultérios, etc., é a morte sobrenatural. Destes, Jesus falou: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt.23:27).
  • Para entrar no reino dos céus, o homem tem de ser nova criatura. Expliquemos: O primeiro homem criado por Deus deu origem a Adão de carne e sangue. O homem de carne e sangue é o homem psíquico, mas não espiritual, e para entrar no reino de Deus, o homem tem de ser espiritualmente criado por Jesus. Paulo disse: “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante” (I Co.15:45). E Paulo continua: “Mas não é o primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o espiritual, tais são também os espirituais” (I Co.15:46-48). O homem tem de ser criado novamente para entrar no reino dos céus. Fala de novo Paulo: “Quem está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17; Ef.2:10).
  • Pois Jeová, o anjo que se proclamou a si mesmo como único deus, agradou-se de Enoque, o sétimo depois de Adão, e o arrebatou da terra levando-o para o céu. Como pôde Jeová fazer isso? Levou Enoque sem o novo nascimento? (Jo.3:3-6). Levou Enoque estando morto em delitos e pecados?(Rm.5:12; Ef.2:5). Mas defunto não entra no céu. Como conseguiu Jeová levar ao céu uma velha criatura? Por último, Enoque foi salvo pelas obras e não pela fé, e isso contradiz o Novo Testamento (Ef.2:8-9). Se Cristo disse: “Ninguém vem ao Pai senão por mim”, como foi Enoque a Deus por meios próprios? Parece que o deus de Enoque era outro!
  • Temos outro caso. O profeta Elias, que também foi arrebatado (II Rs.2:9-11). Neste caso, temos dois pontos a considerar: Tiago declarou: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós temos” (Tg.5:17-18). Se tinha paixões do homem natural, não era nova criatura, e nem gerado pelo Espírito Santo (Jo.3:3-6). Logo não podia entrar no reino dos céus. Por outro lado, Elias era matador, conforme o gosto de Jeová, varão de guerra (Ex.15:3). Clamou Elias, dizendo: “Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então fogo do céu caiu e os consumiu” (II Rs.1:9-10). O rei enviou outro esquadrão para prender Elias, que clamou novamente, e fogo do céu caiu e os consumiu (II Rs.1:11-12).

Tiago e João, dois apóstolos, para castigar uma aldeia de samaritanos, que não permitiram que Jesus entrasse na cidade, disseram a Jesus: “Queres que digamos que desça fogo do céu, como fez Elias? Jesus repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois? Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc.9:51-56). Com isto Jesus declarou que o espírito de Jeová era contra o de Deus. E declarou também, que Jeová é o destruidor das almas, e ele, Jesus, e também o Pai, vieram para salvá-las.

E para liquidar o assunto, Jesus declara com firmeza: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu” (Jo.3:13).

Portanto, nem Enoque, nem Elias, subiram ao céu, e se estavam com Jeová, este também nunca esteve no céu, pois Jesus disse: “Ninguém conhece quem é o Pai, senão o Filho, e ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Lc.10:22).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(494) – O PASTOR FERIDO

O    PASTOR    FERIDO

Jesus Cristo permaneceu incógnito trinta anos, e então veio da Galiléia ter com João, junto ao Jordão para ser batizado por ele (Mt.3:13). Assim se manifestou Jesus para realizar sua grande obra. Em seguida foi tentado por Satanás quarenta dias (Mt.4:1-11). Vitorioso, Jesus saiu a escolher os doze apóstolos. Pergunta-se: Por que Jesus escolheu doze apóstolos? Resposta: Porque Israel tinha doze tribos; um apóstolo para cada tribo. Quando Jesus sentasse no trono de Davi, teria doze ministros para governar com ele. Mateus, que pregou o evangelho do reino, relata as palavras de Cristo: “Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mt.19:28). Jesus só seria messias de Israel segundo a carne, segundo a profecia feita pela boca de Davi (At.2:30). Paulo confirma essa profecia, dizendo que Cristo só era de Israel e dos pais segundo a carne, não segundo o espírito (Rm.9:3-5). Quando Jesus morreu, os doze apóstolos o abandonaram. Por quê? Porque a morte de Cristo, sua prisão sem reação, revelava fraqueza. Era o fim do messias segundo a carne. Nenhum dos doze apóstolos esperava uma vida diferente da vida na carne. Jesus lhes disse: “Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão” (Mt.26:31). Lucas conta que, no dia da ressurreição, dois discípulos iam para a sua aldeia; Jesus se aproximou e disse: “Que palavra trocais entre vós, e por que estais tão tristes?” Eles contaram a Jesus tudo sobre a sua morte, porque não o reconheceram. Então disseram: “E nós esperávamos que fosse ele quem remisse a Israel; mas agora, é já o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram” (Lc.24:21). Eles estavam completamente alheios sobre o mistério da graça, que só foi revelado a Paulo anos depois (Ef.3:1-5).

Para os apóstolos, que estavam com os olhos fechados para a pregação de Jesus (Lc.18:31-34), a sua morte na cruz foi o fim do reino do messias prometido por Jeová. Jesus lhes disse: “Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um para a sua parte; e me deixareis só; mas não estou só, por que o Pai está comigo” (Jo.16:32). E quem matou Jesus? Zacarias responde:“Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz Jeová dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas se dispersarão” (Zc.13:7). O Cristo crucificado era o maldito de Jeová (Dt.21:22-23). Por quê? Porque rejeitou sentar no trono de Davi quando disse: “O meu reino não é deste mundo” (Jo.18:36).

Davi profetizou que o Cristo, segundo a carne,sentaria no seu trono (At.2:30). Essa promessa foi feita também a Maria, que o gerou na carne (Lc.1:30-33). A profecia não se cumpriu, pois o Cristo ressuscitado era outro: “Assim, meus amados irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, afim de que demos fruto para Deus” (Rm.7:4). O apóstolo Paulo confirma isto, dizendo: “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e ainda que também tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, contudo agora já o não conhecemos segundo a carne” (II Co.5:16). O Cristo segundo a carne era Salvador só de Israel; mas o Cristo ressuscitado é Salvador de todos(At.13:22-23; Mt.28:19). Antes da morte a ordem era para pregar só aos judeus (Mt.10:5-6). Depois da ressurreição, a ordem era para pregar a toda criatura (Mc.16:15-16).

Os cristãos pensam que foi Deus, o Pai, quem matou Cristo, porque assumiu nossos pecados. Ele não assumiu, e sim morreu por eles; é diferente. Quem matou foi Jeová, por vingança, porque não aceitou sentar no trono de Davi segundo a carne (Zc.13:7). Antes da morte Jesus era filho de Davi, segundo a carne; ressuscitado passou a ser Filho de Deus Pai, segundo o Espírito de santificação (Rm.1:3-4). E Jesus nos faz filhos de Deus quando cremos nele (Jo.1:12-13).

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(493) – COISAS ETERNAS DE JEOVÁ – III

 COISAS  ETERNAS  DE  JEOVÁ  3

  1. O profeta Isaías declarou: “Mas Israel é salvo por Jeová, com uma eterna salvação; pelo que não sereis envergonhados nem confundidos em todas as eternidades” (Is.45:17). Falando da libertação do Egito pela mão de Moisés, nos Salmos lemos: “Cantai a Jeová um cântico novo, porque ele fez maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória. Jeová fez notória a sua salvação, e manifestou a sua justiça perante os olhos das nações” (Sl.98:1-2).“Mas esqueceram-se de Jeová, seu salvador, que fizera grandes coisas no Egito, maravilhas na terra de Cão, coisas tremendas no mar Vermelho” (Sl.106:21-22). “Pelo que Jeová os ouviu, e se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e furor também subiu contra Israel, porquanto não creram em deus, nem confiaram na sua salvação” (Sl.78:21-22). Então Jeová anulou a salvação, e os matou. Na epístola de Judas lemos: “Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo Jeová salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram” (Jd.5). Vamos mostrar os detalhes dessa matança de salvos. Por diversas vezes, Jeová quis destruir Israel. A primeira foi quando fizeram o bezerro de ouro enquanto Moisés estava no alto do monte Sinai, recebendo das mãos de Jeová as tábuas da lei. Então falou Jeová a Moisés: “Agora pois deixa-me, que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma, e de te eu farei uma grande nação” (Ex.32:10). Um pai que ama o filho faria o que Jeová intentou fazer com Israel, a quem chamou de filhos? (Ex.4:22; Dt.14:1). A segunda vez foi quando os espias infamaram a terra de Canaã, e com isto enfraqueceu o ânimo do povo: “E disse o Jeová a Moisés: Até quando me provocará este povo? e até quando não crerão por todos os sinais que fiz no meio deles? Com pestilência os ferirei; e farei de ti povo maior e mais forte do que este” (Nm.14:11-12). A terceira vez foi na rebelião de Coré, Datã e Abirão, os quais se rebelaram contra Moisés. Jeová então abriu a terra e estes três com suas famílias desceram vivas ao sepulcro (Nm.16:1-3; 31-33). E também desceu fogo do céu e consumiu mais duzentos e cinqüenta varões que ofereciam incenso (Nm.16:35). No dia seguinte o povo murmurou por causa dessa matança (Nm.16:41). Falou então Jeová a Moisés e Arão, dizendo: “Levantai-vos do meio desta congregação, e a consumirei como num momento. Então se prostraram sobre seus rostos” (Nm.16:45). Finalmente, o que Jeová queria era matar; e assim fez. Fê-los andar quarenta anos sem rumo pelo deserto até que todos morressem de fome, de sede, de peste maligna, e até picados por serpentes ardentes (Nm.21:4-9).

O fato é que Isaías se enganou quando disse que Jeová salva com uma salvação eterna. Se até Moisés, seu maior profeta, foi condenado com aquela geração, que se cuidem, se puderem, os adoradores de Jeová. A salvação de Jeová é um engano.

  1. O sacerdócio aarônico era eterno. Disse: Jeová a Moisés: “E vestirás Arão dos vestidos santos, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio. Também farás chegar seus filhos, e lhes vestirás as túnicas, e os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações” (Ex.40:13-15). “E os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e consagrarás a Arão e a seus filhos” (Ex.29:9). Se o sacerdócio era perpétuo, isto é, eterno, por que foi mudado? Na carta aos Hebreusestá escrito: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei” (Hb.7:12). Por que foi mudado o sacerdócio? Porque era imperfeito. Na carta aos Hebreuslemos: “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia que se levantasse outro sacerdote?” (Hb.7:11). O sacerdócio aarônico era também imperfeito porque os sacerdotes eram pecadores, por isso eram imperfeitos (Hb.5:1-3).

A respeito de Jesus Cristo, está escrito: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que como nós em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb.4:15). “Porque nos convinha o tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” (Hb.7:26). Se os sacerdotes da lei de Jeová eram imperfeitos, e o sacerdócio era imperfeito, por que Jeová os estabeleceu perpetuamente? Parece que Jeová nada sabia sobre o sacerdócio de Cristo. O judaísmo até hoje não reconhece o sacerdócio de Cristo, que é perfeito, e permanece fiel ao sacerdócio aarônico, que é imperfeito e oferecem touros e bodes em sacrifício pelo pecado, mas esses sacrifícios não tiram o pecado; e estes sacrifícios foram ordenados por Jeová, o deus imperfeito. O Deus perfeito, isto é, o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo reprovou estes sacrifícios ordenados por Jeová. Diz o texto: “Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis aqui venho, ó Deus, para fazer a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo” (Hb.10:8-9). Em outras palavras: Tira Jeová e estabelece Jesus; tira o imperfeito para estabelecer o perfeito; tira o temporal para estabelecer o eterno.

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(492) – COISAS ETERNAS DE JEOVÁ – II

 COISAS  ETERNAS  DE  JEOVÁ  2

Ezequiel, o profeta do cativeiro babilônico, iniciado no ano 587 antes de Jesus Cristo, profetizou da parte de Jeová, dizendo: “E farei com eles um concerto de paz; será um concerto perpétuo. Eu os estabelecerei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles para sempre. E o meu tabernáculo estará com eles, eu serei o seu deus, e eles serão o meu povo. E as nações saberão que eu sou Jeová que santifico a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles para sempre” (Ez.37:26-28).

Esta declaração de Jeová exclui o reino de Deus, revelado no Novo Testamento, e que não é neste mundo (Jo.14:1-4; II Tm.4:18). Como Jesus Cristo não assumiu o trono de Davi conforme a profecia de Daniel (Dn.9:24), os teólogos ficaram por séculos e séculos procurando uma saída. A solução foi inventar que as setenta semanas da profecia de Daniel não se cumpriram, pois falta uma. Quando esta última semana se cumprir, então Jesus Cristo voltará para levar a Igreja, após a primeira ressurreição; e então haverá sete anos de tribulação debaixo do governo do anti-Cristo, e depois voltará para reinar por mil anos. Este esforço teológico para fazer continuar no Novo Testamento as profecias do Velho Testamento, bate de frente com as seguintes objeções bíblicas:

  1. “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão de profecia, e para ungir o santo dos santos” (Dn.9:24). Se setenta semanas estão determinadas, e falta ainda uma, que ainda está por vir, então ainda não foi extinguida a transgressão, não foi dado fim aos pecados, não foi expiada a iniqüidade, e não houve a justiça de Deus em Jesus, porque Cristo, o Messias, ainda não nasceu. O próprio texto deixa isso claro.
  2. No Evangelho de Lucas lemos: “A lei e os profetas duraram até João Batista; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo homem emprega forças para entrar nele” (Lc.16:16). Se a lei e os profetas duraram até João, cessaram a lei e os profetas. Em Cristo acabou o Velho Testamento, por isso Jesus leu no livro de Isaías a passagem que diz: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar aos pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos, e pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor. E cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje cumpriu-se esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc.4:17-21).Todas as profecias apontavam para Jesus; quando ele se manifestou, cumpriu-se tudo.
  3. Na epístola aos Tessalonicenses, lemos: “Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e segurança; então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas para que aquele dia vos surpreenda como ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas” (I Ts.5:1-5). Paulo deixa claro neste texto, que a Igreja não será arrebatada antes do fim deste mundo. Repito o que Paulo diz: “Vós não estais em trevas para que o dia da destruição não vos surpreenda como o ladrão de noite”.
  4. Outro apóstolo que aborda o fim do mundo é Pedro, que diz: “Mas o céu e a terra que agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até ao dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios. Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Jeová, é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como um ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há, se queimarão. Havendo pois de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando, e apressando-se para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos ardendo se fundirão” (II Pd.3:7-12). Pedro confirma as predições de Paulo. No dia de Deus, quando acabar este mundo em fogo, a Igreja será arrebatada.
  5. Sendo assim, a história dos sete anos de tribulação, é fábula inventada pelos que querem uma segunda oportunidade.
  6. Temos um terceiro argumento, e este, proferido pelo próprio Jesus. É a parábola do joio e do trigo. Jesus disse: “O reino de Deus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo; mas dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Porque tem então joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Porém ele lhes disse: Não; para que ao colher o joio não arranqueis com ele também o trigo. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro” (Mt.13:24-30). É obvio que o joio são os cristãos carnais e mundanos, o trigo são os santos. Jesus declara que no arrebatamento serão levados primeiro os cristãos de segunda para queimarem no inferno, depois recolherá o trigo.
  7. E na explicação da parábola revela que a ceifa é o fim deste mundo (Mt.13:39).
  8. O reino terreno de Jeová acabou com o cativeiro babilônico. Como pôde acabar se a promessa de Jeová era outra? O texto diz: “Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim; será estabelecido para sempre como a lua; e a testemunha no céu é fiel” (Sl.89:34-37). Mas aconteceu o contrário. Leiamos a obra do rei Manassés: “E edificou altares na casa de Jeová, da qual o Jeová tinha dito: Em Jerusalém estará o meu nome eternamente. Edificou altares a todo o exército dos céus em ambos os pátios da casa de Jeová” (II Cr.33:4). E Jeová destruiu os dois reinos (II Rs.23:24-27; 24:1-3).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(491) – COISAS ETERNAS DE JEOVÁ – I

 COISAS  ETERNAS  DE  JEOVÁ 1

  1. Jeová fez um concerto eterno com o povo de Israel, seu povo, dando como herança a terra de Canaã (I Cr.16:15-18). Esse concerto de Jeová com o povo de Israel tem como base as tábuas da lei, escritas pelo dedo de Jeová deus (Dt.9:9-11). Jeová alega que o povo quebrou o concerto, e que em dias futuros fará um novo concerto, então porá a sua lei no seu interior, e a escreverá em seus corações (Jr.31:31-33). Os crentes, isto é, os cristãos evangélicos afirmam que esse novo concerto é feito com a Igreja baseados na carta aos Hebreus (Hb.8:6-10), que repete a profecia de Jeremias. Sendo assim, o novo concerto do Novo Testamento não é novo, mas velho, pois é o da lei do Velho Testamento. Há algumas incoerências nesta afirmação:
    1. Na profecia de Jeremias o concerto seria feito só com a casa de Israel (Jr.31:31).
    2. Seria o concerto da mesma lei de Jeová, dada por Moisés (Jr.31:33; Hb.8:10-11).
    3. Paulo, porém, revela que o concerto da graça é diferente do concerto da lei em Gl.4:21-26.Agar é figura do concerto da lei, e Sara é figura do concerto da graça. Agar é figura da Jerusalém da terra, e Sara é figura da Jerusalém celestial. E Paulo continua dizendo: “Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre” (Gl.4:30). São, portanto, duas heranças: A Jerusalém da terra será a herança do concerto da lei, e a Jerusalém celestial será a herança do concerto da graça, decretado na cruz (Tt.2:11).
    4. Paulo revela também que os que guardam a lei, sendo cristãos, caem da graça (Gl.5:1-4). Se cai da graça, cai dos lugares celestiais, e vai para a Jerusalém da terra apreciar carros bombas explodir em escolas e supermercados. O fato é que o velho concerto acabou, como lemos emHb.8:13, logo não é eterno.
    5. Jeová criou um reino para a sua glória: o reino de Israel (Is.43:7). Antes de dar a lei, ele disse: “Vós me sereis reino sacerdotal e o povo santo” (Ex.19:6). Davi testemunhou, dizendo: “Jeová, deus de Israel, escolheu-me de toda a casa de meu pai, para que eternamente fosse rei sobre Israel” (I Cr.28:4). Jeová disse a Davi: “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com os teus pais, então farei levantar depois de ti a tua semente, que sair das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre” (II Sm.7:12-13). E Jeová continua, dizendo a Davi: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre” (II Sm.7:16).
    6. O eleito de Jeová foi Salomão, filho da adultera Bate-Seba (I Cr.22:9, 10). Como Jeová pôde errar tanto? Salomão foi um voluptuoso, lascivo e lúbrico, pois teve mil mulheres, moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias; todas idolatras e corruptas, pois corromperam Salomão de tal modo que edificou altares à Milcon, à Astarote, à Quemós e a Moloque (I Rs.11:1-11).Jeová então deu dez tribos na mão de Jeroboão, e disse: “Rasguei o reino da casa de Davi” (I Rs.14:8). E o juramento feito a Davi? “Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim; será estabelecido para sempre como a lua; e a testemunha no céu é fiel” (Sl.89:34-37). Isto é o que Jeová falou. Agora vamos ver o que fez: “Pelo que Jeová rejeitou toda a semente de Israel; e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua face. Quando rasgou a Israel da casa de Davi, e fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate” (II Rs.17:20, 21). Jeová não cumpre os seus juramentos, pois jurou a Davi e não a Salomão.
    7. Jeová deu uma lei eterna, pois as tabuas da lei foram escritas pelo dedo de Jeová. Moisés disse: “Jeová me deu as duas tabuas de pedra, escritas com o dedo de deus” (Dt.9:10). E no livro de Eclesiastes está escrito: “Eu sei que tudo o que deus faz durará eternamente” (Ec.3:14). Além disto, a justiça de Jeová é a justiça da lei, é a justiça pela qual o homem é justificado pela obediência aos mandamentos da lei, por isso Paulo disse: “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rm.2:13). Falando da justiça o salmista diz: “A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade” (Sl.119:142). A lei dos mandamentos está ligada à aliança eterna de Jeová. O profeta Isaías declara: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna” (Is.24:5). Sem as tábuas da lei não haveria o concerto eterno de Jeová. Sobre isso Moisés diz: “Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas do concerto que o Jeová fizera convosco, então fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi, e água não bebi; e Jeová me deu as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de deus; e nelas tinha escrito conforme a todas aquelas palavras que o Jeová tinha falado convosco no monte, do meio do fogo, no dia da congregação. Sucedeu, pois, que ao fim dos quarenta dias e das quarenta noites, Jeová me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas do concerto, e disse-me: Desce depressa” (Dt.9:9-17). Sendo, pois, o concerto eterno, como lemos em I Cr.16:15-17, a lei dos mandamentos tem de ser eterna.

Mas no Novo Testamento foi tirada: “Mas, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei” (Hb.7:12-14). E Jesus deu outra lei: a do amor (Jo.13:34; Rm.13:8-10).É por isso que os cristãos não estão debaixo da lei (Rm.6:14). Como poderia ser eterna uma lei fraca e inútil, e que nada aperfeiçoou? Isto está escrito em Hb.7:18-19.

As coisas eternas de Jeová não são eternas!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(490) – O DEUS DE TODA A CARNE – IV

O  DEUS  DE  TODA  A  CARNE  4

Jeová é o deus de toda a carne (Jr.32:27). Então exigia santidade da carne: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, Jeová vosso deus, sou santo” (Lv.19:2). E Jeová insistia nessa tecla, dizendo: “E ser-me-eis santos, porque eu, Jeová vosso deus, sou santo, e separai-vos dos povos para serdes meus” (Lv.20:26). Será que Jeová estava por fora da realidade? Jeová não sabia que a carne e o sangue são a fonte de toda a corrupção? Não sabia que a carne é como a lepra; tudo o que toca torna imundo? (Jd 23). A carne é a causa de todo tipo de imundícia (II Co.7:1, II Pd.2:10). A carne é terreno fértil onde prolifera a corrupção(Gl.6:7-8). As obras da carne excluem os homens de herdar o reino de Deus (Gl.5:19-21). Na carne não habita bem algum (Rm.7:18). A carne é a arma de Satanás para destruir a nossa alma (I Pd.2:11). A carne é o poder que Satanás usa para aniquilar o Espírito Santo, que recebemos depois do batismo (Gl.5:16-17). A carne nos torna inimigos de Deus (Rm.8:7). Viver na carne é caminho certo para a morte eterna (Rm.8:13). Os carnais vivem segundo o curso deste mundo, e são guiados por um espírito maligno (Ef.2:2-3). Como Jeová podia exigir santidade da carne?

Nos dias de hoje, os teólogos e os pastores, pregam abertamente que é impossível a santidade plena. Todo cristão, por melhor e mais sincero que seja, peca. Se crermos desta forma, Paulo estava fazendo gozação quando disse: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina” (Ef.4:13-14). E Paulo estava enganando quando disse: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17). Se a nova criatura peca, não é nova, tudo é velho. Se o nascido de novo, doutrina ensinada por Cristo, continua pecando, não nasceu de novo, e a obra do Espírito Santo é de mentirinha (Jo.3:3-6).

A maior incoerência teológica que pode existir, é Jeová afirmar que o homem feito do pó (Gn.2:7; 3:19),o homem feito de carne imunda (II Pd.2:10), o homem animal (Ec.3:18-21), pode ser santo; e a teologia do século vinte e um afirme, que o cristão nascido de novo vive continuamente a pecar, que a nova criatura vive continuamente a pecar, que o cristão cheio do Espírito Santo vive continuamente a pecar, sem admitir a hipótese de não pecar, só porque na Primeira Epístola de João 1:8-10 esteja escrito que quem diz que não peca é mentiroso? Os intérpretes não lêem toda a carta de João? Ele diz também: “Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca, não o viu nem o conheceu” (I Jo.3:6). E continua João falando: “Quem comete pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para desfazer as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Se o que crê em Cristo continua a pecar, o Cristo manifestado não desfez as obras do diabo.

Para vergonha das novas criaturas do século 21, para vergonha dos que se dizem salvos por Jesus, Jeová declarava que no seu templo havia carnes santas. Assim falou Jeová: “Que tem o meu amado que fazer na minha casa, visto que muitos nela cometem grande abominação, e as carnes santas se desviaram de ti?” (Jr.11:15). O texto deixa claro que muitos caiam, mas não todos. O texto fala dos sacerdotes, mas o sacerdócio levítico deixou de existir por ser fraco, inútil, pois nada aperfeiçoou; e Cristo estabeleceu um novo sacerdócio (Hb.7:11-19). Pedro declara que os cristãos são o sacerdócio real e a nação santa, para anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pd.2:9). Que luz maravilhosa é essa, se todos são escravos do mundo, da carne e do pecado?

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(489) – O DEUS DE TODA A CARNE – III

O  DEUS  DE  TODA  A  CARNE  3

São palavras de Jeová: “Eis que eu sou Jeová, o deus de toda a carne; seria qualquer coisa maravilhosa para mim?” (Jr.32:27).

Paulo apóstolo declarou: “Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, obravam em nossos membros para darem fruto para a morte” (Rm.7:5). Paulo está afirmando que a lei dada por Jeová, isto é, os dez mandamentos, obram em nossos membros paixões pecaminosas, que levam à morte espiritual. Essas paixões pecaminosas e criminosas só são possíveis quando o homem está na carne. Como Jeová é o deus da carne, é também o deus das paixões pecaminosas que levam à morte, por isso Paulo disse: “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm.8:13). Paulo diz também o seguinte: “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porquanto a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito de Deus, não estais debaixo da lei” (Gl.5:16-18). Se a carne é contra o Espírito Santo, e este é contra a carne, sendo Jeová o deus da carne, Jeová é contra o Espírito Santo. Por outro lado, o Espírito Santo do Pai, é contra a carne de Jeová, pois este é o deus de toda a carne; e a carne opõem-se contra o Espírito.

Quando Paulo diz: “Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências” (Gl.5:24), está revelando que, para ser de Cristo, tem que deixar de ser de Jeová, o deus de toda a carne. Não é fácil sair da carne.

Quando Jesus disse a Nicodemus, príncipe dos judeus: “Na verdade, na verdade te digo, que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe Nicodemus: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre da sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo.3:1-6). O que Jesus está dizendo é que o que é nascido da carne é de Jeová, o deus da carne, e o que é nascido do Espírito é do Pai, pois o Pai não gera nenhum que é nascido na carne como Jeová faz. Israel na carne era filho de Jeová (Dt.14:1; Is.1:2; Ez.16:20-21; 23:37).

O testemunho de João diz: “Mas, a todos os que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos quais crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo.1:12-13). Os filhos de Deus, no Novo Testamento, não são iguais aos filhos de Jeová, deus do Velho Testamento. São gerações diferentes.

Querem saber qual a grande diferença entre o homem carnal de Jeová e o homem espiritual do Pai de Jesus? Jeová disse: “Jeová olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a deus. Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há ninguém que faça o bem, não há sequer um” (Sl.14:2-3). Agora fala Paulo, o maior apóstolo de Jesus: “Vós não aprendestes assim de Cristo, se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade nele; que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito do vosso sentido; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef.4:20-24).

Para que ninguém fique confuso sobre a natureza do verdadeiro Deus, as escrituras nos dão dicas preciosas para identificarmos qual é o falso: O deus da carne foi visto pelos olhos da carne (Gn.17:1; Ex.6:2-3; 24:9-10). Moisés o viu (Nm.12:6-8). O Deus Pai de Jesus Cristo nunca foi visto nem ouvido pelo homem (Jo.5:37). Homem nenhum o viu, nem o pode ver (Jo.14:8-11). Também Deus nunca foi conhecido pelos homens, e só pode ser conhecido em Jesus, através de suas obras (Jo. 1:18; 8:19).Os reinos de Jeová são todos deste mundo. O reino de Israel, que ficava na palestina, e que já não existe, é de Jeová; e os outros reinos também (Sl.47:7-8; Jr.10:7). O reino de Deus Pai, não é neste mundo (Jo.18:36).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(488) – O DEUS DE TODA A CARNE – II

O  DEUS  DE  TODA  A  CARNE  2

Para saber quem é o deus da carne, temos de analisar, pela Bíblia, o que é a carne, e qual a sua natureza:

  1. A carne é fonte de todo tipo de concupiscências de imundícia. O apóstolo Pedro diz: “Aqueles que, segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as dominações; atrevidos, obstinados, blasfemos” (II Pd.2:10).

Jeová declarou: “Eu sou o deus de toda a carne” (Jr.32:27). Só os cegos não vEem que Jeová é o deus de todo tipo de desejo pecaminoso e injusto.

  1. O PECADO HABITA NA CARNE. Paulo diz: “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Rm.7:17-19). Se Jeová é o deus de toda a carne, é o deus do mal e do pecado. Jesus declarou que a carne não serve para nada. Como Jeová pode dizer que é o deus de toda a carne? (Jr.32:27; Jó 6:63).
  2. A carne e o sangue são corrupção por natureza. É Paulo quem revela isso: “E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção”       (I Co.15:50). Paulo aqui revela muita coisa:
    1.  – Que o deus da carne é o deus de toda corrupção.
    2.  – A carne e o sangue não herdam o reino de Deus, logo o deus da carne não faz parte do reino celestial.
    3. Pedro diz: “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma” (I Pd.2:11). A carne tem vida própria. Ela tem instintos; e tem dois apetites poderosos: A gula e o desejo sexual. Estes dois apetites não obedecem à razão. O apóstolo Paulo relata quais as obras da carne: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas, não herdarão o reino de Deus” (Gl.5:19-21). Ora, se Jeová é o deus de toda a carne, é o deus de todo este lixo humano que faz parte do mundo em que vivemos, e que destrói nossas almas.
    4. Paulo continua falando: “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o espírito, para as coisas do espírito. Porque a inclinação da carne é morte, mas a inclinação do espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm.8:5-8). Paulo diz que a carne não tolera o espírito, pois a carne é morte e o espírito é vida e paz; e a inclinação da carne é inimizade contra Deus, e não se sujeita à lei de Deus.

Se a carne não se submete à lei de Jeová, não se submete a Jeová. Por que diz ele que é o deus de toda a carne? Em segundo lugar, se a carne não é sujeita à lei de Jeová, por que deu ele a lei? A lei foi dada como provocação com o intuito de matar os homens? Se ele destruiu a humanidade no dilúvio, quando não havia lei, dando a lei tornou o homem pecador condenado. Jeová faz a seguinte afirmação:“Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque” (Ec. 7:20). Como a carne não é sujeita a lei de Jeová, por mais que alguém queira ser justo, vai pecar um dia. E nesse dia é condenado sem apelação, pois Jeová diz: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniqüidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que houver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, nele morrerá” (Ez.18:24). Na verdade Jeová elaborou um plano maquiavélico com o único fim de destruir o ser humano.

Por isso é importante nascer de novo. Jesus cria um novo homem para habitar no Seu reino que não é deste mundo.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(487) – O DEUS DE TODA A CARNE – I

O  DEUS  DE  TODA  A  CARNE 1

Todos os homens e mulheres deste mundo têm espírito. Jeová disse: “Eu sou o deus de toda a carne” (Jr.32:27). Esse é o espírito dos homens. Leiamos a Escritura: “Na verdade há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-poderoso os faz entendidos” (Jó 32:8). Esse espírito que os homens têm não é o Espírito Santo, mas o espírito do homem, ou melhor, sua capacidade de pensar, escolher e agir. Jeová disse: “Fala Jeová, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc.12:1). Todas as almas eram de Jeová (Ez.18:4), e todos os que habitam neste mundo são de Jeová, pois disse: “De Jeová é a terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam” (Sl.24:1). Sendo assim, o Egito era de Jeová, os cananeus corruptos e idólatras, os assírios cruéis e assassinos eram de Jeová, os caldeus, os gregos, os romanos, enfim, todos os reinos, raças e povos; tudo de Jeová. Cada povo com seus deuses e ídolos; tudo de Jeová. Ele manobra os homens pelo espírito da carne. Querem ver?

“Despertou, Jeová, pois, o espírito dos filisteus contra Jorão, e o espírito dos árabes, que estão da banda dos etíopes. Estes subiram a Judá, e deram sobre ela, e levaram toda a fazenda que se achou na casa do rei, como também a seus filhos e suas mulheres”         (II Cr.21:16-17).

Para destruir a Babilônia, Jeová despertou o espírito dos Medos: “Alimpai as flechas, preparai perfeitamente os escudos; Jeová despertou os espíritos dos reis da Média, porque o seu intento contra Babilônia era para a destruir; pois esta era a vingança de Jeová, a vingança do seu templo” (Jr.51:11-13). Vingança por quê? Foi Jeová que entregou os reinos nas mãos de Nabucodonosor, seu servo, que lhe agradava aos olhos (Jr.27:5-8, 12-13). Jeová tinha o poder de despertar o espírito dos reis para a guerra porque ele é Jeová dos Exércitos (Jeová TZEBAOT – Am.5:27).

Quando Core, Data e Abirão se rebelaram contra Moisés, e Jeová, cheio de furor destruidor, disse:“Apartai-vos do meio desta congregação, e os destruirei como num momento, Moisés e Arão prostraram-se em terra e clamaram: Ó deus, deus dos espíritos de toda a carne. Pecará um só homem, e indignar-te-ás tu tanto contra toda esta congregação?” (Nm.16:22). Jó também fala do assunto, dizendo: “Quem não entende por todas estas coisas que a mão de Jeová fez isto? Que está na sua mão a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana?” (Jó 12:9-10).

O deus de toda a carne é o deus do homem animal, isto é, do homem que age como animal, isto é, o homem que dá coices como o cavalo (Sl.32:9). Têm veneno como as serpentes (Mt.23:33). São lobos devoradores (Mt.7:15). Salomão afirma que os homens e os animais são iguais, e têm o mesmo destino(Ec.3:18-21). Na epístola de Judas lemos que os homens se corromperam como animais irracionais(Jd.10).

Pior que ser o deus de toda a carne, é ser o deus dos espíritos de toda a carne. O deus de toda a carne é o deus da carne boa e também da carne podre. O deus dos espíritos de toda a carne, é o deus da causa da podridão. Jeová é o deus dos que erram e dos que conduzem ao erro (Jó 12:16). É o deus dos mansos e dos violentos, o deus dos bons e dos maus (Pv.16:4). É o deus da luz e das trevas(Sl.139:12). O deus dos espíritos de toda a carne é o deus dos maníacos, loucos, paranóicos, retardados, anormais, esquizofrênicos, tarados, desequilibrados, psicopatas, avaros, mentecaptos e endemoninhados.

O Deus que nós, da ABIP, cremos, é o Deus que liberta os homens de todas essas anomalias, e cura todas as nossas enfermidades, por isso Paulo diz: “Quem está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas passaram, eis que tudo se fez novo” (II Co.5:17).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(486) – O VERBO – II

O   VERBO   2

 

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo.1:1-3).João declarou que o Verbo era deus. Está no passado. Está ele querendo dizer, que o Verbo, ao encarnar, Jesus, isto é, o Verbo, deixou de ser Deus? Jesus disse: “O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens; e matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará”      (Mt.17:22-23). Ora, Deus é imortal (I Tm.1:17). E o Verbo é Deus, e é imortal. Se Cristo, ao encarnar continuava sendo Verbo, não podia morrer. É por isso que João disse que o verbo era Deus, pois Cristo encarnado era o Filho do homem, predestinado para morrer pelos nossos pecados.

Se Cristo, encarnado, continuava sendo Verbo, continuava sendo Deus, e assim sua morte seria uma representação teatral, uma farsa, pois estaria fazendo de conta que estava morrendo na cruz. E também a sua ressurreição seria uma farsa. Ora, Paulo declara: “Se Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos”                 (I Co.15:17-18). E Paulo diz mais: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Rm.4:25). E Paulo disse mais: “Quem descerá ao abismo? Isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo?” (Rm.10:7). Na carta aos Hebreus, lemos: “Ora, o Deus da paz, que pelo sangue do concerto eterno, tornou a trazer dos mortos ao Senhor Jesus Cristo, o grande pastor das ovelhas” (Hb.13:20). Ora, se o Cristo encarnado fosse o Verbo, continuava sendo Deus, e Deus é impassível, e não é sujeito à morte.

Mas João declarou: “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo.1:14). Quem viu a glória do Verbo encarnado? Pedro, Tiago e João (Mt.17:1). É preciso observar que João disse: “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória”. A narração de Lucas diz outra coisa (Lc.9:28-32). Na transfiguração Jesus saiu da carne. O seu rosto resplandeceu como o sol. Os seus vestidos se tornaram brancos como a luz (Mt.17:2).

A glória do Verbo só foi vista uma vez por Pedro, Tiago e João, quando Cristo se transfigurou, e saiu da carne. Esse testemunho foi dado por Mateus 17:1-8; por Marcos 9:1-13; e por Lucas 9:28-36. Quando Jesus retornou a aparência carnal, voltou ser o Filho do homem descrito por Isaías: “Era desprezado, e o mais indigno entre os homens; homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum” (Is. 53:3).

Todos conheciam a Jesus e sua família, mas sem a glória do Verbo: “E partindo dali, chegou à sua pátria, e os seus discípulos o seguiram. E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: Donde lhe vem estas coisas? e que sabedoria é esta que lhe foi dada? e como se fazem tais maravilhas por suas mãos? Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele. E Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre seus parentes, e na sua casa” (Mc. 6:1-4).

O grande mistério que envolve a vida de Cristo, é que, segundo a carne, ele deveria ser glorificado, e não desmoralizado; e seria glorificado sentando no trono de Davi. Este mesmo profetizou. No livro dos Atos dos apóstolos, lemos: “Sendo pois ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo para o assentar sobre o seu trono” (At. 2:30).

A glória do Verbo não foi vista porque Jesus só foi rejeitado, perseguido, desonrado, humilhado, e por fim crucificado. Em segundo lugar, não foi visto, porque só seria glorificado sentando nom trono de Davi, o que não aconteceu. Quando ressuscitou não era mais carne como a nossa. Como fica?

A glória do Verbo foi vista em Pedro, depois que foi habitado pelo Espírito Santo (At. 5:14-20). A glória do Verbo foi vista no diácono Felipe (At. 8:5-17). A glória e a graça foram vistas em Paulo, após a conversão (At. 19:11-16). A glória do verbo será vista em nós, se fizermos as obras de Cristo (Jo. 14:12). O problema é que ninguém hoje vê a glória de Cristo. Só vê a glória dos homens.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(485) – O VERBO – I

O    VERBO    1

 

João, cheio do Espírito Santo, disse: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo.1:1-3). Logo à frente João diz: “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo.1:14).

O primeiro ponto a analisar, é que o ‘VERBO É DEUS’. O segundo ponto, é que, quando o verbo se fez carne foi vista a glória de Deus. O terceiro ponto é que, a glória de Deus Pai só é vista na GRAÇA E NA VERDADE revelada em seu Filho unigênito.

Em seguida João diz: “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo.1:17). Aqui João declara que no tempo da lei de Jeová, isto é, no tempo do Velho Testamento, não foi vista a glória de Deus, pois só foi vista quando o verbo se fez carne, e também, a glória de Deus só é vista junto com a graça e a verdade. Ao comparar a lei com a graça, João revela que na lei de Moisés, isto é, lei de Jeová, não há nenhuma verdade. E por que não há verdade na lei? Porque a lei de Jeová impõe um jugo insuportável, como lemos em Atos 15:5-11. Paulo declara também, que o concerto do Sinai, estabelecido por Jeová com Israel, só produz escravos (Gl.4:21-25). E Paulo faz outra declaração tremenda: “E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê” (At.13:39). E Jesus mesmo declarou: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo.8:32).

Como Cristo liberta o pecador de todo o vício, toda escravidão, toda a dependência física, toda anormalidade, toda cegueira, todo engano; e a lei não liberta ninguém, pois impõe servidão como vimos acima, Jesus nada tem a ver com a lei de Jeová, nem com o Velho Testamento. O apóstolo Paulo, cheio do Espírito Santo, aconselha aos cristãos, dizendo: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl.5:1). Qual servidão? A servidão da lei de Jeová; é só ler Gl.5:1-4.

Pobre povo judeu. O messias veio para eles, mas eles não o receberam, porque a graça anula a lei, e eles estavam cegos pela lei de Jeová. João assim falou: “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo.1:9-11). O temor cega. Jeová declarou que o princípio da sabedoria é o temor de Jeová (Pv.1:7; 9:10; Sl.111:10). E Jeová declarou:“Porém tão certo como eu vivo, que a glória de Jeová encherá toda a terra, e que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz na terra do Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram a minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei”   (Nm.14:21-23).

Eu pergunto: Que glória eles viram no Egito, e que sinais? Serpente engolindo serpentes, água virando sangue e morrendo os peixes, e houve podridão e fedor, pragas das rãs, praga dos piolhos, praga das moscas, praga da peste nos animais, praga da saraiva, praga dos gafanhotos, praga das trevas, praga da morte dos primogênitos. Essa glória é muito diferente da glória, da graça e da verdade, que é a glória do Pai de Jesus. As pragas do Egito revelaram a glória de Jeová; a graça e a verdade vieram do verbo encarnado, e revelaram a glória de Deus, o Pai.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(484) – OS DOIS ADÕES – I

 OS  DOIS  ADÕES    I

A Bíblia revela que existem dois Adões. É Paulo quem o diz: “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante” (I Co.15:45).Qual dos dois é o mais importante para nós hoje? Alguém pode dizer: É o primeiro, pois sem ele nós não existiríamos! Eu, porém, afirmo que o último, Jesus Cristo, é o mais importante, pois, se não existíssemos, não teríamos também consciência de nada, mas como temos consciência, se Cristo não ressuscitasse dos mortos, estaríamos condenados conscientemente. Diz Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados; e os que dormiram em Cristo estão perdidos” (I Co.15:17-18). O primeiro Adão legou-nos como herança a morte; o último legou-nos como herança a ressurreição. Dessa forma todos morrem a partir do primeiro Adão, e assim também todos serão vivificados em Cristo, o último Adão (I Co.15:21-22). Não está claro que o último Adão é infinitamente mais importante que o primeiro?

O interessante a notar, é que ambos os Adões, tem forças iguais. Um para o bem, o outro para o mal; o primeiro para o mal; o último para o bem. O apóstolo Paulo retrata como muita precisão e sabedoria as duas forças, que parecem proceder de fontes diferentes. Leiamos o texto:

  1. “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos” (Rm.5:15).
  2. E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação(Rm.5:16).
  3. “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” (Rm.5:17).
  4. “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida” (Rm.5:18).
  5. “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um, muitos serão feitos justos” (Rm.5:19).
  6. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse. Mas onde o pecado abundou, superabundou a graça, para que, assim como o pecado reinou pela morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo nosso Senhor” (Rm.5:20-21).

O primeiro Adão é tido por Paulo como o único responsável pela queda de toda a humanidade, e pela condenação de todos. Paulo é quem afirma isso, dizendo: “Como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm.5:12). E disse mais o apóstolo: “Porque todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus” (Rm.3:23). Analisemos o assunto cientificamente. Na escola o professor de física ensina que toda força exige uma outra de igual intensidade, porém contrária, para anulá-la. E Paulo diz:“Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”           (I Co.15:22).

Quem mata ou tira a vida é Jeová, pois era o cabeça dos homens: “Jeová é o que tira a vida, e a dá; faz descer à sepultura, e faz subir. Jeová empobrece e enriquece; abaixa e também exalta” (I Sm.2:6-7). “De Jeová é a terra e a sua plenitude, o mundo e todos os que nele habitam” (Sl.24:1). “Jeová olha desde os céus, e está vendo todos os filhos dos homens; da sua morada contempla todos os moradores da terra. É ele que forma o coração de todos eles” (Sl.33:13-15).

Ora, Adão foi um instrumento na mão de Jeová, pois só Jeová podia levar toda a humanidade ao pecado e à morte. A lei que Jeová deu leva o homem ao conhecimento do pecado e ao afastamento de Deus(Rm.3:20). A lei que Jeová deu é a força do pecado (I Co.15:56). A lei que Jeová deu produz no homem paixões pecaminosas que o destroem. Jeová é o primeiro Adão!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(483) – AMOR NO VELHO TESTAMENTO – II

AMOR  NO  VELHO TESTAMENTO    2

A grande pergunta que se faz, é: Havia amor no Velho Testamento? Analisemos as palavras de Jesus:“Ouviste o que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. POIS, Se amardes os que vos amam, que GALARDÃO HAVereis? Não fazem os PUBLICANOS também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também o mesmo? Sede vós pois perfeitos, como É perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt.5:43-48).

Para Jesus, o amor natural não é amor, mas o é o sobrenatural. Amar os inimigos é amor sobrenatural, bendizer os que nos maldizem é amor sobrenatural, fazer bem aos que nos odeiam e orar de coração pelos que nos maltratam e perseguem é amor sobrenatural, pois não é normal no ser humano. O normal no ser humano é evitar o inimigo, e prevenir-se para o caso de confronto. Bendizer os que nos maldizem, falar bem dos que falam mal de nós, e orar abençoando é demais para um pobre terráqueo. É mais seguro andar armado.

Tiremos algumas conclusões do ensino de Jesus sobre o amor sobrenatural:

  1. Jeová, no Velho Testamento, ordena na sua lei, amar o próximo e aborrecer o inimigo. Quem aborrece o inimigo não busca o bem do tal. Era o que Jeová fazia: Tinha o Egito por inimigo, e buscava o seu mal enviando pragas e pestes, logo, não amava o inimigo, indo contra a palavra de Jesus. Jeová tinha os habitantes de Canaã por inimigos, e buscava destruí-los (Js.11:18-20).Concluímos que em Jeová não havia o amor do Pai de Jesus, e, por extensão, não havia amor no Velho Testamento.
  2. Fazer bem a Israel porque o amava não qualificava Jeová ao nível do Pai de Jesus, que sempre se preocupou em fazer o bem aos que não o amam. João diz: “Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (I Jo.4:10). Paulo declara que nós éramos inimigos de Deus(Rm.5:10).
  3. Jeová mandava a chuva só para os que guardavam os seus mandamentos, isto é, impondo condições (Lv.26:3-4). Se o povo desobedecesse a lei de Jeová, ele retirava as chuvas, e assim a terra não produzia seus frutos, até que o povo morresse de fome (Dt.11:16-17). Novecentos anos mais tarde, quando Judá foi também para o cativeiro, Jeremias confirma o método de Jeová, declarado por Moisés (Jr.3:2-3). Isto quer dizer, que por mais de mil anos Jeová usou este método de matar o seu povo pela fome e pela sede, pois faltando chuva, os poços secam e não há água, e a terra não dá fruto. Jeová mesmo chama a falta de chuva de flechas da fome (Ez.5:16-17). Nesse estado de desespero, as pobres mães perdiam o juízo, e comiam os próprios filhinhos (Ez.5:9-10).Está claro pelas Escrituras, que Jeová não conhecia o amor do Pai, mas só conhecia o ódio, a crueldade e a vingança.
  4. O Pai é diferente, pois fez o seu sol se levantar sobre maus e bons, e faz que a chuva desça sobre justos e injustos, ou melhor, para santos e pecadores.
  5. Para que o homem seja perfeito, Jesus revela o amor de Deus Pai, isto é, o amor sobrenatural, derramado pelo Espírito Santo (Rm.5:5), e com isso revela que a lei de Jeová era imperfeita, pois só ordenava o amor natural e comum tanto a bons como a maus, tanto a justos como a injustos, tanto a homens honestos como a bandidos. Como a lei foi dada por Jeová, ela revela as imperfeições desse deus terráqueo (Hb.7:18-19).

E, se não havia amor no Velho Testamento, também o Pai não estava lá, porque Deus, o Pai, é amor (I Jo.4:7-8).

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira