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(432) – COISAS DO DIABO – I

 COISAS  DO  DIABO  1

  1. A OPRESSÃO: Segundo o Novo Testamento quem oprime é Satanás ou diabo. O apóstolo Paulo disse: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At. 10:38). Moisés, entretanto, diz: “Jeová te ferirá com úlceras do Egito, com hemorróidas, e com sarna, e com coceira, de que não possas curar-te; Jeová te ferirá com loucura, e com cegueira, e com pasmo do coração, e apalparás ao meio dia, como o cego apalpa na escuridade, e não prosperarás nos teus caminhos; porém SOMENTE SERÁS OPRIMIDO E ROUBADO TODOS OS DIAS, E NÃO HAVERÁ QUEM TE SALVE” (Dt. 28:27-29). Eu, toda minha vida, pensei que quem oprimia os homens era sempre Satanás, e Moisés revela que o deus Jeová oprime também. O profeta Amós declara da parte de Jeová: “PORQUE, EIS QUE EU LEVANTAREI SOBRE VÓS, Ó CASA DE ISRAEL, UM POVO, DIZ JEOVÁ DEUS DOS EXÉRCITOS, E OPRIMIR-VOS-Á, DESDE A ENTRADA DE HAMATE ATÉ AO RIBEIRO DA PLANÍCIE” (Am. 6:14). Jó ora a Jeová, dizendo: “DIREI A DEUS: NÃO ME CONDENES; FAZE-ME SABER POR QUE CONTENDES COMIGO. PARECE-TE BEM QUE ME OPRIMAS, QUE REJEITES O TRABALHO DAS TUAS MÃOS E RESPLANDEÇAS SOBRE O CONSELHO DOS IMPIOS?” (Jó 10:2-3). Quando é o diabo, ou o demônio quem oprime, o homem clama a Deus em oração para ser liberto; mas quando é Deus que oprime, a quem clamará o oprimido? Ainda bem que Jeová não é nem Jesus e nem o Pai.
  2. AS TREVAS: Sempre pensei que as trevas fossem ligadas aos demônios e à Satanás, pois Paulo diz: “Dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl. 1:12-13). E Paulo conta que Jesus o libertou do seu povo, e o enviou para evangelizar os gentios, dizendo: “Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão dos pecados, e sorte entre os santificados pela fé em mim” (At. 26:18). Lendo porém o Velho Testamento fiquei arrepiado. Jeová deu a lei do meio das trevas (Dt. 4:11-12). E Moisés repete essas palavras: “Estas palavras falou Jeová a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz, e nada acrescentou; e as escreveu em duas tábuas de pedra, e a mim mas deu. E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas e vendo o monte ardendo em fogo…” (Dt. 5:22-23). E quando Jeová acabou de dar a lei, Moisés chegou às trevas que Jeová estava (Ex. 20:21). O pobre Jó, em angústia clama, dizendo: “Sabei agora que Deus é que me transtornou, e com sua rede me cercou. Eis que clamo: Violência! mas não sou ouvido; grito: Socorro! mas não há justiça. O meu caminho ele entrincheirou, e não posso passar; e nas minhas veredas pôs trevas” (Jó 19:6-8).Jeová faz o mal e depois se oculta nas trevas (Sl. 18:11). O povo de Israel, povo eleito por Jeová para sua glória (Is. 43:7), vivia em trevas (Is. 59:9-10). Satanás é apenas o administrador das trevas de Jeová.
  3.   Paulo diz: “Não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor” (I Co. 10:9-10). Os que tentaram pereceram pelas serpentes, e os que murmuraram, pereceram pelo destruidor. Somos então forçados a entender que o destruidor é o diabo, pois Jesus diz: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenhais vida, e a tenham com abundância” (Jo. 10:10). Qual não foi a minha surpresa ao ler no Velho Testamento as maldições de Jeová (Dt. 28:15), onde está escrito: “JEOVÁ TE FERIRÁ COM A TISICA E COM A FEBRE, E COM A QUENTURA, E COM O ARDOR, E COM A SECURA, E COM A DESTRUIÇÃO DE SEMENTEIRAS” (Dt. 28:22). “Assim servirás aos teus inimigos, que Jeová enviará contra ti, com fome, e com sede, e com a nudez, e com falta de tudo; e sobre o teu pescoço porá um jugo de ferro, até que te tenha destruído” (Dt. 28:48). “E Jeová fará tornar sobre ti todos os males do Egito, de que tu tiveste temor, e se apegarão a ti. Também Jeová fará vir sobre ti toda a enfermidade e toda a praga, que não está escrita no livro desta lei, até que sejas destruído” (Dt. 28:60-61). “E será que, assim como Jeová se deleitava em vós, e fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim Jeová se deleitará em destruir-vos e consumir-vos” (Dt. 28:63).

E eu que pensava que o destruidor era o diabo. Foi Jeová que destruiu toda a humanidade no dilúvio(Gn. 6:7). Foi Jeová que endureceu Faraó, para não se converter com as dez pragas (Ex. 4:20-21; 7:3; 10:1, 20, 27; 11:10; 14:4, 8, 17). Jeová endureceu tantas vezes o coração de Faraó para depois matar os primogênitos, como se Faraó fosse o culpado. Foi o teatro do ódio criminoso. Jeová armou o palco para destruir os primogênitos do Egito (Ex. 12:23).

Temos nas Escrituras um caso fantástico. Acazias, filho de Acabe, começou a reinar em Israel, e caiu pelas grades de um quarto alto. Imediatamente enviou mensageiros perguntar a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararia ou não. Jeová, ofendido, enviou o profeta Elias dizer-lhe que não sararia, mas que certamente morreria por ter consultado outro deus. Acazias enviou um capitão de cinqüenta soldados buscar o profeta, dizendo: Homem de Deus, o rei te diz: Desce. Ao que Elias respondeu: “Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos cinqüenta. Então desceu fogo do céu, e consumiu a ele e aos seus cinqüenta.” O rei enviou outro pelotão e outro capitão, que falou como o primeiro. Elias reagiu da mesma maneira; então desceu fogo do céu e consumiu o capitão e seus cinqüenta homens (I Rs. 1:1-12). Novecentos anos mais tarde, Jesus subia para Jerusalém, e mandou seus discípulos a uma aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada. Mas os samaritanos não o receberam na aldeia pelo seu aspecto pobre e desprezível. Tiago e João, indignados, disseram: “Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu, e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois? Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc. 9:51-56).

Este texto prova que o espírito de Jeová não é o espírito de Cristo, e prova também, que Jeová é o destruidor das almas dos homens. E foi Jesus quem declarou essa verdade.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(431) – A SABEDORIA DE DEUS

A  SABEDORIA  DE  DEUS

Paulo, o apóstolo dos gentios, foi realmente um cristão cheio do Espírito Santo, pois foi quem revelou os maiores mistérios do evangelho (Ef. 6:19). Como pode? Evangelho quer dizer BOAS NOVAS, e estas estão envolvidas em mistério? Por exemplo: Jesus falava por parábolas os mistérios do reino de Deus:“E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado”; (Mt. 13:10, 11). As boas novas do reino de Deus estão ocultas em mistério para todos, inclusive para os judeus. O evangelista Marcos declarou que Jesus só falava por parábolas, mas revelava o sentido espiritual aos discípulos, que também eram cegos (Mc. 4:33-34). Quando Jesus contou a parábola do joio e do trigo, os apóstolos lhe perguntaram (Mt. 13:36)“Explica-nos a parábola do joio do campo?” Isto prova que eram tão cegos como os escribas e fariseus, e também os sacerdotes. Como é que eles ficaram cegos, tão cegos a ponto de crucificar o Messias? O que os cegou foi o Velho Testamento. O apóstolo Paulo é quem revela este mistério. Ele disse: “Falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para a nossa glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu, porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (I Co. 2:7- 8). Analisemos este texto:

A sabedoria de Deus está oculta em mistério, logo, o homem natural não pode entender as coisas do Espírito de Deus porque lhe parece loucura (I Co. 2:14).

A sabedoria de Deus foi por ele ordenada antes dos séculos, logo não foi conhecida no Velho Testamento, isto é, no tempo da lei e dos profetas. Concluímos que a sabedoria dada por Jeová a Salomão não é a sabedoria de Deus, pois se fosse, Salomão teria revelado os mistérios do reino de Deus, o que ele não fez. O livro dos Provérbios fala do homem e seu comportamento. O livro de Eclesiastes fala das loucuras e desvarios do homem. O livro dos Cânticos de Salomão fala do amor carnal e da sensualidade. A sabedoria de Salomão é de séculos passados, que acabou em Cristo, e a sabedoria de Deus foi ordenada antes dos tempos dos séculos (Rm. 10:25; II Tm. 1:9; Tt. 1:2).

O mistério da encarnação do Verbo, não foi manifestada noutros séculos aos filhos dos homens, segundo a palavra de Paulo aos Efésios: “Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação como acima em pouco vos escrevi; pelo que, quando ledes, podeis compreender a minha compreensão do mistério de Cristo, O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas” (Ef. 3:2-5). E Paulo repete no verso nove, dizendo: “E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou” (Ef. 3:9). Esse mistério e a verdadeira sabedoria de Deus nunca foram conhecidos dos principados e potestades nos céus (Ef. 3:10). Na epístola aos Colossenses, o grande apóstolo volta à carga, dizendo:“O MISTÉRIO QUE ESTEVE OCULTO DESDE TODOS OS SÉCULOS, E EM TODAS AS GERAÇÕES, E QUE AGORA FOI MANIFESTADO AOS SEUS SANTOS; AOS QUAIS DEUS QUIS FAZER CONHECER QUAIS SÃO AS RIQUEZAS DA GLÓRIA DESTE MISTÉRIO ENTRE OS GENTIOS, QUE É CRISTO EM VÓS, ESPERANÇA DA GLÓRIA” (Cl. 1:26-27).

O GRANDE MISTÉRIO É QUE JEOVÁ NÃO ERA Deus DOS GENTIOs. Quem são os gentios? Era o nome que designava todas as nações, afora a nação judaica. Gentios são todas as nações cuja religião não é monoteísta, mas politeísta, isto é, que adoram muitos deuses. como os judeus só serviam e adoravam um único Deus, os gentios eram idólatras e abomináveis para os judeus. A palavra gentio vem da palavra hebraica EREB, que quer dizer: MISTURA DE GENTE, pois Israel não se misturava com outros povos. Jeová ordenou a matança de todos os povos de Canaã (Js. 11:19-20). Mas eles não destruíram os povos como Jeová tinha ordenado, antes se misturaram com as nações, e aprenderam as suas obras, e serviram os seus ídolos, que vieram a ser-lhes laço (Sl. 106:34-36). Jeová aborrecia os gentios, e por isso disse: “Jeová é rei eterno; da sua terra serão desarraigados os gentios” (Sl. 10:16; II Rs. 16:3; 21:2).

A sabedoria de Deus, que antes de Cristo nunca foi manifestada aos filhos dos homens, considerava os gentios co-herdeiros, e de um mesmo corpo, como lemos em Ef. 3:4-6; mas a sabedoria de Jeová excluía os gentios, isto é, os outros povos, do corpo de Israel como povo. Tanto é assim, que o destino futuro dos outros povos era serem escravos de Israel. O salmista declarou profeticamente: “Porque Jeová Altíssimo é tremendo, e Rei grande sobre toda a terra. Ele nos submeterá os povos e porá as nações debaixo dos nossos pés” (Sl. 47:2-3).

O Novo Testamento, onde a sabedoria do verdadeiro Deus foi manifestada, lemos: “É PORVENTURA DEUS SOMENTE DOS JUDEUS? E NÃO O É TAMBÉM DOS GENTIOS? TAMBÉM DOS GENTIOS, CERTAMENTE” (Rm. 3:29). Numa discussão em que os cristãos judeus queriam forçar os gentios cristãos a circuncidar e guardar a lei de Jeová, Pedro, tomando a palavra disse: “Varões irmãos, bem sabeis que há muito tempo Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho, e cressem. E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé” (At. 15:7-9).

São, portanto, duas sabedorias: A de Jeová, manifestada à Israel nos séculos que passaram, e a de Deus Pai, que nunca foi manifestada aos filhos dos homens em todos os séculos que se passaram (I Co. 2:7).

Na sabedoria de Jeová só havia salvação para Israel, e na sabedoria do Pai, revelada por Paulo, Deus quer que todos se salvem (I Tm. 2:3-4). Esta é a sabedoria do amor. Glória a Deus!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(430) – VIM PARA QUE TENHAIS VIDA

VIM PARA QUE TENHAIS VIDA

Estas são palavras de Jesus: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenhais vida, e a tenham com abundância” (Jo. 10:10). E disse mais Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo. 11:25). Neste verso Jesus declara que ele é a vida, e que comunica a vida àqueles que estão mortos, logo Jesus não mata ninguém; falamos de morte espiritual, pois Paulo diz: “E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas” (Cl. 2:13). A morte espiritual é o prêmio do pecado: “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm. 6:23). Certa vez, uns samaritanos não receberam Jesus em sua aldeia. Tiago e João, que adoravam Jeová como deus verdadeiro, disseram: “Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu, e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se porem, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois? Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc. 9:51-56). Duas grandes verdades encontramos aqui:

1) O Espírito de Cristo não é o mesmo de Jeová.

2) Jeová destrói a alma dos homens e Jesus as arranca da morte pela ressurreição batismal. É Paulo que declara isso: “SEPULTADOS COM ELE NO BATISMO, NELE TAMBÉM RESSUSCITASTES PELA FÉ NO PODER DE DEUS, QUE O RESSUSCITOU DOS MORTOS” (Cl. 2:12). Paulo registra a mesma doutrina em Rm. 6:4-8.

Jeová destrói as almas dos homens, pois ele mesmo declarou: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez. 18:4). Mas antes da lei Jeová destruía as almas dos homens. Antes do dilúvio, Jeová declarou:“Destruirei de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até ao animal” (Gn. 6:7).

Sobre a morte de todos os primogênitos na terra do Egito, lemos: “Porque Jeová passará para ferir os egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as umbreiras, Jeová passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas” (Ex. 12:23). A impressão que dá, é que o destruidor é outro, mas o que está escrito revela que Jeová é o destruidor: “E aconteceu, à meia noite, que Jeová feriu a todos os primogênitos na terra do Egito” (Ex. 12:29). Em Ex. 13:15 lemos novamente que Jeová matou os primogênitos. Não há dúvida. Jeová é o destruidor das almas, e Jesus Cristo é o Salvador das almas. Com Jeová está a morte, por isso Davi declara: “A JEOVÁ, O SENHOR, PERTENCEM AS SAÍDAS DA MORTE” (Sl. 68:20). E o próprio Jeová responde a Moisés, quando este disse: “Rogo-te que me mostres a tua glória”. A resposta foi: “NÃO PODERÁS VER A MINHA FACE, PORQUANTO HOMEM NENHUM VERÁ A MINHA FACE, E VIVERÁ” (Ex. 33:18-20). Esta declaração de Jeová se opõe à de Jesus, que disse:“Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo. 6:40).

Jeová é diferente. Ele é tão apegado aos mortos que fundou um reino de cadáveres espirituais, pois no Velho Testamento todos estavam mortos em delitos e pecados. Este mistério é revelado por Paulo, que disse: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só – Jesus Cristo”. (Rm. 5:17). Paulo está revelando que, espiritualmente todos estavam mortos antes de Cristo, por causa do pecado. Só em Jesus os homens saem da morte, por isso ele mesmo declarou: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo. 5:24).

Ora, Jeová fundou o seu reino mil e seiscentos anos antes de Cristo, portanto, um reino de mortos espirituais. Um reino de defuntos espirituais, pois todos os pecadores estão mortos nos pecados, por isso Jesus disse a um discípulo que queria segui-lo, mas precisava primeiro sepultar seu pai que havia morrido: “Segue-me, e deixa aos mortos sepultar os seus mortos” (Mt8:22). E o apóstolo dos gentios novamente fala disso, dizendo: “ESTANDO NÓS AINDA MORTOS EM NOSSAS OFENSAS, NOS VIVIFICOU JUNTAMENTE COM CRISTO (PELA GRAÇA SOIS SALVOS)” (Ef. 2:5). Notem que Paulo disse: “Estando nós ainda mortos”. Paulo era um religioso fiel e observador da lei nos mínimos detalhes. Ele é que proclama essa verdade: “SE ALGUM OUTRO CUIDA QUE PODE CONFIAR NA CARNE, AINDA MAIS EU, CIRCUNCIDADO AO OITAVO DIA, DA LINHAGEM DE ISRAEL, DA TRIBO DE BENJAMIM, HEBREU DE HEBREUS; SEGUNDO A LEI, FARISEU, SEGUNDO O ZELO, PERSEGUIDOR DA IGREJA, SEGUNDO A JUSTIÇA QUE HÁ NA LEI, IRREPREENSÍVEL” (Fp. 3:4-6). Se Paulo, um judeu fiel à lei, e irrepreensível, declara que estava morto em delitos e pecados, todos os judeus estavam mortos, como também todo o Israel que formava o reino e Jeová. JEOVÁ É O REI DOS MORTOS.

E Jeová revela por boca de Isaías, que vai criar um novo céu e uma nova terra, dizendo: “Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante de minha face, diz Jeová, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz Jeová. E SAIRÃO, e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu bicho nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne” (Is. 66:22-24).

Jeová não abre mão dos mortos, nem no novo céu e na nova terra. E os que adoram a Jeová, horrorizados, eternamente são condenados a contemplar essa montanha de cadáveres em decomposição, sendo comidos por vermes. Isso não é um novo céu, mas um novo inferno.

Os salvos por Cristo irão para o reino celestial de Deus (II Tm. 4:18; I Pd. 1:3-4), e João, o apóstolo do amor, descreve o quadro: “E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia; e reinarão para o todo sempre” (Ap. 22:3-5).

Esta é a vida abundante que Jesus nos dá nesta vida, e na outra!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(429) – A JUSTIÇA DA LEI DE JEOVÁ – II

A JUSTIÇA DA LEI DE JEOVÁ 2

Jeová fala através do profeta Ezequiel, dizendo: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” (Ez. 18:20). Este texto concorda com o texto dos livros da lei: “Os pais não morrerão pelos filhos nem os filhos pelos pais; cada qual morrerá pelo seu pecado” (Dt. 24:16).

Falando sobre a conversão do ímpio, Ezequiel fala da parte de Jeová, o mentor da lei, dizendo: “Se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá. De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou viverá. Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o senhor Jeová; não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?” (Ez. 18:21-23). Que justiça é essa de Jeová? Digamos, hipoteticamente, que o ímpio foi autor de vinte latrocínios, dez estupros, centenas de mentiras, é beberão, violento e egoísta. Deixou vinte viúvas e quarenta órfãos. No final, converte-se a Jeová, e não haverá mais lembranças dos seus crimes porque se converteu a Jeová? O rastro de sangue, de desgraças, de infelicidade, de pranto, tudo é apagado aos olhos de Jeová? Onde está o cumprimento da lei que diz: “Visitarei a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex. 20:5). Como entender esse perdão incondicional? O que se converte, o passado é apagado, e o que não se converte Jeová visita iniqüidade até a terceira e quarta geração? Mas a lei foi dada por Jeová para o povo já salvo, para Israel. Por outro lado, se a conversão apaga os crimes passados, isso é um estimulo ao pecado. O individuo peca bastante pois sabe que, se ele se converter, todo o mal cometido é apagado para sempre. Eu conheci um cristão, que sumiu da igreja com seus dezoito anos. Depois de uns dez anos encontrei-o com um charuto na boca, e acompanhado de uma mulher de má reputação. Ao vê-lo perguntei: Que houve com você? Ele respondeu: Quando eu for velho eu me arrependo e volto.

Ezequiel continua, dizendo: “Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniqüidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá” (Ez. 18:24). Que ensinamento podemos tirar destes dois casos?

Primeiramente, no Novo Testamento está escrito: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” (Rm. 3:10). Com isto concorda o Salmo 14 que diz: “Jeová olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl. 14:2-3). Se não há, e nunca houve um justo, como Jeová fala também que há justos, os quais vivem pela própria justiça?

Em segundo lugar, sobre a vida, lemos o que Paulo escreveu: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só – Jesus Cristo” (Rm. 5:17). Paulo explica o mistério da morte espiritual, estabelecida pelo próprio Jeová desde Adão, no Jardim do Edem: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12).Paulo está explicando que, desde Adão até Jesus, todos são pecadores, e por isso pecam. E Paulo diz mais: “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Co. 15:22). E o próprio Jesus disse, quando um discípulos falou: “Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt. 8:21-22). É doutrina fundamental do Novo Testamento, em todas as igrejas, que todos estão espiritualmente mortos até se converterem a Jesus, por isso Jesus falou: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo. 5:24).

Se todos os homens estavam espiritualmente mortos no tempo de Jeová, isto é, no Velho Testamento, por que Jeová falou que quem pecasse contra a sua lei, morreria? É claro que não se tratava de morte espiritual, pois, como vimos, estavam todos mortos. A morte da qual Jeová falava era a física. Nadabe e Abiu, filhos de Arão, pecaram e morreram imediatamente (Lv. 10:1-2). Jeová matou Er, filho de Judá, porque era mau (Gn. 38:6-7). Jeová matou Onã, filho de Judá, porque também era mau (Gn. 38:8-10).Jeová tapou os ouvidos de Ofni e Finéias para que não ouvissem os conselhos de seu pai, o sacerdote Eli, porque eram maus, e Jeová os queria matar (II Sm. 2:22-25). Uzá foi morto por Jeová porque era fiel, mas segurou a arca do concerto que caía do carro (II Sm. 6:6-7). A arca de Jeová estava nas mãos dos filisteus. Jeová feriu os filisteus com praga de ratos, e terríveis hemorróidas. Vencidos, os filisteus enviaram a arca a Bete-Semes num carro puxado por vacas. Os homens de Bete-Semes olharam, por curiosidade, dentro da arca, e Jeová matou cinqüenta mil deles (I Sm. 6:19).

Matando tanta gente assim, Jeová lhes tirava a chance de passarem da morte para a vida. Se tirava a chance de que alguns deles se arrependerem para serem salvos, é porque não tinha nenhuma intenção de salvá-los. As centenas de milhares que Jeová salvou no Egito por mão de Moisés, matou no deserto. Se matou, tirou a chance de arrependimento, isto porque não queria salvá-los (Hb. 3:17-18). O povo de Israel passava o tempo clamando assim: “Por que, ó Jeová, nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Faze voltar, por amor dos teus servos, as tribos da tua herança” (Is. 63:17). Se Jeová fazia desviar do caminho, queria destruir; se endurecia o coração, é porque não amava, e queria matar. Se deu uma lei que desperta as paixões que matam, enganava para matar (Rm. 7:54; Jo. 1:17).

Mas Deus, que é Pai, e é amor, enviou o seu filho Jesus Cristo só para salvar, nunca para condenar e destruir (Jo. 3:16-17).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(428) – A JUSTIÇA DA LEI DE JEOVÁ – I

A JUSTIÇA DA LEI DE JEOVÁ I

A Bíblia faz referência a duas justiças. Uma no Velho Testamento, e outra no Novo Testamento. A justiça da lei de Jeová, e a justiça da fé em Jesus Cristo. Estas duas justiças são incompatíveis. Não há nenhuma relação entre as duas. A justiça da lei consiste na observância dos mandamentos de Jeová, dados no monte Sinai. Disse Jeová: “Os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles; eu sou Jeová” (Lv. 18:5). Sobre este assunto o profeta Ezequiel diz: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” (Ez. 18:20). Fica assim provado que a justiça da lei dependia da observância e obediência à lei de Jeová.

A justiça da fé não inclui a obediência à lei a aos estatutos de Jeová, mas crer no sacrifício de Cristo na cruz por amor dos pecadores. Essa é a justiça da fé, que exclui as obras da lei. Na lei, os méritos são do homem; na fé os méritos são de Cristo Jesus.

Jeová diz: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec. 7:20). E Paulo confirma: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3:23). E no Velho Testamento, os pecadores eram todos mortos. Jeová disse: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá” (Ez. 18:4). Era, portanto, impossível ao israelita ser justificado pela lei de Jeová.

Paulo, comparando as duas justiças, disse: “Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como pelas obras da lei; tropeçaram na pedra de tropeço” (Rm. 9:30-32).

Analisemos alguns pontos da lei de Jeová:

1Está escrito na lei: “Eu visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex. 20:5). Em decorrência dessa determinação da lei, Isaías diz: “Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais” (Is. 14:21). Mas no livro de Deuteronômio está escrito: “Os pais não morrerão pelos filhos nem os filhos pelos pais; cada qual morrerá pelo seu pecado” (Dt. 24:16). Onde está a verdade: Em Ex. 20:5 ou em Dt. 24:16. Onde está a justiça?

2. Na lei está escrito: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva” (Ex. 20:17). No livro de Deuteronômio lemos outra coisa: “Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e Jeová teu deus os entregar nas tuas mãos, e tu deles levares prisioneiros, e tu entre os presos vires uma mulher formosa à vista, e a cobiçares, e a queiras tomar por mulher, então a trarás para a tua casa” (Dt. 21:10-12). Ou Jeová tem dois pesos, ou faz acepção?

3. Jeová diz na sua lei: “A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão” (Lv. 18:16). Nos livros da lei Jeová ordena outra coisa: “Quando alguns irmãos morarem juntos, e algum deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do defunto não se casará com homem estranho de fora; seu cunhado entrará a ela, e a tomará por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela” (Dt. 25:5). No livro de Levíticos proíbe descobrir a nudez do irmão, e no livro de Deuteronômio ordena descobrir a nudez do irmão morto para que o filho que nascer seja filho do defunto? (Dt. 25:5-6). Se o filho era tão importante por que Jeová o Todo poderoso El Shaday o deixou morrer sem gerar filhos, e assim cria um fato para quebrar a própria lei? Onde está a justiça da lei?

4.  No decálogo, o sexto mandamento diz: “Não matarás” (Ex. 20:13; 31:18; Dt. 9:10). E, como está nos textos citados, os mandamentos foram escritos pelo dedo do deus Jeová. Mas, por outro lado, no livro de Deuteronômio, na segunda lei de Jeová, lemos: “Quando te incitar teu irmão, filho da tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu seio, ou o teu amigo, que te é como a tua alma, dizendo em segredo: Vamos e sirvamos a outros deuses que não conhecestes, nem tu nem teus pais; dentre os deuses dos povos que estão em redor de vós, perto ou longe de ti, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade; não consentirás com ele, nem o ouvirás, nem o teu olho o poupará, nem terás piedade dele, nem o esconderás; mas certamente o matarás; a tua mão será a primeira contra ele, para o matar; e depois a mão de todo o povo; e com pedras o apedrejarás, até que morra” (Dt. 13:6-10). Matarás, ou não matarás? Qual o critério de justiça? Não poderia o irmão fiel tentar ganhar o irmão desviado como Jesus ordena no evangelho de Mateus? “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu” (Mt. 18:15-18).

Jeová, além de dar dois mandamentos contrários, coisa que compromete os princípios mais elementares da justiça, ainda obriga um irmão a assassinar friamente seu irmão, ou seu filho, ou sua filha, sem lhe dar nenhuma chance de arrependimento. É por isso que a lei foi revogada (anulada), por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nada aperfeiçoou) Hb. 7:18-19.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(427) – O JUIZ 1

O JUIZ

Abraão aclama Jeová como o juiz de toda a terra. Foi assim: “E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio? Se porventura houver cinqüenta justos na cidade, destruí-los-ás também, e não pouparás o lugar por causa dos cinqüenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o juiz de toda a terra? Então disse Jeová: Se eu em Sodoma achar cinqüenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles” (Gn. 18:23-26).

Jeftá também, quando foi convidado pelos anciãos de Gileade para guiar o exército contra os filhos de Amom, que pelejavam contra Israel, tentou dialogar sobre o assunto, mas não foi ouvido. Então disse:“Jeová, que é juiz, julgue hoje entre os filhos de Israel e entre os filhos de Amom” (Jz. 11:27).

Jeosafá, rei de Judá, foi bom rei, e era filho de Asa, ótimo rei (II Cr. 16:13-14; 17:1). E Jeosafá estabeleceu juízes em todas as cidades, dizendo aos juízes: “Vede o que fazeis; porque não julgais da parte do homem, senão da parte de Jeová, e ele está convosco no negócio do juízo” (II Cr. 19:5-6). “Mas Jeová é o juiz; a um abate, e a outro exalta” (Sl. 75:7). “Ó Jeová, a quem a vingança pertence, ó deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente. Exalta-te, tu, que és juiz da terra; dá o pago aos soberbos” (Sl. 94:1-2). “Buscai a Jeová, e a sua força; buscai a sua face continuamente. Lembrai-vos das maravilhas que fez, dos seus prodígios e dos juízos da sua boca. Vós, descendência de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos. Ele é Jeová, nosso deus; os seus juízos estão em toda a terra” (Sl. 105:4-7). E Isaías termina dizendo: “Porque Jeová é o nosso juiz; Jeová é o nosso legislador; Jeová é o nosso rei; ele nos salvará” (Is. 33:22). Jeremias, o profeta chorão, em tribulação assim falou: “Mas, ó Jeová dos Exércitos, justo juiz, que provas os rins e o coração, veja eu a tua vingança sobre eles; pois a ti descobri a minha causa” (Jr. 11:20).

Se Jeová era deus havia de ser justo, como declarou: Abraão (Gn. 18:23-26). O profeta Ezequiel, entretanto, fala da parte de Jeová, dizendo: “Filho do homem, dirige o rosto contra Jerusalém, e derrama as tuas palavras contra os santuários, e profetiza contra a terra de Israel. E dize à terra de Israel: Assim diz Jeová: Eis que sou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio. Por isso eu hei de exterminar do meio de ti o justo e o ímpio, a minha espada sairá da bainha contra toda carne, desde o Sul até o Norte. E saberá toda carne que eu, Jeová, tirei a minha espada da bainha; nunca mais voltará a ela” (Ez. 21:2-5). Como pode ser isso? A Abraão, Jeová, o juiz de toda a terra, declarou que se em Sodoma houvessem dez justos, pouparia milhares de ímpios por amor dos dez justos, e agora, em Jerusalém, mata todos os justos juntamente com os ímpios por aborrecer os ímpios? Como pode um deus mudar tanto assim? Ainda mais que declarou que é sempre o mesmo, e não muda. Ele declarou o seguinte: “Porque eu, Jeová, não mudo; por isso, vós, os filhos de Jacó, não sois consumidos” (Ml. 3:6). Como podem os cristãos crer num deus que afirma a seus servos uma coisa, e em outra ocasião age de modo contrário, e depois afirma que é imutável? Esse deus deve fazer parte do poder maligno que submeteu toda a criação à vaidade e à servidão da corrupção, da qual falou Paulo em Rm. 8:19-23, que sofreu uma violenta intervenção com a descida de Jesus Cristo a este mundo, mas que só terá fim com a volta de Jesus para buscar os santos.

Se toda a criação ficou sujeita a vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, e o estado permanente das criaturas é a servidão da corrupção, como pode Jeová ser o juiz desse sistema, que não está sob a direção de Deus, mas de um poder maligno, que destronou a Deus?

Se Jeová é o Deus supremo e infalível, como afirmam os doutores e os pregadores, como permitiu que um poder tenebroso, porém menor, submetesse toda a criação? É o próprio Jeová que afirma que não há deus que se levante contra ele, e ninguém escapa de suas poderosas mãos (Dt. 32:39). E Jeová diz mais: “Este é o conselho que foi determinado sobre toda esta terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque Jeová dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem pois a fará voltar atrás”? (Is. 14:26-27). Só que o conselho determinado por Jeová não foi respeitado, e apesar de ter a mão levantada, o poder maligno assumiu a direção de toda a criação, impondo a servidão da corrupção até a volta de Jesus.

Deus, o Pai do Senhor Jesus Cristo, é amor (I Jo. 4:8). E o amor não faz mal (Rm. 13:10). E Paulo aconselha, dizendo: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm. 12:21). “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Co. 13:7). Deus, que é amor, não entra em guerra com as suas criaturas. Jeová entra em guerra com todo o seu povo, usando como principal arma, o mal: “Porque pus o meu rosto contra esta cidade para mal, e não para bem, diz Jeová” (Jr. 21:10).

O Pai, que só faz o bem, não julga a ninguém, mas deu ao Filho todo o juízo (Jo. 5:22). E como só faz o bem, por amor o mundo, e de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo. 3:16-17).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(426) – SERVIDÃO DA CORRUPÇÃO – III

SERVIDÃO DA CORRUPÇÃO 3

O apóstolo Paulo faz a seguinte declaração: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou. Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm. 8:18-23). Neste texto lemos as seguintes revelações de caráter assustador:

1. Toda a criação está submetida a um poder maligno, tenebroso e injusto.

2. O jugo maligno a que está sujeita a criação é a VAIDADE. Que vem a ser vaidade? São as coisas vãs e fúteis. Desejo de brilhar, de atrair a admiração dos outros. Presunção ridícula, fatuidade, ostentação, vanglória. O antônimo da vaidade é a modéstia. A definição de vaidade retrata com fidelidade o mundo em que vivemos. Salomão, o sábio, disse: ‘Avel avalim, amar koelet, avel avalim, avel, avel’. Em português: “Vaidade de vaidades! diz o pregador, vaidade de vaidades! é tudo vaidade” (Ec. 1:2). O rico tem vaidade da riqueza que possui; o sábio tem vaidade da sabedoria; o rei tem vaidade do trono e do poder; o cantor tem vaidade da sua fama; o poeta do seu dom; a beleza física de uma mulher é a sua vaidade, ainda que seja ignorante; os atores teatrais são vaidosos; a moda vive da vaidade; anéis, braceletes, colares, pendentes, jóias, brincos, é tudo vaidade. Os habitantes de uma grande nação são soberbos. Um homem musculoso anda exibindo o bíceps.A vaidade é a mãe de todos os males. Um homem de grande habilidade comercial valoriza-se. O ato de valorizar-se revela vaidade, e leva a soberba. O mesmo acontece em outras áreas da atividade humana. Houve época em que a prostituta se escondia de vergonha. Agora é chique exibir-se despudoradamente.O fato é que o mundo está debaixo de um governo tenebroso e maligno de corrupção. É a servidão da corrupção que o texto de Paulo revela.

3. Nessa esfera negra de ódio, traição, guerras, pestes, mentiras, atrocidades, crimes, roubos, sodomia, lesbianismo, adultérios, pedofilia, bestialidade, vícios, drogas, sedução, ilusões e engano, não há filhos de Deus, pois Paulo diz que a criatura será libertada da servidão da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de Deus. E a criação geme e está com dores de parto (Rm. 8:21-22).Como Deus, o Pai, não gera filhos na carne, até Jesus não havia filhos de Deus. O apóstolo João declara, a respeito da encarnação de Jesus Cristo: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo. 1:1213). Os filhos de Deus só surgiram no Novo Testamento.

4. Se a criação estava sujeita a vaidade, debaixo de uma servidão da corrupção imposta por um poder diabólico, Deus, o Pai, não estava no governo deste mundo, mesmo porque este mundo é um abismo(Sl. 104:5-6), e o abismo é a morada dos mortos (Rm. 10:6-7); e o abismo é o inferno, onde reina Satanás (Is. 14:13-15), e Deus não se senta no trono de Satanás.

Toda a cristandade de todas as denominações ouve os teólogos pregarem sobre a maior figura bíblica. Nos dias de José, no Egito, o povo de Israel se multiplicou muitíssimo. Com a morte de José, o novo Faraó impôs uma carga pesada para o povo, um jugo insuportável. Jeová apareceu a Moisés na sarça, e o enviou como libertador, com uma vara milagrosa. Com a vara, Moisés fez grandes sinais, produzindo pragas terríveis. A décima, que foi a morte dos primogênitos, liquidou com Faraó, que deixou o povo sair livre, para ir à terra de Canaã, terra abençoada e frutífera (Ex. 3:7-10).

Pregam todos os intérpretes que o Egito é a figura do mundo em que vivemos. A escravidão do povo hebreu é figura da servidão do pecado. O povo de Israel é figura dos cristãos. Moisés é figura de Jesus. Faraó é figura de Satanás, como diz Ezequiel: “Assim diz o senhor Jeová: Eis-me contra ti, ó Faraó, rei do Egito, grande dragão” (Ez. 29:3). E no Apocalipse lemos que o dragão é Satanás (Ap. 12:9). Sendo assim, da mesma forma que Israel estava submetida a Faraó, o povo de Deus, isto é, a cristandade está submetida a Satanás, e não a Deus. A figura tem de ser completa. É por isso que João declara que o mundo jaz no maligno (I Jo. 5:19). E Paulo também declara que toda a criação estava sujeita a vaidade, e a servidão da corrupção até a encarnação de Jesus. Se estava submetida ao poder satânico e às trevas, Deus não estava no governo deste mundo.

Como pode ser que Jeová tenha declarado que governa este mundo? “Porque o reino é de Jeová, e ele domina entre as nações” (Sl. 22:28). “Ele domina eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebeldes” (Sl. 66:7). “Dizei entre as nações: Jeová reina; o mundo também se firmará para que se não abale. Ele julgará os povos com retidão” (Sl. 96:10).

Se, pela lógica, Deus não estava no governo deste mundo antes de Cristo, e Jeová afirmava governar este mundo, ou Jeová estava subordinado ao poder maligno, ou Jeová foi vencido pelo maligno, ou Jeová é o maligno. O fato é que Jeová declara que todo e qualquer mal que aconteça numa cidade, esse mal vem dele (Amós 3: 6). Como pode vir dele se toda a criação está sujeita à vaidade por um poder maligno de corrupção?

Graças a Deus, Jesus desceu do céu e disse: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt. 4:17).

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(425) – SERVIDÃO DA CORRUPÇÃO – II

SERVIDÃO DA CORRUPÇÃO 2

Jeová afirma que é o criador de todas as coisas, por isso declarou: a Abraão que é El Shaday, o Todo poderoso (Gn. 17:1). Ele disse: “Assim diz deus, Jeová, que criou os céus, e os estendeu, e formou a terra, e tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela” (Is. 42:5).E disse mais: “Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com o meu braço estendido, e a dou àquele que me agrada em meus olhos” (Jr. 27:5). Este último texto deixa claro que, Jeová tem o domínio total sobre este mundo desde que foi criado, e como Jeová é o Todo poderoso é ele que dá este mundo a quem quer, contanto que agrade a seus olhos. No livro do profeta Daniel lemos uma declaração profética da Sagrada Escritura: “Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e os dá a quem quer, e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles” (Dn. 4:17). No livro dos Salmos lemos: “Teus são os céus, e tua é a terra; o mundo e a sua plenitude tu os fundaste” (Sl. 89:11). “De Jeová é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl. 24:1). E esta verdade, segundo as Escrituras, permanece inalterável desde a fundação deste mundo, por isso Isaías disse: “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antigüidade, que eu sou deus, e não há outro deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” (Is. 46:9-10). É por isso que Asafe diz: “Levanta-te, ó Jeová, e julga a terra, pois te pertencem todas as nações” (Sl. 82:8). “Jeová reina; tremam as nações; ele está entronizado entre os querubins; comova-se a terra” (Sl. 99:1). “Porque o reino é de Jeová, e ele domina entre as nações” (Sl. 22:28). “Ele domina eternamente pelo seu poder; os seus olhos estão sobre as nações; não se exaltem os rebeldes” (Sl. 66:7).

O domínio de Jeová como deus, neste mundo, em que é chamado rei, e se declara rei (Is. 43:15). Jeová mesmo se declara O REI: “Moabe está destruído, e subiu das suas cidades, e os seus mancebos escolhidos desceram à matança, diz o rei, cujo nome é o Senhor dos Exércitos” (Jr. 48:15). Esse domínio, esse governo de Jeová, é tão absoluto que Davi diz: “Jeová tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei a Jeová, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens obedecendo à voz da sua palavra” (Sl. 103:19-20).

Como Jeová reina sobre as nações e reinos este mundo, diz a Escritura: “Trema perante ele, trema toda a terra; pois o mundo se firmará, para que se não abale” (I Cr. 16:30). “Jeová reina; está vestido de majestade. Jeová se revestiu e cingiu de fortaleza; o mundo também está firmado, e não poderá vacilar” (Sl. 93:1).

A este governo divino e infalível, a este poder, a esta providência, a esta ordem fantástica, a Escritura Sagrada sobrepõe a glória de Jeová: “Contai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas” (I Cr. 16:24). “Daí a Jeová, ó famílias das nações, daí a Jeová força e glória. Daí a Jeová a glória do seu nome; trazei presentes, e vinde perante ele: adorai a Jeová na beleza da sua santidade” (I Cr. 16:28-29). “Bendito seja para sempre o seu nome glorioso, e encha-se toda a terra da sua glória. Amém e Amém” (Sl. 72:19). “Então as nações temerão o nome de Jeová, e todos os reis da terra a tua glória” (Sl. 102:15).

TODAS ESTAS MARAVILHAS GLORIOSAS DO DEUS JEOVÁ QUE REINA SOBRE A TERRA SE TRANFORMAM EM HISTÓRIAS DA CAROCHINHA DIANTE DA DECLARAÇÃO DO APÓSTOLO PAULO, O ENVIADO DE JESUS CRISTO: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou. Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm. 8:20-21).

Paulo revela mais coisas sobre a história do governo glorioso de Jeová: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o princípio das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais também antes andávamos nos desejos da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef. 2:2-3). Como pode ser que os profetas do Velho Testamento tenham afirmado que Jeová reinava e governava entre os povos e nações da terra, se Paulo declara que todos andavam segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar? Qual a relação entre Jeová e Jesus, se Jeová reinava sobre os povos deste mundo, e Jesus declarou aos judeus, seu povo, e povo de Jeová: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo. 8:23). Que relação poderia haver entre Jeová e Jesus, se Jeová põe o mundo no coração dos homens (Ec. 3:11), e João diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (I Jo. 2:15). Que relação poderia haver entre Jeová e Jesus, se Jeová reinava sobre todas as nações da terra (Sl. 47:7-8), e Jesus declarou enfaticamente a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus” (Jo. 18:36).

Jeová reinava no meio da corrupção? Reinava no meio das guerras fratricidas? Reinava em meio à idolatria, mesmo a condenando? Reinava sobre os mortos, pois até a Jesus Cristo reinava a morte? (Rm. 5:12; Jo. 5:24). Jeová reinava onde reinava o diabo? (Lc. 4:5-8; Hb. 2:14-15).

Fica assim provado que não há relação alguma entre Jesus e Jeová, pois não há comunhão entre luz e trevas (II Co. 6:14-15). E toda a criação ficou de tal forma sujeita à vaidade e à servidão da corrupção, que Jesus teve de morrer na cruz por amor aos cativos, e tendo recebido todo poder nos céus e na terra, e havendo ressuscitado dos mortos, subiu aos céus e sujeitou, isto é, submeteu os anjos, as autoridades, e as potências, e sentou-se à dextra de Deus. Paulo diz que o Pai, havendo feito a paz, pelo sangue da cruz de Cristo, por meio dele reconciliou todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus (Cl. 1:19-20). E Jeová, antes de Cristo, passava o tempo sujeitando as nações, e arrotando seu poder e sua glória sobre os cativos.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(424) – SERVIDÃO DA CORRUPÇÃO – I

SERVIDÃO  DA CORRUPÇÃO 1

O apóstolo Paulo faz a seguinte declaração profética: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou. Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm. 8:20-23). Paulo está revelando que um ser tenebroso e maligno submeteu toda a criação de Deus a uma escravidão de corrupção. E esse poder maligno é tão grande, que os salvos por Jesus mediante a fé, também gemem carregados, esperando a volta de Cristo, para que o nosso corpo seja redimido pela ressurreição, pois Paulo mesmo diz: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (I Co. 15:52-53).

  • O que intriga o leitor da Bíblia, no Velho Testamento, é que Jeová diz de si mesmo: “Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Deus comigo; eu mato e eu faço viver, eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão” (Dt. 32:39). E disse mais a Abraão: “Eu sou o El Shaday, o Todo-poderoso” (Gn. 17:1). O Todo poderoso é aquele, cujo poder é o maior poder, isto é, pode tudo. No texto acima Jeová declara que não há nenhum poder acima dele, e que ninguém escapa de sua mão. Paulo, no entanto, revela que havia um outro poder, e maligno, que submeteu toda a criação e as criaturas a um regime de escravidão da corrupção. E mais: Essa servidão da corrupção só vai se desfazer na volta de Jesus Cristo, pela ressurreição dos mortos.

A dúvida que surge é: Ou o poder do mal e do inferno é maior do que o poder de Jeová, e quando ele afirma ser El Shaday, mente; ou Jeová é conivente com as trevas de Satanás (At. 26:18; Jo. 3:19-21; Ef. 5:3-8). Jeová está sempre envolto em trevas (Ex. 20:21). E Jeová se oculta nas trevas (Sl. 18:11).

  • A segunda declaração chocante de Jeová, diz: “Este é o conselho que foi determinado sobre toda esta terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque Jeová dos Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem pois a fará voltar atrás”? (Is. 14:26-27). Determinou o que? Que a servidão da corrupção vai continuar? Que toda criação vai continuar gemendo debaixo do poder das trevas, que sujeitou todas as coisas debaixo da servidão da corrupção? Se Jeová está dando ordens no regime da corrupção, ou é o autor da servidão da corrupção, ou recebe ordens de quem sujeitou.
  • A terceira declaração de Jeová é a seguinte: “Eu, eu sou Jeová, e fora de mim não há salvador. Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz Jeová; eu sou deus. Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is. 43:11-13). Meditemos: Quem Jeová salvou, se toda a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, e toda a criação espera ser libertada da servidão da corrupção? Diz mais Jeová: Eu anunciei e eu salvei. Os que salvou, matou no deserto (Jd. 5). Nem o salvador que Jeová enviou para salvar, se salvou (Dt. 34:1-5). Como pôde Jeová roncar tanto papo, debaixo do jugo da servidão da corrupção, e sem operar nada?
  • Jeová tem uma elevada posição neste regime perverso de escravidão da corrupção existente neste mundo tenebroso. Ele reina sobre as nações: “Porque o reino é de Jeová, e ele domina entre as nações. Todos os grandes da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; como também os que não podem reter a sua vida” (Sl. 22:28-29). Se toda criação está sujeita ao mal e à corrupção, o autor dessa obra deveria reinar sobre as nações, e não Jeová, a não ser que ele seja o autor da servidão da corrupção. Os que descem ao pó são os mortos (Sl. 22:15). E esses se prostrarão perante Jeová? É ele o deus dos mortos e não dos vivos? Como pode Jeová ser rei num regime de corrupção e servidão? Graças a Deus Jesus disse: “O meu reino não é deste mundo” (Jo. 18:36). E Jesus disse mais: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo. 8:23). Jeová é, portanto, o deus deste mundo (II Co. 4:4).Está escrito que Jeová habita em Jerusalém (Ed. 2:68; Sl. 135:21). Habita onde? Jeremias responde: “Naquele tempo chamarão a Jerusalém o trono de Jeová, e todas as nações se ajuntarão a ela, ao nome de Jeová, a Jerusalém” (Jr. 3:17). Mas o reino de Jesus e do Pai não é na terra, mas no céu. Paulo diz: “O Senhor Jesus me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial” (II Tm. 4:18). E disse mais: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp. 3:20-21).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(423) – MANIFESTAÇÃO DE CRISTO – III

MANIFESTAÇÃO DE CRISTO 3

Muitos cristãos imaginam que Jesus Cristo subiu e desceu a este mundo muitas vezes como Jeová, que desceu no Jardim do Edem: “E ouviram a voz de Jeová deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença de Jeová deus, entre as árvores do jardim” (Gn. 3:8).

Quando Abraão tinha noventa e nove anos, Jeová desceu pela segunda vez, e apareceu ao patriarca, dizendo: “Eu sou o El Shaday (deus Todo-poderoso); anda em minha presença e sê perfeito” (Gn. 17:1).Nesta aparição fez com Abraão o pacto da circuncisão (Gn. 17:10).

A terceira vez que Jeová desce à terra, vem acompanhado de mais dois anjos. Estas duas manifestações de Jeová se deram 2.146 anos depois Jeová apareceu a Adão. Entendemos que Jeová desceu e se manifestou a Noé 1.756 anos depois de Adão, por ocasião do dilúvio, porque está escrito que Jeová fechou a arca por fora (Gn. 7:16). E Noé tinha seiscentos anos (Gn. 7:11). Mas voltemos a Abraão:

O motivo desta aparição foi marcar a data do nascimento do filho prometido. Sara era estéril, e Jeová estava prometendo o milagre há vinte e quatro anos. Nesta ocasião, em que Jeová e mais dois anjos cearam com Abraão, Sara preparou bolos, e uma vitela assada e regada com manteiga e leite, Jeová marcou o nascimento tão esperado de Isaque. Sara, incrédula pela demora, riu-se de Jeová (Gn. 18:1-12). Convém lembrar que Abraão também tinha perdido as esperanças e caçoou (Gn. 17:15-17). Em Gn. 21:1-8 deu-se o nascimento milagroso, pois Abraão não se deitou com sua mulher (Hb. 11:11). Depois da morte de Abraão, Jeová se manifestou pessoalmente a Isaque (Gn. 26:1-5). Apareceu de novo a Isaque (Gn. 26:24). O próprio Jeová declara que apareceu pessoalmente a Abraão, Isaque e Jacó (Ex. 6:3).

Outro grande homem a quem Jeová se manifestou pessoalmente foi Moisés, o eleito de Jeová para libertar Israel do jugo de Faraó, no Egito. Foi assim: “Apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Mídia; e levou o rebanho atrás do deserto, e veio ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu o anjo de Jeová em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. E vendo Jeová que se virava para lá a ver, bradou deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés, porque o lugar em que tu estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o deus de teu pai, o deus de Abraão, o deus de Isaque, e o deus de Jacó” (Ex. 3:1-6). E Jeová passou a tratar com Moisés de maneira muito íntima, que numa ocasião em que Miriã e Arão se insurgiram contra Moisés, Jeová se interpôs dizendo: “Ouvi agora as minhas palavras: se entre vós houver profeta, eu, Jeová, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele, mas não é assim com meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras, pois ele vê a semelhança de Jeová. Por que não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?” (Nm. 12:6-8). É estranho que Jeová, que tinha Moisés em tão alto prestígio, o condenasse à morte só pelo fato de ferir a rocha duas vezes (Nm. 20:11-12). Mas o problema maior não é esse. O problema grave para um deus está no fato de passar por cima da sedução e do adultério de Davi, seguido do crime de homicídio contra Urias, para poder casar com a adúltera, crimes previstos na lei. Os adúlteros serão mortos (Lv. 20:10), e quem matar um homem, morrerá (Lv. 24:17). E Jeová assim se refere aos crimes de Davi, por quem quebrou a própria lei, destruindo-a: “Mas por amor de Davi Jeová lhe deu uma lâmpada em Jerusalém, levantando o seu filho depois dele, e confirmando a Jerusalém. Porquanto Davi tinha feito o que parecia reto aos olhos de Jeová, e não se tinha desviado de tudo o que lhe tinha ordenado em todos os dias de sua vida, senão só no negócio de Urias, o heteu” (I Rs. 15:4-5). Jeová nem mencionou o vergonhoso adultério de um homem que tinha seis mulheres e dez concubinas (I Cr. 3:1-3; II Sm. 20:3).

Jeová se manifestou a Isaías, a Jeremias, a Ezequiel, e a outros. Vejamos agora, pela palavra de Deus, quantas vezes Jesus Cristo se manifestou aos homens. É Paulo, o maior apóstolo quem fala: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação como a pouco vos escrevi; pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, O QUAL NOUTROS SÉCULOS NÃO FOI MANIFESTADO AOS FILHOS DOS HOMENS, COMO AGORA TEM SIDO REVELADO PELO ESPÍRITO AOS SEUS SANTOS APÓSTOLOS E PROFETAS” (Ef. 3:1-5). Este mistério esteve oculto em Deus nos séculos que se passaram. Nem os anjos do céu tinham conhecimento do mistério de Cristo (Ef. 3:9-10; Cl. 1:26-27). Se Cristo tivesse se manifestado no Velho Testamento de alguma forma, os anjos saberiam. Vejamos quando Cristo se manifestou:

“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora na consumação dos séculos UMA VEZ SE MANIFESTOU, PARA ANIQUILAR O PECADO PELO SACRIFÍCIO DE SI MESMO” (Hb. 9:24-26). E quando foi essa única vez que Cristo se manifestou? É o mesmo Paulo quem responde: “Sem dúvida alguma grande é o mistério da piedade: AQUELE QUE SE MNAIFESTOU EM CARNE, FOI JUSTIFICADO EM ESPÍRITO, VISTO DOS ANJOS, PREGADO AOS GENTIOS, CRIDO NO MUNDO, E RECEBIDO ACIMA NA GLÓRIA” (I Tm. 3:16).

É isto que é confessar que Cristo veio em carne (I Jo. 4:2-3, 6).

E Jeová se manifestou dezenas, ou centenas de vezes, e Jesus só se manifestou uma vez; fica claro que Jesus não é Jeová, e que a obra de Jeová não é a mesma de Cristo.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(422) – MANIFESTAÇÃO DE CRISTO – II

MANIFESTAÇÃO DE CRISTO 2

Como vimos no folheto ‘A Manifestação de Cristo – I’, a manifestação é tornar público algo que estava oculto. Na carta aos Efésios, Paulo declara que teve a revelação do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens (Ef. 3:3-5). Fica evidente que, se o mistério de Cristo nunca foi manifestado, nunca esteve Jesus no Velho Testamento. Por exemplo: No Velho Testamento fé era mistério oculto, pois Paulo diz: “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar” (Gl. 3:23). Havia fé no Velho Testamento, mas não fé em Jesus Cristo, porque o mistério de Cristo não tinha sido manifestado aos filhos dos homens nos séculos passados.

Jeová deu a lei no monte Sinai, e o povo de Israel passou a ser filho de Jeová pelo concerto da lei. Moisés declarou: “Filhos sois de Jeová vosso deus” (Dt. 14:1). Como não havia sido manifestada a fé em Cristo, aqueles filhos de Jeová não eram filhos de Deus Pai revelado por Jesus. Manifestou-se Jesus através do batismo de João Batista, e a fé foi manifestada (Gl. 3:23). Paulo continua no mesmo texto, dizendo: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo” (Gl. 3:26). Como são dois tipos de filhos de Deus, os que se tornam filhos pela fé em Cristo, não estão mais debaixo da lei, como os filhos de Jeová. Qual a diferença entre as duas famílias? Os filhos de Jeová eram guiados pela lei, e os filhos de Deus Pai são guiados pelo Espírito de Deus (Rm. 8:14).

Depois da ressurreição, a Igreja entre os gentios cresceu muito mediante a fé em Cristo, e sem ter conhecimento da lei de Moisés, que era o guia dos fariseus convertidos. Os da seita dos fariseus que tinham crido, queriam obrigar os gentios a serem circuncidados, e também a guardarem a lei de Moisés. Os apóstolos depois de grande discussão concluíram que a Igreja dos gentios não devia se submeter à lei (At. 15:5-20). O Espírito Santo se manifestou a favor dos apóstolos e contra os crentes da lei velha(At. 15:28-29).

Como pela lei nenhuma carne será justificada diante de Deus Pai, porque pela lei vem o conhecimento do pecado, os israelitas eram justificados diante de Jeová pelos sacrifícios da lei (Rm. 3:20; Lv. 4:20, 26, 31, 35; 5:10, 13, 16, 18; 19:22; Nm. 15:25-28). Aqueles sacrifícios aceitos por Jeová, não agradavam a Deus Pai. Na carta aos Hebreus está escrito: “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis que aqui venho (no principio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei)” (Hb. 10:4-8).

O fato é que Jeová ordenou a lei dizendo: “Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo o lugar, onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti, e te abençoarei” (Ex. 20:24). E estes sacrifícios da lei eram agradáveis a Jeová: “Assim queimarás todo o carneiro sobre o altar; é um sacrifício para Jeová, cheiro suave; uma oferta queimada a Jeová” (Ex. 29:18).

Os sacrifícios pelos pecados eram aceitos por Jeová, e os pecados eram perdoados; mas diante de Deus não havia justificação, e o perdão não valia nada como em Nm. 14:19-23, que Jeová perdoou e depois condenou os perdoados. A conclusão que chegamos é que o que a lei abrangia sacrifício pelos pecados, holocaustos agradáveis a Jeová, mandamentos, estatutos, juízos, festas, sábados, comemorações, dias, meses e anos, altares, etc. e nada aperfeiçoava os homens, por isso Paulo declarou: “E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por Jesus é justificado todo aquele que crê” (At. 13:39).

O próprio Jeová, enfadado daquele povo pecador oferecer sacrifícios no altar, e de continuar na carne, no pecado, na corrupção, na malícia, na idolatria, depois de mil anos, falou, dizendo: “OUVI A PALAVRA DE JEOVÁ, VÓS PRÍNCIPES DE SODOMA; PRESTAI OUVIDOS À LEI DE NOSSO DEUS, VÓS, Ó POVO DE GOMORRA. DE QUE ME SERVE A MIM A MULTIDÃO DE VOSSOS SACRIFÍCIOS? DIZ JEOVÁ. JÁ ESTOU FARTO DOS HOLOCAUSTOS DE CARNEIROS, E DA GORDURA DE ANIMAIS NÉDIOS; E NÃO FOLGO COM O SANGUE DE BEZERROS, NEM DE CORDEIROS, NEM DE BODES. QUANDO VINDES PARA COMPARECERDES PERANTE MIM, QUEM REQUEREU ISTO DE VOSSAS MÃOS, QUE VIESSES PISAR OS MEUS ATRIOS? NÃO TRAGAIS MAIS OFERTAS DEBALDE; O INCENSO É PARA MIM ABOMINAÇÃO E AS VOSSAS LUAS NOVAS, E OS SÁBADOS, E A CONVOCAÇÃO DAS CONGREGAÇÕES; NÃO POSSO SUPORTAR INIQÜIDADE, NEM MESMO O AJUNTAMENTO SOLENE. AS VOSSAS LUAS NOVAS, E AS VOSSAS SOLENIDADES AS ABORRECE A MINHA ALMA; JÁ ME SÃO PESADAS; JÁ ESTOU CANSADO DE AS SOFRER” (Is. 1:10-14).

Jeová errou de tal maneira no seu concerto da lei, feito com Israel, que acabou rejeitando e destruindo o seu povo: “E disse Jeová: Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome” (II Rs. 23:27). O reino foi destruído há 2.600 anos. A cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos há 1.930 anos. Só restou o muro das lamentações e a fé dos cristãos apegados ao Velho Testamento, que acabou em João Batista (Lc. 16:16).

Deus, o Pai, através do Filho unigênito, começou tudo de novo. Jesus é o último Adão da velha criação, mas é o primeiro da nova: “Quem está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co. 5:17). Paulo explica tudo em I Co. 15:45-49.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(421) – A IMPERFEIÇÃO – I

A IMPERFEIÇÃO 1

1. Na carta aos Hebreus, capítulo nove, dos versos um a oito, temos uma descrição do santuário de Jeová, onde se prestava o culto. Havia um tabernáculo, que continha o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição. Depois do segundo véu estava o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca do concerto, coberta de ouro; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, e as tabuas do concerto da lei. Sobre a arca estavam os dois querubins da glória.Estas coisas estavam preparadas, e a todo tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; mas no segundo só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo.No verso nove lemos que aqueles dons e sacrifícios da velha aliança nunca aperfeiçoaram, e que consistiam somente em manjares, e bebidas, e varias abluções e justificativas da carne impostas até o tempo da correção (Hb. 9:1-10). ERA A FESTA DA IMPERFEIÇÃO, E COMPLICADA, PARA SER MAIS VALORIZADA.

2. Lemos no capitulo oito de um santuário verdadeiro, o qual Jesus fundou (Hb. 8:1-2). O que não é verdadeiro é o da terra, ordenado por Jeová (Hb. 8:3-5), e construído pelos homens. O verdadeiro está no céu, onde Jesus entrou para comparecer por nós perante Deus (Hb. 9:24). O primeiro, onde os sacrifícios agravam a Jeová, não era perfeito (Lv. 1:9-13, 17; 2:9; 3:5; Nm. 15:3, 14, 24). E não era perfeito porque não agradava a Deus Pai: “Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram” (Hb.10:6). Se não agradavam o Pai porque eram imperfeitos, por que agradavam a Jeová?

3.  Na mesma carta aos Hebreus está escrito: “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico, (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão”? (Hb. 7:11). Está escrito de maneira clara que o sacrifício levítico, estabelecido por Jeová, foi e é imperfeito. O texto revela também que o sacerdócio de Melquisedeque não é o mesmo de Arão. São ordens completamente diferentes. Sobre essa diferença infinita, está escrito o seguinte: “Visto ser manifesto que o nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou em sacerdócio” (Hb. 7:14); e mais ainda:“Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei” (Hb. 7:12). O sacerdócio de Jeová não é figura do sacerdócio de Cristo, pois são totalmente diferentes. O apóstolo Pedro, referindo-se ao sacerdócio de Jesus Cristo, que é o do Novo Testamento e da Igreja, diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pd.2:9). Ora, o sacerdócio de Cristo é perfeito (Hb. 4:14-15), logo o de Jeová é imperfeito. O sacerdócio da Igreja é real, logo o de Jeová é uma farsa, ou melhor, uma fantasia complicada e ineficaz; por isso foi mudado o sacerdócio.

4. Os sacrifícios ministrados por aqueles sacerdotes de Jeová eram imperfeitos. A carta aos Hebreus é o livro que revela as imperfeições contidas no Velho Testamento. Vejamos a imperfeição dos sacrifícios e holocaustos: “Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelo mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode ‘aperfeiçoar’ os que a eles se chegam” (Hb. 10:1). E por que são imperfeitos? “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados” (Hb. 10:4). Então pergunta-se: Se são imperfeitos, por que Jeová perdoava os pecados com aqueles sacrifícios? Se na congregação de Israel alguém errasse contra algum dos mandamentos de Jeová, então traria um novilho para expiação do pecado (Lv. 4:13-14). Então o sacerdote ungido fazia um complicado ritual, terminando com um holocausto, e o pecado era perdoado (Lv. 4:15-20). Se havia perdão, o sacrifício tinha de ser perfeito; por que na carta aos Hebreus lemos que eram imperfeitos? Porque cada sacrifício só valia pelo pecado daquele dia, ou melhor, pelo pecado trazido ao altar, mas o povo ou a pessoa teria que trazer outro novilho se incorresse no mesmo pecado novamente, por isso está escrito: “E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados” (Hb. 10:11). Se um israelita fosse viciado em algum pecado contra a lei de Jeová tinha de ser rico e possuir uma manada de novilhos, pois se não fizesse expiação pelos pecados, morria (Ez. 18:4). O sacrifício imperfeito, então, consistia em perdoar todos os dias o mesmo pecado, e os sacerdotes eram gordos de tanto comer carne (I Co. 10:18). Jeová, o misericordioso, perdoava todos os dias o mesmo pecado, mas jamais tirava do coração do pecador o vicio do pecado. Só que, os sacrifícios e holocaustos alimentavam o pecado, pois se alguém, sendo escravo do pecado, podia alcançar o perdão, gastava tudo o que tinha para alcançar o favor de Jeová e ficar com o prazer mórbido da carne.

Agora vamos ao ensinamento de nosso Senhor Jesus Cristo: “Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hb. 10:8-10). E segue: “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hb. 10:14). “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb. 9:24-26). Aniquilar quer dizer abater, exterminar. Mas o pecado nunca esteve tão vivo como hoje. Todos os cristão dizem: Eu peco e sou salvo. Paulo afirma que o homem pode ser liberto do pecado (Rm. 6:18). E João diz: “Bem sabeis que Cristo se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (I Jo. 3:5-6). De maneira que, o escravo do pecado deve fazer sacrifícios de novilhos no tabernáculo de Jeová, pois está enquadrado em Hb. 10:11 — Não aniquile o poder de Jesus Cristo pelo prazer de pecar. Lembre-se sempre de que, quem comete pecado é do diabo (I Jo. 3:8). Para não nos tornarmos filhos do diabo, temos que crer no poder libertador de Jesus Cristo, e aborrecer o pecado.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(420) -CRISTÃO PECA OU NÃO PECA?

CRISTÃO PECA OU NÃO PECA?

Qual é o maior problema do homem e da humanidade em geral? É o pecado! Vejamos: Adão não foi o primeiro homem que apareceu sobre a terra, mas foi o primeiro pecador que apareceu nela. E Adão foi formado por Jeová. O texto sagrado diz: “E formou Jeová deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn. 2:7). Neste texto temos duas coisas a serem consideradas:

1ª) O homem foi feito alma vivente, como também os animais (Gn. 1:24). A alma vivente é o ser feito de carne, com seus movimentos, inclinações e apetites. O que diferencia o homem dos animais, é que foi soprado em seus narizes o fôlego da vida. Este fôlego da vida no hebraico, é o espírito, o discernimento, o intelecto, enfim a razão. Este foi o homem formado por Jeová. Este homem era pecador desde o princípio, pois pecou. Paulo diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). Jeová mesmo declarou: “a alma que pecar, morrerá” (Ez. 18:4). A condenação do homem é a morte por causa do pecado. Paulo fala: “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm. 6:23).

2ª) Depois que o homem crê em Cristo e recebe a vida eterna, continua pecando? Lembre-se que o salário do pecado é a morte. Como fica? O cristão peca ou não peca? Lembre-se também que Adão podia comer da árvore da vida enquanto não pecasse. No dia em que pecou foi proibido de comer da árvore da vida (Gn. 3:22-23). No Novo Testamento temos algumas revelações sobre a natureza do verdadeiro cristão.

* O homem, para ser salvo, tem que nascer de novo. Quem disse isso foi Jesus em João 3:3. Nicodemos perguntou: Como isso é possível? Jesus respondeu: Novo nascimento é nascer da água e do Espírito (Jo. 3:5). A água é a confissão pública pelo batismo (Rm. 6:3-6). O Espírito Santo é o que opera a regeneração (I Co. 6:10-11). Se o cristão continua pecando não nasceu de novo e continua na carne (Gl. 5:19-21).

* Paulo diz: “Quem está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co. 5:17). Se o cristão continua pecando, nada se fez novo, tudo continua no mesmo vício, na mesma rotina, na mesma escravidão do diabo.

* Se continuo pecando, continuo debaixo da lei, pois é a lei que configura o pecado. Paulo diz: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm. 6:14). Ora, João, o apóstolo amado, declara: “Quem comete o pecado é do diabo” (I Jo. 3:8). O vício do pecado é uma escravidão imposta pelo diabo, por isso Paulo diz que foi enviado por Jesus com a seguinte missão:“Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converterdes à luz, e do poder de Satanás a Deus; afim de que recebam a remissão dos pecados” (At. 26:18). Ninguém pára de pecar porque quer, mas tem de ser libertado. Paulo diz: “E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm. 6:18). Se o cristão não foi libertado do pecado após a conversão, o Cristo que conhece é falso (Mt. 24:4-5, 24).

* Quem peca voluntariamente depois de ter tido o conhecimento da verdade, anula o sacrifício de Cristo(Hb. 10:26), pois Cristo morreu pelos nossos pecados (I Co. 15:3).

* João fala a doutrina dos celestiais novamente: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca, mas o que é gerado de Deus conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca” (I Jo. 5:18). Esta palavra: ‘CONSERVA-SE A SI MESMO’, é permanecer sem pecar, pois se voltar a pecar o maligno lhe tocará, com desgraças, doenças, maldições, pragas, desastres e vinganças, de acordo com a lei.

* Os escravos da carne e do pecado afirmam que todo homem peca, e é impossível ao homem não pecar. Usam como base I Jo. 1:8-10, e seguros no que crêem, mexeram na Bíblia. Na tradução original de Almeida, lemos: “O que é nascido de Deus não peca”. Na Bíblia atualizada puseram: “O nascido de Deus não vive na pratica do pecado”, como quem diz: ‘Peca de vez em quando’. A mesma coisa fizeram com I Jo. 5:18. Mas na epístola universal de Tiago, lemos: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos” (Tg. 2:10).

* Se continuo a pecar depois de ter nascido de novo, pratico suicídio espiritual, pois Tiago diz: “Cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg. 1:14-15). Ora, todos estão espiritualmente mortos antes de crer em Jesus (Jo. 5:24). Se Tiago declara que ao dar à luz ao pecado morre, então não era salvo, pois antes de crer já estava morto.

* Lemos acima: “Quem comete pecado é do diabo” (I Jo.3:8). O pecado nos faz filhos do diabo (Jo. 8:44). A respeito deste assunto João diz: “Bem sabeis que Cristo se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (I Jo.3:5-6). É claro que Jesus não pode reconhecer como dele os que são do diabo, e que pecam.

* Os verdadeiros cristãos formam o corpo de Cristo, que é a Igreja (I Co. 12:12-13). Se o cristão faz parte do corpo espiritual de Cristo, e peca, quem peca é o corpo de Cristo, isto é, o próprio Cristo. Ora, os pecadores formam o corpo do diabo, que é o corpo do pecado. Paulo revela que o corpo do pecado é desfeito no batismo, e assim o que se batiza entra para o corpo de Cristo (Rm. 6:3-6).

* Por último, ficamos sabendo que o corpo do pecado é o corpo de Satanás. E o pecado está intimamente ligado à carne. Paulo diz: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum: e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Rm. 7:18-19). Se pecar causasse dor ninguém pecaria, mas o pecado produz o prazer da carne, e nós somos feitos de carne, somos seduzidos pela nossa carne; de maneira que são libertados somente os que abominam a própria carne, coisa que ainda não vi. Como vai levar à cruz a carne que tanto ama? (Gl. 5:24). E se não a levar à cruz, não é de Cristo.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(419) – O DEUS QUE SE REVELOU A SI MESMO

O DEUS  QUE  SE  REVELOU  A  SI  MESMO

 

Caçado por Faraó por matar um egípcio, Moisés fugiu e achou hospitalidade na casa de Jetro, sacerdote de Midiã, que veio a ser seu sogro. Depois de quarenta anos apascentava o rebanho de seu sogro, e foi ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o anjo de Jeová em uma chama de fogo do meio duma sarça. E a sarça não se consumia. E quando Moisés, espantado se virou para olhar com mais atenção a visão, Jeová lhe disse: Moisés, Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. E Jeová lhe disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés, porque o lugar em que estás é terra santa. E disse: EU SOU O DEUS DE TEU PAI, O DEUS DE ABRAÃO, O DEUS DE ISAQUE, O DEUS DE JACÓ. E Moisés temeu olhar para Deus (Ex. 3:1-6).

O Senhor Jesus Cristo declarou, dizendo: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai: e ninguém conhece QUEM É o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece QUEM É o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Lc. 10:22). E Jesus veio a este mundo para revelar quem é o Pai, isto é, o Deus Verdadeiro.

A confusão é a seguinte: Se Jesus é Jeová, isto é, são a mesma pessoa, por que no Novo Testamento Jesus declara que a sua comida era fazer a vontade do Pai? (Jo. 4:34). Declara também que o Pai, isto é, Deus, é maior do que ele (Jo. 14:28). Ao ressuscitar dos mortos fez a seguinte declaração a Maria Madalena: “Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (Jo. 20:17). Antes de ser preso, orando no Getsêmani, Jesus em agonia atroz, ora a Deus com as seguintes palavras: “Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc. 22:42). Aqui Jesus revela a sua submissão total ao Pai. Na carta aos Hebreus lemos que Jesus, ainda que era filho, aprendeu a obediência por aquilo que padeceu (Hb. 5:8).

Sendo Jesus o Jeová do Velho Testamento, revelou outro comportamento:

1. Jesus, sendo Jeová, não dava satisfação ao Pai, aliás, como Jeová, nega a existência do Pai. Ele disse: “Eu sou Jeová, e não há outro; fora de mim não há deus” (Is. 45:5). E continua: “Porque assim diz Jeová que tem criado os céus, o deus que formou a terra, e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada; Eu sou Jeová e não há outro” (Is .45:18). “não há outro deus senão eu; deus justo e salvador não há fora de mim” (Is. 45:21). Moisés registrou o seguinte a respeito de Israel: “A ti te foi mostrado para que soubesse que Jeová é deus; nenhum outro há senão ele” (Dt. 4:35).

No Novo Testamento, tudo o que Jesus fez, pediu para o Pai, submisso e humilde, e no Velho Testamento se mostra arrogante, tirando o Pai do contexto? Dizendo que fora dele não havia outro Deus certamente não tinha Pai para obedecer. Não tinha o Pai para orar como no Getsêmani. Jeová nunca disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo. 6:38). A impressão que dá, é que o Jesus do Velho Testamento se revelou contra o Pai, e destruía os homens sem lhe dar satisfação (Gn. 6:7).

2. Mas voltemos para as grandezas de Jeová diante da humildade de Jesus Cristo neste mundo. Jeová se manifestou com poder e glória, fazendo sinais e prodígios, mandando pragas e pestes (Nm. 14:22).Jesus se manifestou em extrema pobreza nascendo numa estrebaria (Lc. 2:4-7). Adulto, Jesus era carpinteiro pobre (Mc. 6:3; Zc. 9:9).

  • Jeová se manifestou como deus do ouro e da prata, e saqueando as nações através de guerras(Ag. 2:8; Js. 6:16-19). Jesus manda deixar as riquezas (Mt. 6:19-20).
  • Jeová reinava pela violência, com ira e vingança assassina. Ele mesmo declara isso, dizendo: “Vivo eu, diz o senhor Jeová, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós” (Ez. 20:33). Jesus só ensinou e viveu o amor, e declarou: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerá o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt. 5:43-45). É absurdo dizer que Jesus é Jeová.
  • Jeová matava os inimigos (II Rs. 19:35-37); matava também o seu povo, os filhos de Israel, sendo inocentes (I Cr. 21:14). Davi declara que eram todos inocentes (I Cr. 21:17). Jeová matava as crianças inocentes (Is. 14:21). Cristo declarou: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino de Deus” (Mt. 19:13-15).
  • Jeová criava uma situação de miséria e fome tão violenta para castigar o seu povo, que no desespero, enlouquecidas pela fome, as mães piedosas cozinhavam os próprios filhinhos para saciar a fome (Ez. 5:8-10, 16, 17; Lm. 4:10). Jesus, cheio de amor e compaixão, disse: “Eu sou o pão da vida; se alguém comer deste pão, viverá para sempre” (Jo. 6:48-51).
  • Jeová, o deus que revelou a si mesmo, sempre foi suscetível a todos os movimentos e paixões comuns aos homens. Os homens amam uns, e odeiam outros (Ml. 1:1-3). Os homens passam tempo forjando males para destruir os que se colocam como obstáculo no seu caminho. Jeová faz o mesmo (Jr. 18:10-11). Os homens são apegados ao ouro e à prata. Jeová é mais apegado a esses metais malignos do que homens. Os homens adoram ser reis. Jeová faz questão de reinar, mesmo pela força (Ez. 20:33). Os homens fazem coisas que depois se arrependem. Jeová também faz o mal e depois se arrepende (Jr. 42:10). Os homens, quando enfurecidos, cometem crimes, próprios de quem está fora de si. Pois Jeová, quando enfurecido, declara que é fúria do inferno, atira setas cheias de veneno mortal, sai como louco brandindo a sua espada, matando a todo mundo, inclusive as crianças de peito (Dt. 32:22-25). Os homens ficam remoendo o ódio contra um desafeto por anos, e não perdoam; Jeová guarda o ódio eternamente contra uma pessoa ou um reino, e obriga a seus servos a fazerem guerra contra quem odeia por todo o sempre.

Jeová implicou com Amaleque porque pelejou contra Israel durante a jornada pelo deserto (Ex. 17:8-15). Então Jeová, cheio de furor mortal, disse: “Porquanto jurou Jeová, haverá guerra de Jeová contra Amaleque de geração em geração” (Ex. 17:16). Quatrocentos e cinqüenta anos mais tarde, ordenou a Saul que destruísse Amaleque, o povo, os animais e as crianças de peito (I Sm. 15:1-3). Que ódio infantil.

Jesus não se revelou como Deus, antes declarou que era servo de todos (Mc. 10:35-45). Jesus veio a este mundo a serviço dos pecadores, dos perdidos, dos inimigos de Deus, dos criminosos, etc. com o fim de salva-los para Deus, o Pai, que ama a todos (I Jo. 4:10; 2:1-2).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(418) – CAMINHOS DE JEOVÁ

CAMINHOS  DE  JEOVÁ

 

  • “Justo é Jeová em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras” (Sl. 145:17). Jeová tem muitos caminhos. Um deles é o deserto“Derrama o desprezo sobre os príncipes, e os faz andar desgarrados pelo deserto, onde não há caminho” (Sl. 107:40). Por que no deserto não há caminho? Porque o vento move a areia e apaga as marcas dos pés, e um caminho é uma trilha que une dois lugares. Sem a trilha não se chega a lugar nenhum. Então porque Jeová levou o seu povo ao deserto? Porque não os levaria a nenhum lugar. O plano era matá-los no deserto. No mesmo salmo lemos: “Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acharam cidade onde habitassem” (Sl. 107:4). Jó acrescenta algo mais sobre o assunto: “Tira o coração aos chefes das gentes da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho” (Jó 12:24). O povo de Israel andou errante e desgarrado quarenta anos, mas Jeová os guiava: “Assim partiram de Sucote, e acamparam em Etã, à entrada do deserto. E Jeová ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Ex. 13:20-22). Já imaginaram Jeová matando no deserto oitenta a cem pessoas por dia durante quarenta anos? Foi ele que os condenou à morte nesses quarenta anos (Nm. 14:27-35).Este foi o caminho de Jeová no deserto. Caminho da morte.
  • O segundo caminho de Jeová é o mar. Ele disse: “Pelo mar foi o teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se conheceram. Guiaste o teu povo como a um rebanho, pela mão de Moisés e Arão” (Sl. 77:19). É claro que o caminho a que Jeová se refere é a passagem pelo mar Vermelho, quando a mar se abriu e Israel passou a pé enxuto; e quando os exércitos de Faraó os seguiram, o mar se fechou e destruiu os carros de Faraó, matando os cavalos e os cavaleiros(Ex. 14:27-31). O apóstolo Paulo se refere a este episódio dramático com as seguintes palavras:“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados na nuvem e no mar” (I Co. 10:1-2). Batismo, no grego, se traduz por imersão. Os egípcios foram batizados na nuvem e no mar, pois foram imersos nas águas do mar Vermelho, e morreram todos. O povo de Israel passou a pé enxuto, logo não foi batizado e por isso não morreram. Jeová, no seu batismo os salvou, para matá-los no deserto durante os quarenta anos. Na epístola de Judas, lemos: “Mas quero lembrar-vos, como a quem uma vez já soube isto, que havendo Jeová salvo um povo, destruiu depois os que não creram” (Jd. 5). O batismo de Jeová é caminho da morte e condenação (Is. 43:16-17).
  • O terceiro caminho de Jeová é o caminho da repreensão“Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lei uma luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Pv. 6:23). Mas está escrito que a vara é para as costas do tolo (Pv. 26:3; 10:13), isto é, a vara não resolve. Jeová declarou o seguinte: “Retive a chuva no campo, e andaram vagabundos de cidade em cidade; e contudo não vos convertestes a mim. Feri-vos com queimadura e ferrugem. As vossas hortas, as vossas vinhas, as vossas figueiras, as vossas oliveiras, foram comidas pela locusta; contudo não vos convertestes a mim, diz Jeová. Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito, os vossos mancebos matei à espada, os vossos cavalos deixei levar presos, o fedor dos vossos exércitos fiz subir aos vossos narizes; contudo não vos convertestes a mim, disse Jeová. Subverti alguns dentre vós, como deus subverteu Sodoma e Gomorra, contudo não vos convertestes a mim, disse Jeová” (Am. 4:7-11). Logo a frente, Jeová vocifera dizendo: “Que vês, Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do verão. Então Jeová me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; daqui por diante nunca mais passarei por ele” (Am. 8:2). Está provado que repreensão e vara não resolvem. Um cão que apanha muito, fica vira-lata.
  • Jeová tem o seu caminho na tormenta“Jeová toma vingança e é cheio de furor” (Na. 1:2). Vejamos o que fazem as tormentas de Jeová: “Eis que Jeová mandará um homem valente e poderoso; como uma queda de saraiva, uma tormenta e destruição, e como uma tempestade de impetuosas águas que transbordam, violentamente a derrubará por terra a coroa de soberba dos bêbados de Efraim” (Is. 28:2-3). “Eis que saiu com indignação a tempestade de Jeová; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira de Jeová, até que execute e cumpra os pensamentos do seu coração” (Jr. 23:19-20). “Porque Jeová tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda a carne; os ímpios entregará à espada, diz Jeová. Assim diz Jeová dos exércitos. Eis que o mal sairá de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da terra. E serão os mortos de Jeová, naquele dia, desde uma extremidade da terra até a outra extremidade da terra. Não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados, mas serão como estrume sobre a face da terra” (Jr. 25:31-33). É difícil crer que Jeová é refúgio contra a tormenta (Is. 25:4). E Jeová tem outros caminhos, mas todos levam à morte.

Davi, o inocente, declarou que o caminho de Jeová é perfeito (Sl. 18:30). Trovões, terremotos, tufões de vento, tempestade, granizo, labareda de fogo consumidor, nunca foi caminho perfeito (Is. 29:6).

Deus, o Pai, estabeleceu um caminho perfeito, que une céus e terra, que acalma as tormentas e tempestades (Mt. 8:23-27). Jesus não tem caminhos neste mundo; Jesus é o caminho. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo. 14:6).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(417) – EU, PORÉM, VOS DIGO

EU, PORÉM, VOS DIGO

 

  • “Justo é Jeová em todos os seus caminhos, e santo em todas as suas obras” (Sl. 145:17). Eu sempre pensei que Deus só tem um caminho, pois Jesus declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo. 14:6). Se Jesus é o caminho por onde se vai a Deus, não havia caminho antes do Cristo encarnado. É fácil provar. Por exemplo: no Velho Testamento Jeová deu a lei olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe (Ex. 21:24-25). O texto de Jeová é claro: Quando um arrancasse o olho do outro, ou com um soco quebrasse o dente do outro, os juizes prendiam o que quebrou o dente ou arrancou o olho, e o queixoso, na praça pública lhe arrancava o olho, e lhe quebrava o dente com um soco. De igual modo seriam cobradas as outras violências descritas no texto acima. Jesus, quando veio, mudou a lei dizendo: “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te o vestido, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mt. 5:38-41). Ora, se Cristo estivesse com Moisés, teria dado este mandamento, e não o que Jeová deu; logo Jesus não estava no Velho Testamento, e não era Jeová como dizem os teólogos.
  • Jesus disse também: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos a Jeová. Eu, porem, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. Seja, porem, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mt. 5:33-37). Ora, se estivesse lá no monte Sinai dando a lei ao povo, não ordenaria o juramento, como Jeová fez, dizendo: “A Jeová teu deus temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt. 6:13). E o profeta Isaías disse: “De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito no deus da verdade; e aquele que jurar na terra, jurará pelo Deus da verdade” (Is. 65:16).

Ora, se Jesus Cristo estivesse no Velho Testamento, isto é, se ele fosse Jeová, não teria ordenado o juramento; e se Espírito de Cristo estivesse em Jeová, este não teria mandado o povo jurar pelo seu nome (Lv. 19:12; Dt. 10:20; Is. 45:23). Concluímos que Jesus Cristo nunca esteve no Velho Testamento em pessoa, logo não é Jeová.

  • E disse mais Jesus: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porem, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério” (Mt.5:27- 28).Esse termo, EU, PORÉM, VOS DIGO, revela que Jesus pensa diferente do que está no Velho Testamento. Em outras palavras, Jesus diria: A minha linha de conduta é outra, ou, o meu nível está acima daquele. Quanto ao adultério, na lei, Jeová fala claro: “Quando um homem for achado deitado com mulher casada com outro, então ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher, e a mulher. Assim tirarás o mal de Israel” (Dt. 22:22). O adultério só era configurado quando eram pegos em flagrante (Jo. 8:1-3). Na lei não era considerada a intenção que leva ao ato. Jesus abordou o desejo antecipado, isto é, a cobiça do coração lascivo. Alias, Jeová aprovava a cobiça com respeito a mulheres não israelitas (Dt. 21:10-14). Para Jesus, qualquer que cobiçar com os olhos, já no coração cometeu adultério; e acrescenta: “Se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um de teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mt.5:29-30). É obvio que Jesus não estava no monte com Moisés, pois se estivesse daria o seu conceito, e não o conceito de Jeová. Jesus nunca foi Jeová.
  • Por ultimo, Jesus falou: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerá o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt. 5:43-45).

Por que Jeová mandou amar o próximo e aborrecer o inimigo? Aborrecer é também odiar! Jeová mandou aborrecer porque ele aborrece: “Jeová aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento” (Sl. 5:6). “Jeová prova o justo, mas a sua lama aborrece o ímpio e o que ama a violência” (Sl. 11:5). Como Jeová aborrece os ímpios, ordena a seus servos que também aborreçam. Jeová aborreceu até o seu próprio povo, porque pecou, adorando outros deuses: “Pois lhe provocaram a ira com os seus altos, e despertaram-lhe o zelo com as suas imagens de escultura. Jeová ouviu isto e se indignou, e sobremodo aborreceu a Israel. Pelo que desamparou o tabernáculo em Silo, a tenda que estabelecera como sua morada entre os homens. E deu a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo. E entregou o seu povo à espada, e encolerizou-se contra a sua herança. Aos seus mancebos consumiu-os o fogo. E as suas donzelas não tiveram festa nupcial” (Sl. 78:58-63). Veja o que Jeová fez aos que aborreceu. Que ódio! Pois Davi, o amado de Jeová, aprendeu a aborrecer nessa escola. Davi mesmo confessa isso, achando glorioso aborrecer: “Não aborreço eu, ó Jeová, aqueles que te aborrecem, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Aborreço-os com ódio completo; tenho-os por inimigos” (Sl. 139:21-22). O mau exemplo de Jeová não faz parte do currículo de Jesus, que assim falou: Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: E deu aos discípulos uma nova cartilha de amor, para que fossem filhos do Deus Pai(Mt. 5:43-48).

Referindo-se aos estatutos dados por Jeová, Jesus disse: Ouvistes o que foi dito. E em seguida diz: Eu, porém, vos digo. Assim Jesus reprovou os estatutos de Jeová, e estabeleceu outros perfeitos. Fica provado que o que Jeová ordenou, não é o que Jesus ordena, e assim fica provado que Jeová não é Jesus, pois Jesus jamais poderia ordenar leis e estatutos contrários; pois dessa forma cairia no ridículo.

Paulo declara: “Se formos infiéis, ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo” (II Tm. 2:13). E outra vez: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb. 13:8).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(416) – POR QUE JEOVÁ ENTREGOU JÓ A SATÃ?

POR QUE JEOVÁ ENTREGOU JÓ A SATÃ?

O próprio Jeová deu testemunho da fidelidade de Jó, dizendo a Satanás: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal” (Jó 1:8).

Satanás, adversário e acusador dos homens, respondeu e disse: “Porventura não o cercaste tu de bens a ele, e a sua casa, e tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado está aumentando na terra. Mas estende a tua mão e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema de ti na tua face!” (Jó 1:9-11).

Se Jeová considerava Jó fiel e reto, por que disse a Satã? “Eis que tudo quanto tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença de Jeová” (Jó 1:12).

O resultado deste diálogo entre deus e Satã, foi a morte dos filhos de Jó, e a destruição de tudo o que Jó tinha, casas, rebanhos, etc. (Jó 1:13-18). “Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou; e disse: Nu sai do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá; Jeová o deu, e Jeová o tomou; bendito seja o nome de Jeová” (Jó 1:20, 21).

Pela segunda vez Jeová elogia a fidelidade de Jó para Satã; este incita Jeová dizendo: Toca-lhe no corpo e verás se não blasfema de ti na tua face (Jó 2:1-5). E novamente Jeová disse a Satã: “Eis que ele está na tua mão; poupa, porém, a sua vida” (Jó 2:6). “E Satanás feriu Jó duma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça” (Jó 2:7).

A pergunta se repete: Por que Jeová entregou Jó à Satanás? Não aceitamos a explicação esfarrapada dos adeptos de Jeová, que dizem: Jeová deus não entregou, mas permitiu. Por duas vezes Jeová disse:“EIS QUE ELE ESTÁ NA TUA MÃO” (Jó 1:12; 2:6). Jeová confiou a Satanás a missão de levar Jó a blasfemar. Isso não é permitir, mas trabalhar em parceria.

Parece-nos mais coerente a explicação de Elifaz, um dos três amigos de Jó. Ele disse: “Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o varão mais puro do que o seu criador? Eis que nos seus servos não confia, e nos seus anjos encontra loucura” (Jó 4:17-18). INCRÍVEL! Jeová não confia mais nos anjos e nem nos servos. Jeová entregou Jó à Satanás, porque não confiava na pureza e retidão de Jó. E por que não confiava? Porque está escrito: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec. 7:20). E Salomão, na oração de consagração do templo recém construído, diz:“Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque)” (I Rs. 8:46). Na primeira prova de Jó, está escrito: “EM TUDO ISTO JÓ NÃO PECOU” (Jó 1:22). Na segunda prova, quando Jó foi ferido de lepra, sua mulher o incitou, dizendo: “Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa teu deus e morre” (Jó 2:9). E pela segunda vez Jó não pecou (Jó 2:10). No fim do livro, Jeová testemunha novamente de Jó, para seus amigos, dizendo: “A minha ira se acendeu contra vós, porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó” (Jó 42:7). Fica assim provado que Jó não pecou do princípio ao fim do livro.

Vamos ver agora o que pensa Jeová dos homens, para que entregasse Jó na mão de Satanás: “QUE É O HOMEM, PARA QUE SEJA PURO? E O QUE NASCE DA MULHER, PARA QUE FIQUE LIMPO?” (Jó 15:14). “Quem do imundo tirará o puro? Ninguém” (Jó 14:4). “Como, pois, seria justo o homem perante deus, e como seria puro aquele que nasce da mulher? Olha, até a lua não resplandece, e as estrelas não são puras aos seus olhos. E quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um bicho”! (Jó 25:4-6). O verme referido neste texto é o verme do esterco do homem. A consideração que Jeová tem pelo homem, é a mesma que sente por um verme. É por isso que entregou Jó na mão de Satanás. Para Jeová é impossível que um verme não mergulhe no esterco pútrido. Não interessava portanto, resistir a Satanás em favor de Jó.

Mas o livro de Jó tem mais revelações sobre Jeová em relação aos homens: “Porventura o homem será de algum proveito para Deus? Antes a si mesmo o prudente será proveitoso. Ou tem o Todo-poderoso prazer em que tu sejas justo, ou lucro algum em que tu faças perfeitos os teus caminhos”? (Jó 22:2-3). Jeová consome o reto e o ímpio (Jó 9:22), pois não há diferença entre o verme reto e o verme ímpio: “Desde manhã até à tarde são despedaçados; e eternamente perecem sem que disso se faça caso” (Jó 4:20). Vejamos agora o que Jó fala do deus Jeová:

1.  “Sabei agora que Deus é que me transtornou, e com sua rede me cercou. Eis que clamo: Violência! mas não sou ouvido; grito: Socorro! mas não há justiça. O meu caminho ele entrincheirou, e não posso passar; e nas minhas veredas pôs trevas. Da minha honra me despojou, e tirou-me a coroa da minha cabeça. Quebrou-me de todos os lados, e eu me vou; e arrancou a minha esperança, como a uma árvore. E fez inflamar contra mim a sua ira, e me reputou para consigo como a um de seus inimigos” (Jó 19:6-11).

2.  “Entrega-me deus ao perverso, e nas mãos dos ímpios me faz cair” (Jó 16:11). Quando Jeová disse: “Eis que Jó está nas tuas mãos” (Jó 1:12), Jeová o entregou ao perverso. Os três amigos de Jó são os ímpios que acusavam Jó.

3.  “Porque deus desatou a sua corda, e me oprimiu” (Jó 30:11). Jó reputou a Jeová todos os males que o afligiam, vindos do mesmo deus, que o entregou à Satanás. E disse mais Jó: “Direi a deus: Não me condenes; faze-me saber por que contendes comigo. Parece-te bem que me oprimas, que rejeites o trabalho das tuas mãos e resplandeças sobre o conselho dos ímpios”? (Jó 10:2-3).

4.  Os cristãos pensam que foi Satanás que afligiu Jó, mas Jó atribui tudo à Jeová, como vimos acima. E Jó clamou dizendo: “Compadecei-vos de mim, amigos meus; compadecei-vos de mim, porque a mão de deus me tocou” (Jó 19:21). Logo, a mão de deus, isto é, de Jeová, é Satanás. Mas a mão do Pai é Cristo (At. 11:21)

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(415) – MANIFESTAÇÃO DE CRISTO – I

 

MANIFESTAÇÃO  DE  CRISTO  1

Que é manifestação? É tornar público algo que não é de conhecimento geral. Por exemplo: manifestação de uma idéia é a idéia que outros não tiveram. Manifestar é, portanto: revelar-se, fazer-se conhecer, tornar público. Manifesto, é um escrito público, no qual um soberano expõe a situação política ou financeira, que não era conhecida do povo.

O apóstolo Paulo assim falou: “Por esta causa eu, Paulo sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação como acima em pouco vos escrevi; pelo que, quando ledes, podeis compreender a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas” (Ef. 3:1-5). O texto revela de maneira clara que o mistério de Cristo não foi manifestado aos filhos dos homens, isto é, Cristo era só promessa no Velho Testamento, logo não era Jeová. Jeová rejeitava os gentios:“Jeová é rei eterno; da sua terra serão desarraigados os gentios” (Sl. 10:16). O mistério da graça, manifestado a Paulo no texto acima lido, é a inclusão dos gentios no corpo da Igreja, sendo participantes da promessa (Ef. 3:6). Esse mistério esteve oculto em Deus pelos séculos que passaram; e nem os anjos tinham conhecimento do mistério (Ef. 3:9-10). A manifestação de Cristo foi necessária para revelar a verdadeira obra de Deus e também a sua vontade.

1.  Cristo se manifestou para revelar a justiça de Deus, pois no Velho Testamento a justiça era a da lei.“A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade” (Sl. 119:142-144, 172). “Ouvi-me, vós que conheceis a justiça, vós, povo, em cujo coração está a minha lei” (Is. 51:7). No Novo Testamento, porém, lemos que a guarda da lei não manifesta a justiça de Deus, o Pai de Jesus Cristo. Paulo diz: “Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como pelas obras da lei” (Rm. 9:30-32). E Paulo explica porque a lei não satisfaz a justiça de Deus, dizendo: “Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm. 3:20). A lei traz o conhecimento do pecado, mas não destrói o pecado. Falamos da lei de Jeová. Com Jesus é diferente: “Agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb. 9:26). Jesus aniquilou o poder do pecado morrendo em lugar do pecador (Gl. 1:4). E Paulo remata o assunto dizendo: “Por que o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm. 10:4).

2.  Mas Cristo se manifestou também para tirar os nossos pecados. Quando João falou que Cristo se manifestou para tirar os nossos pecados (I Jo. 3:5), João não estava dizendo que eu tenho um saco de pecados nas costas, e cada vez que ele me encontra coloca tudo no caminhão de lixo. João está dizendo que Jesus tira a natureza pecaminosa. Jesus não é o lixeiro da Jerusalém celestial. Paulo declarou: “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, LIBERTADOS DO PECADO, FOSTES FEITOS SERVOS DA JUSTIÇA” (Rm. 6:16-18). O texto diz que quem é servo do pecado, isto é, escravo do pecado, não é servo da justiça; e só se torna servo da justiça sendo libertado do pecado. Ou é servo do pecado para a morte, ou libertado do pecado para a vida eterna: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm. 6:23). A tradição evangélica defende que é impossível ao cristão não pecar, baseados em I Jo. 1:8-10. Este texto diz que se dissermos que não temos pecado não há verdade em nós; e se dissermos que não pecamos, fazemos Jeová mentiroso; e a sua palavra não está em nós. Acontece que o mesmo João, logo a frente, diz: “Bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (I Jo. 3:5-6). Quem é servo do pecado adota como doutrina I Jo. 1:8-10; mas quem é servo da justiça adota I Jo. 3:5-6. Ninguém esqueça que João declara enfaticamente: “QUEM COMETE PECADO É DO DIABO” (I Jo. 3:8). Se é filho do diabo não é filho de Deus.

3.  Mas ainda Cristo se manifestou para abolir a morte. É Paulo quem nô-lo diz: “Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (II Tm. 1:8-10). Ora, se o salário do pecado é a morte, para abolir a morte tem que tirar o pecado de circulação. O fruto de pecado é a morte, por isso Paulo diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). Para conservar a vida eterna que Jesus nos dá, só deixando de pecar; por isso Paulo diz que Cristo trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho. Seja você um destes !!!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(414) – SE… – V

       SE… 5

A idéia de que Jesus Cristo e o Jeová do Velho Testamento são a mesma pessoa é antiqüíssima. O primeiro a falar disso é o próprio Jeová. A palavra hebraica MASHIA se traduz por ‘ungido’. No salmo 2 Jeová fala do seu ungido, dizendo: “Por que se amotinam as gentes, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra Jeová e contra o seu ‘ungido’ (MASHIA), dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas” (Sl. 2:1-3). Quando a samaritana disse a Jesus: “Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo” (Jo. 4:25-26). Jesus mesmo declarou que era o messias anunciado por Jeová, e o messias viria para libertar Israel dos cativeiros, restaurar o reino de Davi, e colocar todas as nações debaixo dos pés de Israel (Sl. 47:3). Nos capítulos 12 a 14 do livro de Zacarias lemos a restauração de Israel, e lemos que Jeová será rei sobre toda a terra (Zc. 14:9).Cumprir-se-á a profecia de Moisés, que disse: “Tu os introduzirás, e os plantarás no monte da tua herança, no lugar que tu, ó Jeová, aparelhaste para tua habitação, no santuário, ó Jeová, que as tuas mãos estabeleceram. Jeová reinará eterna e perpetuamente” (Ex. 15:17-18). Se o messias iria sentar no trono de Davi, e a Escritura declara que Jeová vai sentar no mesmo trono, logo Jeová é Jesus. Sendo assim, muitas conclusões bíblicas podem ser apontadas. Na Teologia Sistemática de Charles Hodge, edição de 2001, página 377, falando da divindade de Jesus Cristo, diz: ‘O Jeová manifestado é chamado de Verbo de Deus, e a ele se atribuem a subsistência e as perfeições divinas’. Vejamos se as perfeições divinas de Jeová se aplicam a Jesus Cristo:

1.  Jeová é chamado também de Todo-poderoso (El Shaday); Todo poderoso é o nome atribuído ao Deus onipotente (Dt. 32:39; Is. 14:27; 43:13). “Sendo pois Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu Jeová a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso (El Shaday); anda em minha presença e sê perfeito” (Gn. 17:1). E Jesus, ao ressuscitar dos mortos, disse aos seus discípulos: “É-me dado todo poder no céu e na terra” (Mt. 28:18). Ao declarar isso, Jesus revela que não tinha poder antes da cruz. Quem recebe é porque não tinha.

2.  Cristo não era Senhor dos vivos e dos mortos. Paulo nos revela isso: “Foi para isto que morreu Cristo, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” (Rm. 14:9). Ora, Jeová se declarou senhor dos vivos e dos mortos mil e seiscentos anos antes de Cristo dizendo: “Eu mato e eu faço viver” (Dt. 32:39). “Jeová é que tira a vida e a dá” (I Sm. 2:6). Aquele que não era não pode ser o que já antes era.

3.  Os anjos não se submetiam à Jesus antes da ressurreição, pois Pedro diz: “Pela ressurreição de Jesus Cristo; o qual está à dextra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potencias” (I Pd. 3:21-22). Ora, Jeová governava no Velho Testamento através dos anjos: “Jeová tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei a Jeová, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra” (Sl. 103:19-20). Se os anjos, servos de Jeová, não eram submissos a Cristo antes da ressurreição, os dois não podem ser a mesma pessoa.

4.  Jeová era senhor absoluto no Velho Testamento. Trouxe o dilúvio, logo era senhor da terra e da natureza. Jeová é o Senhor dos Exércitos (Jeová Tzebaot). Era o deus que comandava todas as guerras. Jeová reinava sobre as nações (Sl. 96:10). Declara que tudo é dele (Sl. 24:1). No entanto: “Jesus, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp. 2:6-11). Se Jeová era senhor absoluto milhares de anos antes de Cristo, e Jesus só se tornou Senhor após a ressurreição, está na cara que não são a mesma pessoa.

5.  Jeová era salvador de Israel. Ele mesmo se declarou, dizendo: “Porque eu sou Jeová teu deus, o santo de Israel, o teu salvador; dei o Egito por teu resgate” (Is. 43:3). E declarou mais: “Eu, eu sou Jeová, e fora de mim não há salvador” (Is. 43:11). Se Jeová declara que fora dele não há salvador, só podemos pensar que ele e Jesus são a mesma pessoa; de outra forma Jeová estaria negando à Jesus. Pedro levanta um problema quando disse aos sacerdotes judeus: “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro. Deus com a sua dextra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados” (At. 5:30-31). O texto deixa claro que só após a ressurreição é que Jesus foi elevado a Príncipe e Salvador, logo antes da ressurreição ainda não era. Como fica? Jeová foi salvador de Israel lá no Egito, e declarou que não existe outro. Jesus não era salvador, e só passou a ser depois da cruz.

Na carta aos Hebreus temos outra declaração contundente, que diz: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser causa de eterna salvação para todos que lhe obedecem” (Hb. 5:8-9). Jesus só se tornou salvador depois que consumou na cruz a obra da sua missão. Sem a morte e ressurreição Jesus não seria Salvador, pois os pecadores salvos só são justificados pela ressurreição (Rm. 4:25). Jeová era salvador sem morte e sem ressurreição, portanto a sua salvação não salvava ninguém. Tanto isso é verdade, que os que Jeová salvou, matou depois (Jd. 5). Outra diferença entre Jeová e Jesus, é que Jeová salvava sem que o povo cresse. Jesus só salva os que crêem, portanto não são a mesma pessoa, e tem missões diferentes.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(413) – SE… – IV

SE…  4

TREVAS! Do ponto de vista material, treva é a ausência da luz do Sol, mas do ponto de vista espiritual, o apóstolo João diz: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, afim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo. 3:19-21).

O apóstolo Paulo revela que as trevas são o poder de Satanás. Jesus o enviou, dizendo: “Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; afim de que recebam a remissão dos pecados, e sorte entre os santificados pela fé em mim” (At. 26:18). Podemos entender que, se trevas são o poder de Satanás, a luz é o poder de Cristo, que disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8:12). Sendo assim, os que fazem o mal são gerados pelas trevas e são filhos das trevas; mas os que são gerados pela luz só fazem o bem, e são filhos da luz (Mt. 5:14-16; I Ts. 5:4-5).

As trevas são o lugar onde se escondem os perversos, e para onde vão os condenados (Mt. 25:30).Pedro diz: “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento; para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva” (II Pd. 2:17). E Paulo diz que não há comunhão entre a luz e as trevas (II Co. 6:14).

  • Se, antes da conversão a Jesus Cristo, todos são trevas, pois Paulo diz: “Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes ações de graças. Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicário, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto não sejais seus companheiros. Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef. 5:3-8). Os que são de Jesus saíram das trevas e do poder de Satanás e dos demônios (Cl. 1:12-13). POR QUE JEOVÁ DECLARA QUE TODOS OS HOMENS DESTE MUNDO SÃO DELE? (Sl. 24:1).
  • Se a terra onde vivemos é o abismo onde jazem os mortos (Rm. 10:6-7); se a terra, quando foi criada, foi coberta pelo abismo (Sl. 104:5-6); se a terra, sendo um abismo negro, pois é também o inferno onde Satanás será lançado (Is. 14:13-15), por que Jeová afirma que a terra é dele? Ele deu ordem ao povo de Israel, dizendo: “Se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha” (Ex. 19:5). De Jeová é o abismo? De Jeová é o inferno? De Jeová são as guerras? De Jeová são as pestes e pragas? De Jeová são as maldições? De Jeová são os mortos? (Jr. 25:33; Is. 66:16). Tudo o que é mau pertence a Jeová.
  • Se as trevas são o poder de Satanás, como lemos em At. 26:18, porque Jeová põe trevas nos que são filhos da luz? O profeta Jeremias, no livro das suas lamentações, diz: “Eu sou o homem que viu a aflição pela vara do seu furor. Ele me levou e me fez andar nas trevas e não na luz” (Lm.3:1-2). O justo Jó assim se refere a Jeová: “Sabei agora que Deus é que me transtornou, e com sua rede me cercou. Eis que clamo: Violência! mas não sou ouvido; grito: Socorro! mas não há justiça. O meu caminho ele entrincheirou, e não posso passar; e nas minhas veredas pôs trevas” (Jó 19:6-8).
  • Se, como afirmam os doutores da Bíblia, Jeová é Jesus, por que Jesus arranca das trevas, e Jeová mete nas trevas? (I Pd. 2:9).
  • Se Jeová é Jesus, por que Jesus se manifestou em luz, e todos os que crêem nele se transformam em luz: “Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo. 12:46). E Paulo diz: “Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas” (I Ts. 5:5).
  • Se Jeová é Jesus, por que se manifestou em trevas? Moisés relata a cena tétrica: “E vós vos chegastes, e vos pusestes ao pé do monte; e o monte ardia em fogo até ao meio dos céus e havia trevas, e nuvens e escuridão. Então Jeová vos falou do meio do fogo” (Dt. 4:11-12). E Moisés repete:“E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas e vendo o monte ardendo em fogo” (Dt. 5:23). E o povo de Jeová andava em trevas (Is. 9:2). E as pessoas andavam em trevas. Isaías diz: “Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do seu servo? quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome de Jeová, e firme-se sobre o seu deus” (Is. 50:10). Se Jesus é Jeová, no Velho Testamento era trevas, e no Novo Testamento passou a ser luz; é difícil engolir essa.
  • As principais diferenças entre Jeová e Jesus são:

I.      Jeová deu os dez mandamentos do meio das trevas (Dt. 4:11-13). E o povo, com a lei de Jeová, andou em trevas por mil e seiscentos anos até Jesus. No evangelho de Mateus lemos: “O povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou” (Mt. 4:16). E Jesus, a luz verdadeira, deu um novo mandamento, dizendo: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós” (Jo. 13:34). E João nos diz:“Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos” (I Jo. 2:10-11). A lei de Jeová nunca trouxe luz a ninguém. Jeová não é luz.

II.      Depois que Jeová deu a lei, Moisés se chegou às trevas onde Jeová estava (Ex. 20:21). Por que Jeová estava em trevas? Porque deu a lei, e a lei não leva a Deus (Jo. 3:20). E o que é pior: Se algum cristão, cheio de fé, guardar a lei de Moisés, anula o sacrifício de Cristo, e cai da graça (Gl. 5:1-4).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(412) – SE… – III

SE…  3

Jesus Cristo desceu a este mundo para realizar uma grande missão. Focalizemos alguns pontos capitais que revelam essa divina missão:

  • João diz: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Se Cristo se manifestou para desfazer as obras do diabo, por que Jeová não desfaz as obras do diabo, se Jeová e Cristo são a mesma pessoa? Em Gn. 3:1 lemos que a serpente foi criada por Jeová, e a serpente é Satanás, como lemos em Ap. 12:9. Por que Jeová permitiu que a serpente enganasse e seduzisse Adão e Eva? Permitiu porque era seu projeto, e não veio a este mundo para desfazer as obras do diabo.
  • Se Cristo, ao ser tentado por Satanás três vezes, repreendeu-o, pois sua missão era destruir as obras satânicas, porque Jeová usava Satanás nas suas obras? Jeová, através de Amós, diz a Israel: “Se se esconderem no cume do Carmelo, buscá-los-ei, e dali os tirarei; e, se se ocultarem aos meus olhos no fundo do mar, ali darei ordem à serpente, e ela os morderá” (Am. 9:3). Se Jesus e Jeová são a mesma pessoa, como no Velho Testamento Jeová e Satanás trabalhavam juntos, e no Novo Testamento são adversários, e Cristo desceu para destruir as obras da serpente?
  • Jeová ordenou as maldições da lei, ao ordenar a lei, pois a única forma de obrigar o povo a guardar a lei era através das maldições, e que terríveis maldições! “Todos aqueles pois que são das obras da lei, estão debaixo de maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las” (Gl. 3:10). (As maldições são enumeradas emDt.  28:15-68). Como o apóstolo João diz que os que não conhecem a lei são malditos? São dois os grupos de malditos: Os que não conhecem a lei (Jo. 7:49). E os que estão debaixo da lei e não a guardam. Mas Jesus, na cruz, resgatou os dois grupos da lei (Gl. 3:13). Se Jesus é Jeová, tem dois pesos e duas medidas. Para Israel, obrigava guardar a lei sob pena de maldição. Para a Igreja estabeleceu a graça libertando da lei, e resgata de si mesmo os que estavam debaixo da lei. Isto mais parece um nó cego, próprio de teólogos!
  • Se Jesus Cristo é a vida, pois João diz: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo. 1:4). E o próprio Cristo declara: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo. 10:10). E declarou mais: “Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc. 9:56). Se Jeová e Jesus são a mesma pessoa, por que Jeová matava? Matou setenta mil hebreus por causa do pecado de Davi (I Cr. 21:11-14). Matou cento e oitenta e cinco mil assírios na guerra contra Israel (II Rs. 19:35). No Novo Testamento lemos que Deus é Pai (Mt. 6:9). E o Deus Pai é Deus de todos os homens (Ef. 4:6). E o Deus Pai quer que todos se salvem (I Tm. 2:3-4). O Pai jamais mataria como Jeová matou, pois matou todo o seu povo no deserto, mais de um milhão de pessoas, pois só de varões armados para guerra eram seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta, todos de vinte anos para cima, sem contar os velhos, mulheres e crianças (Nm. 1:45-46; 14:28-35).
  • A esposa de Jeová é Israel. Lemos isso em Ez. 16:8-14. A esposa de Jesus Cristo é a Igreja, pois Paulo disse: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela Palavra” (Ef. 5:25-26).Jesus desposou uma igreja necessitada de santificação, e deu a vida por ela. Porque Jeová divorciou da esposa, que era necessitada também de santificação?: “Assim diz Jeová: Onde está o libelo de divórcio da vossa mãe, pelo qual eu a repudiei? ou quem é o meu credor, a quem eu vos tenha vendido? Eis que por causa das vossas maldades fostes vendidos, e por vossas prevaricações vossa mãe foi repudiada” (Is.50:1). Se Jesus e Jeová são a mesma pessoa, porque Jesus divorciou de uma que era pecadora, e deu a vida por outra que também era pecadora? Felizmente Jesus e Jeová não são a mesma pessoa, pois Jesus não tem dois pesos e duas medidas.
  • Satanás pediu para cirandar os apóstolos, mas Jesus não permitiu (Lc. 22:31-32). Da mesma forma Satanás pediu para cirandar Jó, e Jeová permitiu (Jó. 1:6-12). Se Satanás pedisse a Jesus para cirandar Jó, Jesus não permitiria, pois se não permitiu que Pedro fosse cirandado, sendo este pecador (Lc. 5:8), jamais permitiria que um homem santo, justo, fiel, que desviava-se do mal, fosse cirandado (Jo. 1:1). Em contrário, se Jeová entregou Jó, homem fiel e reto nas mãos de Satanás, muito mais entregaria Pedro, que era um homem pecador. Por aí vemos que Jeová e Jesus tem princípios diferentes.
  • Jesus nunca buscou a sua glória. Ele declarou isso: “Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue” (Jo. 8:50). Mas Jeová buscava a própria glória, pois disse: “A todos os que são chamados pelo meu nome, e os criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz” (Is. 43:7). E disse mais: “Eu sou Jeová; este é o meu nome; a minha glória pois a outrem não darei” (Is. 42:8). Fica evidente que Jesus, que era humilde, não buscava grandeza, fama, e glória, mas Jeová, à semelhança de homens vaidosos, buscava glória, pois sempre deu muito valor a glória dos sinais mágicos que fazia (Nm. 14:22-23). A diferença dos dois é a mesma do azeite e da água. Não combinam.

Definitivamente, querer forçar a exegese, para provar que Jesus e Jeová são a mesma pessoa, é desfigurar a Cristo, é transformar a luz em trevas.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(411) – SE… – II

SE…  2

MANIFESTAÇÃO! Que é manifestação? O dicionário diz que é tornar público o que estava oculto. Manifestação de uma idéia. Manifestação pública de um sentimento. Manifestação é o contrário de oculto. Andar de maneira manifesta, isto é, claramente. Revelar-se; fazer-se conhecer. Um manifesto é um escrito público, no qual um soberano expõe a situação política ou financeira do país, que era desconhecida do povo.

Para que Jesus Cristo desceu a este mundo? Desceu para manifestar, isto é, tornar pública a natureza de Deus Pai; desceu para revelar aos homens a verdade; desceu para revelar o plano eterno de Deus para os homens; desceu para trazer luz sobre o mistério da fé (I Tm. 3:9), e do mistério do evangelho(Ef. 6:19). Entremos mais fundo no assunto:

  • O apóstolo João diz: “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Isto quer dizer que o diabo nunca foi combatido por Deus, pois para esse fim Cristo se manifestou. Ora, se Cristo se manifestou para desfazer as obras do diabo, e se Jeová é Jesus, e se manifestou antes de Jesus encarnar (Jo. 1:14), por que Jeová não destruiu as obras do diabo? Jesus tem dois comportamentos? Quando o povo era menos evoluído e mais necessitado, deixou o diabo livre para destruir a obra de Deus, e depois que o povo evoluiu e se tornou mais intelectual, tirou o poder do diabo? (Tg. 4:7). E o que é pior: Se Jeová é Jesus, por que concordou com o diabo na prática do mal contra Jó? Satanás incitou Jeová (que dizem ser Jesus), para provar Jó em tudo o que tinha, afirmando que Jó iria blasfemar (Jó 1:6-11). Jeová então disse: “Eis que tudo quanto tem está na tua mão” (Jó 1:12). É incrível, é fantástico, ou melhor, é infernal. Jeová concordou com Satanás no Velho Testamento, e no Novo Testamento se manifestou para desfazer as obras que concordava? E quando Satanás quis fazer com Pedro o que fez com Jó, Jesus não permitiu? (Lc. 22:31-32). Mas Cristo não muda de comportamento, como está escrito: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb. 13:8).
  • Se Cristo, ao ser três vezes tentado por Satanás, repreendeu-o (Lc. 4:1-13), por que no Velho Testamento trabalhavam juntos e em comum acordo? A ira de Jeová se tornou a acender contra Israel, e incitou Davi a numerar o povo (II Sm. 24:1). No livro de Crônicas de Israel, o fato é repetido com as seguintes palavras: “Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel” (I Cr. 21:1). Se foi Jeová, por que depois está escrito que foi Satanás? E se foi Satanás, por que está escrito que foi Jeová? O que um faz, o outro faz igualmente. Os dois têm o mesmo propósito. Se Jeová é Jesus, Jesus e Satanás trabalhavam de comum acordo? Mas João declara que Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo. Lá no Velho Testamento, a ira de Jeová, ou como diz a teologia, a ira de Jesus se acendeu contra Israel, e junto com Satanás incitou Davi a numerar a Israel. Davi, obediente a Jeová, numerou o povo, e por castigo Jeová, isto é, Jesus, matou setenta mil israelitas inocentes (I Cr. 21:9-14). Mas Jesus declarou que não veio a este mundo para destruir as almas dos homens, como Jeová fazia (Lc. 9:51-56). Mas se Jesus é Jeová, foi ele que matou os setenta mil. Davi clama a Jesus, já que ele é Jeová, e diz: Não sou eu que mandei numerar o povo? Estas ovelhas são inocentes, nada fizeram. Seja a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai. E o anjo estava com a espada desembainhada para destruir Jerusalém. Então o anjo de Jesus, isto é, de Jeová, mandou dizer a Davi que levantasse um altar na eira de Ornã, o jebuseu. Davi comprou a terra, edificou o altar, e ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos, e invocou o nome de Jeová, isto é, de Jesus. E Jesus, isto é, Jeová, deu ordem ao anjo, e ele meteu na bainha a espada com a qual ia destruir Jerusalém

(I Cr. 21:17-27).

O angu de caroço está no fato seguinte: No Novo Testamento está escrito: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8, 9). No Novo Testamento tudo o que o cristão quer fazer, pede em nome de Cristo, e Jesus mesmo o faz, para que o Pai seja glorificado no Filho (Jo. 14:13). No caso de Davi, foi-lhe pedido por Jesus para edificar um altar e oferecer holocaustos, e depois que Davi fez, o anjo guardou a espada. O que aplacou a ira de Jesus, isto é, de Jeová, foi o sacrifício oferecido por Davi, ou melhor, o mérito foi de Davi em contraposição a Ef. 2:8-9. Isto quer dizer que Jesus tinha duas naturezas.

Se Jesus é o Jeová do Velho Testamento, antes de nascer em carne, era ira (Sl. 7:11), era furor destruidor (Ex. 32:10). Era vingativo, e guardava ira dos inimigos para sempre (Na. 1:2). Era destruidor das almas (Gn.6:7). Assolava os povos (Is. 13:6-9). Oprimia o próprio povo (Sl. 106:41-42; Dt. 28:29).Atormentava o seu povo (Lv. 26:16). Vigiava o mal e não o bem (Jr. 21:10, 44:27). No Novo Testamento Jesus mostra que não é iracundo nem vingativo; não oprime nem destrói ninguém; não atormenta. Outrossim, só cura; só liberta; só santifica; só vivifica; só consola; só regenera; só purifica; só salva; só perdoa. Glória a Jesus Cristo!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(410) – SE… – I

SE…  1

  • Se as trevas são o lugar onde só se faz o mal, pois Jeová diz a Ezequiel, o profeta: “Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens”? (Ez. 8:12).
  • Se as trevas são o lugar da sombra da morte, pois o salmista diz a Israel: “Tal como o que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em aflição e em ferro” (Sl. 107:10; Jó 3:5, 10:21-22, 34:22).
  • As trevas são o lugar das tramas criminosas, pois Jó diz: “De madrugada levanta o homicida, mata o pobre e necessitado, e de noite é como o ladrão. Assim como os olhos do adúltero aguardam o crepúsculo, dizendo: Não me verá olho nenhum, e oculta o rosto; nas trevas minam as casas que de dia assinalaram; não conhecem a luz. Porque a manhã para todos eles é como sombra da morte” (Jó 24:14-17).
  • Se as trevas são o lugar onde só há mal, e onde os maus praticam obras más, porque aborrecem a luz e amam as trevas, como declara o apóstolo João, dizendo: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (Jo. 3:19-20).
  • Se quem anda em trevas não sabe para onde vai, como diz Jesus: “A luz ainda está convosco por um pouco de tempo; andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai” (Jo. 12:35).
  • Se quem anda nas trevas tem comunhão com Belial (perversidade), por isso o apóstolo Paulo diz:“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel”? (II Co. 6:14-15).
  • Se as obras das trevas incluem todas as formas de corrupção: “Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes ações de graças. Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicário, ou impuro, ou avarento, o qual é idolatra, tem herança no reino de Cristo ou de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de deus sobre os filhos da desobediência. Portanto não sejais seus companheiros. PORQUE NOUTRO TEMPO ÉREIS TREVAS, MAS AGORA SOIS LUZ NO SENHOR; ANDAI COMO FILHOS DA LUZ”

(Ef. 5:3-8).

  • Se o Espírito Santo de Deus pede que não nos comuniquemos com as obras infrutuósas das trevas, porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe (Ef. 5:11-12).
  • Se o que está em trevas está debaixo do poder de Satanás, por isso Jesus disse a Paulo:“Levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci, por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda; livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; afim de que recebam a remissão dos pecados, e sorte entre os santificados pela fé em mim” (At. 26:16-18).
  • Se os condenados serão todos lançados nas trevas, pois Jesus disse: “Os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt. 8:12).
  • Se as trevas são a região onde habitam os principados e potestades que combatem os cristãos:“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, conta as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef. 6:12).
  • Se as trevas são o esconderijo onde os assassinos de Jesus tramaram a sua morte, por isso Jesus disse aos príncipes e sacerdotes: “Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus? Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes a mão contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas” (Lc. 22:52-53).
  • Se em Jesus não há trevas, mas somente luz, pois disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”

(Jo. 8:12).

  • Se Deus, o Pai, é luz e não há nele trevas nenhumas (I Jo. 1:5), POR QUE JEOVÁ SE MANIFESTOU EM TREVAS? Quando Jeová deu os dez mandamentos no monte Sinai, o texto diz: “E o povo estava em pé de longe; Moisés, porém, se chegou à escuridade, onde Deus estava” (Ex. 20:21). E Moisés declarou ao povo: “Estas palavras falou Jeová a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz, e nada acrescentou; e as escreveu em duas tábuas de pedra, e a mim mas deu. E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas e vendo o monte ardendo em fogo, vos chegaste a mim” (Dt. 5:22-23).

Como Jeová se ocultou nas trevas, se onde há luz não há trevas? Davi disse: “Fez das trevas o seu lugar oculto” (Sl. 18:11). O que parece é que Jeová é o deus das trevas, por isso o seu povo andava em trevas totais (Is. 59:9-10).

Jeová não é luz, pois Isaías diz: “Quando alguém andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome de Jeová” (Is. 50:10).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(409) – SALVAÇÃO DE JEOVÁ – III

SALVAÇÃO  DE  JEOVÁ  3

Jeová declarou bem alto: “EU, EU SOU JEOVÁ, E FORA DE MIM NÃO HÁ SALVADOR” (Is. 43:11). E disse mais: “Porque a traça os roerá como a um vestido, e o bicho o comerá como à lã; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salvação de geração em geração” (Is. 51:8). E ainda disse mais: “MAS ISRAEL É SALVO POR JEOVÁ, COM UMA ETERNA SALVAÇÃO; pelo que não sereis envergonhados nem confundidos em todas as eternidades” (Is. 45:17).

A salvação de Jesus Cristo é eterna, pois está escrito: “AQUELE QUE CRÊ NO FILHO TEM A VIDA ETERNA; MAS AQUELE QUE NÃO CRÊ NO FILHO NÃO VERÁ A VIDA, MAS A IRA DE DEUS SOBRE ELE PERMANECE” (Jo.3:36). “E O TESTEMUNHO DE DEUS É ESTE: QUE DEUS NOS DEU A VIDA ETERNA; E ESTA VIDA ESTÁ EM SEU FILHO. QUEM TEM O FILHO TEM A VIDA; QUEM NÃO TEM O FILHO DE DEUS NÃO TEM A VIDA” (I Jo. 5:11-12).

A salvação de Jeová não é eterna, pois Tiago diz na sua epístola: “Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que havendo Jeová salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram” (Jd. 5). Como pode ser isso? Se salvou estava salvo, como destruiu depois que já estavam salvos? A explicação é fácil: Jeová salvava, e depois de os salvar deu a lei, e o povo era obrigado a guardar a lei. Se violasse a lei morria, e assim perdia a salvação. Davi, aconselhando a seu filho Salomão, disse: “E tu, meu filho Salomão, conhece o deus de teu pai, e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha Jeová todos os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos. Se o buscares, será achado de ti; porem, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre” (I Cr. 28:9).

Jeová proclamava a sua grande salvação dizendo: “Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz Jeová; eu sou deus” (Is. 43:12).Nos salmos lemos: “Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os salvou, mas a tua dextra e o teu braço, e a luz da tua face, porquanto te agradaste deles” (Sl. 44:3). Mas Jeremias declara algo estarrecedor: “Como cobriu Jeová de nuvens na sua ira filha de Sião! derribou do céu à terra a glória de Israel, e não se lembrou do escabelo de seus pés, no dia da sua ira. DEVOROU JEOVÁ TODAS AS MORADAS DE JACÓ, E NÃO SE APIEDOU; DERRIBOU NO SEU FUROR TODAS AS FORTALEZAS DA FILHA DE JUDÁ, E AS ABATEU ATÉ A TERRA; PROFANOU O REINO E OS SEUS PRÍNCIPES. CORTOU NO FUROR DA SUA IRA TODA A FORÇA DE ISRAEL; RETIROU PARA TRÁS A SUA DEXTRA DE DIANTE DO INIMIGO; E ARDEU CONTRA JACÓ, COMO LABAREDA DE FOGO QUE TUDO CONSOME EM REDOR. ARMOU O SEU ARCO COMO INIMIGO, FIRMOU A SUA DEXTRA COMO ADVERSÁRIO, E MATOU TUDO O QUE ERA FORMOSO À VISTA; DERRAMOU A SUA INDIGNAÇÃO COMO FOGO NA TENDA DA FILHA DE SIÃO. TORNOU-SE JEOVÁ COMO INIMIGO; DEVOROU ISRAEL, DEVOROU TODOS OS SEUS PALÁCIOS, DESTRUIU AS SUAS FORTALEZAS. E MULTIPLICOU NA FILHA DE JUDÁ A LAMENTAÇÃO E A TRISTEZA” (Lm. 2:1-5).

Está provado que Jeová salva e depois tira a salvação, e alem de tirar, ainda manda para o cativeiro para torturar, para oprimir, para assolar, e ainda confessa que se deleita em matar e destruir. Moisés, na lei de Jeová, revelou o seguinte: “Se não tiveres o cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e terrível, Jeová teu deus, então Jeová fará maravilhosas as tuas pragas, e as pragas da tua semente, grandes e duradouras pragas, e enfermidades más e duradouras; e fará tornar sobre ti todos os males do Egito, de que tu tiveste temor, e se apegarão a ti” (Dt. 28:58-60). Jeová salvou do Egito com intenção de torturá-los no futuro com os mesmos males que sofriam no Egito. Então não salvou, apenas fez de conta. Mas Jeová prossegue, dizendo: “Também Jeová fará vir sobre ti toda a enfermidade e toda a praga, que não está escrita no livro desta lei, até que sejas destruído. E ficareis poucos homens, em lugar de haverdes sido como as estrelas dos céus em multidão; porquanto não destes ouvidos à voz de Jeová teu deus. E será que, assim como Jeová se deleitava em vós, e fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim Jeová se deleitará em destruir-vos e consumir-vos; e desarraigados sereis da terra a qual passais a possuir” (Dt. 28:61-63).

É fantástico! Jeová salva e depois se torna inimigo dos que salvou. Isaías pronuncia as palavras de Jeová: “Certamente eles são meu povo, filhos que não mentirão; assim ele foi seu salvador. Em toda a angústia deles foi ele angustiado, e o anjo da sua face os salvou; pelo seu amor, e pela sua compaixão ele os remiu; e os tomou, e os conduziu todos os dias da antigüidade. Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” (Is. 63:8-10).

Jeová afirma que por amor e por compaixão os salvou, mas porque foram rebeldes se tornou inimigo, e ele mesmo pelejou contra. Amou ou não amou. Salvou ou não salvou. Quando foram rebeldes acabou a compaixão?

Vejamos a salvação de Jesus Cristo, para saber se é a mesma salvação, ou é outra. Se é salvação de fato, ou é salvação que não salva, apenas impõe jugo: Uma mulher pecadora entrou na casa de um certo fariseu, que convidara Jesus para comer, e ajoelhando-se, a mulher ungiu os pés de Jesus, e chorando, regava-os com lágrimas e enxugava com seus cabelos. O fariseu pensou: Se este fosse profeta, saberia que esta mulher é ima pecadora. Jesus, sabendo o que ele pensava, disse: Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com as suas lágrimas. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. POR ISSO TE DIGO QUE OS SEUS MUITOS, PECADOS SÃO PERDOADOS, PORQUE MUITO AMOU. No final disse à mulher: “Vai-te, a tua fé te salvou” (Lc. 7:36-50).

Que diferença; Jeová salvava mas não perdoava os pecados, e quando os salvos pecavam eram mortos, despedaçados, ou eram vitimas de enfermidades malignas e mortais, e eram levados a cativeiros degradantes.

Jesus perdoa os muitos pecados que cometemos, logo somos realmente salvos. A salvação de Jeová era de mentirinha. Glória a Jesus.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(408) – SALVAÇÃO DE JEOVÁ – II

SALVAÇÃO DE JEOVÁ 2

A salvação de Jeová é diferente da salvação de Jesus Cristo. Qual a diferença? A salvação de Jeová é terrena e temporal, pois salvou do Egito para levar à Canaã. Mudaram de um lugar ruim para outro péssimo. O povo foi salvo da escravidão egípcia, e foi levado para uma terra fértil que mana leite e mel. Jeová falou: “Desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuzeu” (Ex. 3:8). Jeová conhecia todos aqueles povos, e sabia que eram povos idólatras e moralmente corruptos  (Lv. 18:19-30). E eram sodomitas os cananeus (Gn. 10:19). Como Jeová não tirou aqueles povos, como prometera (Jz. 2:1-3), o povo contaminou-se misturando-se (Jz. 3:1-8). Então Jeová, por castigo, os entregou como escravos aos sodomitas. Acostumados a pecar diante dos sete cativeiros que sofreram dentro da terra que mana leite e mel, o povo se endurecia pelo tratamento de Jeová; e mais e mais pecava. Então Jeová retinha a chuva (I Rs. 17:1). E passaram-se três anos de fome(I Rs. 18:1). Na terra que mana leite e mel não havia nem leite, nem mel, nem verdura, nada. Quando morreu Acabe, que presenciou e sofreu os efeitos terríveis da falta de água, subiu ao trono Acazias, seu filho. Este caiu pelas grades de um quarto alto e se machucou gravemente. Mandou então consultar a Baal-Zebute (pai das moscas), deus de Ecrom, e Jeová então decretou a sua morte (II Rs. 1:1-4).Morrendo Acazias, seu filho Jorão subiu ao trono (II Rs. 1:17). No seu reinado subiu Bene-Hadade, rei da Síria, e cercou Samaria. O cerco foi tão demorado, e a fome apertou tanto, que as mulheres coziam os próprios filhos para comer. Uma mulher procurou o rei Jorão para queixar-se, dizendo: Fulana me disse: Dá cá o teu filho para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho. Hoje eu a procurei, e ela negou-se a dar o seu filho, como fiz eu ontem (II Rs. 6:24-31). Que lugar de repouso foi Canaã! Guerras, sodomia, fome tão cruel que as mães comiam os filhos. Jeremias, o profeta, falou a Jeová, dizendo: “Ah senhor Jeová! verdadeiramente trouxeste grande ilusão a este povo e a Jerusalém, dizendo: Tereis paz! pois a espada penetra-lhe até a alma” (Jr. 4:10).

A salvação de Jeová era feita pela guerra, porque ele é o deus da guerra, e tem um livro onde planeja suas guerras assassinas (Nm. 21:14). Moisés revela que Jeová é varão de guerra (Ex. 15:3). Jeová, com seu poder tenebroso, fabrica inimigos para matar na guerra. Provemos pela Escritura Sagrada que Jeová fabricava inimigos para valorizar a sua salvação.

Quando Moisés chegou às cercanias de Canaã, e ia passar o ribeiro de Arnom, Jeová disse: “Na tua mão tenho dado a Siom, amorreu, rei de Hesbom, e a sua terra; começa a possuí-la, e contende com eles em peleja” (Dt. 2:24). Moisés então, pediu passagem para Siom, rei de Hesbom, mas este rei não quis deixar o povo de Israel passar porque Jeová endurecera o seu coração (Dt. 2:30). Então Siom saiu ao encontro de Israel, ele e todo o seu povo. Jeová entrou na peleja e deu a vitória a Moisés, que matou homens, mulheres e crianças. Ninguém ficou vivo. E Israel se lançou ao sangue por ordem do chefão (Dt. 2:31-36). Além de não amar aqueles povos, Jeová endureceu seus corações tornando-os inimigos para matá-los e saqueá-los, como fazem os ladrões. Jesus disse: “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo. 10:10).

Josué, o sucessor de Moisés, narra outro episódio de endurecimento para ter motivo para matar. Ele disse: “Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeão; por guerra as tomaram todas. Porquanto de Jeová vinha, que os seus corações endurecessem, para saírem ao encontro a Israel na guerra, para os destruir totalmente, para se não ter piedade deles; mas para os destruir a todos, como Jeová tinha ordenado a Moisés” (Js. 11:19-20). A salvação de Jeová consistia em libertar dos inimigos que ele mesmo produzia.

O caso dos egípcios é que fala mais alto. Desde que José se tornou governador do Egito, os celeiros de Faraó transbordaram. As riquezas das nações vizinhas vieram todas para os cofres de Faraó para comprar trigo. Estabeleceu-se entre Israel e o Egito um elo de amizade e comunhão tão grande, que Faraó deu ordem a José para trazer seu pai Jacó com toda a prole. Ao chegarem ao Egito foi feito um banquete. Faraó deu para Jacó e sua família a melhor terra do Egito; a terra de Gosen. Quando Jacó morreu, houve um pranto de sete dias (Gn. 50:6-11). Eram como irmãos os egípcios e os israelitas. Quando faleceu Faraó no tempo de José, e outro sentou no trono, Jeová, o todo poderoso El Shaday, o deus assolador (Is. 13:6-9), fez um prodígio tenebroso registrado nos salmos: “Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão. E ele multiplicou sobremodo o seu povo, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos. Mudou o coração deles para que aborrecessem o seu povo, para que tratassem astutamente aos seus servos” (Sl. 105:23-25). Transformados em inimigos de Israel por Jeová, ficou fácil. Jeová começou a mandar pragas sobre o Egito. Todo mundo pensa que é por amor aos descendentes de Jacó, mas não foi. Jeová criou um cenário para mostrar o seu poder e ficar famoso. No salmo 106 está escrito: “Nossos pais não atentaram para as tuas maravilhas no Egito, não se lembraram da multidão das tuas misericórdias; antes foram rebeldes junto ao mar, sim, o Mar Vermelho. Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder” (Sl. 106:7-8).

Jeová só buscava fama e glória (Is. 66:19).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira