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(407) – SALVAÇÃO DE JEOVÁ – I

SALVAÇÃO DE JEOVÁ 1

A única salvação conhecida antes de Jesus Cristo era a salvação de Jeová: “Cantai a Jeová em toda a terra, anunciai de dia em dia a sua salvação” (I Cr. 16:23). Que salvação maravilhosa foi essa, que o povo cantava diariamente? Foi a salvação de Israel, seu povo: “Mas Israel é salvo por Jeová, com uma eterna salvação” (Is. 45:17). Moisés, no seu cântico, disse: “Jeová é a minha força, e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu deus” (Ex. 15:2). Pobre Moisés; cantou a salvação e não foi salvo, porque Jeová não permitiu a sua entrada na terra prometida, que é figura do céu, logo não foi salvo por Jeová (Dt. 34:1-5). Como sabemos que não foi salvo por Jeová? Porque o seu corpo era propriedade de Satanás. Ficou nas mãos de Satanás 1.600 anos. No Novo Testamento lemos que o arcanjo Miguel, por ordem de Jesus, o arrancou das mãos de satã (Jd 9). “Miriã, a profetiza, a irmã de Arão, tomou o tamboril em sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai a Jeová, porque sumamente se exaltou, e lançou no mar o cavalo com seu cavaleiro” (Ex. 15:20-21). Mal sabiam elas que também não seriam salvas. Jeová condenou à morte todos os que saíram do Egito, de vinte anos para cima, porque o povo murmurou (Nm. 14:29-30). Miriã foi a primeira a morrer (Nm. 20:1).Logo depois morreu Arão (Nm. 20:23-24). E o povo todo morreu no deserto, mais ou menos um milhão de pessoas. Jeová falou assim: “Jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso” (Sl. 95:11). “Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão os que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade” (Hb. 3:17-19). Qual o problema que envolve a salvação de Jeová? É que Jeová primeiro se apresentou fazendo mágicas. A primeira foi transformar a sua vara em serpente. Os magos de Faraó também fizeram essa mágica. Então a serpente de Jeová, ou melhor, dragão de Jeová, (pois no hebraico está escrito TAM (dragão) e não serpente), tragou os dragões dos magos de Faraó. Depois, com o toque da vara de Jeová, as águas dos rios se tornaram em sangue, e os peixes morreram, mas os magos do Egito também fizeram essa mágica (Ex. 7:19-25).

Moisés, quando foi enviado ao Egito, assim falou a Jeová: Eles não me crerão, nem ouvirão a minha voz, porque dirão: Jeová não lhe falou. Então Jeová lhe disse: Lança na terra a vara. E Moisés lançou, e tornou-se em serpente; e Moisés fugia dela. Então disse Jeová a Moisés: Estende a tua mão e pega-lhe pela cauda. E estendeu a sua mão, e pegou-lhe pela cauda, e tornou-se em vara na sua mão. Para que creiam que te apareceu Jeová, deus de seus pais, e deus de Abraão, e deus de Isaque e deus de Jacó. E disse-lhe mais Jeová: Mete agora a tua mão no teu seio. E, tirando-a, eis que a sua mão estava leprosa. E disse: Torna a meter a tua mão no teu seio; depois tirou-a do seu seio, e eis que se tornara como era sua carne antes (Ex. 4:1-7). Essa é de matar! Jeová fez mágicas para que o povo cresse. Jeová então lhe disse: Se eles não crerem no primeiro sinal, crerão no derradeiro (Ex. 4:8). O povo acostumou a ver milagres e prodígios. No deserto teve fome e clamou por um prodígio. Era tão fácil para Jeová. Este mandou comida, e quando a comida estava na boca, matou os mais fortes deles, e feriu os escolhidos de Israel (Sl. 78:23-31). Mais tarde clamaram novamente, dizendo: Por que nos fizestes subir do Egito? Pois aqui neste deserto nem pão nem água há, e assim morreremos. Então Jeová mandou serpentes ardentes que os morderam, e morreu muito povo (Nm. 21:4-9). Se Jeová, em vez de fazer mágica, tivesse dado a vida pelo seu povo, certamente não os mataria quando clamassem por comida. Jesus assim falou à respeito de Deus: “Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?” (Mt. 7:9-11).

Na salvação de Jeová, ele primeiro faz mágicas e prodígios, e pragas, e sinais, e o povo então crê nos prodígios. Depois, na necessidade, o povo reclama, e Jeová diz: “Todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram a minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei” (Nm. 14:22-23). No método de Jeová, primeiro o povo vê para depois crer, pois Jeová dá valor infinito aos sinais e prodígios. É por isso que na epístola universal de Judas lemos: “Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo Jeová salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram” (Jd. 5).

Jesus agiu diferente de Jeová. Jesus declarou: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (Jo. 15:13). Paulo confirma o amor sacrificial de Cristo, dizendo: “O qual se deu a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai” (Gl. 1:4). E quem dá a vida por amor de alguém, não o acusa por uma falha qualquer. Jesus declarou: “Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais” (Jo. 5:45). E Jesus declara também: “Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc. 9:56).

Jeová veio para destruir. Leiam Gn. 6:7; Dt. 28:48, 51, 61-63; II Rs. 23:27, 24:3; Am. 9:8-10; Jr. 9:15-16.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(406) – O AMOR DE JEOVÁ – II

O AMOR DE JEOVÁ 2

Segundo a teologia, Jeová é o único deus, e fora dele não existe outro (Is. 44:6; 45:21). E Jeová declara que anuncia o fim desde o princípio, e desde a antigüidade as coisas que ainda não aconteceram (Is. 46:9-10). Jeová sabe, portanto, o futuro.

Jeová, como Adão, se sentia só. Não havia para ele uma adjutora que estivesse diante dele. Então Jeová escolheu entre todos os povos que havia sobre a terra, um especial, para formar a sua companheira e esposa. Como Jeová sabe o futuro, anunciou o seu propósito quatrocentos anos antes, a Abrão, seu servo (Gn. 15:13-14). Jeová, com sua divina sabedoria, levou Jacó e mais sessenta e seis almas que saíram de sua coxa, ao Egito (Gn. 46:26). Chegou com 130 anos, portanto 215 anos depois que Jeová falou a Abrão (Gn. 47:9). Quando José, filho de Jacó e governador do Egito morreu, setenta e um anos depois, começou o jugo de servidão no Egito, que durou mais ou menos 120 anos. Durante esse tempo o povo se multiplicou muito, e foi corrompido, pois no Egito não havia moral. O próprio Jeová declara isso em Ez. 23:1-4: “Filho do homem, houve duas mulheres, filhas de uma mãe. Estas prostituíram-se no Egito; prostituíram-se na sua mocidade; ali foram apertados os seus peitos, e ali foram apalpados os seios da sua virgindade. E os seus nomes eram: Aolá, a mais velha, e Aolibá, sua irmã; e forma minhas, e tiveram filhos e filhas; e, quanto aos seus nomes, Samaria é Aolá, e Jerusalém é Aolibá”.

A teologia não vai poder convencer ninguém que Jeová, que afirmou conhecer o futuro, não sabia que o seu povo ia se corromper no Egito, pois o plano foi cuidadosamente preparado por 400 anos. Jeová preparou a sua Eva nutrindo-a com leite de dragão, pois Faraó é o dragão, e o dragão é satã (Ez. 29:3; Ap. 12:9). E Jeová sabia também que Israel, seu povo, era corrupto desde o ventre (Is. 48:8). E Jeová amou essa mulher (Os. 11:1). E amou quando estava sendo nutrida no Egito.

Jeová narra como se deu o casamento (Ez. 16:7-8). Jeová, depois de casado, ungiu a esposa com óleo, depois de lavá-la com água para limpar o sangue, vestiu-a de bordadura, cingiu-a de linho fino, e a cobriu de seda. Ornou-a de enfeites, colocou braceletes nos pulsos e um colar no pescoço. Colocou uma jóia na testa e pendentes nas orelhas, e uma coroa de glória na cabeça. Essa esposa de Jeová, coberta de ouro e prata parecia formosa ao extremo (Ez. 16:9-14). Jeová agia de forma contrária ao Novo Testamento, onde lemos que a beleza não deve ser exterior, mas interior (I Tm. 2:9-10; I Pd. 3:3-4). E é óbvio que os enfeites com que Jeová ornou sua mulher não eram as virtudes, pois se fossem, a esposa não teria se corrompido (Ez. 16:15).

Jeová então, zeloso do seu amor para com a esposa, e enciumado, usou toda a forma de suplício para fazê-la voltar para casa. É mais ou menos como o marido violento que espanca a mulher todos os dias. Quando Bene-Hadade, rei da Assíria, cercou Samaria, o tempo do cerco foi tão longo, e a fome dentro da cidade era tão insuportável, que as mães, as pobres mães, coziam os filhinhos para comer e saciar a fome. Isto está em II Rs. 6:24-30. No tempo do cativeiro babilônico aconteceu de novo. Jeová diz em voz alta: “Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, sim, eu, estou contra ti; e executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações. E farei em ti o que nunca fiz, e o que jamais farei, por causa de todas as tuas abominações. Portanto os pais comerão a seus filhos no meio de ti, e os filhos comerão a seus pais; e executarei em ti juízos, espalharei todo o remanescente a todos os ventos” (Ez. 5:8-10). Jeová declara que isto nunca havia feito antes, mas é mentira, pois no tempo do rei Jorão, filho de Acabe, as mulheres já comiam os seus tenros filhinhos, duzentos e oitenta anos antes (II Rs. 6:24-30). E todas as vezes que era praticado o banquete de Tistes (pais comendo os filhos por fome), era obra de Jeová, pois profetizou isto nas maldições contra a esposa, isto é, Israel (Dt. 28:53-58).

Em Dt. 28:57 está escrito que a mãe ao dar a luz, devora a placenta, e depois o filho recém nascido. O pior, é que, sendo Israel a esposa de Jeová, os filhinhos devorados eram filhos de Jeová. Jó diz: “Ela devorará os membros do seu corpo; sim, o primogênito da morte devorará os seus membros” (Jó 18:13).Jesus não é primogênito da morte, mas primogênito dos mortos, pois é o primeiro que ressuscitou de entre os mortos (Cl. 1:18; At. 26:23). O primogênito da morte é o primeiro a entrar na morte, e o primogênito dos mortos é o primeiro a sair de entre os mortos (Ap. 1:18).

Jeová lançou também sobre a esposa repudiada (Is. 50:1) terríveis maldições (Dt. 28:15-68).

Jeová atormentava sua esposa, ou melhor, atormenta (Lv. 26:16).

Jeová aterroriza o seu povo (Jr. 8:15).

Jeová vingou o mal sobre a sua esposa até o fim (Jr. 44:27; Dn. 9:14).

Jeová odiou a mulher a quem declarou amor eterno (Jr. 31:3). O texto diz: “Pois que com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí”. Amorável benignidade é rejeitar sua mulher? Amorável benignidade é trazer o rei Bene-Hadade para cercar Israel até que a fome obrigue as mães devorar seus filhos? Amorável benignidade é mandar bestas feras para destruir e matar, é mandar setas venenosas? É matar pela peste e pela espada? (Dt. 32:22-25).

Jeová amaldiçoou as bênçãos já dadas, e corrompeu a descendência (Ml. 2:1-3). Amor que é mudado em ódio nunca foi amor.

Amor que impõe escravidão à esposa nunca foi amor (II Cr. 12:7-8).

Amor que oprime a mulher nunca foi amor (II Rs. 17:20).

O amor de Jeová é tão pequeno que pôs o rosto contra a mulher para mal, e não para bem (Jr. 21:10).

O amor de Cristo pela sua esposa é tão grande, que a si mesmo se entregou por ela (Ef. 5:25).

O amor que sacrifica a quem ama, só ama pelo interesse de ser glorificado (Is. 43:7).

O verdadeiro amor sacrifica-se por quem ama (Jo. 15:13).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(405) – OS TESOUROS

OS  TESOUROS

  • · Jeová tem diversos tesouros. O primeiro e mais famoso é o ouro e a prata. Todo o ouro e toda a prata deste mundo pertencem a Jeová. Ele é quem declara: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse Jeová dos Exércitos” (Ag. 2:8). É ele que distribui esses metais preciosos. Elifaz, um dos três amigos de Jó, acusando-o disse: “Une-te, pois, a ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem. Aceita, peço-te, a lei da sua boca, e põe as suas palavras no teu coração. Se te converteres ao Todo-poderoso, serás edificado; afasta a iniqüidade da tua tenda. Então amontoarás ouro como pó, e o ouro de Ofir como pedras dos ribeiros. E até o Todo-poderoso te será por ouro, e por prata amontoada. Porque então te deleitarás no Todo-poderoso, e levantarás o teu rosto para deus. Tu orarás a ele, e ele te ouvirá; e pagarás os teus votos” (Jó 22:21-27). Salomão diz: “A bênção de Jeová é que enriquece, e não acrescenta dores” (Pv. 10:22). A riqueza material é bênção de Jeová, o Todo poderoso (Pv. 22:2).Jeová faz até o usurário (Pv. 29:13).

Podemos afirmar com precisão que esse tesouro tão cobiçado pelos adoradores de Jeová, não vem de Jesus. Sua doutrina sempre foi contra o ouro e a prata. Ele disse: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça e nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt. 6:19-20). Um jovem muito rico em bens, disse a Jesus: “Mestre, que bem farei para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades” (Mt. 19:16-22). E Jesus disse mais: “Qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc. 14:33).

  • · Jeová tem também os tesouros das trevas (Is. 45:3). Jeová estava dando os tesouros da escuridão a Ciro, o persa. Tesouro das trevas é o poder temporal, abater as nações pela guerra, abrir as portas dos reinos para que Ciro entre vitorioso (Is. 45:1-3). Ciro foi um rei feroz e matador. Rubens, insigne pintor flamengo, nascido em Antuérpia, pintou um monumental quadro em 1622, onde mostra Tamirys, rainha dos messegetas, que, para celebrar o seu triunfo sobre o todo poderoso Ciro, faz banhar no sangue a sua cabeça, em cumprimento à promessa de vingança pela perda do filho. Em meio à corte, mergulhando a cabeça em sangue, ela disse: Bebe sangue, rei sanguinário. Esses são os tesouros das trevas, ou tesouros do mal, pois Jesus disse: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo. 3:19; Ef. 5:8-14). Jeová está oculto nas trevas porque é ele que manipula todas as guerras que se fazem debaixo do céu. Davi, num salmo disse: “Jeová fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas” (Sl. 18:11). Oculta-se nas trevas porque as guerras todas vêm dele, as revoluções e revoltas, o terrorismo. A guerra entre judeus e árabes vem de Jeová, mas ninguém se dá conta disso, e assim ele está oculto nas trevas. A escuridão das águas que o cercam, são povos entregues ao crime, ao roubo, e à busca de poder e riqueza (Ap. 17:15).
  • · Pertencem a Jeová, também os tesouros da impureza e da corrupção. Moisés escreveu: “Como pode ser que um só perseguisse mil, e dois fizessem fugir a dez mil, se a sua rocha os não vendera, e Jeová não os entregara? Porque a sua rocha não é como a nossa rocha, sendo até os nossos inimigos juizes disto. Porque a sua vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas de fel, cachos amargosos têm. O seu vinho é ardente veneno de dragões, e peçonha cruel de víboras. NÃO ESTÁ ISTO ENCERRADO COMIGO? SELADO NOS MEUS TESOUROS?” (Dt. 32:30-34). Incrível! Mas está escrito. A corrupção de Sodoma e Gomorra, de Israel e Judá, fazem parte dos tesouros de Jeová. Davi, em outro salmo, diz: “Dos homens, com a tua mão, Jeová, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida, e cujo ventre enches do teu tesouro oculto; seus filhos estão fartos, e estes dão os seus sobejos às suas crianças” (Sl. 17:14). O tesouro oculto de Jeová é exatamente o vinho de Sodoma.
  • · Outro tesouro de Jeová são suas armas, os instrumentos da sua indignação e da sua ira. Jeová falando: “Laços te armei, e também foste presa, ó Babilônia, e tu não o soubeste; foste achada, e também apanhada, porque contra Jeová te entremeteste. Jeová abriu o seu tesouro, e tirou os instrumentos da sua indignação; porque Jeová dos Exércitos, tem uma obra a realizar na terra dos caldeus” (Jr. 50:24-25).

Jeová fala: “Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com o meu braço estendido, e a dou àquele que me agrada em meus olhos. E agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo; e ainda até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam” (Jr. 27:5-6). E isso aconteceu. Nabucodonosor não sabia que nos tesouros de Jeová, já estava determinada a destruição de Babilônia. E foi de tal modo que dos caldeus não sobrou nada. Jeová já tinha elegido Dario, rei dos medos, para realizar esta obra. E a destruição foi assim descrita cento e cinqüenta anos antes, por Isaías: “Pelo que farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor de Jeová dos Exércitos, e por causa do dia da ardente ira. E cada um será como a corça que foge, e como a ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo, e cada um fugirá para a sua terra. Todo o que for achado será traspassado; e todo o que for apanhado, cairá à espada. E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas. Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata. E os seus arcos despedaçarão os mancebos, e não se compadecerão do fruto do ventre. E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando deus as transtornou” (Is. 13:13-19). E Jeová chamou os cruéis e destruidores guerreiros medos e seu rei, Dario, de seus santificados

(Is. 13:3).

O pior de tudo é que Israel, chefiado pelo seu Messias, estavam predestinados para a mesma missão dos medos (Jr. 51:19-24). Israel foi escolhido por Jeová como seu tesouro peculiar, não para exercer a paz, mas para pisar e escravizar (Sl. 47:3). Não para salvar, mas para despedaçar. Isso deveria ter sido feito há dois mil anos. Jesus, porem, negou-se a reinar no inferno, e pregou o reino de Deus, o Pai, que é fora da terra (Jo. 14:1-3; Mt. 25:31-41). Paulo declara o mesmo (Fp. 3:20-21; II Tm. 4:18). Pedro também (I Pd. 1:3-4).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira 

(404) – A VAIDADE

A  VAIDADE

Que vem a ser vaidade? Coisas vãs, fúteis; desejo de aparecer, brilhar, de atrair a atenção dos outros; presunção ridícula, vanglória, ostentação. Ostentar riquezas, exibir jóias, grandeza, conhecimento diante de indoutos; exercer poder sobre os mais fracos; ostentar glória diante dos menos favorecidos; presunção infundada, jactância.

Salomão disse: “Vaidade de vaidades! diz o pregador, vaidade de vaidades! é tudo vaidade” (Ec. 1:2). No hebraico: “Avel avalim! amar Koelet, avel avalim! col avel”. E no latim: “Vanitas vanitatis! vanitas vanitatis! et omnia vanitas”.

Jeová, o deus dos hebreus, se declara o dono do ouro e da prata (Ag. 2:8).

O ouro e a prata, e também as pedras preciosas, formam a coroa dos reis, as pulseiras dos braços das mulheres belas, vaidosas e ricas. De ouro e pedras preciosas também são feitos os pendentes das orelhas e os colares dos pescoços, como também os diademas que emolduram as faces das mulheres formosas.

Jeová já tinha o seu tesouro antes da construção da sua casa, isto é, o templo. Quando os israelitas passaram o Jordão a pé enxuto, todos foram circuncidados. Celebrou-se a páscoa. Jericó se opunha à sua frente, mas Jeová, ao som do toque das trombetas, derrubou os muros. O exército de Israel passou a fio da espada a todos, tudo foi queimado a fogo, mas o ouro e a prata foram consagrados a Jeová, e foram para o seu tesouro (Js. 6:19).

O interessante é que, o grupo que mais aprecia o ouro e a prata são os ladrões e assaltantes. Quando entram numa casa vão logo procurando estojos de jóias, e cofres. O ouro e a prata são exclusivos dos milionários, das madames que desfilam empetecadas, dos ladrões, e também de Jeová.

A Escritura do Velho Testamento revela o seguinte: “E os que se acharam com pedras preciosas, as deram para o tesouro da casa de Jeová”  (I Cr. 29:8). O tesouro de Jeová ficava nas câmaras da casa do tesouro(Ne. 10:38). Mas os tesouros de Jeová, isto é, a prata, o ouro e as pedras preciosas, foram roubados do templo por Sisaque, rei do Egito, no tempo de Roboão, filho de Salomão (I Rs. 14:25-26). Nem Jeová escapou dos ladrões! Mas os ladrões estavam também no reino de Jeová. Jeoás, rei de Israel, guerreou contra Amazias, rei de Judá, e o venceu, e roubou todo o ouro, e toda a prata do tesouro da casa de Jeová (II Rs. 14:11-14). Mais tarde, o péssimo rei Acaz, tomou o ouro e prata dos cofres da casa de Jeová, e os deu a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, para ajudá-lo contra o rei da Síria e o rei de Israel (II Rs. 16:7-9). No final do reino de Judá, quando Nabucodonosor destruiu tudo, pegou os tesouros de Jeová, e os vasos de ouro que Salomão fizera, e transportou tudo para a Babilônia (II Rs. 24:12-13).

Sumiram até hoje os tesouros de Jeová, o ouro, a prata, as pedras preciosas; tudo os ladrões levaram. Nada ficou, nem as câmaras do templo. E os cristãos dos nossos dias estão também caindo nessa vaidade.

Jeová é tão apegado ao ouro, que na sua casa tudo era revestido de ouro (Ex. 25:10-40; 30:1-5; 37:1-29).

Jesus, em contrário, ao entrar neste mundo, nasceu em uma estrebaria no meio dos animais (Lc. 2:1-7).Viveu pobre, pois era carpinteiro (Mc. 6:1-3). Quando Jesus foi aclamado como rei de Israel, entrou em Jerusalém montado num jumentinho. E o povo clamava dizendo: “HOSANA, BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR” (Mc. 11:1-11). O profeta Zacarias declarou, dizendo: “O TEU REI VIRÁ A TI, JUSTO E SALVADOR, POBRE, E MONTADO SOBRE UM JUMENTINHO” (Zc.9:9). Os cristãos de Jeová, adeptos do ouro e da prata, andam pregando que Jesus era rico, iludidos pela sua vã concupiscência.

Salomão dizia: “A bênção de Jeová é que enriquece, e não acrescenta dores” (Pv. 10:22). Jesus pregava, dizendo: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça e nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam” (Mt. 6:19-20).

Paulo explica isso na primeira carta à Timóteo 6:17-21. E Paulo diz mais: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm. 6:10). E Jesus pregava dizendo: “Qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc. 14:33). Ao enviar os apóstolos para pregar o reino dos céus, Jesus lhes deu poder para curar leprosos, ressuscitar mortos, e expulsar demônios; e lhes deu a seguinte ordem: “NÃO POSSUAIS OURO, NEM PRATA, NEM COBRE, EM VOSSOSA CINTOS” (Mt. 10:1-9). Todos os que pregam hoje nas rádios e televisões, só entram com o ouro nos cintos. Vejam como as coisas mudam! E quem tem mais ouro prega mais alto.

O leitor pense, e interprete a seguinte parábola:

“E disse a Jesus um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança. Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós? E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. E propôs-lhes uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em deposito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus” (Lc. 12:13-21).

“VANITAS VANITATUM! VANITAS VANITATUM! ET OMNIA VANITAS” (Ec. 1:2).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(403) – JEOVÁ É JESUS ?

JEOVÁ É JESUS ?

Imaginem! Os doutores em Bíblia destes últimos dias, chegaram à conclusão que Jesus e Jeová são a mesma pessoa. E acharam nas Sagradas Escrituras comparações verbais para fundamentarem sua grande descoberta:

  • No Velho Testamento está escrito que Jeová é o primeiro e o último; no Apocalipse está também escrito o mesmo de Jesus, logo Jesus e Jeová são a mesma pessoa.
  • Jeová é o rei da glória e Jesus é o Senhor da glória, logo são a mesma pessoa.

Esta segunda comparação peca num ponto: Jesus, nascido em carne, só recebeu glória no batismo, como diz Pedro: “Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é meu filho amado, em quem me tenho comprazido” (II Pd. 1:17).

  • Jeová estabeleceu na lei a guarda do sábado (Ex. 20:8-11). Jesus afirmou que era o Senhor do sábado (Mt. 12:8).

Esta comparação tem dois tropeços:

I. O sábado de Jeová era figura de Canaã, a terra do descanso e do repouso. A prova disso é que os murmuradores foram condenados a morrer no deserto, e não puderam entrar no repouso (Hb. 3:17-19).

II. O sábado está na lei, e se Jesus é Jeová então foi Jesus que deu a lei, mas a lei é contra Cristo e a graça. Quem guarda a lei perde a Cristo e cai da graça (Gl. 5:1-4).

  • Na quarta comparação verbal, diz Jeová a Moisés: Eu sou o que sou (Ex. 3:14). E Jesus diz: Antes de Abraão existir, eu sou (Jo. 8:58). Esta comparação verbal está errada, pois Jeová disse: EU SEREI O QUE SEREI. Não está escrito EU SOU no hebraico.
  • A quinta comparação verbal: Jeová justiça nossa (Jr. 23:6). Paulo diz: Por Deus, Jesus foi feito para nós SABEDORIA, JUSTIÇA, SANTIFICAÇÃO E REDENÇÃO (I Co. 1:30).

Porque os doutores não usaram um texto mais expressivo? Por exemplo: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm. 10:4). Se citassem este texto criariam um grande problema teológico. Jeová deu a lei no Sinai, e a justiça da lei não leva a Deus (Rm. 9:30-33). A justiça de Cristo, na cruz, crucificou a lei (Cl. 2:14-15). Como a justiça da lei não leva a Deus, o Pai, Jesus teria dois pesos e duas medidas se fosse o autor da lei e da graça.

Vamos declarar algumas incompatibilidades entre o Velho Testamento de Jeová, ou velho concerto, e o Novo Testamento de Jesus, ou novo concerto. Jesus declarou na ceia: “E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt. 26:27-28). A impressão que dá é que os dois testamentos estão unidos, mas Paulo declara que não em II Co. 3:6-9. O verso seis revele que os cristãos são ministros do Novo Testamento, que não é o da letra, mas do Espírito, porque a letra mata, mas o Espírito vivifica. O verso sete diz que o Velho Testamento, o ministério da morte, o das tábuas da lei de Jeová, veio em glória, porque a glória de Jeová era matar (Ex. 14:4, 17-18, 30; 15:3-6). O verso nove esclarece que o Velho Testamento é o ministério da condenação, porque no tempo de Jeová, não havia salvação. Pedro diz que nenhum nome há, debaixo do céu, que salve os homens, só Jesus (At. 4:12). O Velho Testamento só atrapalha!

Vamos a alguns pontos que deixam claro que Jesus não é Jeová:

1. Jeová decretou o divórcio (Dt. 24:1-4) — Jesus o proibiu (Mt. 19:3-9).

2. Jeová aprova a cobiça carnal e impura (Dt. 21:10-14) — Jesus condena (Mt. 5:27-30).

3. Jeová se ocultava nas trevas (Ex. 20:21; Sl. 18:11) — Jesus é luz manifesta (Jo. 1:9; 8:12).

4. Jeová punha trevas no caminho dos santos (Jó 19:7-8; Lm. 3:1-2) — Jesus liberta (Jo. 12:46; I Pd. 2:9).

5. Jeová destrói e mata os ímpios (Gn. 6:5-7; Sl. 11:5-6) — Jesus salva os ímpios (I Tm. 1:15).

6. Jeová ordenou as maldições (Pv. 3:33; Dt. 28:15-68) — Jesus resgata (Gl. 3:13).

7. Jeová destrói justos e injustos juntos (Ez.21:2-4) — Jesus salva todos os que crêem (At. 16:30-31).

8. Jeová tem ligações com este mundo (Ec. 3:11) — Jesus não é deste mundo (Jo. 8:23; 7:7).

9. Jeová deu herança na terra (Ex. 32:13) — Jesus a dá no céu (Jo. 14:1-3; I Pd. 1:3-4).

10. Jeová recebia glória dos homens (Is. 43:7; Jr. 13:11) — Jesus não recebe (Jo. 5:41).

11. Jeová atirava setas venenosas (Jó 6:4) — Jesus cura o veneno (Mc. 16:17-18; Ef. 6:16).

12. Jeová reinava sobre mortos nos pecados (Ex. 19:6) — Jesus reina sobre vivos (Ef. 2:5-6; Rm. 5:17).

13. Jeová era cabeça dos reinos deste mundo (Sl. 22:28; 96:10) — Jesus é cabeça só da Igreja (Cl. 1:18).

14. Jeová mandava apedrejar as adúlteras (Lv. 20:10) — Jesus as salva também (Jo. 8:1-11).

15. Jeová entrega os fiéis na mão de Satanás (Jó 1:6-12) — Jesus não entrega (Lc. 22:31-32).

16. Jeová matava os que não se convertiam (Sl. 7:11-13) — Jesus não julga e nem acusa (Jo.1 2:47; 5:45).

17. Quem visse a face de Jeová morria (Ex. 33:18-20) — Quem vê Jesus tem a vida eterna (Jo. 6:40).

18. Jeová matava criancinhas do seu povo (Dt. 32:22-25) — Jesus as salva (Mc. 10:13-14).

19. Jeová entrega seu povo para pecar (Sl. 81:11-12) — Jesus morre pelos pecadores (I Jo. 2:1-2; Gl. 1:4).

20. Jeová vendeu seu povo aos perversos (Sl. 44:11-12) — Jesus compra (I Co. 6:19-20; I Pd. 1:18-19).

21. Jeová reinava pela violência (Ez. 20:33) — Jesus reina pelo amor (Cl. 1:12-13).

22. Jeová entregava na mão dos maus (Ez. 30:12) — Jesus salva os maus (Lc. 23:39-43).

23. Jeová dava a beber água de fel (Jr. 9:15; 23:15) — Jesus dá a beber o seu sangue (Jo. 6:54).

24. Jeová serve aos pecadores um cálice de fezes (Is. 51:17) — Jesus dá a sua carne (Jo. 6:51).

25. Jeová se deleitava em matar e destruir (Dt. 28:63) — Jesus sentia gozo em morrer na cruz para salvar a todos (Hb. 12:2).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(402) – DEUS BOM

DEUS BOM

 

Deus, o Pai, é bom. Deus é tão bom que Jesus não aceitou ser chamado de bom. O evangelista Mateus registra o fato assim: “E eis que, aproximando-se dele um mancebo, disse-lhe: Bom mestre, que bem farei para herdar a vida eterna? E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt. 19:16-19). Jesus queria ensiná-lo que Deus, o Pai, é amor, e só os que amam terão a vida. Deus é amor, e amor sem medida, e só entram no seu reino os que amam também sem medida (I Jo.4:7-8; Mt. 5:43-48). O mancebo, tão interessado em ter a vida eterna se afastou triste porque não conhecia o verdadeiro amor.

No Velho Testamento não havia amor, e tudo era regido pela lei de Jeová. O casamento obedecia às regras da lei, não do amor. E o amor não tinha peso nenhum no casamento. Se um homem não se agradasse da mulher podia lhe dar carta de repúdio com o aval de Jeová (Dt. 24:1-4). Se a mulher repudiada amava o marido, isso não pesava no juízo de Jeová.

Siquem, filho de Hamor, o heveu, deitou-se com Diná, filha de Jacó e Leia, mas deitou-se por amor, e era tanto o amor que Siquem e Hamor, seu pai, foram até Jacó (Gn. 34:1-8). Mas para os doze filhos de Jacó, amor para nada servia. Só a lei da circuncisão (Gn. 34:14). E Jacó e seus filhos propuseram que os heveus se circuncidassem para que Diná e Siquem pudessem casar. Como o amor de Siquem por Diná era sem medida, Hamor, que era o príncipe daquela terra, convenceu a todos os varões a serem circuncidados, coisa que realmente aconteceu. Mas ao terceiro dia, quando a dor era mais aguda, Simeão e Levi, tomaram suas espadas, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todo macho. Mataram também a fio de espada Hamor e a seu filho Siquem (Gn. 34:25-29). Jacó ficou horrorizado com a atrocidade dos filhos.

Jeová, que matou Er, primogênito de Judá (Gn.3 8:7), matou Onã, irmão mais novo de Er, porque não quis dar semente ao irmão morto (Gn. 38:8-10). Jeová, que matou a fogo do céu os dois filhos de Arão, o sumo sacerdote, Nadabe e Abiú, porque trouxeram fogo estranho sobre o altar para oferecer incenso(Lv. 10:1-2); Jeová que fulminou Uzá, porque teve a audácia de segurar com as mãos a arca do concerto, que estava caindo do carro inclinado (II Sm. 6:5-7); no caso do crime hediondo dos filhos de Jacó, dizimando uma cidade inteira, não se pronunciou sobre o caso. Diz o provérbio: Quem cala, consente. E por que consentiu? Porque os doze filhos de Jacó iam formar o seu reino de glória (Is. 43:7).Seguindo a mesma linha, Judá adulterou com Tamar, mulher de seu filho Er, um adultério vergonhoso, e Jeová nada falou sobre o assunto (Gn. 38:13-26). Rubem, o primogênito de Jacó, cometeu incesto com Bila, concubina de seu pai (Gn. 35:22). Jeová não matou Judá, nem Rubem, e nem se pronunciou sobre o assunto. E por quê? Porque era bom? Se fosse bondade, teria poupado Nadabe e Abiu, cujo pecado foi muito menor, e teria poupado a Uzá, que não cometeu pecado.

Está bem para Jeová, que a filha de um sacerdote que se prostituísse fosse queimada a fogo; está bem para Jeová, que quem adorasse outro deus fosse morto pelo próprio irmão (Dt. 13:6-9). Mas quando Acã cobiçou e pegou uma capa babilônica, duzentos ciclos de prata e uma cunha de ouro, Jeová que se dizia piedoso e misericordioso, mandar apedrejar com pedras e queimar vivos Acã, sua mulher, seus filhos, suas filhas e tudo quanto possuía, isto é desconhecer o amor, é desconhecer a misericórdia, é desconhecer a graça do Pai (Js. 7:24-26). Matar inocentes com requintes de crueldade não revela bondade. Que tem a ver a cobiça de Acã com os filhos e filhas? Que tem a ver a cobiça de Acã com as ovelhas, os bois e os jumentos? Jeová que cuida tão bem das aves e dos passarinhos (Dt. 22:6-7), manda apedrejar ovelhas, e bois, e jumentos de um pecador? Não basta fazer acepção de pessoas, mas também faz acepção de animais irracionais? Onde está a bondade desse deus? O salmista canta a bondade de Jeová, dizendo: “a terra está cheia da bondade de Jeová” (Sl. 33:5). No começo da história de Israel, quando iam tomar posse, Jeová mandava matar todo mundo, homens, mulheres e crianças, porque a terra estava cheia da bondade de Jeová (Dt. 2:30-34). Quando a Bíblia fala crianças, não são meninos de oito a doze anos, mas bebês de peito. Vejamos a ordem de Jeová a Saul, rei de Israel, pela boca de Samuel: “Enviou-me Jeová a ungir-te rei sobre o seu povo Israel; ouve agora pois, a voz da palavra de Jeová. Assim diz Jeová dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel, como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de mama, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos” (I Sm. 15:1-3). E por que essa vingança criminosa? Porque a terra está cheia da bondade de Jeová. Quando o povo de Israel se tornou idólatra, e ofereceu sacrifícios aos diabos e não a Jeová, a Escritura Sagrada registra o furor da bondade de Jeová: “Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até o mais profundo do inferno, e consumirá a terra com sua novidade, e abrasará os fundamentos dos montes. Males amontoarei sobre eles, as minhas setas esgotarei sobre eles. Exaustos serão de fome, comidos de carbúnculo e de peste amarga; e entre eles enviarei dentes de feras, com ardente peçonha de serpentes do pó. Por fora devastará a espada, e por dentro o pavor; ao mancebo, juntamente com a virgem, assim à criança de mama, como ao homem de cãs” (Dt. 32:22-25). E tudo isto porque a terra está cheia da bondade de Jeová. Imaginem o que Jeová faria, se não fosse a sua grande bondade!

Jó, o homem mais perfeito da terra, pois era sincero e reto, temente a Deus, e desviava-se do mal (Jó 1:1). Pois esse homem bom, fala a respeito de Jeová, o Todo poderoso, dizendo: “Porque as frechas do Todo poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno o bebe o meu espírito” (Jó 6:4). Realmente Jó conheceu de perto a bondade de Jeová.

Nós, os cristãos, podemos declarar que Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo é de bondade infinita, pois enviou o seu unigênito Filho para salvar a todos os homens (I Tm. 2:3-4; 4:10).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(401) – O DEUS DAS TREVAS

O DEUS DAS TREVAS

O dicionário diz que a palavra aborrecer é: repugnância, aversão, ódio. Vejamos a sublime declaração de Jesus Cristo: “Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mt. 5:43-44).

Se Jeová fosse o Pai, Jesus estaria discordando do Pai, e dando um mandamento diferente. Se Jeová é Jesus, fica clara uma contradição, com mudança de comportamento, pois no Velho Testamento mandava aborrecer o inimigo, e no Novo Testamento manda amá-lo.

Vamos entrar mais fundo nessa história de aborrecer o desafeto, ou o inimigo. João, na sua primeira epistola universal, diz: “Aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos” (I Jo. 2:11). E João continua, dizendo: “Nós sabemos que passamos da morte para vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte” (I Jo. 3:14).

Ora, nos salmos lemos que deus Jeová aborrece os homens maus: “Destruirás aqueles que proferem mentira; Jeová aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento” (Sl. 5:6). “Jeová prova o justo, mas a sua alma aborrece o ímpio e o que ama a violência” (Sl. 11:5). Jeová aborrece e vai destruí-los (Sl. 145:20).

Diz a Escritura que Jeová libertou o seu povo Israel do jugo egípcio, e os conduziu em segurança pelo deserto, e levou-os à terra prometida, expulsou as nações corruptas, e deu a terra em herança a seu povo; mas eles voltaram atrás e não guardaram os seus testemunhos; e viraram-se para a idolatria, pelo que Jeová os aborreceu cheio de indignação e ira (Sl. 78:59). E Jeová aborreceu também, e desprezou as festas das assembléias solenes (Am. 5:21). Isaías também registra a mesma repugnância de Jeová pelo seu povo (Is. 1:14).

Vamos citar o mais escandaloso caso envolvendo o deus Jeová. Desgostoso e arrependido de ter colocado Saul como rei sobre Israel, rejeitou-o (I Sm. 16:1). O varão escolhido por Jeová foi Davi, filho de Jessé, um jovem de grande valor. Ao rejeitar Saul, Jeová disse: “Agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado Jeová para si um homem segundo o seu coração, que seja chefe sobre o seu povo” (I Sm. 13:14).Jeová deu testemunho do valor de Davi, dizendo: “Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi. Com ele a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá. O inimigo não o importunará, nem o filho da perversidade o afligirá. E eu derribarei os seus inimigos perante a sua face, e ferirei os que o aborrecem. E a minha fidelidade e a minha benignidade estarão com ele; e em meu nome será exaltado o seu poder” (Sl. 89:20-24). Agora vamos ler o testemunho de Davi sobre Jeová no mesmo salmo: “Mas tu rejeitaste e aborreceste; tu te indignaste contra o teu ungido” (Sl. 89:38). Como pode ser isso? Depois de tanto elogio, de tantas promessas? Algum doutor em Bíblia vai dizer: Mas Davi cometeu um adultério e um homicídio (II Sm. 12:9-12). É verdade, mas Jeová declara que não há homem justo que não peque (Ec. 7:20; I Rs. 8:46). Se todos os homens estão predestinados a pecar, por que Jeová odiou Davi por causa do pecado? O mesmo Davi relata o que Jeová fez com ele, dizendo: “Mas tu rejeitaste e aborreceste; tu te indignaste contra o teu ungido. Abominaste o concerto do teu servo; profanaste a sua coroa, lançando-a por terra. Derribaste todos os seus muros; arruinastes as suas fortificações. Todos os que passam pelo caminho o despojam; tornou-se o opróbrio dos seus vizinhos. Exaltaste a dextra dos seus adversários; fizeste com que todos os seus inimigos se regozijassem. Também embotaste o fio de sua espada, e não o sustentaste na peleja. Fizeste cessar o seu resplendor, e deitaste por terra o seu trono” (Sl. 89:38-44). Tudo isto alem de matar o filhinho recém-nascido (II Sm. 12:14). Também Jeová forjou o incesto de Amnom, primogênito de Davi, e filho de Ainoã, com sua irmã Tamar, irmã de Absalão, ambos filhos de Maaca, outra esposa de Davi. Também por vingança contaminou as dez concubinas de Davi, que Absalão seu filho possuiu sexualmente no terraço do palácio, à vista do povo (II Sm. 16:21-23). Tudo isto foi prometido a Davi por vingança contra o seu pecado em II Sm. 12:10-12.

Ora, se o apóstolo João afirma que quem aborrece o seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir, porque as trevas lhe cegaram os olhos, Jeová, que se autodenomina deus, está em trevas e anda em trevas, pois aborrece, isto é, odeia todo mundo.

É por isso que Jeová mata todo mundo. Quem aborrece é homicida (I Jo. 3:15). É por isso que o povo que Jeová libertou do Egito andava em trevas, apesar de ter diante de si, de dia uma coluna de nuvem, e à noite uma coluna de fogo (Ex. 13:21). Como pode ser que, estando Jeová com eles, andassem em trevas? Onde Jeová está só há trevas (Dt. 4:10-14; 5:22-24). E diz João que Deus é luz, e não há nele trevas, mas Jeová sempre se oculta nas trevas (Ex. 20:21; Sl. 18:11). E o povo, junto dele, andando em trevas (Is. 59:9-10).

E o lugar onde há trevas é a região da sombra da morte, isto é, a ante-sala da morte (Is. 9:2). E o povo estava tão cego de tanto andar nas trevas de Jeová, que quando a luz veio a este mundo, não a aceitaram (Jo. 1:1-5).

O deus das trevas declara: “Todas as brilhantes luzes do céu enegrecerei sobre ti, e trarei trevas sobre a tua terra, diz o senhor Jeová” (Ez. 32:8). Mas o Pai enviou a Jesus Cristo a este mundo, e Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8:12).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(400) – ACEPÇÃO DE PESSOAS – II

ACEPÇÃO DE PESSOAS 2

 

Moisés declarou da parte de Jeová, dizendo: “Pois Jeová vosso deus e o deus dos deuses, e senhor dos senhores, o deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas” (Dt. 10:17). Acepção é preferência ou distinção. Por exemplo: Todos os adúlteros eram apedrejados até a morte: “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera” (Lv. 20:10). Mas Davi, o amado de Jeová adulterou com Bat-Seba, mulher de Urias, o heteu, e não foram apedrejados até a morte como os outros adúlteros. E por quê? A única resposta é: Acepção de pessoas. Em lugar de Davi morreu o filhinho inocente e recém-nascido, e em lugar de Bat-Seba morreu o marido fiel e honrado.

Narramos outro caso: “Ó deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e os nossos pais nos têm contado os feitos que realizastes em seus dias, nos tempos da antiguidade. Como expeliste as nações com a tua mão e os plantastes a eles; como afligistes os povos, e a eles os alargaste” (Sl. 44:1-2). O que Jeová fez foi acepção de pessoas, pois está escrito: “Porque todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus” (Rm. 3:23). Se todos pecaram e todos foram destituídos, Jeová não podia expulsar um para colocar outro sem fazer acepção de pessoas. Outro texto que prova que Jeová faz acepção de pessoas diz: “Ele nos submeterá os povos e porá as nações debaixo dos nossos pés” (Sl. 47:3). Debaixo dos pés é sistema escravagista. É colocar um incapaz para governar sobre os incapazes.

Vamos focalizar um escandaloso caso de acepção de pessoas feito por Jeová, protegendo o seu povo em detrimento de outros povos: “E quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das gentes que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas. Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas gerações que estiverem convosco, que tiverem gerado na vossa terra; e vos serão, por possessão. E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir, MAS SOBRE VOSSOS IRMÃOS, OS FILHOS DE ISRAEL, CADA UM SOBRE SEU IRMÃO, NÃO VOS ASSENHOREAREIS DELE COM RIGOR” (Lv. 25:44-46). Jeová despreza todos os povos em relação a Israel.

Citaremos outro caso, previsto na lei de Jeová, que o enquadra como o deus que faz acepção de pessoas: “Quando te achegares a alguma cidade a combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz. E será que, se te responder em paz, e te abrir, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá” (Dt. 20:10-11).Para ter paz com Israel, segundo a ética política de Jeová, tinha que ser capacho. É o cumulo da acepção e da tirania. Mas a coisa não termina aí. A Escritura Sagrada diz: “Porem, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás. E Jeová teu deus a dará na tua mão; e todo o varão que houver nela passarás ao fio da espada, salvo somente as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu Jeová teu deus” (Dt. 20:12-14). Trocando em miúdos, para ilustrar: Um homem chega a seu vizinho, e diz: Você quer ter paz comigo? O vizinho responde: Quero. Então você terá de me servir até a morte, e ainda tem de me pagar tributo a vida toda. Se você não quiser ter paz comigo, Jeová te entregará a mim, e eu te mato; tua mulher e teus filhos serão meus, e teus bens serão também, tá? E esse deus diz que não faz acepção de pessoas?

A Bíblia está recheada de casos em que Jeová faz acepção de pessoas. Jeová declarou para Moisés que é ele quem faz o mudo, e o surdo, e o que vê, e o cego (Ex. 4:11). Ao fazer o cego, o fez inferior ao que vê, e assim fez acepção, ou gosta de torturar.

Jeová, nos dez mandamentos, proíbe cobiçar a mulher do próximo: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Ex. 20:17). Isto é o que diz o décimo mandamento. Mas se a mulher não for mulher do próximo, para Jeová pode cobiçar e forçar. O texto sagrado diz: “Quando saíres à peleja contra os teus inimigos, e Jeová teu deus os entregar nas tuas mãos, e tu deles levares prisioneiros, e tu entre os presos vires uma mulher formosa à vista, e a cobiçares, e a queiras tomar por mulher, então a trarás para tua casa; … E será que, se te não contentares dela, a deixarás ir à sua vontade …” (Dt. 21:10-14). A mulher israelita, aos olhos de Jeová, é mais preciosa que a estrangeira porque Jeová faz acepção de pessoas.

“O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez Jeová” (Pv. 22:2). Ora, “O pobre fala com rogos, mas o rico responde com dureza” (Pv. 18:23). “O pobre é aborrecido até do companheiro, mas os amigos dos ricos são muitos” (Pv. 14:20). Jeová sabe disso, logo, ao fazer um pobre e outro rico, faz acepção de pessoas.

Um texto diz assim: “Mas, ó homem, quem és tu, que a deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição; para que também desse a conhecer as riquezas de sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou” (Rm. 9:20-23). Se realmente é um deus que fabrica um homem para perdição, e outro para a glória, o homem tem o direito de dizer que este deus faz acepção. Neste caso, acrescentou o pecado da acepção à mentira, e também à falta de misericórdia.

Mas Deus, o Pai, enviou o seu unigênito Filho para salvar os vasos de deshonra, os pecadores, e até os ladrões (Lc. 19:10; 23:39-43; I Tm. 1:15; II Tm. 1:20-21). E Deus, o Pai, se compadece dos desgraçados porque não faz acepção de pessoas. Glória a Deus, o Pai, e glória a Jesus Cristo!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(399) – ACEPÇÃO DE PESSOAS – I

ACEPÇÃO DE PESSOAS 1

Que vem a ser acepção de pessoas? É dar a iguais tratamento desigual. Damos um exemplo chocante. A Bíblia é a palavra de Deus, e por isso é considerada ‘ESCRITURA SAGRADA’. E por que SAGRADA? Por que foi inspirada por Deus, isto é, o autor é Deus, usando os profetas. O apóstolo Pedro diz: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pd. 1:21). Nas Escrituras Sagradas, lemos o seguinte sobre os homens: “Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl. 53:2-3). No Novo Testamento lemos: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). E Paulo diz mais: “Porque todos pecaram e destituídos foram da glória de Deus” (Rm. 3:23).

A pergunta é: Se a partir de Adão todos são pecadores condenados à morte; se Deus procurou um homem que tivesse entendimento para buscá-lo, e não encontrou nenhum; se, portanto todos estão destituídos da glória de Deus porque são pecadores, porque Jeová tratou os egípcios como malditos, e a descendência de Jacó como benditos, se os dois povos eram iguais em essência? Jeová fez acepção de pessoas! Mas no livro da lei de Jeová está escrito: “Pois Jeová vosso Deus e o Deus dos deuses, e Senhor dos Senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas” (Dt. 10:17). É difícil engolir! Como Jeová, que se autodenomina único deus, cometeu uma gafe dessas? Mas, poderia ser obra do acaso! Vejamos: Jeová escolheu, como filhos, a descendência de Jacó, e rejeitou outras raças. Mas como pôde tratar os outros como inimigos, se os seus eram piores? É de espantar! O tempo passou e Jeová chamou seus dois reinos de Sodoma e Gomorra (Is. 1:9-11).

Vejamos como o espírito de Jeová era espírito de acepção de pessoas:

1. Jeová mandou Moisés dizer a Faraó: Assim diz o deus dos hebreus: Deixa ir o meu povo para que me sirva. Se não deixares ir o meu povo, enviarei uma peste que mate todo o gado do campo, e todos os cavalos, e todos os jumentos, e também todos os camelos. E Jeová fará separação entre o gado dos egípcios e o gado dos israelitas, para que não morra nenhum do gado dos filhos de Israel (Ex. 9:1-6).Ficou configurada a acepção de pessoas e de animais. É preciso lembrar, que Faraó não deixou o povo ir livre porque Jeová endureceu o seu coração (Ex. 8:32).

2. Para amolecer o coração de Faraó, Jeová disse a Moisés: Estende a tua vara para os céus, e haverá saraiva em toda a terra do Egito, sobre os homens e sobre o gado, e sobre toda a erva do campo. E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e Jeová mandou trovões e saraiva, e fogo corria pela terra, e destruía tudo o que havia no campo, desde os homens até os animais, e feriu a erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo. Somente na terra de Gosen, onde estavam os filhos de Israel, não havia saraiva (Ex. 9:22-26). Mais uma vez fica configurado o espírito de acepção de Jeová. A saraiva foi tão violenta que Faraó mandou chamar Moisés disposto a entregar os pontos. Quando acalmou a tempestade, Jeová endureceu novamente o coração de Faraó (Ex. 9:27-28, 34).

3. Novamente Jeová envia a Moisés e Arão diante de Faraó, dizendo: “Assim diz Jeová, o Deus dos hebreus: Até quando recusas humilhar-te diante de mim? deixa ir o meu povo para que me sirva” (Ex. 10:3).Há uma incoerência em Jeová: Exige que Faraó deixe o povo ir, mas está sempre endurecendo o seu coração para que não os deixe sair. O que é que Jeová queria? Suspense? Porque endurecia o coração de Faraó e dos egípcios? Os fatos e acontecimentos não foram reais, mas provocados, e neste caso a história do Êxodo deixa de ser história para ser comédia, ou melhor, tragicomédia, pois tudo era feito por Jeová e não pelos homens, mas as mortes eram reais, mortes de inocentes. Jeová enviou uma nuvem de gafanhoto sobre toda a terra do Egito. O céu se enegreceu, e os gafanhotos devoraram toda a erva, e não ficou verdura alguma, nem fruto nas árvores. Faraó se humilha perante Moisés e pede perdão (Ex. 10:14-17). Jeová novamente endurece o coração de Faraó (Ex. 10:20). Na terra de Gosen nenhum gafanhoto apareceu.

4. Moisés, então, em obediência à ordem de Jeová, estendeu a mão para o céu, e houve trevas espessas em toda terra do Egito por três dias. Um não viu ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações. Faraó chama Moisés, pois havia decidido se livrar dos israelitas. Jeová novamente endureceu o coração de Faraó, que desta vez ameaça a Moisés, dizendo: Se você voltar a ver a minha face, morre (Ex. 10:21-28). A leitura dos textos é cansativa, pois as pragas são diferentes, mas a história é sempre a mesma. Faraó querendo liberar os israelitas, e Jeová endurecendo o seu coração para reter o povo em escravidão.

5. Se o objetivo principal de Jeová fosse a libertação do povo, não havia a necessidade de endurecer o coração de Faraó. O objetivo principal era tornar notório o espetáculo para promover-se como deus aos olhos das nações. A prova está no livro de Josué, capítulo dois. Raabe, a meretriz fala aos espias de Israel em Jericó, dizendo: “Bem sei que Jeová vos deu esta terra, e que o pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados diante de vós. Porque ouvimos que Jeová secou as águas do Mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito, e o que fizestes aos dois reis dos amorreus, a Siom, e a Ogue, aos quais destruístes” (Js. 2:9-11). Estamos desmaiados de pavor.

Elegendo Abraão e sua descendência e rejeitando as nações da terra de Canaã, através das guerras e matanças, Jeová se promoveu como deus. A acepção foi a arma e o esquema para se fazer conhecido.

Ao anunciar a ultima praga, que foi a morte dos primogênitos, Jeová então revela o seu projeto principal, dizendo: Eu matarei todos os primogênitos da Egito, e haverá grande clamor em toda a terra do Egito, qual nunca houve semelhante e nunca haverá, para que saibais que Jeová fez diferença entre os egípcios e os israelitas (Ex. 11:5-7).

Mas Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo é Deus de todos, israelitas e gentios (Rm. 3:29). E Deus, o Pai, quer que todos se salvem (I Tm. 2:3-4).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(398) – TUDO O QUE JEOVÁ QUIS, ELE FEZ

TUDO O QUE JEOVÁ QUIS, ELE FEZ

Deus, no Velho Testamento, tem muitos nomes: El Elion, que se traduz por Deus Altíssimo, isto é, ninguém está acima dele. Adonay, que quer dizer Senhor dos senhores. Jeová, nome que não tem tradução e só pode ser conhecido pelas obras que fez. Ele declarou: “Eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha mão e o meu poder; e saberão que o meu nome é Jeová” (Jr. 16:21). O quarto nome é El Shaday, cuja tradução é Deus Todo poderoso, isto é, Deus que pode todas as coisas.

Jeová faz o bem e também faz o mal (Lm. 3:38). É por isso que a árvore do conhecimento do bem e do mal é a árvore de Jeová (Gn. 2:9). Jeová não admite que alguém se iguale a ele. Eva tentada pela serpente comeu do fruto proibido da árvore de Jeová (ETZ DAAT). E por isso morreu, e toda a sua descendência. Jeová disse: “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente; Jeová, pois, o lançou fora do jardim do Éden” (Gn. 3:22-23). Como El Shaday, Jeová declara: “Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver, eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão” (Dt. 32:39). Ana, no seu cântico disse: “Jeová é o Deus da sabedoria, e por ele são as obras pesadas na balança. O arco dos fortes foi quebrado, e os que tropeçavam foram cingidos de força. Os fartos se alugaram por pão, e cessaram os famintos; até a estéril teve sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu. Jeová é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. Jeová empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó, e desde o esterco exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque de Jeová são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo”  (I Sm. 2:3-8). Jeremias registra a voz de Jeová dizendo: “Assim diz Jeová: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda a terra” (Jr. 45:4). E diz mais o Todo poderoso El Shaday: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz Jeová. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr. 18:6).Jeová manda fogo destruidor do céu (II Rs. 1:9-12). Jeová retém a chuva (Am. 4:7). Jeová abençoa e amaldiçoa (Pv. 3:33). Jeová assola os pecadores até os destruir (Is. 13:9). Jeová muda o coração dos homens para mal (Sl. 105:23-25). Jeová é quem coloca os reis e os destitui (Dn. 4:17). Quando irado e cheio de furor, Jeová amaldiçoa as bênçãos que prodigalizou (Ml. 2:1-3). Também anula uma promessa feita com juramento e troca por um novo juramento com maldição (Dt. 1:34-35). Finalmente Jeová é também El Shaday, o Todo poderoso. Se não pudesse trocar uma benção dada com juramento por um posterior juramento carregado de maldições, não seria o Todo poderoso.

Por isso no Salmo 135:6, lemos: “Tudo o que Jeová quis, ele o fez”: Ao fazer promessas a Abraão, o concerto para ser pai de uma multidão de nações e de reis; a promessa da posse de Canaã por eterna possessão; o pacto da circuncisão e a promessa de Sara ter um filho. Apareceu a Abraão aos noventa e nove anos de idade, e como garantia lhe disse: Eu sou El Shaday (Gn. 17:1-14). Pela boca de Isaías, disse: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is.43:13). Vejamos seu poder:

1. Para castigar a rebeldia de Israel, com seu poder invisível, trouxe Salmanazar, rei da Assíria, para destruir Israel (II Rs. 18:9-12; 17:20-21; Is. 8:7).

2. Cento e trinta anos mais tarde, trouxe Nabucodonosor, rei de Babilônia, para destruir a cidade de Jerusalém a fogo, e destruir o templo da sua glória (Jr. 27:5-8). São palavras de Jeová, estas: “Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Israel que elegi, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome” (II Rs. 23:27).

3. Jeová, o oleiro, muda os sentimentos do coração dos homens. Antes de Moisés voltar ao Egito, avisou-o que ia endurecer o coração de Faraó (Ex. 4:21). E o fez muitas vezes (Ex. 7:3; 8:19; 10:1, 20, 27; 14:4, etc.). No tempo de José, Jeová mudou o coração de outro Faraó para fazer o mal (Sl. 105:23-25).

4. Jeová fabrica os mudos, os surdos e os cegos (Ex. 4:11). Fabrica os ímpios para o dia mal (Pv. 16:4). E Jeová orgulhosamente proclama: “Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, Jeová, faço todas essas coisas” (Is. 45:7).

A BÍBLIA, ENTRETANTO, REGISTRA COISAS QUE JEOVÁ QUERIA E NÃO CONSEGUIU FAZER. Vejamos:

1. Jeová não queria que Adão e Eva pecassem (Gn. 2:16-17). O profeta Malaquias prova isso: “E não fez ele somente um, sobejando-lhe espírito? e por que somente um? Ele buscava uma semente de piedosos” (Ml. 2:15).

2. Jeová queria que o seu povo Israel fosse santo (Lv. 19:2; 20:26). Jeová disse: “Eu sou Jeová, que vos santifica” (Ex. 31:13). No tempo de Davi, olhou Jeová desde o céu para ver se havia algum santo, mas todos eram imundos (Sl. 14:1-3). Jeová não conseguiu!

3. Criou Israel para sua glória (Is. 43:7; Jr. 13:11). Mas, para onde foi, o povo de Israel profanou o nome de Jeová (Ez. 36:20-23). Jeová declara que vai restaurar seu povo no futuro, e eles viverão para suaglória (Ez. 11:16-20; 36:24-28). Salomão diz: “Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não pode ser calculado” (Ec. 1:15). “O que é, já foi; e o que há de ser também já foi” (Ec. 3:15).

4. A vinha de Jeová é a casa de Israel. E Jeová confessa que esperava colher uvas boas, mas colheu uvas bravas (Is. 5:4; Jr. 2:21).

5. Jeová queria que Israel fosse uma benção entre as nações, mas foi uma maldição (Zc. 8:13). Mas Salomão diz o contrário (Ec. 1:15; 3:15).

6. Jeová queria que os seus ungidos fossem retos e santos mas não foram (Jr. 23:9-14). Como castigo Jeová amaldiçoou as bênçãos conferidas e corrompeu a semente (Ml. 2:1-3).

7. Jeová achou um homem cujo coração era igual ao seu: Davi (At. 13:22). Mas Davi foi adúltero e assassino (II Sm. 11:1-17). Jeová mesmo acusa os pecados de Davi em II Sm. 12:7-14.

Está provado que tudo o que Jeová quis, não pôde fazer; mas tudo o que Satanás quis, ele fez.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(397) – DEUS QUER SALVAR A TODOS

DEUS QUER SALVAR TODOS

 

Paulo, o apóstolo dos gentios diz: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (I Tm. 2:3-4). E Pedro também declara o mesmo, dizendo: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, mas que todos venham a arrepender-se” (II Pd. 3:9). Mas Paulo vai mais longe, dizendo: “Porque para isso trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (I Tm. 4:10).

E para facilitar a entrada dos homens no reino celestial e eterno, Deus decretou a graça, isto é, perdão dos pecados a todos em Jesus Cristo: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt. 2:11). “Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At. 17:30). Essa graça salvadora começou a partir de Jesus Cristo. E antes dele?

Antes de Cristo era assim:

1.  “Arrependeu-se Jeová de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração. E disse Jeová: Destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei, desde o homem até o réptil, e até a ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gn. 6:6-7).

2.  “Judá pois tomou uma mulher para Er, o seu primogênito, e o seu nome era Tamar. Er, porem, o primogênito de Judá, era mau aos olhos de Jeová, pelo que Jeová o matou. Então disse Judá a Onã: Entra à mulher do teu irmão, e casa-te com ela, e suscita semente a teu irmão. Onã, porem, soube que esta semente não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando entrava à mulher de seu irmão, derramava-a na terra, para não dar semente a seu irmão. E o que fazia era mal aos olhos de Jeová, pelo que também o matou” (Gn. 38:6-10).

3.  “Os filhos de Arão, Nadabe e Abiu, tomaram cada um o seu incensario, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho diante de Jeová, o que lhes não ordenara. Então saiu fogo de diante de Jeová, e os consumiu; e morreram perante Jeová” (Lv. 10:1-2).

4.  Moisés, chamado por Jeová, saiu de Midian, e voltou ao Egito com sua mulher Zípora e seu filhinho Gerson. E numa estalagem, Jeová quis matar o filho de Moisés porque não era circuncidado. Zipora, contrariada, tomou uma pedra aguda e circuncidou o menino (Ex. 4:24-25).

5.  Se alguém afligisse uma viúva ou órfão, Jeová matava, para que a mulher do que fora punido com a morte ficasse viúva e seus filhos órfãos (Ex. 22:22-24).

6.  Quando voltaram os doze espias foram enviados a espiar a terra de Canaã, dez infamaram a terra, e somente Josué e Caleb a elogiaram. Jeová encheu-se de furor e decidiu rejeitar o povo, isto é, todo o Israel, dizendo que somente Josué, Caleb e os filhos menores entrariam na terra prometida. Todos os outros matou no deserto (Nm. 14:28-31, 34).

7.  Como Moisés sempre esteve ao lado do povo (Ex. 32:10-14; Nm. 14:11-20), Jeová o matou para não entrar na terra prometida. Moisés revelou isso dizendo: “Também Jeová se indignou contra mim por vossa causa, dizendo: Também tu lá não entrarás” (Dt. 1:37). E isso com juramento (Dt. 4:21). E sua morte jurada aconteceu em Dt. 34:1-5. E ainda entregou seu corpo a Satanás (Jd 9).

8.  Os filhos de Ely, o sumo sacerdote, eram perversos e corruptos. Jeová acusou Ely de não os repreender, mas na realidade, Ely era já muito velho, e admoestou seus filhos. Eles, porem, não ouviram porque Jeová os queria matar (I Sm. 2:22-25). Em ultima análise, Jeová tapou seus ouvidos porque os queria matar.

9.  “Sucedeu que, endurecendo-se Faraó, para não nos deixar ir, Jeová matou todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito dos homens até o primogênito dos animais” (Ex. 13:15). Fica claro que Jeová não tinha interesse nenhum em salvar os egípcios; e antes de enviar Moisés, arquitetou o plano assassino (Ex. 4:21-23). Pois, se foi Jeová que os endureceu, não poderia matar os primogênitos porque Faraó se endureceu. O que fez Jeová foi crime.

10. Palavras de Jeová: “Por isso os abati pelos profetas, pela palavra da minha boca os matei; e os teus juízos sairão como a luz” (Os. 6:5). O propósito de Jeová é matar.

11. “Efraim foi ferido, secou-se a sua raiz; não darão fruto; sim, ainda que gerem, eu matarei os frutos desejáveis do seu ventre” (Os. 9:16). Jeová mata crianças inocentes.

12. Amós profetiza a Israel a mando de Jeová: “Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito; os vossos mancebos matei a espada, e os vossos cavalos deixei levar presos, e o fedor dos vossos exércitos fiz subir aos vossos narizes; e não vos convertestes a mim” (Am. 4:10). A violência é a forja que produz criminosos. Só o amor constrói.

13. “Porque a indignação de Jeová está sobre todas as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança. E os seus mortos serão arremessados, e dos seus corpos subirá o mau cheiro” (Is. 34:2, 3).

14. Jeová não quer salvar a todos como o Pai.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(396) – JEOVÁ E SATÃ

JEOVÁ E SATÃ

         “Chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipo, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt.  16:13-17). Os outros três evangelistas não citam a palavra “deus vivo”. Marcos diz somente “tu és o Cristo” (Mc. 8:29). Lucas 9:20, diz: “Tu és o Cristo de deus”. João 6:69 diz: “Tu és o Cristo, o Filho de deus”. Somente Mateus fala Filho do deus vivo.

Quem é o deus vivo? É Jeová. Como provar? Seguindo o texto de Mateus, lemos: “Então Jesus mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo” (Mt. 16:20). Ora, o Messias era promessa de Jeová (Sl. 2:2; Jr. 23:5; 33:15; Rm. 1:3). Jesus só foi declarado Filho de Deus na ressurreição, e depois das crucificação, como lemos em At. 13:29-33. Se Jesus só se tornou Filho do Deus Pai após a ressurreição, e se Pedro declara que Jesus era o filho do deus vivo antes de morrer na cruz, então o deus a quem Pedro se referia só podia ser Jeová, e não o Pai, pois Jesus já era o filho do deus vivo antes da ressurreição.

Paulo nos dá outro argumento: “Acerca de seu Filho Jesus, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos — Jesus Cristo Nosso Senhor” (Rm. 1:3-4). O Cristo gerado no ventre de Maria, era o Cristo segundo a carne, e gerado por Jeová, o deus vivo; mas Deus, o Pai, não gera filhos na carne, como diz João: “Mas, a todos que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo. 1:12-13).

Continuando o texto de Mateus, lemos: “Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreende-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para traz de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreende as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt. 16:21-23). Ora, Pedro se opôs aos padecimentos, e à morte de Cristo e foi chamado de Satanás. Isto nos revela que Satanás era contra a morte de Cristo na cruz. E por que? Porque Satanás lhe ofereceu todos os reinos deste mundo, e a sua glória, com a condição de Cristo adorá-lo (Lc. 4:5-8). Se Cristo o adorasse, Satanás estaria consagrado como Deus. Acontece que Jeová lhe fez a mesma promessa, quando disse: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro (Sl. 2:8-9). Para Jeová também, não interessava a morte de Cristo. O chocante, é que Jeová e Satanás fizeram a mesma proposta. Isto nos revela que a vontade de um, é também, a vontade do outro. Os dois tem o mesmo projeto. Há, na Bíblia, outros momentos em que trabalham de acordo. No caso de Jó, homem sincero e reto, temente a deus, e que desviava-se do mal (Jó 1:8), Satanás propôs a Jeová macerá-lo, na certeza de que não há homem que não blasfeme de Deus, quando provado. Jeová imediatamente concordou com Satanás, pois são sócios no projeto de destruir os homens (Jó 1:6-12; 2:1-7). Temos mais um caso. Em II Sm. 24:1, lemos que a ira de Jeová se tornou a acender contra Israel, e incitou a Davi, contra eles, dizendo: “Vai, numera a Israel e a Judá”. Já em I Cr. 21:1, lemos que quem incitou foi Satanás. Quando há dois autores do projeto, qualquer um deles assina. Temos ainda outro caso dessa sociedade tenebrosa de Jeová e Satanás. Jeová declarou por boca de Isaías que vai criar um novo céu e uma nova terra, e que não haverá lembrança das coisas passadas, mas criaria para Jerusalém perpétua alegria, e também gozo eterno para seu povo. Não haverá mais pranto nem clamor. Nunca mais plantarão vinhas para que outros comam do fruto, nem edificarão casas para que outros habitem nelas. Não trabalharão debalde nem terão filhos para perturbação, pois são semente dos benditos de Jeová. Três coisas, porém, permanecerão no novo céu e na nova terra: Pecado, morte e maldição (Is. 65:20). E Jeová termina a predição, dizendo: “O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente” (Is. 65:25). É de espantar! A serpente, isto é, Satanás, faz parte do plano de Jeová para a eternidade futura. Eles estarão eternamente unidos. Jeová matando pela lei, e a serpente se alimentando do pó, isto é, da morte (Sl. 22:15). É uma sociedade perfeita. Mas este fato futuro nos revela que no Jardim do Éden, Satanás não era inimigo de Jeová, mas trabalhavam juntos (Gn.3:1-6). Se trabalhavam juntos, o projeto de ambos é destruir os homens (Gn. 6:7; Lc. 9:51-56).

O projeto de Jesus e do Pai é salvar os malditos de Jeová, por isso Paulo diz: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Dt. 21:22-23; Gl. 3:13). Note-se que está escrito: Maldição da lei, e não maldições da lei. Maldições, são as pronunciadas por Jeová, descritas na lei (Dt. 28:15-68). Como está escrito maldição da lei, o apóstolo declara que a lei é uma maldição. Cristo, na cruz, pela morte, nos resgata da maldição da lei, pois a lei opera as paixões carnais e pecaminosas que matam (Rm. 7:5). A lei é a força do pecado (I Co. 15:56). A lei separa de Cristo (Gl. 5:1-4). A lei opera a ira (Rm. 4:15). Os de Cristo não estão mais debaixo da lei (Rm. 6:14). Pois onde não há lei não há imputação de pecado (Rm. 5:13).

João declara que quem comete pecado é de Satanás, logo Satanás é beneficiado pela lei, que imputa o pecado (I Jo. 3:8). E Jesus veio para desfazer as obras de Satanás. Desfazendo as obras de Satanás, Jesus desfaz também as obras de Jeová, que ordenou a lei (Is. 30:9; 51:4; Nm. 9:13-14).Concluímos que Jesus é contra Jeová, que prepara a comida da serpente. Jesus mudou a lei (Hb. 7:12).

Jesus diz: “Eu e o Pai somos um” (Jo. 10:30). Logo, o Pai também é contra Jeová. É fácil ver na Bíblia que Jesus é contra Jeová, pois Jeová é o autor do Velho Testamento, o qual Cristo aboliu (II Co. 3:14). Jeová instituiu a lei, e Cristo nos liberta da lei (Rm. 7:6). Jeová é o autor da morte (Gn. 2:16-17) e Cristo aboliu a morte, e trouxe a luz e a vida pela incorrupção do evangelho (II Tm. 1:9-10). Jeová instituiu o regime da escravidão ordenando o concerto da lei no monte Sinai (Gl. 4:21-25). Jesus Cristo liberta o cristão dessa escravidão tenebrosa (Jo. 8:36).

E Jesus declarou: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo. 6:38-40).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(395) – O VERBO

O  VERBO

         O apóstolo João, cheio do Espírito Santo, disse: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo. 1:1-4).

É claro que o texto fala de Jesus Cristo, que é a luz e a vida para os homens. E também, em Jesus Cristo estão todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl. 2:3). E João declara também que o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade (Jo. 1:14).

Examinando a Teologia Sistemática de Charles Hodge, no capítulo que trata da divindade de Cristo, na página 377 está escrito que o Jeová do Velho Testamento é o Verbo de Deus, e a ele se atribuem a subexistência e as perfeições divinas (Sl.33:6, 107:20, 119:89, 147:18; Is.40:8). Estes são os textos cuidadosamente escolhidos como base para essa conclusão. Estes textos tratam da PALAVRA. É óbvio que, se Jeová é o Verbo manifestado no Velho Testamento, ele e Jesus Cristo são a mesma pessoa, e se são a mesma pessoa fazem as mesmas obras e tem o mesmo propósito. Analisemos alguns pontos sobre esse sistema teológico:

I.  Jesus, o Verbo, é luz, e luz da vida; e luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo (Jo. 1:9). Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8:12). A luz que Cristo é, arranca os que crêem, das trevas. A luz que Cristo é, é tão poderosa, que todos os que são tocados por ela se transformam em luz. Mateus diz à respeito dos que crêem em Cristo: “Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos os que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt. 5:14-16).

Sendo Jeová o Verbo, deveria agir da mesma maneira, mas Davi, seu fiel e amado filho disse: “Jeová fez das trevas o seu lugar oculto; o pavilhão que o cercava era a escuridão das águas e as nuvens do céu” (Sl. 18:11). Pode a luz se ocultar nas trevas? Que é a escuridão das águas? É a maldade dos homens, pois águas são povos (Ap. 17:15). E Isaías diz: “Os ímpios são como o mar bravo, que se não pode aquietar, e cujas águas lançam de si lama e lodo” (Is. 57:20). Essas são as águas que cercam o pavilhão de Jeová. Em vez da luz eliminar as trevas como Jesus faz, Jeová está envolto em trevas. Mas a teologia afirma que Jeová é o Verbo; e Jeová criou um povo para a sua glória. Esse povo é Israel, do qual Jeová é rei(Is. 43:1, 7, 15). E sobre Israel, diz ainda Isaías: “O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz” (Is. 9:2). A luz resplandeceu, mas as trevas não a compreenderam (Jo. 1:5). Este texto está revelando que o povo de Jeová é treva, e treva tão densa, que não entende e nem discerne a luz das trevas. Como pode a luz reinar sobre as trevas, e as trevas continuarem a ser trevas? O caso é que Jeová gosta das trevas. Salomão declarou:“JEOVÁ DISSE QUE HABITARIA NAS TREVAS” (I Rs. 8:12).

Mas o que é habitar nas trevas? É habitar neste mundo, e este mundo é envolvido em trevas. O salmo 104, falando da criação, e diz: “Lançou os fundamentos da terra, para que não vacile em tempo algum. Tu as cobres com o abismo” (Sl. 104:5-6). Mas havia trevas sobre a face do abismo desde o inicio da criação (Gn. 1:2). E o abismo, que é este mundo, não só é coberto de trevas, mas também é a morada dos mortos. Paulo revela o seguinte: “A justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo). Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo)” (Rm. 10:6-7).

E Davi, mais uma vez, declara os projetos futuros de Jeová, dizendo: “Porque Jeová elegeu a Sião; desejou-a para a sua habitação, dizendo: Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o desejei” (Sl. 132:13-14). Ora, o povo hebreu não crê em Jesus Cristo até hoje, portanto está em trevas, e é trevas, pois está escrito na Bíblia: Mas Deus, o Pai, habita na luz inacessível, ao qual nenhum dos homens viu nem pode ver (I Tm. 6:16).

II.  João disse: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo. 1:1). O Verbo, que é Jesus, é Deus, por isso João diz: “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (I Jo. 5:20). E o Verbo é a nosso favor, e de tal maneira, que deu a sua vida para salvar os pecadores (I Tm. 1:15). E isto fez segundo a vontade de Deus, porque Jesus e Deus, o Pai, são um em essência e em propósito (Gl. 1:4; Jo. 10:30). Assim podemos dizer como Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará com ele todas as coisas?” (Rm. 8:31-32). Jesus Cristo está de tal maneira a nosso favor que é nosso advogado, se depois de salvos pecarmos (I Jo. 2:1-2). Cristo está de tal forma do nosso lado, que pagou o mais alto preço para nos comprar do opressor (I Co. 6:19-20).

Se Jeová é o Verbo, como pode ser contra?

* Jeová era contra Moabe (Is. 16:13-14; Jr. 48:1). E Jeová era contra os filhos de Amom (Jr.49:1). E quem são os moabitas e amonitas? São os filhos de Ló, que se tornaram malditos de Jeová, porque Ló habitou em Sodoma (Gn. 19:34-38; Dt. 23:3-4).

* Jeová como Verbo, era contra os caldeus, habitantes da Babilônia (Jr. 50:1, 11, 17). Como pode ser isso? Jeová usou os caldeus para executar o seu juízo sobre as nações, e entregou todas a Nabucodonosor. Declara que Nabucodonosor era agradável a seus olhos e que era seu servo, e de tal modo, que a nação que a ele não se submetesse, o próprio Jeová os destruiria com pragas, pestes e espada (Jr. 27:4-8). Jeová era contra? E destruiu Babilônia? (Is. 13:13-22). Este Verbo não é o mesmo do Novo Testamento. Não vamos continuar citando as dezenas de reinos e nações que Jeová era contra. Foram todas.

* Jeremias diz: Jeová é contra as nações, e vai matar os homens, que se estenderão de uma extremidade a outra da terra, e serão como esterco sobre a terra (Jr. 25:30-33; Is. 66:16).

* Mas o que nos assusta e assombra, é que Jeová é contra o povo que criou para a sua glória. O povo que declarou amar (Is. 43:6; Os. 11:1). “Por isso assim diz o senhor Jeová: Eis que eu, sim, eu, estou contra ti; e executarei juízos no meio de ti aos olhos das nações” (Ez. 5:8). Jeová se tornou contra Moisés, o maior profeta, o maior servo, que o serviu quarenta anos de dia e de noite, e não permitiu que entrasse no seu repouso, que é figura do reino celestial de Deus. Jeová, além de condenar Moisés, ainda o entregou nas mãos de Satanás (Dt. 34:1-6; Jd. 9). Mas o Verbo verdadeiro, que é Jesus Cristo, mandou buscar Moisés no inferno, e o ressuscitou, e ele apareceu vivo no monte da transfiguração (Lc. 9:29-31).Na carta aos Hebreus lemos que Moisés creu em Cristo, por isso foi contra Jeová (Hb. 11:23-27). Se Jeová é Verbo, é um Verbo ligado a Satanás, que o incitou a atormentar, afligir e assolar a Jó, o homem mais justo que havia na terra (Jó 2:3).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(394) – O CONSELHO CELESTIAL

 O CONSELHO CELESTIAL

“Jeová tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo” (Sl. 103:19). Isto quer dizer que toda a criação está submetida à autoridade de Jeová. O salmista diz: “Bendizei a Jeová, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra. Bendizei a Jeová, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que executais o seu beneplácito” (Sl. 103:20-21).

Os ministros de Jeová se reúnem nas regiões celestiais, para deliberar e decidir sobre os grandes problemas de seu imenso reino: “PORQUE O REINO É DE JEOVÁ, E ELE DOMINA SOBRE AS NAÇÕES” (Sl. 22:28). Num sonho Jeová falou à Nabucodonosor, dizendo: “Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e os dá a quem quer, e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles” (Dn. 4:17). E o conselho celestial de Jeová é quem escolhe os reis. Uns são bons e outros maus; uns tem caráter nobre e elevado, e outros são os mais vis e baixos entre os homens. Isso é o que Jeová falou a Nabucodonosor. Há casos em que Jeová não consulta o seu conselho de ministros. Ele mesmo escolhe. É o caso de Nabucodonosor, um rei soberbo, impiedoso, idólatra, imoral e diabólico. Jeová disse: Eu dei todos os reinos na mão de Nabucodonosor, meu servo, e que me agrada a meus olhos. E quem não puser o seu pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, eu visitarei com espada, com fome, e com peste tal nação (Jr. 27:5-8).

E Jeová entregou o reino de Judá, isto é, seu próprio reino, nas mãos de Nabucodonosor (Jr. 27:12-13).O povo de Jeová foi levado para o cativeiro babilônico, povo que agradava os olhos de Jeová.

No cativeiro, Jeremias registrou as lamentações do povo assolado por Jeová:

  • “Devorou Jeová todas as moradas de Jacó, e não se apiedou” (Lm. 2:2).
  • “Armou o seu arco como inimigo, firmou a sua dextra como adversário, e matou tudo o que era formoso à vista; derramou a sua indignação como fogo na tenda da filha de Sião” (Lm. 2:4).
  • “Já se consumiram os meus olhos com lágrimas, turbadas estão as minhas entranhas, pois desfalecem os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade. Dizem as suas mães: Onde há trigo e vinho?”(Lm. 2:11-12).
  • Jazem em terra pelas ruas o moço e o velho; as minhas virgens e os meus mancebos vieram a cair à espada; TU OS MATASTE NO DIA DA TUA IRA” (Lm. 2:21).
  • “As mãos das mulheres piedosas coseram seus próprios filhos; serviram-lhe de alimento na destruição da filha do meu povo” (Lm. 4:10).
  • “Nossos pais pecaram, e já não mais existem; nós levamos as suas maldades” (Lm. 5:7).
  • “Nossa pele se enegreceu como um forno, por causa do ardor da fome” (Lm. 5:10).
  • “Forçaram as mulheres em Sião, as virgens nas cidades de Judá” (Lm. 5:11).

E os crentes, como pombas enganadas, batem palmas a Jeová, dizendo: ALELUIA.

Depois que Nabucodonosor fez todo o mal, e toda destruição a mandado de Jeová, este deus resolveu castigar Babilônia como culpada, e decidiu varre-la do mapa. Desta vez, o povo escolhido foram os medos. A destruição foi assim: “Farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor de Jeová dos exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira. E cada um será como a corça que foge, e como a ovelha que ninguém recolhe; cada um voltará para o seu povo, e cada um fugirá para a sua terra. Todo o que for achado será traspassado; e todo o que for apanhado, cairá à espada. E as suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; e as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas. Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem tão pouco desejarão o ouro. E os seus arcos despedaçarão os mancebos, e não se compadecerão do fruto do ventre; o seu olho não poupará os filhos. E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Jeová as transtornou” (Is. 13:13-19). Pois Jeová chama os medos de ‘MEUS SANTIFICADOS’, e meus valentes para executar a minha ira (Is. 13:3). Santificados para despedaçar crianças? Santificados para violar mulheres? Santificados para matar o feto no ventre da mãe? Quem canta ALELUIA certamente não sabe o que está louvando!

Mudando de assunto, no conselho celestial de Jeová, há um mentiroso. Parece piada, mas não é. Jeová queria matar o péssimo rei Acabe, pelos seus crimes. Então reuniu o seu conselho celestial. Jeová, no centro, sobre o trono, e todo o exército do céu à sua direita e à sua esquerda. Jeová disse: Quem induzirá a Acabe para que morra na guerra? Houve muitas opiniões, e por fim um espírito de mentira se apresentou, dizendo: Eu induzirei. E Jeová falou: E tu prevalecerás. E está escrito que Jeová pôs o espírito de mentira na boca de todos os profetas (I Rs. 22:19-23). E os crentes que adoram o deus da mentira, cantam: ALELUIA, ALELUIA.

Nem os justos escapam às injustiças desse conselho celestial, pois vindo um dia em que os filhos de deus vieram apresentar-se perante Jeová, estava Satanás entre eles. Jeová perguntou a Satã: Donde vens? Ele disse: De rodear a terra e passear por ela. Jeová, numa intimidade paternal, falou a Satã, que estava entre seus filhos: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal? Satã, numa intimidade filial, e com toda a liberdade, disse: Jó é fiel porque é abençoado e rico. Estende a tua mão, e toca-lhe em tudo o que tem, e verás se não blasfema de ti na tua face (Jó 1:6-11). Jeová, então, com paternal carinho, lhe diz: Eis que tudo quanto tem está na tua mão. E Jeová lhe fez um pedido: Não estendas sobre ele a tua mão. Tudo o que é meu é teu.

A consideração por Satã era tanta que não lhe pesou no coração a morte dos dez filhos de Jó (Jó 1:2-5).Se fossem cinqüenta, Jeová também permitiria. O sofrimento e a dor de Jó, que tanto amava os filhos não importaram a Jeová. E Satã não deixou nenhum para consolar Jó. Matou os dez (Jó 1:2). Tudo o que Jó sofresse não teria peso para Jeová, diante do prazer de satisfazer o pedido de Satã. E a prova de que tudo está nas mãos de Satã está em que ele, ao oferecer a Jesus todos os reinos do mundo e a sua glória, disse: “Tudo te darei, se prostrado me adorares” (Mt. 4:8-9). Lucas registra um pouco diferente:“Dar-te-ei a ti todo este poder porque a mim me foi entregue” (Lc. 4:6).

A única saída é Jesus Cristo, pois toda a criação está sujeita a Satanás (Rm. 8:19-23). É obvio que Jeová, o Todo poderoso, não seria vencido por Satã. O caso é que tudo foi dado por Jeová na mão dele. Jesus enviado pelo Pai, veio a este mundo para destruir as obras do diabo (ou Satã) (I Jo. 3:8; Hb. 2:14-15). É simples de entender: Se Jeová entregou Jó, o mais justo e reto deste mundo a Satã, muito mais facilmente serão entregues os pecadores (Rm. 3:23). E Satã teve a audácia de pedir a Jesus para cirandar Pedro (Lc. 22:31-32). Com Jesus Cristo os cristãos estão garantidos.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(393) – DE ONDE VEM O MAL?

DE ONDE VEM O MAL?

De Jesus não vem mal nenhum. Desde criança Jesus rejeitou o mal e escolheu o bem, segundo a profecia (Is. 7:14-15). E na carta aos Hebreus lemos: “Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus irmãos” (Hb. 1:9). E porque Jesus escolheu só fazer o bem, e jamais fazer o mal, Deus, o Pai, o ungiu: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At. 10:38).

Do Espírito Santo não vem o mal também, pois o Espírito Santo é o amor, por isso Paulo diz: “A esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm. 5:5; 15:30). E o amor não faz mal ao próximo, logo o Espírito Santo só faz o bem (Rm. 13:10). E o Deus Pai também não faz o mal.

Jesus Cristo não faz o mal, como vimos acima, e Jesus é a imagem expressa do Pai (Hb. 1:3; Cl. 1:15). As obras de Cristo são todas boas, e ele diz que as obras que faz são do Pai (Jo. 10:32; 14:9-11). Cristo só faz o bem e declara que não é tão bom como o Pai (Mt. 19:16-17). O Pai é amor e quer salvar a todos:“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I Jo. 4:8; I Tm. 2:3-4). Deus não faz o mal porque dele procede tudo que é bom e perfeito: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes. Em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg. 1:17).

Por outro lado, Jeová é o deus que faz o mal. Provemos:

1.  “Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá algum mal à cidade, e Jeová não o terá feito?” (Am. 3:6).

2.   Samaria foi cercada pelos exércitos de Bene Hadade, rei da Síria. O cerco foi tão demorado, e a fome foi tão violenta, que as mulheres coziam os próprios filhos para comer. Quando o rei de Israel soube disso, encolerizado disse: “Assim me faça Deus, e outro tanto, se a cabeça de Elizeu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele” (II Rs. 6:24-31). O rei mandou um mensageiro a Eliseu para anunciar sua condenação à morte. Então Eliseu disse: “EIS QUE ESTE MAL VEM DE JEOVÁ; QUE MAIS, POIS, ESPERARIA DE JEOVÁ?” (II Rs. 6:33). Eu examinei o texto no hebraico para ver se era Jeová o autor de tamanho mal.

3.  O mal de Judá, vem de Jeová, pois diz a escritura: “Porque Jeová, que te plantou, pronunciou contra ti o mal, pela maldade da casa de Israel e da casa de Judá” (Jr. 11:17). “Disse mais Jeová: Não rogues por este povo para bem. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor, e quando oferecerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes eu os consumirei pela espada, e pela fome e pela peste” (Jr. 14:11-12). “Ouvi a palavra de Jeová, ó reis de Judá, e moradores de Jerusalém. Assim diz Jeová dos exércitos, o deus de Israel: Eis que trarei tão grande mal sobre este lugar, que quem quer que dele ouvir retinir-lhe-ão as orelhas” (Jr. 19:3). “Porque pus o meu rosto contra esta cidade para mal, e não para bem, diz Jeová; na mão do rei de Babilônia se entregará, e ele a queimará a fogo” (Jr. 21:10). “Eis que velarei sobre eles para mal, e não para bem; e serão consumidos todos os homens de Judá, que estão não terra do Egito, à espada e à fome, até que se acabem de todo” (Jr. 44:27). “E isto vos servirá de sinal, diz Jeová, que eu vos castigarei neste lugar, para que saibais que certamente subsistirão as minhas palavras contra vós para mal” (Jr. 44:29).

A preferência de Jeová é sempre o mal em detrimento do bem prometido. Ele diz: “No momento em que falar de uma gente e de um reino, para edificar e para plantar, se ela fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem que tinha dito lhe faria. Ora pois, fala agora aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, dizendo: Assim diz Jeová: Eis que estou forjando mal contra vós, e projeto um plano contra vós” (Jr. 18:10-11). O bem prometido fica sempre na promessa, mas o mal é executado sem piedade, pois Jeová declara a Jeremias, ordenando-lhe: “Mas tu dize-lhes: Assim diz Jeová: Eis que eu encherei de embriaguez a todos os moradores desta terra, e os reis da estirpe de Davi, que estão assentados sobre o seu trono, e aos sacerdotes, e aos profetas, e a todos os habitantes de Jerusalém. E fá-los-ei em pedaços uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz Jeová; não perdoarei nem pouparei, nem terei deles compaixão, para que os não destrua” (Jr. 13:13-14). Os recursos destruidores de Jeová são infinitos para fazer o mal. “Porque assim diz Jeová: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos, a espada, e a fome, e as nocivas alimárias, e a peste, contra Jerusalém, para arrancar dela homens e animais?” (Ez. 14:21).

O Deus Pai é diferente. Ele proclama pela boca de João: “E amou Deus o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo. 3:16-17).

E pela boca de Paulo, Deus, o Pai, proclama: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5:8). “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação” (II Co. 5:19). Este é o Pai, o Deus que nos criou, e que não quer a nossa morte e a nossa perdição, mas que nos quer ao seu lado na glória.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(392) – JESUS E JEOVÁ

 

JESUS E JEOVÁ

         Existem três correntes teológicas. Uma afirma que Jesus e Jeová são a mesma pessoa. Outra afirma que Jeová é o pai e Jesus é o filho. Outra ainda, afirma que Jeová é um ser estranho, que se elegeu a si mesmo; dá testemunho de si mesmo; sofre de ataques de fúria incontroláveis, que só acalma com sangue; um ser odioso e vingativo, inventor de males e pragas, coisas incompatíveis com o Pai revelado por Jesus, cheio de amor, graça, perdão, e que não condena ninguém. Se Jesus e Jeová são uma mesma pessoa, as obras de ambos, no Velho e Novo Testamentos, não podem ser conflitantes. Se Jeová fosse o pai e Jesus o filho, não poderiam ter planos diferentes para os homens, pois Jesus declara que ele e o Pai são um (Jo. 10:30). Vejamos se há afinidade espiritual entre os atos de Jeová e de Jesus:

1.  Jeová é o deus dos ricos: “A bênção de Jeová é que enriquece, e não acrescenta dores” (Pv. 10:22). Davi declara que de Jeová vem as riquezas (I Cr. 29:12; I Rs. 3:13; I Cr. 29:26-28). O Deus que Jesus revelou como Pai, escolheu os pobres para serem herdeiros do reino celestial (Tg. 2:5). E Jesus aconselha a não ajuntar tesouros na terra (Mt. 6:19-20). A um rico que quis segui-lo, Jesus mandou vender tudo o que possuía, para depois segui-lo (Mt. 19:16-21). Excluindo as dádivas de Jeová, Jesus exclui Jeová.

2.  Jeová ordena o juramento: “Ao Senhor teu deus temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt. 6:13). E Jeová profetiza que no futuro, se dobrarão todos os joelhos, e afirma: “POR MIM JURARÁ TODA A LÍNGUA” (Is. 45:23). Jeová declara que no novo céu e na nova terra que vai criar, os homens jurarão pelo deus da verdade (Is. 65:16-17). Jesus, em contrário, declarou: “Ouvistes o que foi dito: Cumprirás os teus juramentos à Jeová. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei; nem pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto; seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mt. 5:33-37). Ao excluir o juramento, Jesus excluiu Jeová do plano do Pai.

3.  Jeová matava criancinhas inocentes. Num momento de fúria incontida contra o seu povo, Jeová declara que vai exterminá-los com setas mortais, seriam comidos de carbúnculo, de peste amargosa, devorados por feras, mordidos por serpentes peçonhentas, e também mortos pela espada; morreriam mancebos, virgens, velhos, e crianças de mama (Dt. 32:22-25). E Jesus proclamou bem alto: “Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus” (Mc. 10:13-14). Ao salvar os que Jeová matava, Jesus exclui Jeová.

4.  Ao libertar o povo de Israel da escravidão egípcia, Jeová os levou ao monte Sinai e disse-lhes: “Vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo” (Ex. 19:6). E declarou ao seu povo: “Eu sou Jeová, vosso santo, o Criador de Israel, vosso Rei” (Is. 43:15). Jesus, em contrário, declarou a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo” (Jo. 18:36). O que agrava as declarações de Jeová, é que João, no seu evangelho, registrou as palavras de Jesus, dizendo: “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo. 5:24). Sendo assim, Jesus exclui Jeová, que fundou o reino de defuntos. Quando um judeu, membro do falido reino de Jeová, ao crer em Cristo, pediu para sepultar o pai morto, Jesus lhe disse: “Segue-me tu, e deixa aos mortos sepultarem os seus mortos” (Mt. 8:21-22).

5.  Ao dar a lei no monte Sinai, foi estabelecida a lei da vingança, que diz: “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe” (Ex. 21:24-25). Ao estabelecer a lei do perdão, Jesus exclui Jeová. A lei de Jesus é: “Se perdoardes aos outros as suas ofensas, também o vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt. 6:14-15). Jesus exclui a lei do olho por olho com a lei do perdão, logo exclui Jeová.

6.  Jeová vendia o seu povo por causa do pecado contra a lei. Ao entrar na posse da terra prometida, como Jeová não cumpriu a promessa de expulsar os povos corrompidos da terra, o povo de Israel se misturou com os cananeus, heteus, amorreus, heveus, perizeus e jebuseus, tomando as mulheres para seus filhos, e deram suas filhas para seus filhos, e serviram a seus deuses. Então a ira de Jeová se acendeu, e os vendeu na mão de Cusã-Risataim, rei da mesopotâmia. Só no livro dos juizes, Israel foi vendido sete vezes (Jz. 3:1-8; Jz. E:12-14; 4:1-3; 6:1; 10:42; 10:6-8; 13:1). O salmista declara que Jeová vendia o seu povo por nada, e sem obter lucro algum (Sl. 44:12). E Jesus compra com o seu sangue, exatamente aqueles que Jeová vendeu, logo, anulou a obra de Jeová (I Pd. 1:18-19).

7.  Moisés fez um pedido a Jeová, dizendo: “Rogo-te que me mostres a tua glória. Jeová respondeu: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Ex. 33:20). E Jesus declarou: “A vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo. 6:40). Quem vê Jeová, morre; e quem vê a Jesus vive. Jesus estava sempre excluindo Jeová.

8.  No reino de Jeová havia maus e bons, limpos e imundos, justos e injustos. E Jeová mandava chuva para os justos e bons, e retinha para os injustos e maus (Am. 4:7-8). E o Pai de Jesus, fazia chover sobre justos e injustos, limpos e imundos (Mt. 5:45). Logo, Jeová amava menos que o Pai. Com esta declaração Jesus excluiu Jeová.

9.  Jeová é tido como Deus, e fundou neste mundo o seu reino (Ex. 19:6). Jesus, entretanto, declarou: “A lei e os profetas duraram até João Batista; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele” (Lc. 16:16). E em outra ocasião Jesus disse: “Se eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, conseguintemente é chegado a vós o reino de Deus” (Mt. 12:28). Com estas declarações Jesus declarou que o reino de Jeová não é o reino de Deus, logo exclui Jeová.

10. Jeová se deu a conhecer aos homens no Velho Testamento, segundo o profeta Ezequiel: “Assim diz Jeová: No dia em que escolhi a Israel, levantei a minha mão para a descendência da casa de Jacó, e me dei a conhecer a eles no Egito” (Ez. 20:5). Se Jeová declara que se deu a conhecer, ninguém pode argumentar o contrário. E quando o povo ignorava, Jeová insistia em se fazer conhecido, dizendo: “Eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha mão e o meu poder; e saberão que o meu nome é Jeová” (Jr. 16:21). Isto falou ao seu povo. E, se até os estranhos o conheciam, quanto mais Israel. Eis o que Jeová declarou: “Dentre os que me conhecem farei menção de Raabe e de Babilônia” (Sl. 87:4). Vejamos agora a declaração de Jesus: “TODAS AS COISAS ME FORAM ENTREGUES POR MEU PAI; E NINGUÉM CONHECE O FILHO, SENÃO O PAI; E NINGUÉM CONHECE O PAI, SENÃO O FILHO, E AQUELE A QUEM O FILHO O QUISER REVELAR” (Mt. 11:27). Quando Jesus declara: NINGUÉM, é ninguém. Nem homens ou anjos. Ninguém nunca o conheceu antes de Cristo. Nem Israel, nem Raabe, nem Babilônia. João disse: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer” (Jo. 1:18).

Com estas declarações, Jesus exclui a Jeová, que se deu a conhecer com pragas, pestes, maldições; guerras, cativeiros, vinganças e mortes. Jesus, entretanto, revelou o deus verdadeiro, o Deus Pai, amoroso e salvador de todos (I Tm. 4:10). É este Pai que nós conhecemos, adoramos, servimos e glorificamos.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(391) – A LEI DE MOISÉS

A LEI DE MOISÉS

         Quem lê o Novo Testamento pode ficar confuso com a autoria da lei. Vejamos algumas passagens: Jesus curou um leproso, e ordenou-lhe que a ninguém o dissesse, mas que fosse ao sacerdote, e oferecesse pela sua purificação o que Moisés determinou (Lc. 5:12-14). Quem lê o milagre, pensa que Moisés determinou, mas foi Jeová, e não Moisés. A oferta a que Jesus se referiu está em Lv. 14:4-7. Esta ordenança foi de Jeová. Por que no Novo Testamento se atribui a Moisés? Citemos outro caso: Os fariseus tentaram a Jesus, dizendo: “É licito ao homem repudiar a sua mulher por qualquer motivo?” Jesus respondeu, dizendo que Deus une um casal, que passam a ser um só corpo. E disse que o homem não pode separar o que Deus uniu. Eles então disseram: “Então porque Moisés mandou dar carta de divórcio?”Mas quem mandou dar carta de divórcio foi Jeová, e não Moisés. Isto está em Dt. 24:1-4. Moisés apenas escreveu. Vamos ao terceiro caso: Uns saduceus que não criam na ressurreição, para tentar a Jesus, disseram: “Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele, e suscitará descendência ao irmão morto. Houve sete irmãos. O primeiro casou, não teve filhos, e morreu. A mulher casou com o irmão, que também morreu sem deixar filhos, e assim os sete casaram com a mulher. Por fim morreu também a mulher. Na ressurreição, qual dos sete será o marido?” (Lc. 20:27-38). Por que os saduceus falaram: “Moisés disse”, se quem ordenou a lei do levirato foi Jeová? (Dt. 25:5-10). O próprio Jesus cita Moisés em lugar de citar Jeová. Falando sobre a tradição dos antigos, disse-lhes: “Vós invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. Porque Moisés disse: Honra o teu pai e a tua mãe; e quem maldisser ou o pai ou a mãe, morrerá” (Mc. 7:9-10). Quem falou isto, foi Jeová, na lei (Ex. 20:12; 21:17). Se foi Jeová quem determinou, por que Jesus respondeu que Moisés falou? Que os apóstolos tirassem Jeová do contexto, tudo bem; mas Jesus fazer o mesmo? O evangelista Lucas, falando da circuncisão de Jesus, falou: “E cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentar Senhor (segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo macho primogênito será consagrado ao Senhor). E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor; um par de rolas ou dois pombinhos” (Lc. 2:21-24). Este texto lança dúvidas, pois começa falando na lei de Moisés no verso 22 e depois fala da lei de Jeová nos versos 23 e 24. De quem é a lei? É de Jeová. Por que então está escrito: “Lei de Moisés”? Depois de ressuscitado, Jesus apareceu aos discípulos, e disse-lhes: “São estas as parábolas que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas, e nos salmos” (Lc. 24:44).

Em João 1:17, lemos: “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.Este texto prova que Jesus não deu a lei de Jeová, logo nunca foi Jeová, como pretende um grupo de teólogos. E dizendo que a graça de Jesus é a verdade, João sugere que a lei de Jeová não é a verdade. Aqui está um motivo pelo qual Jesus atribuía a lei a Moisés (o bode expiatório). Os judeus criam em Jeová como Deus. Quem falasse qualquer coisa que maculasse a divindade de Jeová, seria punido com a morte.

A verdade, entretanto, é que a lei é de Jeová (Ex. 13:9). E Jeová declara que a lei lhe pertence. “Ao fazer cair do céu o maná, disse: Cada dia colherá a porção para cada dia, para que eu veja se anda na minha lei ou não” (Ex. 16:4). Essa lei foi dada por Jeová a Moisés: “Disse Jeová a Moisés: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar” (Ex. 24:12). Sendo assim, clara a autoria da lei, atribuí-la a Moisés obedecia a uma estratégia para evitar choques mais violentos.

1.  “A graça de Deus Pai se há manifestado trazendo salvação a todos os homens” (Tt. 2:11). A graça anulou a condenação da lei para todos, e tornou a lei inútil, já que não condena mais (Hb. 7:18). É por isso que os cristãos salvos por Jesus não estão mais debaixo da lei (Rm. 6:14; 7:6).

2.  Deus, o Pai, quer salvar os pecadores, enquanto que Jeová quer destruí-los e matá-los (I Tm. 2:3-4; Gn. 6:7; Sl. 9:17)Ora, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas” (Rm. 3:20-21). Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei (Rm. 3:28).

3.  A lei não aperfeiçoa ninguém. Na Epístola aos Hebreus, lemos: “Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade, pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou” (Hb. 7:18-19). Mas Jesus aperfeiçoa. Paulo escreveu: “Anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo o homem perfeito em Cristo” (Cl. 1:28).

4.  “A lei é santa, o mandamento é santo e bom” (Rm. 7:12). Mas a lei não santifica ninguém, antes, pelo contrário, a lei desperta a concupiscência. “Que diremos pois; é a lei pecado? De modo nenhum; mas eu não conheci pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, obrou em mim toda a concupiscência” (Rm. 7:7-8). E é a concupiscência que leva ao pecado e a morte: “Cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg. 1:14-15).

5.  A lei de Jeová inflama a carne: “Porque, quando estávamos na carne, as paixões do pecado, que são pela lei, obravam em nossos membros para darem fruto para a morte” (Rm. 7:5).

6.  A lei não vivifica ninguém: “A lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte, porque, se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei” (Gl. 3:21). Só o Espírito Santo, dado por Jesus, vivifica (Rm. 8:11).

7.  A lei de Jeová é um jugo insuportável. Os gentios, isto é, os não judeus, converteram-se aos milhares. Os judeus convertidos à Cristo, mas ainda presos à lei de Jeová, queriam obrigá-los a circuncidar e guardar a lei. Houve grande discussão, e Pedro declarou que querer impor o jugo da lei aos gentios, era tentar a Deus (At. 15:5-10).

8.  A lei de  Moisés não revela o amor de Deus Pai, mas a ira de Jeová: “Porque a lei opera as ira; porque onde não há lei também não há transgressão” (Rm. 4:15). Mas Jesus Cristo revela o amor de Deus Pai:“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3:16).

9.  A lei produz escravos. Paulo declarou: “Dizei-me os quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estes são os dois concertos, um, do monte Sinai, gerando filhos para a escravidão, que é Agar. Ora, esta Agar Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém, pois é escrava com seus filhos” (Gl. 4:21-25). Jesus desceu a este mundo para libertar os escravos (Jo. 8:36).

10. “Todos os que são das obras da lei, estão debaixo de maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl. 3:10-11).

“Cristo nos resgatou da lei fazendo-se maldição por nós, porque escrito está: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gl. 3:13).

A lei de Jeová tem tantas falhas, e é tão imperfeita, que no Novo Testamento, foi atribuída ao homem Moisés, e não a Deus.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(390) – O BATISMO DE JEOVÁ

O BATISMO DE JEOVÁ

         Não vamos tratar aqui do batismo com o Espírito Santo (Jo. 1:33), nem do sangue derramado na cruz (Lc. 12:50), nem do batismo de Moisés (I Co. 10:1-2). Vamos tratar somente do batismo na água. O conceito geral sobre o batismo na água, é que é um símbolo, não tem nenhum poder regenerador. E esse conceito se baseia no batismo de João. Concordamos, pois esse batismo não era feito para regenerar ninguém, mas para perdoar. Pedro falou aos judeus: “Arrependei-vos, e cada um seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados” (At. 2:38). Pedro declara que no batismo o crente recebe o perdão dos pecados. João também falou: “Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados” (I Jo. 2:12). É claro, pois é batizado em nome de Jesus, que morreu pelos nossos pecados (Gl. 1:4). Pedro diz: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas pisaduras fostes sarados” (I Pd. 2:24). Paulo, depois que caiu do cavalo do Velho Testamento (At. 9:4), foi levado a um varão de nome Ananias que lhe disse: “E agora por que te deténs? Levanta-te, batiza-te, e lava os teus pecados, invocando o nome do Senhor Jesus” (At. 22:16). Ora, se o que se batiza é perdoado e lavado dos pecados, aos olhos de Deus está regenerado, ainda que aos olhos da teologia não esteja. O fato é que, no batismo, Jesus disse a João: “Convém que se cumpra toda a justiça” (Mt. 3:15-16). A justiça da fé se cumpre no batismo em nome de Jesus Cristo (II Co. 5:21).

E o batismo de João, como fica? O batismo de João é o batismo do arrependimento, e o de Jesus é o do sepultamento (At. 19:4; Rm. 6:3-4). São, portanto, dois batismos diferentes. O batismo de João já era feito antes de Jesus se manifestar, logo era batismo debaixo da lei. O batismo de Cristo, na Igreja, não está debaixo da lei (Rm. 6:14; 7:6). Como João batista foi o último profeta do Velho Testamento (Lc. 16:16), batizou Jesus em nome de Jeová, o único deus conhecido pelos israelitas. Logo, o batismo de João era o batismo de Jeová.

No Novo Testamento o batismo era feito em nome de Jesus (At. 2:38; 8:14-16). Vamos agora provar biblicamente, que o batismo de Jeová, ministrado por João Batista, não tinha valor nenhum diante de Jesus: Apolo era um pregador eloqüente e poderoso nas escrituras, mas conhecia somente o batismo de João, que era o batismo do arrependimento, pois culpavam a Jeová pelas suas desgraças. Havia um provérbio blasfemo, que passava de pai para filho, e era o seguinte: “Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos embotaram” (Jr. 31:28-29; Ez.18:1-3). Esta mofa era dita porque Jeová cobrava nos filhos os pecados dos pais. Ele dizia: “Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais” (Is. 14:21). O segundo mandamento da lei de Jeová já falava isso: “Visitarei a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex. 20:5). E o mesmo Jeová entrou em contradição, dizendo: “Os pais não morrerão pelos filhos, nem os filhos pelos pais” (Dt. 24:16). Mas matou o filho recém nascido de Davi. É muita confusão de um que se diz deus. Perdoou a Davi, que pecou, e não perdoou a criança inocente e pura (II Sm. 12:13-14). Diante de tamanhos atos de injustiça e crueldade, o povo só tinha de inventar provérbios de desprezo. O povo então, podia se arrepender dessas blasfêmias e ofensas a Jeová, para ser reconciliado. Esse era o batismo de João, ou melhor, o batismo do arrependimento.

Nesse batismo, o homem deixava de ser o juiz, e o deus Jeová deixava de ser o réu. O evangelho de Lucas esclarece o assunto, dizendo: “E todo o povo que o ouviu e os publicanos, tendo sido batizados com o batismo de João, JUSTIFICARAM A DEUS, mas os fariseus e os doutores da lei rejeitaram o conselho de deus contra si mesmos, não tendo sido batizados por João” (Lc. 7:29-30). Justificar a deus é inocenta-lo das injustiças, confessando-se errado e injusto.

No batismo de João, o que se batizava, era reconciliado mediante o arrependimento, logo, o mérito era do homem. Tanto é assim, que, quem não se batizasse era condenado por não se arrepender, e assim continua maldito de Jeová, pelo pecado de blasfêmia.

No batismo em nome de Jesus, ente assume os pecados do povo, e passa a ser o maldito. Paulo diz: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl. 3:13). Cumpriu-se assim o que o anjo disse a José: “E dará à luz um filho, e chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt. 1:21). “Da descendência deste (Davi), conforme a promessa, levantou Deus a Jesus para a salvação de Israel” (At. 13:23). “E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o libertador, e desviará de Jacó as impiedades” (Rm. 11:26). Vejamos o que aconteceu com Jesus:

Por não terem conhecido a Jesus, pois estavam cegos (Is. 6:10; 29:10-12), o povo e os seus príncipes, condenaram-no, e o mataram (At. 13:27-29). Mas Deus o ressuscitou dos mortos. E Paulo declara que o Cristo ressuscitado não era mais o nascido em carne: “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo” (II Co. 5:16). E em outro lugar: “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos” (Rm. 7:4). Por que afirma Paulo que o Cristo ressuscitado é outro? Porque não veio a este mundo para reinar na carne sobre Israel, mas para comprar os que crerem, afim de que entrem no reino dos céus (Jo. 14:1-3; II Co. 5:1; II Tm. 4:18; I Pd. 1:3-4). É por isso que Jesus declarou: “O meu reino não é deste mundo” (Jo. 18:36). E também declarou aos israelitas: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo. 8:23).

O batismo em nome de Jesus, é o batismo que revela Jesus como Senhor absoluto. O batismo de João era no Velho Testamento, logo era de Jeová. Comparemos os dois batismos lendo o texto dos discípulos de Apolo: “E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram: Nós nem ainda ouvimos falar que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João.  Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhe Paulo as mãos, receberam o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam” (At. 19:1-6). João Batista é o autor do rito do batismo. Jeová o enviou (Jo. 1:33). Ora, João foi enviado por Jeová para realizar o batismo do arrependimento. Os batizados por João e Apolo, não foram aceitos por Paulo, e por isso os batizou de novo. Passemos às diferenças entre os dois batismos:

1.  Os batizados por João, eram reconciliados com Jeová e herdeiros da Canaã terrena. Os batizados em nome de Jesus, tem os pecados perdoados, são salvos deste mundo, e passam a ser herdeiros do reino dos céus (At. 2:38; Mt. 25:34; Hb. 11:8-11).

2.  No batismo de João, pelo arrependimento, o homem justifica a Jeová, e é reconciliado (Lc. 7:29). No batismo em nome de Jesus, a morte de Cristo justifica o homem diante de Deus. No batismo de João, o arrependimento do homem tem valor diante de Jeová, mas não tem valor diante de Deus Pai, pois para ser salvo tem de aceitar o sacrifício de Cristo. Por isso João disse: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigênito Filho de Deus” (Jo. 3:18).

3.  No batismo de João, eles criam num Jesus Cristo que havia de vir (At. 19:4). Os judeus crucificaram a Cristo como impostor, e estão esperando o Mashia Ben Yucef (messias, filho de José) até hoje. No batismo de Cristo, os que se batizam, teem convicção que o Cristo já veio, tem todo poder no céu e na terra, perdoa os pecados, cura os enfermos, ressuscita os mortos, e vai nos levar embora deste mundo apodrecido por corrupção, ódios, guerra, pragas, pestes, demônios, injustiças, traições, para um reino onde habita o amor e a justiça (II Pd. 3:13-14). Amém.

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(389) – SOCIEDADE SECRETA

SOCIEDADE SECRETA

 

O que é uma sociedade secreta? Há algumas definições:

1. É aquela que não é conhecida pelo público. E se não é conhecida pelo público, é marginal, pois não beneficia o público em geral.

2.  Sociedade secreta é a que não é registrada pela lei. É, portanto, fora da lei. É, portanto, aquela que traz prejuízo para o governo ou ao público.

3. A sociedade secreta nunca é feita por duas pessoas honestas, pois os honestos nunca fazem nada escondido.

U Jeová plantou um jardim separado do resto do planeta, no qual ele vinha passar as tardes (Gn. 3:8). A Bíblia narra as divisas desse jardim de delícias (Gn. 2:10-14). Nesse jardim particular de Deus havia toda árvore agradável à vista e boa para comida; e a árvore da vida no centro (Gn. 2:9). Adão foi colocado no jardim para o lavrar e o guardar (Gn. 2:15). Adão era o jardineiro de Deus, e este vinha todas as tardes visitar Adão e desfrutar de sua companhia.

Há um problema que envolve o jardim do Éden. Foi Deus que o plantou (Gn. 2:8). Se foi Deus que o plantou, e se Deus é o Todo poderoso, como satanás estava dentro do jardim? (Gn. 3:1; Ap. 12:9). É claro que Deus sabia que a serpente, isto é, satanás, queria devorar Adão e Eva, pois é Onisciente. E deixou o caminho livre? Não os protegeu? Eles não conheciam o bem e o mal, e seriam facilmente enganados.

U Um outro caso chama a atenção. Entre Jeová e satanás há uma intimidade filial e aberta. Num dia em que os filhos de Jeová vieram apresentar-se, satanás estava entre eles. E Jeová lhe perguntou: Donde vens? De rodear a terra e de passear por ela, respondeu o satã. Jeová então lhe disse: Observaste tu o meu servo Jó,  homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal. Ninguém há na terra semelhante a ele (Jó 1:6-8). Nessa intimidade filial, satanás põe em dúvida a fidelidade de Jó. Jeová, numa intimidade paternal, aceita a opinião de satã, nivelando-se com ele. Ao fazer isto, Jeová entrega Jó nas mãos de satã para flagelá-lo. satã destrói as propriedades de Jó, queima as plantações, liquida com seus rebanhos, e mata seus dez filhos. A violência usada por satanás contra Jó diante dos olhos impassíveis de Jeová, revela o alto conceito que Jeová tem por satanás, para permitir tamanha crueldade. A fidelidade de Jó não teve peso nenhum para Jeová. O fato configura uma associação de propósitos e objetivos.

U Jeová revelou a Abraão que levaria sua descendência ao Egito por quatrocentos anos, e depois julgaria os egípcios (Gn. 15:13-14). De fato, quando José tinha dezessete anos, seus irmãos, por inveja, venderam-no a uns ismaelitas, que por sua vez, indo ao Egito, o venderam como escravo a Potifar, eunuco de Faraó (Gn. 37:2, 27-28, 39:1). José, mercê dos favores de Jeová, autor do projeto, acabou como senhor da terra do Egito (Gn. 41:42-44). Havendo uma grande fome em toda a terra, e tendo José comida com fartura, mandou buscar seu pai Jacó, que se mudou para o Egito com toda a sua família (Gn. 46:26). No Egito, as sessenta e seis almas que saíram da coxa de Jacó, se multiplicaram em setenta anos, em centenas de milhares. E o povo cresceu dentro da idolatria egípcia, e também da corrupção moral. Jeová mesmo declara o grau dessa corrupção pela boca do profeta Ezequiel: “Filho do homem, houve duas mulheres, filhas de uma mãe. Estas prostituíram-se no Egito; prostituíram-se na sua mocidade; ali foram apertados os seus peitos, e ali foram apalpados os seios da sua virgindade. E os seus nomes eram: Aolá, a mais velha, e Aolibá, sua irmã; e forma minhas e tiveram filhos e filhas; e, quanto aos seus nomes, Samaria é Aolá, e Jerusalém é Aolibá. E prostituiu-se Aolá, sendo minha; e enamorou-se dos seus amantes” (Ez. 23:1-5). “Vendo isto sua irmã Aolibá, corrompeu o seu amor mais do que ela, e as suas devassidões foram maiores” (Ez. 23:11).

Ora, Jeová sabia da corrupção do Egito, e levou a descendência de Abraão lá, para que fossem corrompidos? Aqui fica configurada a intenção maléfica desse deus. Mas o que espanta e faz eriçar os cabelos, é saber que Faraó é figura de satanás. É o mesmo Ezequiel que nos revela: “Assim diz o Senhor Jeová: Eis-me contra ti, ó Faraó, rei do Egito, grande dragão, que pousas no meio dos teus rios, e que dizes: O meu rio é meu, e eu o fiz para mim” (Ez. 29:3). No Apocalipse lemos que o dragão é satanás (Ap.12:9).

Quem diria que Jeová planejou quatrocentos anos antes, levar Jacó para o Egito, para que lá, fossem corrompidos por uma babá satânica, isto é, Faraó? Isto cheira a uma sociedade secreta.

U Na condução da história de Israel, num mesmo episódio, a mesma ordem é dada por dois comandantes. Vejamos o primeiro: “A ira de Jeová se tornou a acender contra Israel, e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá” (II Sm. 24:1). A mesma ordem, em outro livro, é dada por outro comandante: “Então satanás se levantou contra Israel, e incitou a Davi a numerar a Israel” (I Cr. 21:1). Finalmente, quem comandou: Jeová ou satanás? Não adianta buscar explicações teológicas. A verdade dos textos é clara. O que Jeová ordena, satã também ordena. Aquilo que Jeová pensa, Satanás também. A ira de ambos é igual, pois a de Jeová é a dos infernos (Dt. 32:22). Ambos estão secretamente ligados.

U Jeová, no Sinai, fundou o seu reino, dizendo: “Vós me sereis um reino sacerdotal” (Ex. 19:6). Então falou ao povo, do alto do monte, do meio do fogo e das trevas, e deu a sua lei, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra (Dt. 4:11-13). E ainda ordenou a Moisés os seus estatutos pelos quais seria regido o seu reino aqui na terra (Dt. 4:14).

O homem foi criado fisicamente mortal (Sl. 8:4; Is. 51:12). Mas até Moisés o pecado não era imputado por não haver lei (Rm. 5:13). Estabelecida as lei, e sendo imputado o pecado, a alma passou a morrer, pois Jeová disse: “A alma que pecar morrerá” (Ez. 18:4). A morte da alma é a separação eterna de Deus(Rm. 3:23). A alma é condenada por pecar contra a lei de Jeová. Essa condenação é o fogo eterno. Jesus assim se expressará, no juízo da Igreja, aos bodes: “APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS” (Mt. 25:41). Esse lugar de tormento é o império de Satanás. Como Jeová declarou que não há alma que não peque (Ec. 7:20), todos estão condenados para ir para o império do diabo, que é o império da morte, que foi formado por Jeová no monte Sinai, ao dar a lei.

Fique bem claro, que Jeová ao dar a lei, fundou dois reinos: O dele e o de satanás. Fica assim provado que existe uma sociedade secreta entre os dois. Jesus desceu a este mundo, em carne, para destruir o império da morte, fundado por Jeová, e salvar os condenados. O texto diz: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb. 2:14-15). É chocante pensar, mas Jeová está envolvido com satanás, mas Jesus Cristo e o Pai, NÃO!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(388) – O REINO DE JEOVÁ – III

O REINO DE JEOVÁ 3

Jeová implantou o seu reino neste mundo, quando fez concerto com a casa de Jacó, no monte Sinai, e deu a lei. Naquele dia nasceu o reino de Israel. Três dias antes de dar a lei, Jeová falou: “E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo” (Ex. 19:6, 15-16). Naquele dia nasceram também os filhos de Jeová: “Filhos sois de Jeová vosso deus; não vos dareis golpes, nem poreis calva entre vossos olhos por causa de algum morto. Porque és povo santo a Jeová teu deus, e Jeová te escolheu, de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhes seres o seu povo próprio” (Dt. 14:1-2). Naquele dia nasceram os santos de Jeová, a quem mandou Moisés dizer: “Santos sereis, porque eu, Jeová vosso deus, sou santo” (Lv. 19:2; 20:7, 26).Naquele dia nasceu o sacerdócio Arônico (Lv. 8:1-2, 10-13).

Quando Jeová deu a lei, deu-a em voz alta, e do meio das trevas; Moisés falou: “Vós vos chegastes, e vos pusestes ao pé do monte; e o monte ardia em fogo até ao meio dos céus e havia trevas, e nuvens e escuridão. Então Jeová vos falou do meio do fogo; e vos anunciou ele o seu concerto, que vos prescreveu, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra” (Dt. 4:11-13). “E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas e vendo monte ardendo em fogo, vos chegastes a mim, todos os cabeças das vossas tribos, e vossos anciãos; e dissestes: Eis aqui Jeová vosso Deus nos fez ver a sua glória e a sua grandeza” (Dt. 5:23-24). Dá para se pensar: A glória de Jeová inclui as trevas?

Dá também para se concluir que as trevas incluem a lei de Jeová. É por isso que o povo de Israel, que é o povo de Jeová, vivia em trevas. Isaías disse: “O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz” (Is. 9:2). Essa luz resplandeceu quando Jesus veio ao mundo (Mt. 4:16-17).

Mas Salomão revela que a lei de Jeová é luz: “Porque o mandamento é uma lâmpada, e a lei uma luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Pv. 6:23). Se a lei é uma luz, como explicar que o povo que guardava a lei andava em trevas? A única explicação é que a lei era uma luz negra, pois não alumiava. Vejamos:

A lei era uma luz negra porque traz o conhecimento do pecado (Rm. 3:20).

A lei era uma luz negra porque produz escravos, e não livres (Gl.4:21-25).

A lei era uma luz negra porque estimula paixões pecaminosas que matam (Rm.7:5).

A lei era uma luz negra porque foi e é inútil e nada aperfeiçoa (Hb.7:18, 19).

A lei era uma luz negra porque fabrica soberbos (Lc.18:9-14).

A lei era uma luz negra porque separa de Jesus, a verdadeira luz (Jo.8:12, 1:9; Gl.5:1-4).

O reino de satanás é o reino das trevas, e é neste mundo; e Jesus liberta das trevas e do poder de satanás, e concede que recebam a remissão dos pecados (At.26:18). E Jeová estabeleceu o seu reino no território de Satanás, que é este mundo. E Jeová deu uma lei que traz o conhecimento do pecado? (Rm.3:20). E a lei de Jeová é a força do pecado? (I Co.15:56). E QUEM COMETE PECADO É DO DIABO? (I Jo.3:8). Se quem comete pecado é do diabo, e Jeová deu uma lei que é a força do pecado, Jeová edifica, não o seu reino, mas o reino de Satã. Por outro lado, a morte é o premio do pecado. Paulo é quem diz (Rm.6:23). Se o salário do pecado é a morte, e o império da morte pertence ao diabo, Jeová trabalha para o diabo. E Jesus Cristo trabalha contra o diabo, e também contra Jeová, pois está escrito: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hb.2:14).

Outro aspecto a ser considerado é que o pecado só é imputado havendo lei, pois Paulo diz: “Até a lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei” (Rm.5:13). Ora, se o salário do pecado é a morte, e a lei foi dada no monte Sinai, foi decretada a morte eterna para todos os homens, isto é, condenação eterna, pois até Moisés, desde Adão, se passaram 2.400 anos, e todos morriam fisicamente. Sendo assim, a morte como conseqüência do pecado é morte espiritual e não física, e a morte espiritual é morte eterna, isto é, separação eterna de Deus. A conclusão a que chegamos, é que Jeová fundou dois reinos no Sinai, quando deu a lei: o seu reino e o reino de Satã, que é o império da morte, que está na carta aos Hebreus 2:14.

Como Jeová declara que todos pecam, e não há quem não peque (I Rs.8:46; Ec.7:20), o reino de Jeová era o dos que iam morrer eternamente, e o império da morte de Satanás, é dos que já estavam mortos e condenados.

É por isso que o reino de Jeová era de mortos, como diz Paulo: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só – Jesus Cristo” (Rm.5:17). O próprio Jesus confirma essa verdade quando um discípulo, querendo segui-lo disse: “Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt.8:21, 22).

Por ultimo: Como todos pecam, e todos serão condenados, o reino de Jeová, aqui na terra, era apenas porta de passagem para o império eterno de Satanás. É por isso que no novo céu e na nova terra de Jeová, vai se repetir a história da serpente alimentando-se de pó, isto é, dos mortos (Gn.3:14, 19). É por isso que na carta aos Hebreus lemos: “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor Jesus, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram” (Hb.2:3).

Se Jesus se dispôs a descer da glória para este abismo e sepulcro dos mortos, pois Paulo diz: “QUEM DESCERÁ AO ABISMO? (ISTO É, A TORNAR A TRAZER DENTRE OS MORTOS A CRISTO?)” (Rm.10:7), Jesus desceu a este sepulcro dos condenados, suportou todas as afrontas, perseguições, injurias, calúnias, tentações, agonia atroz, e por fim morte na cruz, para salvar os condenados por Jeová: Aproveite leitor, enquanto a porta está aberta.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(387) – VELHO TESTAMENTO ABOLIDO – II

VELHO TESTAMENTO ABOLIDO 2

Que vem a ser o Velho Testamento? É UM SISTEMA MONARQUICO RELIGIOSO, NO QUAL UM SOBERANO DIVINO E OCULTO, REINA ATRAVÉS DE REIS, SACERDOTES E PROFETAS.

Esse sistema monárquico foi interrompido há dois mil, quinhentos e noventa três anos, quando Nabucodonosor levou Judá cativa para a Babilônia, e destruiu a fogo o templo e a cidade de Jerusalém. Jesus Cristo desceu do céu nascendo em carne, e se tornou visível e tactível, porém não restaurou o reino de Davi, ou melhor, de Jeová (Sl. 89:34-37). Jesus era o messias esperado. Por que não tomou a vara de ferro predita no Sl. 2:7-9(Mt. 16:13-17; Jo. 4:25-26).  Se era o messias prometido por Jeová, deveria assentar-se no trono de Davi e reger as nações com vara de ferro. Em vez disso, Jesus declarou aos escribas e farizeus, dizendo: “Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo. 8:23). Antes da crucificação declarou a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus” (Jo. 18:36). O reino de Deus Pai, é no céu (II Tm. 4:18).

O reino de Davi estabelecido por Jeová é na terra eternamente (Ez. 37:21-25). Em lugar da lei de Jeová, Jesus estabeleceu a graça do Pai, isto é, anistia geral para todos; agora todos podem ser filhos de Deus pelo novo nascimento (Jo. 3:3-6). A ordem depois da ressurreição era: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc. 16:15-16). Não haverá mais povos gentios e inferiores para ficarem debaixo dos pés de Israel (Sl. 43:7; Mq. 5:8). Este mundo tem os dias contados (II Pd. 3:7). Depois vem a ressurreição do juízo, e a condenação dos perversos (Ap. 20:11-15). Os salvos por Cristo nunca mais descerão a este abismo, que é a sepultura dos mortos, mas viverão eternamente na glória com Cristo e o Pai (I Pd. 1:3-4; Jo. 14:2-4). Assim o Velho Testamento foi abolido. No folheto ‘1’ falamos de três coisas que foram abolidas do Velho Testamento, que foram os sacrifícios de animais para perdoar os pecados, os dez mandamentos que foram anulados pela lei do amor (Jo. 13:34; Rm. 13:8-10), e também o sacerdócio levítico que deixou de existir. Vamos continuar focando coisas estabelecidas por Jeová, que foram abolidas.

1. Jeová era o deus só de Israel, a quem amava (Os. 11:1; Dt. 23:5), contudo destruiu o povo e o reino a quem amava (II Rs. 23:27). De Israel disse Jeová: “Filhos sois de Jeová vosso deus” (Dt. 14:1). Mas para Jeová o orgulho ferido é maior do que o amor de pai. Os filhos pecaram, e ele declarou: “Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu ó terra. Criei filhos, e exalcei-os; mas eles prevaricaram contra mim” (Is. 1:2). Com o orgulho gerado pela santidade, Jeová passou a odiar a Israel: “Pois lhe provocaram a ira com os seus altos, e despertaram-lhe o zelo com suas imagens de escultura. Jeová ouviu isto e se indignou, e sobremodo aborreceu o seu povo” (Sl. 78:58-59). E Jeová, o pai de Israel, tornou-se inimigo e adversário de seus filhos, e os devorou como leão (Lm. 2:1-5; Os. 13:7-8).

Veio então Jesus Cristo, e provou que o amor do Pai é maior que o orgulho ferido, pois, segundo a vontade do Pai, deu a sua vida por todos os pecadores malditos de Jeová, estabelecendo o perdão e a graça para todos (Tt. 2:11; I Jo. 2:12). Cristo revelou que Deus, o Pai, é Deus dos judeus e gentios (Rm. 3:29). E quer salvar a todos, isto é, idólatras, feiticeiros, assassinos, ladrões, gays, endemoninhados, condenados, malditos de Jeová, vasos de desonra, enfim, todos (Rm. 9:20-23; II Tm. 2:20-21). Fica provado que o Velho Testamento foi abolido.

2. No Velho Testamento, os homens eram justificados pelos sacrifícios da lei, e pelas obras da lei, isto é, que seguem todos os preceitos da lei. Mas no Novo Testamento está escrito: “Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou a lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei” (Rm. 9:31, 32). “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm. 10:4).

E Paulo, triunfante, declara: “Nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm. 3:20). A lei, diante do amor de Cristo se tornou inútil e vã: “Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade” (Hb.7:18). Paulo, outra vez, ilumina nossas mentes, dizendo: “E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê” (At. 13:39). E acrescenta, falando da glória de Jesus: “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Rm. 4:25). Fica mais uma vez provado que o Velho Testamento foi abolido.

3. A morte era a base do concerto de Jeová. Paulo nos revela que o antigo pacto de Jeová com os homens tem o seu fundamento na morte, com as seguintes palavras: “Deus nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E, se o ministério da morte gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do espírito?” (II Co. 3:6-8). O Velho Testamento era o ministério da morte. E tão forte era esse ministério que todos estavam mortos. Paulo nos diz: “A morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão” (Rm. 5:14). E logo à frente Paulo continua, dizendo: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo” (Rm. 5:17). Vemos que a morte reinou desde Adão até Jesus. Na primeira carta aos Corintios, lemos: “Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Cr. 15:21-22). A lei dada por Jeová apenas legalizou a morte, pois Paulo diz: “Até a lei o pecado estava no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei” (Rm. 5:13). Por este texto vemos o que é ministério da morte: ‘A MORTE INSTITUÍDA LEGALMENTE POR MEIO DA LEI’.

Mas Jesus Cristo aboliu esse ministério tenebroso. Paulo, pela revelação do ministério da graça, que lhe foi dado por Deus, diz a Timóteo: “Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (II Tm. 1:8-10).

Abolindo a morte, Jesus aboliu a lei, o pecado, e a condenação, tudo coisa do Velho Testamento. Foi tudo abolido por Cristo, para glória de Deus Pai. Quem crê em Cristo, passa da morte para a vida (Jo. 5:24). Quem crê em Cristo passa das trevas para a luz, e do poder de Satanás a Deus (At. 26:18).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(386) – VELHO TESTAMENTO ABOLIDO – I

VELHO TESTAMENTO ABOLIDO 1

Que quer dizer abolir? Anular, extinguir, revogar. Abolir uma lei é pôr fora de uso. Que quer dizer abrogar? Abolir, anular, invalidar, suprimir, pôr em desuso. Pois bem. Paulo declara que o Velho Testamento foi abolido por Cristo. O texto diz: “E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos. Porque até hoje o mesmo véu está por ser levantado na lição do Velho Testamento, o qual foi abolido por Cristo” (II Co. 3:13-14). A maioria dos cristãos entende que foi abolido o véu, e não o Velho Testamento, pois toda a Igreja cristã está pendurada, ou melhor, está amarrada ao Velho Testamento. Se for tirado o Velho Testamento, a Igreja entra em colapso. Mas Paulo continua, dizendo: “E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto no coração deles” (II Co. 3:15). Logo, o véu não foi abolido. Já se passaram dois mil anos, e o véu está posto no coração dos cristãos e dos judeus. Incrível!

Cristo não é mediador do Velho Testamento, mas do Novo Testamento (Hb. 8:6, 9:15; 12:24). O mediador do Velho Testamento foi Moisés (Gl. 3:19).

O Novo Testamento exclui o Velho. O Novo Testamento invalida o Velho. Para deixar claro o assunto, vamos focalizar algumas evidências bíblicas:

1.  Jesus Cristo aboliu os sacrifícios do Velho Testamento, que foram ordenados por Jeová. Na lei está escrito: “Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo o lugar, onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti, e te abençoarei” (Ex. 20:24). Quando alguém pecava, está escrito: “Mas, se pela sua oferta trouxer uma cordeira para expiação do pecado, sem mancha a trará” (Lv. 4:32). A cordeira é degolada pela expiação do pecado, o sangue será derramado na base do altar. A gordura é tirada e queimada sobre o altar. Assim o sacerdote por ela fará a expiação dos seus pecados, que pecou, e lhe será perdoado o pecado (Lv. 4:33-35). Mas na carta aos Hebreus, lemos: “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados” (Hb. 10:4). E continua: “Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei)” (Hb. 10:8). “Estão disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hb. 10:9-10). Os sacrifícios de animais não agradavam a Deus, como lemos, mas agradavam a Jeová, o qual se deliciava com o cheiro da carne queimada (Gn. 8:20-21; Lv. 1:9; 2:9). O fato é que o sacrifício de Cristo aboliu os sacrifícios do Velho Testamento, que não eram da vontade do Pai, pois não os queria, nem lhe agradavam.

2.  Vejamos a lei de Jeová. O maior mandamento da lei e dos profetas é: “Amarás a Jeová teu deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu poder” (Dt. 6:5). O segundo mandamento é: “Amarás o próximo como a ti mesmo; eu sou Jeová” (Lv. 19:18). Mateus diz que destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas (Mt. 22:40). Pois bem. Jesus deu um novo conceito, dizendo: “UM NOVO MANDAMENTO VOS DOU: QUE VOS AMEIS UNS AOS OUTROS; COMO EU VOS AMEI A VÓS, QUE TAMBÉM VÓS UNS AOS OUTROS VOS AMEIS” (Jo. 13:34). O padrão de Jeová é o homem amar com padrão humano e falho, pois o homem é destituído da glória de Deus (Rm. 3:23). O padrão de Jesus é amar como Deus ama, pois Jesus é Deus (I Jo. 5:20; Jo. 13:34). Em relação a amar a Deus acima de tudo, João diz: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu próximo, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus ao qual não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão” (I Jo. 4:20-21). No Novo Testamento o amor a Deus, está vinculado ao amor ao próximo, logo, amando ao próximo ou a meu irmão, declaro que amo a Deus. Como dos dois grandes mandamentos de Jeová depende toda lei e os profetas, sendo mudados no Novo Testamento, caiu a lei e os profetas. É por isso que Jesus disse: “A lei e os profetas duraram até João” (Lc. 16:16). Os sacrifícios e o padrão de amor do Velho Testamento foram abrogados.

3.  Na carta aos Hebreus ainda lemos: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei” (Hb. 7:12). O sacerdócio de Jeová era exercido somente pelos levitas, que serviam no templo, e ministravam os sacrifícios da lei (Hb. 5:1). Pedro, o apóstolo, diz: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus” (I Pd. 2:9-10). Os levitas eram povo de Jeová, e Pedro fala dos gentios que não eram, e passaram a ser. Qual a função dos novos sacerdotes? Ensinar que os sacrifícios da lei de Jeová, foram extinguidos, e Jesus Cristo morreu na cruz por todos os homens. A mensagem agora é: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc. 16:15-16). O deus Jeová era deus só de Israel (Am. 3:2).

Se o Velho Testamento não foi abolido está aleijado, pois Jesus aboliu os sacrifícios do Velho Testamento, isto é, de Jeová; tornou obsoletos os dois grandes mandamentos da lei de Jeová, onde os homens amavam como podiam, com capacidade humana, mas no Novo Testamento amam com amor divino, pois o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado(Rm. 5:5). E aboliu o sacerdócio levítico. (Continua no próximo folheto).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(385) – RIQUEZA DO VELHO TESTAMENTO

RIQUEZA DO VELHO TESTAMENTO

O Velho Testamento é riquíssimo em parábolas e alegorias (Sl. 78:2); é rico em façanhas: O pastorzinho Davi, vencendo o gigante com sua funda; Sansão derruba com os braços o templo de Dagom; José se torna governador do Egito; Jacó luta com Deus e prevalece, recebendo a benção. Moisés com uma vara faz prodígios e liberta o povo de Israel do jugo egípcio. Gideão com 300 homens vence um formidável exército de midianitas. No Velho Testamento foram vistos anjos subindo e descendo dos céus. Homens foram arrebatados aos céus, sem terem seus corpos glorificados pela incorruptibilidade (I Co. 15:51-53).Grandes campeões, grandes patriarcas, grandes profetas houve no Velho Testamento; mas muita coisa não havia:

1. Lá não havia o reino de Deus, o Pai: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo homem emprega forças para entrar nele” (Lc. 16:16). Este texto deixa claro que a lei e os profetas nada falavam do reino de Deus. Como não falavam se Jeová formou um reino no Sinai?(Ex. 19:6). E ele, Jeová, era o rei (Is. 43:15; 44:6). Mas Jesus e o Pai são um, e fazem parte do mesmo reino, e Jesus declarou a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo” (Jo. 18:36), logo, o reino de Jeová não era o de Jesus. Alem do mais, Paulo declara: “O reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm. 14:17). O reino de Israel, que é o reino de Jeová, era um reino onde imperava a injustiça (Ez. 21:2-4); era um reino de guerra e não de paz (Js. 11:18-20; Ex. 15:3; Nm.21:14), e era um reino de pranto e não de alegria, pois a alegria só viria após a restauração, o que não aconteceu até hoje (Jr. 31:8-16). Vemos que no Velho Testamento não havia o reino de Deus, o Pai.

2. No Velho Testamento não havia salvação, pois lá era o ministério da condenação (II Co. 3:6-9). Jeová, em Adão, condenou toda a humanidade à morte (Rm. 5:12). Através de Noé condenou os antediluvianos(II Pd. 2:5). Pela mão dos anjos condenou à subversão as cidades de Sodoma e Gomorra (II Pd. 2:6).Condenou o sumo sacerdote Ely, e toda a sua descendência, por causa de seus maus filhos Hofni e Finéias (I Sm. 3:14). Por causa do pecado de Salomão dividiu o reino em dois (I Rs. 11:11-12, 35-36). Depois por causa dos pecados dos dois reinos, os condenou a destruição final: “E disse Jeová: Também a Judá hei de tirar de diante da minha face, como tirei a Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que elegi, como também a casa de que disse: Estará ali o meu nome” (II Rs. 23:27). E pelas mãos de Nabucodonosor, seu servo, que lhe agradava aos olhos, queimou a fogo o templo e a cidade, e o povo transportou para Babilônia (Jr. 27:5-6; II Cr. 36:19-20). E este foi o fim do reino de Israel.     O Novo Testamento é o ministério da salvação, e não da condenação, pois Deus, o Pai, que ama os perdidos, enviou seu Filho Jesus Cristo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo. 3:16-17). No verso 18, lemos: “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado”. E Paulo revela que Deus, o Pai, quer que todos se salvem; logo não condena ninguém (I Tm. 2:3-4). A salvação de Jeová foi tirar o povo de Israel do Egito e levá-los para o deserto e à morte. A salvação de Jesus é tirar, pelo novo nascimento, os espirituais, deste mundo, e levá-los para o reino de Deus, nos céus (Jo. 3:3-6; Ef. 2:10; I Pd. 1:3-4).

3. No Velho Testamento não havia paz. Jerusalém se traduz por ‘herança da paz’, mas não conheceu a paz. Jeremias diz: “Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até o sacerdote, cada um usa de falsidade. E curam a ferida da filha do meu povo levianamente, dizendo: Paz, Paz; quando não há paz” (Jr. 6:13-14). “Espera-se a paz, e não há bem; o tempo da cura, e eis o terror” (Jr. 8:15).Jeremias queixou-se a Jeová, dizendo: “Ah Senhor Jeová! verdadeiramente trouxeste grande ilusão a este povo e a Jerusalém, dizendo: Tereis paz; pois a espada penetra-lhe até à alma” (Jr. 4:10). O próprio Jeová era inimigo de Israel. Jeremias o declara nas suas lamentações: “Como cobriu Jeová de nuvens na sua ira a filha de Sião! derribou do céu à terra a glória de Israel, e não se lembrou do escabelo de seus pés, no dia da sua ira. Devorou Jeová todas as moradas de Jacó, e não se apiedou; derribou no seu furor as fortalezas da filha de Judá, e as abateu até a terra; profanou o reino e os seus príncipes. Cortou no furor da sua ira toda a força de Israel; retirou para trás a força da sua dextra de diante do inimigo; e ardeu contra Jacó, como labareda de fogo que tudo consome ao redor. ARMOU O SEU ARCO COMO INIMIGO, FIRMOU A SUA DEXTRA COMO ADVERSÁRIO, E MATOU TUDO O QUE ERA FORMOSO À VISTA” (Lm. 2:1-4).

Jesus Cristo trouxe a paz sobre todos os aspectos: Primeiramente com Deus (I Co. 1:3). Trouxe a paz interior (Fp. 4:7). Trouxe a paz entre gentios e judeus (Ef. 2:14-18). Se é assim, porque Jesus disse:“Não cuideis que eu vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada” (Mt. 10:34). Quando alguém se convertia à Cristo, que era odiado pelos judeus, seus familiares ficavam seu inimigo (Mt. 10:35-36).

4. No Velho Testamento não havia vida eterna. No livro de Jó, lemos: “Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem. Os olhos dos que agora me vêem não me verão mais; os teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais. Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce a sepultura nunca tornará a subir” (Jó 7:7-9). “Antes que me vá, para nunca mais voltar, à terra da escuridão e da sombra da morte” (Jó 10:21). “Mas, morto o homem, é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então onde está? Como as águas se retiram do mar, e o rio se esgota, e fica seco, assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus não acordará nem se erguerá do seu sono” (Jó 14:10-12). “Não confieis em príncipes, nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam em sua terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos”. (Sl. 146:3-4). “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tão pouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento” (Ec. 9:5). Agora fala Salomão para rematar o assunto: “Disse eu no meu coração: É por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como animais. Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso também sucede aos animais; a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego; e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade. Todos vão para o um lugar; todos são pó, e todos ao pó retornarão. Quem adverte que o fôlego dos filhos dos homens sobe para cima, e o fôlego dos animais desce para baixo da terra?” (Ec. 3:18-21). O reino de Jeová era constituído de mortos, pois a morte só cessou a partir de Cristo, por isso Jeová é o deus dos mortos.

O Deus Pai é o único que possui a vida eterna (I Tm. 6:16). O Pai passou para seu Filho unigênito a vida e a ressurreição (Jo. 5:21, 26). Assim os que crêem na palavra de Jesus Cristo, e crêem naquele que o enviou, não entram em condenação, mas passam da morte para a vida (Jo. 5:24).

Assim, quem crê em Jeová, e se entrega a ele, permanece na morte; somente os de Jesus Cristo tem a vida eterna. O próprio Pai testifica isso em I Jo.5:9-13.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(384) – O REI DOS INFERNOS

O REI DOS INFERNOS

Na Grécia antiga, o monte Olimpo, com 2.885 metros, era a morada dos deuses. Júpiter ou Zeus era o soberano dos deuses do céu, que, segundo a fábula, matou seu próprio pai Saturno, e tomou o seu lugar. Marte, filho de Júpiter e Juno, era o deus da guerra. Mercúrio, seu irmão, era o mensageiro dos deuses, e o deus da eloqüência. Vulcano, também da família de Júpiter, era o deus do fogo e dos metais. Na Grécia, o deus do vinho e da alegria chamava-se Dionísio, correspondendo a Baco em Roma. Nemesis era a deusa da vingança. Plutão, irmão de Júpiter e filho de Saturno, era o deus dos infernos, com sua mulher Proserpina.

Será Plutão o deus dos infernos? Vejamos o que a Bíblia fala sobre o inferno. Na carta aos Hebreus lemos: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb. 2:14-15). Se o império da morte é do diabo, ele é o rei dos infernos, e não Plutão. Diabo, Satanás, e Dragão são três nomes do mesmo personagem (Ap. 12:9). O próprio Satanás se declara dono de todos os reinos deste mundo, e com poderes para dar a quem quiser (Lc. 4:5-6).

Jesus declara que o reino de Satanás é este mundo, da seguinte maneira: “Trouxeram-lhe um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via. E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi? Mas os farizeus ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios, senão por Belzebu, príncipe dos demônios. Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá o seu reino”? (Mt. 12:22-26).

Vamos localizar pela Bíblia, onde é o inferno, pois a Bíblia é a Palavra de Deus, de Gênesis a Apocalipse, e a Palavra de Deus é a verdade (Jo. 17:17; 8:32). A Bíblia revela que este mundo onde vivemos, é o abismo: “AINDA ELE NÃO TINHA FEITO A TERRA, NEM OS CAMPOS, NEM SEQUER O PRINCÍPIO DO PÓ DO MUNDO. QUANDO ELE PREPARAVA OS CÉUS, AÍ ESTAVA EU; QUANDO COMPASSAVA AO REDOR A FACE DO ABISMO” (Pv. 8:26-27). “LANÇOU OS FUNDAMENTOS DA TERRA, PARA QUE NÃO VACILE EM TEMPO ALGUM. TU A COBRES COM O ABISMO, COMO COM UM VESTIDO; AS ÁGUAS ESTAVAM SOBRE OS MONTES” (Sl. 104:5-6).

Paulo revela mais coisas sobre o abismo, dizendo: “Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo?)” (Rm. 10:7). Quando Cristo desceu do céu, mergulhou no abismo, isto é, a morada dos mortos. Este mundo é uma imensa sepultura esférica. O apóstolo João revela que a terra, isto é, o abismo, é a prisão de Satanás: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do poço do abismo, e uma enorme cadeia na mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou” (Ap. 20:1-3). Daqui concluímos que o diabo não é o rei deste mundo, nem do abismo, mas condenado ao abismo com os homens. A terra, isto é, o abismo, é habitado por demônios, que também estão presos como Satanás.

O profeta Isaías fez ainda outra revelação mais tenebrosa sobre o abismo, isto é, a terra onde vivemos: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançada por terra, tu que debilitava as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, das bandas dos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Is. 14:12-15).

São Pedro diz: “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo” (II Pd. 2:4). Sendo pois, a terra onde vivemos, o abismo, a morada dos mortos, a prisão de Satanás, o inferno onde estão também os anjos caídos, é também o lugar de condenação eterna para os perversos, os assassinos, os pederastas, os estupradores das pobres e inocentes crianças, os ladrões, e os crentes carnais e mundanos, etc. e etc., não é lugar para os santos.

O que me admira, é que os cristãos, que deveriam fugir deste mundo tenebroso e cheio de demônios, como faziam os primeiros crentes, são apegados ao abismo. Na carta aos hebreus lemos:“Muitos experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados. (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra” (Hb. 11:36-38). Houve outros que depois de ressuscitados, e não aceitando voltar a este abismo, foram torturados; pois escolheram morrer para alcançar a ressurreição eterna em Cristo (Hb. 11:35). Como dizíamos, os crentes, ao contrário da igreja primitiva, buscam com todo fervor as honras deste mundo, e suas riquezas, e sua glória. Chegam a exigir de Jeová as riquezas, pois Jeová é o deus do ouro e da prata (Ag. 2:8). E Jeová declara que dá riquezas (Pv. 10:22). Parece que os cristãos de hoje querem fazer concerto com o inferno, e fixar residência no abismo.

Outra coisa que nos admira é ler nos salmos: “Levanta-te, Jeová, julga a terra, porque te pertencem todas as nações” (Sl. 82:8). “De Jeová é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl. 24:1). Mas este mundo é habitado pelos anjos caídos, pelos demônios, por Satanás, e também pelos homens. Fantástico! É de admirar que Jeová tenha estabelecido o seu reino aqui na terra, isto é, no abismo, ou melhor, no inferno. No Sinai ele falou dizendo: “Vós me sereis reino sacerdotal” (Ex. 19:6). E Moisés declarou: “Jeová reinará eterna e perpetuamente, no santuário, no lugar que as tuas mãos prepararam” (Ex. 15:17-18). Jeová se mudou do céu para o inferno. E Jeová é que lança as pessoas e reinos no inferno (Ez. 31:15-18). E Jeová destrói e mata seu povo com furor do inferno (Dt. 32:22-25).

Mas há um escape em Jesus Cristo: “Dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl. 1:12-13).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(383) – PARECE QUE É, MAS NÃO É!

PARECE QUE É, MAS NÃO É!

1.  Na narrativa bíblica da criação, lemos o seguinte sobre a última coisa criada: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn. 1:26-27). A teologia milenar afirmava que esse primeiro homem criado foi Adão, que aparece em Gn. 2:7. O grande apóstolo Paulo, diz o seguinte sobre Adão: “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual” (I Co. 15:45-46). Se o primeiro Adão não era espiritual, não era imagem de Deus, pois Deus é espírito (Jo. 4:24). Para ser imagem de Deus, segundo as palavras de Paulo, tinha de ser espírito vivificante, mas Adão era alma vivente como os animais irracionais. O último Adão, isto é, Jesus Cristo, é espírito vivificante, como diz o texto acima, logo, só Jesus Cristo é imagem de Deus. Paulo diz também que o primeiro Adão era imagem do terreno, e Jesus, o último Adão, é imagem do celestial (I Co. 15:49).Se Adão era imagem de deus, era imagem de um deus terreno, portanto deus deste mundo. Paulo diz: “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos” (II Co. 4:4). Paulo declara também que Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível (Cl.1:15). E na carta aos Hebreus, lemos: “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa”. (Hb.1:3). A conclusão a que chegamos, é: PARECE QUE O PRIMEIRO ADÃO ERA, MAS NÃO ERA; E OS SEUS DESCENDENTES COM ELE (Rm.5:12).

2.  Em Gn. 2:8-9, lemos que Jeová deus plantou um jardim no Éden, e no centro do jardim a árvore da vida. E ordenou ao homem, dizendo: “De toda a árvore do jardim comerás livremente; Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn.2:16-17). Muito bem; obedecendo a ordem de Jeová, Adão comeria da árvore da vida, mas desobedecendo ficava privado dela, e morreria. Concluímos que a árvore da vida de Jeová era só para os justos e fiéis à sua palavra. Nenhum pecador desobediente pode jamais tomar do seu fruto, e comer(Gn. 3:22-23).

3.  Jesus declarou ser a verdadeira árvore da vida em Jo. 15:1, mas declarou também: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” (Mt. 9:13). O apóstolo Pedro diz: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (I Pd. 2:24). E Paulo disse: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio a mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (I Tm. 1:15). Paulo, sendo pecador e injusto, comeu da árvore da vida que é Jesus. A árvore da vida que o Pai plantou é para os perdidos, para os pecadores, para as prostitutas, para os homicidas, para os mentirosos, etc. Quem come desta árvore, isto é, quem crê em Jesus, é perdoado por Deus, o Pai, e não morre. A árvore da vida de Jeová não salva a ninguém, nem dá vida a ninguém, porque na Bíblia está escrito que não há nem um justo (Rm. 3:10). Logo, aquela árvore da vida parece que era, mas não era.

4.  O mundo, para Jeová, era e é muito importante, pois ele declara: “Trema perante ele, trema toda a terra; pois o mundo se firmará, para que se não abale” (I Cr. 16:30). “Dizei entre as nações: Jeová reina; o mundo também se firmará para que se não abale. Ele julgará os povos com retidão” (Sl. 96:10). Para Jeová, o mundo é tão importante e sublime, que declara: “De Jeová é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl. 24:1). O mundo é tão importante para o homem, que Jeová o fez formoso, e Salomão diz: “Tudo fez formosos em seu tempo; também pôs o mundo no coração deles, sem que o homem possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Ec. 3:11). A sabedoria de Jeová diz: “Eu estava com ele e era seu aluno; e era cada dia as suas delícias, folgando perante ele em todo o tempo; folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens” (Pv.8:30,31).  Parece que a sabedoria de Jeová se refere às filhas dos homens de Gn. 6:2, que diz: “Viram os filhos de deus que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”.Será este o tesouro oculto de Jeová? Diz Davi: “Dos homens, com a tua mão, Jeová, dos homens deste mundo, cuja porção está nesta vida, e cujo ventre enches do teu tesouro oculto; seus filhos estão fartos, e estes dão os seus sobejos às suas crianças” (Sl. 17:14). Para completar, Jeová diz: “Porque a sua vinha é a vinha de Sodoma e dos campos de Gomorra; as suas uvas são uvas de fel, cachos amargosos teem. O seu vinho é ardente veneno de dragões, e peçonha cruel de víboras. Não está isto encerrado comigo? selado nos meus tesouros?” (Dt. 32:32-34).

5.  Para liquidar com as pretensões deste mundo, Jesus diz: “O mundo me aborrece a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más” (Jo. 7:7). E Paulo diz: “Os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa” (I Co. 7:31). Este mundo é uma aparência? Então quando Jeová falou que o mundo se firmará para que não se abale, está dizendo que a aparência das coisas nunca será abalada? Para Jeová tudo é aparência? O mundo parece que é, mas não é. Para Tiago, a aparência deste mundo de Jeová, não o engana: “A religião pura e imaculada para com DEUS, O PAI, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, E GUARDAR-SE DA CORRUPÇÃO DO MUNDO” (Tg. 1:27). Para Paulo, este mundo sempre esteve condenado: “Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (I Co. 11:32). Para João, em relação ao que diz a sabedoria de Jeová: “Folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens” (Pv. 8:31), diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (I Jo. 2:15). E Tiago completa, dizendo: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg. 4:4).

6.  A carne é a mãe das aparências. Na carne estão as vaidades, na carne está a cobiça do poder e das riquezas. Na carne estão os prazeres sensuais. Na carne estão as concupiscências da imundícia (II Pd. 2:10). Na carne estão as paixões dos pecados, estimulados pela lei de Jeová (Rm. 7:5). Na carne estão: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedíces, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gl. 5:19-21). Pois Jeová mesmo declara que a carne é só aparência, quando diz a Adão: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó, e em pó te tornarás” (Gn. 3:19). Antes de ser formado em carne, Adão era pó. Depois de formado em carne continua sendo pó, apesar da aparência da carne; depois volta a ser pó. Adão era só uma aparência. Assim também todos os carnais, são todos apenas aparência, logo deixarão de ser.

Para deixar de ser aparência, o homem tem de nascer de novo pela fé em Cristo Jesus. Este mesmo declarou: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo. 3:5, 6).

Interessante, os nascidos só da carne parece que são, mas não são, porque são apenas pó. Mas os que são nascidos do Espírito, que ninguém vê, pois o espírito é invisível, parece que não são, mas estes são eternos com Jesus Cristo.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira