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(157) – O ESCRAVISMO

O ESCRAVISMO

 

Escravismo é o sistema de governo dos escravistas,  isto é, daqueles que defendem a escravidão e a escravização. Escravismo é o mesmo que escravagismo. Escravocracia refere-se ao poder e domínio dos escravocratas. Escravocrata é o escravo possuidor de escravos. É o escravo com poder sobre outros escravos. Todo sistema, político ou religioso, onde existe escravidão e escravização, é perverso e diabólico, pois ferem frontalmente os três direitos inalienáveis do homem: A VIDA,  a LIBERDADE, e a CONQUISTA DA FELICIDADE.

Jesus Cristo não é escravagista ou escravista. Na sua pregação dizia: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo. 8:32). Isto dizia ele aos judeus religiosos, os escribas e fariseus, que conheciam de cor o Velho Testamento. João, no seu Evangelho, diz: “A lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo. 1:17). Jesus e João se referiram à verdade como se não existisse verdade na lei e no Velho Testamento. Convém lembrar que a lei e o Velho Testamento fazem parte do Velho Concerto, e nada têm a ver com as profecias sobre Jesus.

O ministério de Jesus foi e é ministério de libertação, pois todos os homens são escravos de quatro maneiras diferentes:

  1. Os homens são escravos do pecado, pois não podem deixar de pecar. Lemos isso em Jo. 8:32-35e Rm. 6:17-18.
  2. Os homens são escravos de Satanás e das trevas, e por isso são oprimidos. Paulo explica essa escravidão com as seguintes palavras: “Noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef. 2:2-3). E Jesus veio para libertar do diabo e seus espíritos malignos (At. 26:18).
  3. Os homens são escravos da lei, isto é, não fazem o mal porque a lei proíbe, e não por bondade. Não é a virtude que os move, mas o temor e o medo. No caso dos Judeus, sendo escravos da lei, são escravos de Jeová que a promulgou. Assim também os muçulmanos, que por temor de Alá não fazem o mal; ou os budistas, etc. (Ez. 18:4).
  4. Os homens são escravos da carne, de seus apetites e desejos, de suas paixões e concupiscências, que os levam à morte espiritual. Paulo diz: “Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, obravam em nossos membros para darem fruto para a morte” (Rm. 7:5). “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito, mortificardes as obras da carne, vivereis” (Rm. 8:13). 

Pois bem. O Espírito de Cristo leva o cristão a crucificar a carne, e assim é completamente libertado dela (Gl. 5:24). Cristo nos liberta das maldições da lei, na cruz (Gl. 3:13; Rm. 6:14). Cristo liberta o homem de Satanás como lemos em  At. 26:18, e Cristo liberta o cristão de maneira total. Cristo é abolicionista, pois acaba com todo tipo de escravidão. O Espírito Santo que Jesus derramou sobre os discípulos em Atos II , é chamado por Paulo de Espírito de liberdade (II Co. 3:17).

No Velho Testamento, Jeová é escravagista. Levou a descendência de Abraão ao Egito para ser escrava, e anunciou a Abraão antecipadamente em Gn. 15:13-14. O plano era preparar Israel na política escravagista, para escravizar futuramente outros povos. Dando as leis da guerra por Moisés, Jeová declarou: “Quando te chegares a uma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz, e será que se te responder em paz, e te abrir, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá” (Dt. 20:10-11). “Se porém, ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás, e Jeová teu deus a dará na tua mão, e a passarás a fio de espada.” Este é o espírito escravagista de Jeová. Escravidão ou morte. Não é o espírito de Jesus Cristo e do Pai. Jeová apoiava a escravidão, pois na lei lemos que o escravo trabalhava para o israelita como escravo (Ex. 23:12). No livro de Levíticos está escrito que o israelita não pode ser escravo em Israel (Lv. 25:38-42). A respeito de outras raças, Jeová declara: “E quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das gentes que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas. Também os comprareis dos filhos dos forasteiros, que peregrinam entre vós, deles e de suas gerações que estiverem convosco, que tiverem gerado na vossa terra; e vos serão por possessão. E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir, mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreis deles com rigor” (Lv. 25:44-46).

Quando Israel entrou em Canaã, chefiados por Josué, os cananeus que habitaram no meio dos efraimitas eram tributários e escravizados, de acordo com os ensinamentos recebidos no Egito, e a gosto de Jeová (Js. 16:10). Os manassitas fizeram o mesmo com os cananeus (Js. 17:13). Zebulom também não expulsou os cananeus, fazendo-os escravos e tributários (Jz. 1:28-30). Aser e Naftali seguiram a política escravagista de Efraim, Manassés e Zebulom, conforme a vontade de Jeová (Jz. 1:31-33).. A tribo de Dã e de José agiram do mesmo modo com os amorreus (Jz. 1:34-36). A política Israelita era escravagista porque o seu deus também era, e ordenou na lei que agissem desse modo. Salomão, que recebeu de Jeová toda sabedoria e ciência, submeteu os heteus, os amorreus, os perizeus, os heveus e os jebuzeus, fazendo-os tributários e servos (II Cr. 8:7-8).

Quando o povo de Israel se virava para os ídolos, Jeová invertia a escravidão, entregando o seu povo na mão dos escravos tributários, que por vingança usava da maior crueldade (Jz. 2:13-15). Israel ficou escravo de Cusã-Rizataim, rei da Babilônia, por oito anos, a gosto de Jeová (Jz. 3:8). Depois Jeová os entregou a Eglom, rei dos moabitas por dezoito anos (Jz. 3:12-14). Jeová os entregou mais tarde a Jabim, rei de Canaã por vinte anos (Jz. 4:1-3). Foram sete cativeiros perfazendo 111 anos. A pergunta que fazemos a esse deus truculento, é que, se entregar o rebelde na mão dos criminosos, ele será curado? A experiência humana tem provado que o que conviveu com os perversos se corrompe. Jeová, sendo deus, não sabia disso? Quando um pai quer corromper sua filha, obriga-a a andar com prostitutas. Isto é o que fazia Jeová com Israel. Jesus Cristo fez o contrário, trazendo a graça sobre todos os que estavam predestinados a escravidão da corrupção (Rm. 8:19-23).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(156) – ANJO DE LUZ

                  ANJO DE LUZ

 

O apóstolo Paulo se refere a este personagem, dizendo:“Satanás se transforma em anjo de luz” (II Co. 11:14). Satanás é o acusador dos cristãos no céu  (Ap. 12:10).É o pai da mentira (Jó 8:44;  II Ts. 2:9). É o adversário dos santos (I Pd. 5:8). É quem arma ciladas para derrubar os cristãos (Ef. 6:11; II Tm. 2:26). São tantas as ocupações maléficas de satanás, que não sobra tempo nem espaço para se transformar em anjo de luz. Mas se Paulo, o maior apóstolo, afirmou, nós aceitamos e cremos.

Que é anjo de luz? É o portador da luz. Lúcifer é o portador da luz, e satanás é o príncipe das Trevas (At. 26:18; Ef.6:12). Quem é o portador da luz? É Jesus, que declarou: “Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça em trevas.” (Jo. 12:46). E Jesus é também a estrela da manhã, pelas palavras do apóstolo Pedro (II Pd. 1:19).  O próprio Senhor Jesus Cristo afirma que é  a resplandecente estrela da manhã  (Ap. 22:16).

O título de estrela da manhã foi dado a Nabucodonosor, rei da Babilônia pelo profeta Isaías (Is. 14:12). Os cristãos, a partir do terceiro século, convencionaram aplicar Is. 14:12 a satanás, e assim, Nabucodonosor é uma figura de satanás, mas isto é pura interpretação teológica baseada em Lc. 10:18 e Is. 14:12. Lucas narra que Jesus viu satanás cair do céu na terra, e em Is. 14:12 está escrito que a estrela da manhã caiu do céu.

Satanás transformando-se em anjo de luz, é satanás transformando-se em Jesus Cristo.  As obras de satanás são perversas e tenebrosas, mas como os cristãos querem riquezas, casas e carrões, ele vem distribuindo estas coisas.

Os que as recebem glorificam a Jesus , mas quem dá é o diabo. Jesus não pode dar essas coisas, pois a esses ordenou que não buscassem as riquezas deste mundo, e as outras que já as tinham, mandou dar aos pobres para poder entrar no céu (Mt. 6:19-24; Mt. 19:16-25). Se Jesus não dá essas coisas mas aparece outro Jesus que é especialista em aquinhoar os mundanos com tais obséquios, este tal só pode ser o diabo, e assim satanás se transforma em anjo de luz. Satanás ofereceu para Jesus poder, glória e riqueza, explorou sua fome e sua vaidade na hora da necessidade, pois estava no deserto em jejum por quarenta dias. Satã apareceu como anjo de luz para socorrê-lo. Se Jesus aceitasse teria de adorá-lo como Deus. O texto bíblico diz assim: “E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares , tudo será teu ” (Lc. 4:5-8).

O próprio Jesus advertiu os apóstolos de que seria precedido, na sua vinda, por falsos cristos.“Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em meu nome,  dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” (Mt. 24:4-5).  “ Se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito, porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt. 24:23-24).

O cristão sincero, mas que crê de forma errada, isto é, crê no falso cristo, está garantido em sua fé? Pode um cristão cheio do Espírito Santo crer de forma errada? Jesus explicou que no seu campo, isto é, na igreja, existe o joio e o trigo. O joio a que Jesus se refere é uma planta muito parecida com o trigo quando ainda nova, mas depois de crescida é complemente diferente, e é venenosa. Tanto o joio como o trigo são os cristãos. O cristão neófito ainda tem vícios, pois não atingiu maioridade espiritual, mas busca a perfeição com todas as suas forças, ao passo que o joio é o cristão sincero, mas que não crê na perfeição espiritual e assim se torna um veneno para a sã doutrina. Somente quando as duas plantas amadurecerem e se tornarem diferentes, é que podem ser separadas. Isso se dá na ceifa. O joio são os cristãos alimentados por satanás transfigurado em anjo de luz. O trigo são os cristãos que aborrecem este mundo, aborrecem a carne com suas paixões e concupiscência, como Paulo,  que crucificou a carne(Gl. 2:20), e crucificou o mundo com suas ilusões e fantasias (Gl. 6:14). E Paulo ensinava que o verdadeiro cristão segue seu exemplo. “Os que são de cristo crucificam a carne com suas paixões e concupiscências.” (Gl. 5:24) .

É possível ter toda a fé e se perder? Paulo disse: “Ainda que eu tivesse o dom de profecia , e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira nenhuma tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria” (I Co. 13:2). Tudo que trata dos nossos direitos nesse mundo, tudo que está ligado aos nossos interesses pessoais neste mundo, tudo deste mundo que enche nossos olhos, tudo o que satisfaz os desejos da carne, tudo o que é elevado entre os  homens, todas estas coisas procedem de satanás transfigurado em anjo de luz, e conduzem multidões de cristãos para o inferno. É por isso que Jesus disse: “Nem todo aquele que me diz: Senhor! Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor! Senhor! Não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então vos direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt. 7:21-23). Eram cristãos, trabalharam em nome de Jesus, mas para o anjo de luz .

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(155) – A CONFISSÃO

    A CONFISSÃO

           Que é confissão? Existem dois sentidos para a palavra “confissão”. O primeiro é a declaração dos próprios erros ou culpas. O segundo é a profissão de fé religiosa, ou declaração de fé. Um cristão confessa o catolicismo romano e outro cristão confessa o protestantismo. São duas confissões diferentes. Vamos ver isso praticamente. Nos evangelhos, chegando Jesus às partes de Cesaréia, interrogou os discípulos, dizendo: “Que dizem os homens ser o Filho do homem? Uns disseram: João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas. E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro então disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Esta foi a confissão de Pedro (Mt. 16:13-17).  Quando Jesus ressuscitou dos mortos, apareceu milagrosamente aos discípulos, que estavam numa sala de portas fechadas. Tomé não se achava presente com os discípulos, e estes lhe disseram depois:“Vimos o Senhor”. Mas Tomé respondeu: “Eu não creio. Se eu não ver o lugar dos cravos e não puser o dedo no lugar dos cravos e não meter a minha mão no seu lado traspassado, de maneira nenhuma crerei. Oito dias depois, os discípulos estavam reunidos, e Tomé com eles. Jesus apareceu novamente, e disse a Tomé: Tomé, põe o teu dedo nas minhas mãos; e chega a tua mão e põe no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. Tomé disse: Senhor meu e Deus meu.” Esta foi a confissão de Tomé (Jo. 20:10-28).

Saulo era o grande perseguidor dos cristãos, e tinha cartas com permissão para prender e matar. No caminho de Damasco, uma luz do céu o cegou, e caindo por terra, ouviu a vós de Jesus, dizendo: “Saulo, Saulo, porque me persegues? Saulo perguntou: Quem és? E Jesus disse: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Paulo, tremendo e atônito, disse: Senhor que queres que eu faça?” Esta foi a confissão de Paulo. De perseguidor atroz, passou a servo (At. 9:1-6).

Vejamos a confissão no Velho Testamento. Jeová se revelou a Israel no Egito através de Moisés, que foi o seu mediador. Chamou Moisés ao Monte Sinai e lhe deu mandamentos e estatutos. O próprio Jeová escreveu as tábuas da lei (Dt. 9:10-20). Quando Moisés desceu pela segunda vez, trazendo outras tábuas da lei, intermediou um concerto entre Jeová e o povo. Nesse concerto, Jeová leu as palavras da lei e os estatutos. Então o povo respondeu dizendo: “Todas as palavras que Jeová tem falado, faremos” (Ex. 24:1-3). Esta foi a confissão do povo. Então os mancebos mataram bezerros, e o sangue foi espargido pelo altar e sobre o povo (Ex. 24:4-8). Pois este povo que confessou a Jeová morreu no deserto por ter murmurado. Qual foi a murmuração?  Medo, pois os dez espias infamaram a terra (Nm. 14:1-3; 14:21-23). No Novo Testamento lemos que Jeová jurou que eles  jamais teriam descanso (Hb. 3:17-19). As pessoas que não ouviam a voz de Jeová passavam a ser odiadas por este deus, e se mais tarde se arrependessem, não eram aceitos jamais; e Jeová zombava da sua oração e do seu clamor (Pv. 1:23-28; Is. 65:12; Mq. 3:4). A indagação que fazemos é: Os que confessam a Jeová como deus e salvador estão garantidos se são inocentes e justos? — Vejamos: Jeová incitou a Davi para numerar o povo, e foi prontamente atendido, pois Davi era obediente. Irado com Davi, porque obedeceu, Jeová mandou um anjo que matou de peste setenta mil almas. Davi então repreende esse deus destruidor dizendo: “Quem pecou fui eu. Estas ovelhas são inocentes destrói a mim e a casa de meu pai” (II Sm. 24:1; 24:15-17). Em setenta mil inocentes que morreram, quantas viúvas ficaram sofrendo e quantos órfãos. Em outra ocasião, quando Davi adulterou com Bat-Seba, Jeová o perdoou, mas não perdoou a criança que acabara de nascer (II Sm. 12:14). O mais grave é que Urias, marido de Bat-Seba era justo e puro. Pois Jeová protegeu a adúltera e permitiu que o marido santo morresse (II Sm. 11:2-17).

Os crentes em Jeová não têm garantia nenhuma. Se der um acesso de ira, Jeová mata todo mundo. Quando Davi levou a arca de Jeová para Jerusalém, esta foi colocada num carro novo. Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe guiavam o carro. No caminho, junto à eira de Nacom, o carro pendeu e a arca escorregou. Para que esta não caísse, Uzá segurou com a mão, pois era zeloso. Então a ira de Jeová se acendeu contra ele, e ali morreu por imprudência. Ninguém está seguro, dos que confessam a Jeová (II Sm. 6:1-7). Os justos, no Velho Testamento, são somente os israelitas fiéis e observadores da lei de Jeová. Isso é o que ensina o Salmo primeiro. E Jeová garante a vida dos justos (Pv. 10:11, 16, 30). Jeová ama os justos (Sl. 146:8). Quando Jeová se enche de furor destruidor, mata os justos juntamente com os ímpios. E os justos são os que confessam a Jeová como deus e permanecem fiéis de acordo com a lei. Leiamos o que diz o profeta Ezequiel da parte de Jeová: “Filho do homem, dirige o teu rosto contra Jerusalém, e derrama as tuas palavras contra os santuários, e profetiza contra a terra de Israel, e dize a terra de Israel: Assim diz Jeová: Eis que sou contra ti, e tirarei a minha espada da bainha, e exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio. E, por isso que hei de exterminar do meio de ti o justo e o ímpio, a minha espada sairá da bainha contra toda a carne” (Ez. 21:2-4). Quando Jesus avisou dizendo: “Na vossa fuga diante do mal que virá, ai das grávidas e das que amamentam, pois haverá tal aflição qual nunca houve desde o princípio do mundo até agora”,  Jesus faz referência ao furor de Jeová contra o seu povo (Mt. 24:15-21).

Quando Jesus veio a este mundo, sua missão gloriosa foi revelar o Pai e o seu amor infinito. Os sacerdotes e os príncipes, os fariseus e os saduceus, enfim todo o povo juntamente com eles, confessavam a Jeová como único deus. Mas Jesus lhes disse: “Não me conheceis a mim nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis ao Pai” (Jo. 8:19). João Batista testificou o seguinte:“Deus nunca foi visto por ninguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer” (Jo. 1:18).

O conhecimento do Pai depende do conhecimento de Cristo. É impossível conhecer o Pai sem conhecer primeiro a Cristo, pois Jesus é a imagem expressa do Pai (Hb. 1:3). O que o Filho é, também é o Pai. Jesus declarou ser manso e humilde (Mt. 11:28).  Jeová é iracundo, e furioso e vingativo (Dt. 32:22-25; Na.1:2; Sl. 7:11). Jesus amou os seus discípulos até o fim (Jo. 13:1). A ira de Jeová caiu sobre o seu povo até o fim (I Ts. 2:16). Com estes e outros atos de fúria Jeová se deu a conhecer ao seu povo, sem ser através de Jesus (Ez. 20:5). “Por meio da peste, e do sangue, de saraiva de grandes pedras, fogo e enxofre, me farei conhecer aos olhos de muitas nações” (Ez. 38: 22-23). O Pai se deu a conhecer através do amor do Filho (Jo. 15:13; Rm. 8:31-34).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(154) – SALVOS DA IRA

SALVOS DA IRA

 

Jesus Cristo salva o homem da ira de deus ou do diabo? Do diabo não é, pois é sedutor (II Co. 11:14; Lc. 4:5-8). Vemos o exemplo de Adão e Eva (Gn. 3:1-6). Quem castiga com ira é Jeová (Gn. 3:22-24; Sl. 6:1; 38:1-2)“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar a ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu darei a recompensa, diz Jeová” (Rm. 12:19; Dt. 32:35). Ninguém se entrega ao diabo por medo, mas por prazer (II Tm. 2:25-26). Os que se entregam a Jeová, o fazem por medo, por isso está escrito: “O temor de Jeová é o princípio da sabedoria” (Pv. 1:7; 9:10; Sl. 111:10).

O método de Jeová atrair as pessoas é a ameaça. “Jeová é um deus que se ira todos os dias. Se o homem se não converter, Jeová afiará a sua espada; já tem armado o seu arco, e está aparelhado; e já para ele preparou armas mortais, e porá em ação as suas setas inflamadas” (Sl. 7:11-13).

Salvar do diabo é salvar do álcool, do fumo, das drogas, da prostituição, da mentira, da injustiça, da sodomia e do crime. Estas coisas são as obras das trevas (Ef. 5:3-8). Jesus enviou Paulo para: “Abrir os olhos, e das trevas os converter à luz, e do poder de Satanás a Deus” (At. 26:18).

 Jesus livra da ira e da condenação de Jeová os perdidos que o diabo iludiu e seduziu. Os que não aceitam a libertação de Jesus permanecem debaixo da ira de Jeová (Jo. 3:36). Jeová disse: “E com ira e com furor exercerei vingança sobre as nações que não ouvem” (Mq. 5:15). “O que estiver longe morrerá de peste, e o que estiver perto morrerá à espada, e o que ficar de resto e cercado morrerá de fome, e cumprirei o meu furor contra eles” (Ez. 6:12). Jeová guarda a ira, e o furor vai acumulando para uma cruel vingança (Na. 1:2).

A ira de Jeová continua no Novo Testamento: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas, a ira de Jeová sobre ele permanece” (Jo. 3:36). “Ninguém de maneira nenhuma vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de deus sobre os filhos desobedientes” (Ef. 5:6; Cl. 3:5; I Ts. 2:14-16). A ira de Jeová é eterna, e não dá lugar ao amor. João Batista declarou: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” (Mt. 3:7). Os maus entesouram ira para o dia da ira futura (Rm. 2:5). Jesus nos livra da ira futura (I Ts. 1:10). Fica provado que Jesus não livra da ira do diabo, e sim da ira de Jeová.

No Apocalipse lemos sobre a ira: “O tal beberá do vinho da ira de deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do cordeiro” (Ap. 14:10). Jeová vai pisar com os pés os condenados no lagar da sua ira (Ap. 14:19-20; Is. 63:3-4). No ardor da sua ira, Jeová vai derramar suas pragas, no fim deste mundo (Ap. 15:1; 16:19).

Cristo, na cruz, anulou as maldições da lei, que incluem as pragas da ira, as pestes, etc; mas Jeová vai anular o sacrifício expiatório de Cristo, e voltar com redobrada ira, furor, pestes, pragas, maldições. Se as maldições e pragas de Jeová são mais fortes que a obra de Cristo na cruz, deus não é amor, mas ira e ódio. Como então João afirma que Deus é amor? “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (I Jo. 4:7-8). O amor de Deus Pai não alcançou o Velho Testamento. Só havia ira, furor e vingança. Todos estavam mortos e condenados:“Quem crê em Jesus não é condenado; mas quem não crê já está condenado” (Jo. 3:18; Rm. 5:17).

No entanto a ira e o furor de Jeová alcançaram o Novo Testamento. Concluímos que deus não é amor, mas ira. E no fim de tudo, a ira vai triunfar sobre a obra do amor. “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos” (Ap. 11:18; 15:1).

Por que está escrito que Deus é amor? Porque Jesus veio salvar da ira de Jeová. “Logo muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm. 5:9). Concluímos que, se para os salvos por Jesus Cristo, Jeová é amor, e para os não salvos Jeová é ira e furor, deus não tem caridade e tem duas caras. Deus faz acepção. Para os do Velho Testamento reservou ira e vingança. Para os do Novo Testamento, só os salvos gozarão do seu amor; o resto que é quase a totalidade, está debaixo da ira. Deus não é amor; pois só ama a “panela”.

Nós ficamos com João, que declarou que Deus, o Pai, é amor. E porque é amor, amou o mundo, isto é, os pecadores, e enviou o seu Filho para salvá-los (Jo. 3:16-17)“Deus, o Pai, prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5:8). Deus ama o pecador, e não sente ira por ele, mas compaixão. “Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (I Jo. 4:10).

Jeová é o deus deste mundo, o deus da ira, do furor, da vingança e da destruição e morte (II Co. 4:4).

O Pai não é Deus deste mundo contaminado, podre, tenebroso e cruel, pois o seu reino não é aqui. Paulo sabia disso: “O Senhor Jesus me livrará de toda má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial” (II Tm. 4:18).

Pedro sabia disso: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós” (I Pd. 1:3-4). Jesus ensinou isso: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também” (Jo. 14:2-3). E esse reino maravilhoso de Deus, não é reino de ira, mas de amor. “Dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; o qual no tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl. 1:12-13).

Só é cristão e pertence a Cristo, quem crê no Evangelho, e abandonou a ira de Jeová, passando para os braços de Deus Pai, através de Jesus (Jo. 14:6). Quem continua crendo na ira pertence a Jeová e não foi liberto por Jesus, continuando também nas mãos de Satanás.

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(153) – A TRINDADE III

A TRINDADE III

 

A Trindade não aparece no Velho Testamento. Os mestres da teologia afirmam que a palavra NÓS de Gn.1:26 e 3:22 é a Trindade, mas isso é interpretação humana.

No estudo A Trindade nº 2 vimos que este mundo pertence a Satanás e é governado pelo mesmo(Lc. 4:5-8; I Jo. 5:19). Jesus afirma que este mundo é o reino de Satanás em Mt.12:22-28. O mistério que envolve Jeová e Satanás ainda não foi explicado, pois sendo o conselheiro de Jeová em Jó 1:6-12 e2:1-7 foi rejeitado por Jesus, como lemos em Lc. 4:1-13 e Jo. 14:30. Sendo Jeová o dono e o rei deste mundo, entregou tudo de mão beijada a Satanás, pois o mesmo declara isto a Jesus, quando disse:“Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares tudo será teu” (Lc. 4:6-7).

A Igreja cristã, tanto católica romana, como protestante, ensina, que a Trindade criou tudo e mantém o governo sobre tudo e todos. É paradoxal. A Trindade está no governo deste mundo? Como pode ser isso se Paulo afirma que toda a criação está sujeita a uma servidão corrupta que só acabará no fim deste sistema tenebroso? (Rm. 8:19-23). Onde há rebelião geral não há governo organizado, e Paulo revela que na cruz Jesus reconciliou com Deus todas as coisas, tanto as da terra como as do céu(Cl. 1:20). Quem governava a criação era o poder maligno que a sujeitou (Rm. 8:20-23). Todos os homens e mulheres, pela Bíblia, são dirigidos por esse poder tenebroso, maligno e corruptor (Ef. 2:2-3).As evidências de que a Trindade, isto é, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo não governam este mundo são claras e conclusivas. João declara que o governo deste mundo é de Satanás (I Jo. 5:19). Paulo diz que Cristo, ao salvar o homem, liberta-o das trevas e do poder de Satanás a Deus (At. 26:18). O próprio Senhor Jesus também tocou no assunto dizendo: “Vós sois de baixo, eu sou de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo. 8:23).  Se Jesus nada tinha a ver com este mundo, não o governava, e assim a Trindade não governava também, pois Jesus disse. “Tudo o que o Pai tem é meu” (Jo. 16:15). E Paulo, mais uma vez, nos informa o seguinte. Que Cristo vai assumir o poder e nesse período vai haver uma guerra, na qual os inimigos que governam serão sujeitados, e só então entregará o governo a Deus o Pai (I Co. 15:23-25). Sendo assim, Deus não está no governo deste mundo, e a Trindade não governa. Jesus só recebeu todo o poder após a ressurreição para realizar a grande obra da redenção dos céus e da terra (Mt. 28:18).

A Trindade só pode estar no governo da criação, e deste mundo, sob três aspectos diferentes.

1- Sobre toda a criação a Trindade não governa porque desde o princípio houve trevas, e caos, confusão e desordem, como lemos em Gn.1:2. Como vimos, Paulo deixou claro que há um poder maligno sobre toda a criação. E esse poder é tão grande, que Paulo afirma que os salvos gemem carregados de dores, tentações, provocações, perseguições e martírios (Rm. 8:19-23). Esse arqui inimigo do bem, da justiça, do amor, e da Trindade, é chamado na Bíblia de diabo ou Satanás, mas ninguém sabe quem é. Esse poder é tão perverso que o grande apóstolo dos gentios afirma que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus, isto é, custa caro sair do poderoso governo de Satã. Esse poder do engano é tão disfarçado, que os crentes preferem o caminho largo ao estreito, pensando que estão certos (Mt. 7:13-14; At. 14:22). Esse jugo é tão tenebroso, que a maioria quer entrar pela porta estreita, luta, insiste, mas não consegue. Jesus disse: “Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lc. 13:23-24).

2- A Trindade não está no governo da criação porque o mal aumenta e nunca diminui. O consolo dos cristãos é que a Trindade governa o povo de Deus, isto é, a Igreja. Analisemos essa grande esperança dos crentes. Paulo declarou que o povo de Deus está gemendo com a criação contaminada, isto é, ainda não está sob total governo do Pai, do Filho, e do Espírito Santo (Rm. 8:22-23). A esperança da Igreja está em Mt. 28:18-19, que diz: “É-me dado todo o poder no céu e na terra, portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.” Essa profecia de Jesus não se cumpriu, pois hoje, vivem sobre a terra mais se seis bilhões de pessoas, e somente um bilhão é de cristãos, sendo novecentos milhões de católicos e cem milhões de evangélicos. Jesus é a cabeça da Igreja (Cl. 1:18). Mas a Igreja está esmigalhada. Existem milhares de seitas diferentes e doutrinas diferentes. Não há unidade de doutrina. Este mundo pertence a Satanás (I Jo. 5:19). O mesmo João afirma que tudo o que há neste mundo não pertence a Deus, e quem busca essas coisas não pertence a Deus (I Jo. 2:15-17). Quais são as coisas deste mundo, que são a base dos que aqui vivem, mas não são do Pai?  Concupiscência da carne, isto é, desejos carnais, lacívia, luxúria, bens, fama, respeito, servos e servas, etc. Soberba da vida é julgar-se apto para conseguir e desfrutar dessas coisas. Pois bem, todas essas coisas estão hoje dentro da Igreja. É por isso que Satanás está sentado num trono dentro da Igreja.“Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás” (Ap. 2:13). Paulo afirma que a Igreja de Corinto era carnal, e por isso cheia de contendas, inveja e dissensões (I Co. 3:1-3).

Se a Trindade estivesse no governo da Igreja, esta não se tornaria carnal e mundana.

3- Só resta uma última opção. A Trindade só vai governar o mundo futuro. “Não foi aos anjos que Deus sujeitou o mundo futuro do qual falamos” (Hb. 2:4-5). Jesus ensinou dizendo: “Os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dos mortos” (Lc. 20:35).

O que podemos concluir, é que a Trindade tem governo sobre os santos, que voluntariamente se submetem a Jesus de forma total e absoluta. Vivem na esfera da graça do Filho, do amor do Pai, e da comunhão do Espírito Santo (II Co. 13:13). Não são mais deste mundo como Jesus não é (Jo. 17:14).Crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências (Gl. 5:24-25). Os que são governados pela Trindade são os que chegaram a unidade da fé, isto é, não andam fazendo guerra a irmãos de outras igrejas. Atingiram a estatura de varão perfeito, “a medida da estatura completa de Cristo, ao pleno conhecimento do Filho de Deus” (Ef. 4:13).

São estes que entram no mundo futuro, e que não vão levar para lá a soberba da salvação, nem a tirania do orgulho, nem a vaidade da teologia, pois o reino de Deus é justiça, paz, e alegria no Espírito Santo (Rm. 14:17).

O reino de Deus é o reino do amor. “Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl. 1:12-13). 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(152) – A TRINDADE – II

A TRINDADE – II

 

A Trindade é um grande mistério, pois sendo três pessoas com funções diferentes, são uma só em essência; “Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um” (I Jo. 5:7). Este texto é considerado espúrio, pois não se encontra no grego, mas considerando que as Escrituras foram produzidas pelo Espírito Santo, esse texto não estaria na Bíblia (II Pd. 1:21). De mais a mais, ficou fartamente provado no primeiro estudo a realidade da trindade (Mt. 28:19). Como dizíamos, são três funções diferentes, apesar de serem um. É a unidade e inseparabilidade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

  • – No Espírito Santo está a imensidade (At. 2:2-4). O maravilhoso é que, sendo o Pai a eternidade, o Filho tem a eternidade do Pai (Jo. 5:21, 26). E da mesma forma a vida está no Espírito Santo (Rm. 8:11). Assim também, a imensidade e a simplicidade são a substância dos três.
  • – No Pai está a caridade, pois o Pai é amor (I Jo. 4:7-8). No Filho está a liberalidade, pois através do Filho nos dá todas as coisas (Rm. 8:31-32). No Espírito Santo está a qualidade, pois do Pai não vem coisa ruim ou danosa (Tg. 1:17; Gl. 5:22). E de forma inexplicável, mas real, a caridade, a liberalidade, e a qualidade, estão presentes no Pai, no Filho, e no Espírito Santo; e o que é mais extraordinário, estas três coisas fazem parte do homem nascido de novo, isto é, nascido do Pai (I Jo. 4:7-8), nascido do Filho (Jo. 1:12-13), e nascido do Espírito Santo (Jo. 3:3-6). E é por isso que Jesus disse: “Para que todos sejam um, como tu, o Pai, o és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo. 17:21).
  • – O Pai se apropria da unidade (Ef. 4:6). O Filho se apropria da verdade (Jo. 14:6). O Espírito Santo se apropria da bondade, pois no Espírito está o amor (Rm. 5:5; 15:30). Assim que, a unidade se apropria do Pai, que é a origem de todas as coisas. A verdade se apropria do Filho, que procede do Pai como Verbo, e a bondade se apropria do Espírito Santo, que procede de ambos como amor, e dom. Ao Pai só convém enviar; o Filho é enviado pelo Pai; e envia o Espírito Santo; e o Espírito Santo é enviado pelo Pai e pelo Filho. Mas como o Filho subiu para o Pai após a ressurreição, deixando o Espírito Santo em seu lugar, o Espírito Santo também envia, pois no livro dos Atos dos apóstolos lemos: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Paulo para a obra a que os tenho chamado” (At. 13:2). “Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vós constitui bispos, para apascentardes a Igreja de Deus, que ele resgatou com o seu próprio sangue” (At. 20:28).

Vamos estudar pelas Escrituras a eternidade da Trindade. O Pai é eterno, pois Paulo disse: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível” (I Tm. 6:16). O Filho é coeterno com o Pai, pois Jesus declarou: “E agora glorifica-me tu, o Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo. 17:5). E o Espírito Santo também é eterno pois é o sopro de Deus. “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo. 20:22). Ora, o sopro de Jesus é o Espírito Santo, que procede do Pai, como falou Jesus: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito da verdade” (Jo. 14:16-17).

Vamos analisar se a trindade governa este mundo. Ao que parece, pelas Escrituras, a Trindade não governa este mundo pelos seguintes motivos:

O governo deste mundo está nas mãos de Satanás. “E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Darte-ei a ti todo este poder e a sua glória, PORQUE A MIM ME FOI ENTREGUE, E DOU-O A QUEM QUERO” (Lc. 4:5-6).  E Jesus não negou a declaração do diabo ao rejeitar a oferta. João declara que o governo deste mundo está nas mãos do maligno (I Jo. 5:19) (Bíblia de Jerusalém). Quando uma pessoa crê em Jesus Cristo, os olhos se abrem, sai das trevas e do poder de Satanás. Este foi o ministério que Paulo recebeu de Jesus, quando lhe disse: “Levanta-te e põe-te sobre os teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda; livrando-te deste povo, e dos gentios a quem agora te envio, para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres a luz, e do poder de Satanás a Deus; afim de que recebam a remissão dos pecados, e a sorte entre os santificados pela fé em mim” (At. 26:16-18). A Trindade vai passar a governar a pessoa libertada, por isso Jesus disse:“Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt. 28:19). Quando Jesus diz: “Todo o poder me foi dado no céu e na terra”, não está assumindo o governo deste mundo, mas esta declarando que pode libertar o homem do dono deste mundo (Mt. 28:18). As igrejas que pregam a prosperidade material, pedem bens materiais ao Pai e a Jesus, como se eles detivessem poder sobre as coisas deste mundo, e recebem do deus deste mundo, pois Jesus manda não buscar esses bens em Mt. 6:19-21. Como Jesus declarou peremptoriamente que não é deste mundo em Jo. 8:23, e também que os seus discípulos também não são deste mundo em Jo. 15:19 e 17:16, a única maneira de provarmos que somos de Jesus é não buscar as coisas deste mundo. Temos de vencer o mundo com a fé (I Jo. 5:4).

Há uma coisa enganando os cristãos. Se a Trindade não está no governo deste mundo; e se Jesus manda não buscar as riquezas materiais (Lc. 14:33), e se Paulo ao renunciar tudo, declarou que o que renunciava era esterco (Fl. 3:3-8), como explicar que Jeová se declarou deus deste mundo em Is. 43:12-13 ? Declarou que é o rei deste mundo (Sl. 47:2-8), e declarou que é o deus do ouro e da prata; e declara que é o deus da guerra, pois é o senhor dos exércitos. Se a Trindade não governa este mundo e Jeová governa, está sentado no trono de Satanás, ou Satanás está a sua direita.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

 

(151) – A TRINDADE – I

A TRINDADE – I

 

Que é trindade? É a união de três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo, em uma só divindade. As três são distintas, iguais, e, por conseqüência coeternos e cosubistanciais em uma só natureza individual. Cada uma dessas pessoas é Deus, e no entanto só há um Deus. O vocábulo não se encontra nas Escrituras, mas há textos que indicam sua existência. Jesus, ao ressuscitar, deu a seguinte ordem aos seus discípulos: “Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt. 28:19)“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (I Co. 12:4-6)“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós” (II Co. 13:3)“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef. 4:4-6)“E o seu mandamento é este: Que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento. E aquele que guarda os seus mandamentos nEle está, e Ele nele. E nisto conhecemos que está em nós; pelo Espírito que nos tem dado” (I Jo. 3:23-24).

Biblicamente, a existência da Trindade é uma realidade. Vamos analisar se a Trindade cristã governa este mundo, pois os cristãos crêem que este mundo foi criado pela Trindade, isto é, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e citam Gn. 1:26, que diz: “No princípio criou deus o céu e a Terra”. A palavra hebraica usada é Eloim, e esta palavra está no plural (deuses), logo é a Trindade. Eloim no singular é EL. Jeová, ou Javé, que vem a ser o mesmo nome, declarou que trabalha só. “Vede agora que eu, eu sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver, eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão” (Dt. 32:39). Quem decidiu e também destruiu a humanidade no dilúvio foi Jeová sozinho (Gn. 6:7). Jesus não estava com ele. Também estava só quando apareceu a Abraão como El Shaday — deus todo poderoso (Gn 17:1).

E só, sem a presença de Jesus, fez o pacto da circuncisão (Gn. 17:7-14). Apareceu a Moisés como anjo de Jeová (Ex. 3:2). Mas Jesus não é anjo. Jeová era servido por um anjo guerreiro (Js. 5:14-15). Pois este anjo de Jeová guiou o povo no deserto por quarenta anos, apareceu a Balaão como Satanás:“E a ira de Eloim acendeu-se porque se ia e o anjo de Jeová pôs-se-lhe no caminho por Satanás” (Nm. 22:22).Nas traduções a palavra Satanás, é traduzida por adversário, mas no original hebraico está escrito SATANÁS. No mesmo capítulo (Nm. 22:32), novamente o anjo de Jeová declara-se Satanás, e não Jesus Cristo.

Há outros textos do Velho Testamento que revelam que Jeová governava auxiliado pelos anjos.“Jeová tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei a Jeová, anjos seus, magníficos, em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo a voz das suas ordens” (Sl. 103:19-20). Existe um texto mais claro sobre a forma de governo de Jeová no Velho Testamento. Jeosafá era rei de Judá e Acabe rei de Israel. E Acabe convidou Jeosafá para guerrearem juntos contra o rei da Síria, para recuperar Ramote Gileade. Acabe era perverso, mas Jeosafá era bom rei, e aceitou o convite de Acabe, com a condição de primeiro consultar a Jeová. Feita a consulta, o profeta Micaías respondeu da parte de Jeová, dizendo: “Ouve, pois a palavra de Jeová: Vi Jeová assentado sobre o seu trono , e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda. E disse Jeová: Quem induzirá Acabe, a que suba, e caia em Ramote Gileade? E um dizia desta maneira e outro de outra” (I Rs. 22:19-20). Este texto deixa claro que Jeová consultava os anjos nas decisões, e assim não havia governo da Trindade, isto é, do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O pior é que, em resposta a pergunta de Jeová, saiu um espírito e disse: “eu irei e serei um espírito de mentira na boca dos profetas”. Jeová usa a mentira para governar (I Rs. 22:21-23). Ora, o Espírito Santo é a verdade, só fala a verdade (I Jo. 5:6; Jo. 16:13). A palavra de Deus, o Pai, é a verdade, e a verdade de Jeová é  a mentira, logo não são a mesma pessoa. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo. 17:17). E fica bem claro que Jesus não estava com Jeová no momento daquela mentira, pois declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6). Quando Jesus foi preso e levado diante de Pilatos, este lhe perguntou: “És tu o rei dos Judeus?” Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo” (Jo. 18:33, 36). Em outra ocasião Jesus disse aos fariseus: “Vós sois debaixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo. 8:23). Quem estuda a Bíblia pode concluir com precisão, que no Velho Testamento não havia governo e autoridade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas sim de Jeová e seus anjos guerreiros.

E depois de ressurreição de Jesus Cristo, começou o governo da Trindade? As guerras continuaram como no Velho Testamento. A corrupção de costumes aumentou, segundo a Bíblia. No livro do Apocalipse, lemos a respeito do fim dos tempos: “E levou-me em espírito ao deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição; e na sua testa estava escrito o nome: mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da Terra. E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de Jesus” (Ap. 17:3-6). A Babilônia é a igreja apóstata e corrompida. Se a igreja apostatou é porque não era governada pela Trindade. Por outro lado a igreja apóstata promoveu perseguição atroz contra os fiéis, e os matou cruelmente, logo não há o governo da Trindade neste mundo. No capítulo 13 do Apocalipse a besta fez guerra aos santos e os venceu, logo o governo deste mundo está nas mãos dos poderes tenebrosos (Ap. 13:1-8). O governo deste mundo está nas mãos da besta, isto é, o diabo. E, se a Trindade está governando, o poder da besta é mais forte, o que é absurdo. Pelo próprio livro de Apocalipse o governo deste mundo só passará para as mãos de Jesus, depois da última trombeta (Ap. 11:15). Só no mundo futuro haverá o governo da Trindade.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(150) – OS FILHOS DA IRA

OS FILHOS DA IRA

 

Na carta de Paulo aos Efésios lemos: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos de nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef. 2:2-3).

Nestes três versos Paulo fala seis coisas:

  1. Os judeus observadores da lei de Jeová estavam mortos em delitos e pecados, mas podem ser vivificados em Jesus Cristo (Ef. 2:1)
  2. Os mortos a quem Paulo se refere andam segundo o curso deste mundo (Ef. 2:2).
  3. Os judeus viviam segundo a vontade do príncipe das potestades do ar (Ef. 2:2).
  4. O espírito que opera nos filhos da desobediência, é o espírito do príncipe das potestades do ar, que não é o diabo, pois se fosse, Paulo falaria a palavra diabo, como em Ef. 4:27,  6:11 e II Tm. 2:26.
  5. A desobediência está ligada à vontade da carne, isto é, aos apetites; e à vontade dos pensamentos, isto é, a lascívia. Estas duas fontes de corrupção de costumes são controladas pelo príncipe das potestades do ar (Ef. 2:3).
  6. E Paulo termina afirmando que os judeus religiosos eram todos FILHOS DA IRA COMO OS OUTROS TAMBÉM (Ef. 2:3). Que outros senão os gentios?

As potestades do ar são uma casta de anjos rebeldes que dominam o planeta Terra corrompendo as almas para usá-las contra Jesus, o Senhor dos senhores. E eles têm uma cabeça: O PRÍNCIPE DAS POTESTADES DO AR. E Jesus formou a sua Igreja para combatê-los e amarrá-los. Sobre isso Paulo diz:“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século” (Ef. 6:11).

Para que venha à luz um filho da ira, três coisas são necessárias:

  1. Que o pai dos filhos da ira seja iracundo para gerar filhos à sua imagem e semelhança.
  2. Que o pai dos filhos da ira estabeleça leis que produzam ira em seus corações.
  3. É preciso encontrar dentro das Escrituras provas incontestáveis que revelem quem é esse príncipe tenebroso.

No primeiro caso citamos alguns textos bíblicos:  “Jeová é um deus que se ira todos os dias” (Sl.  7:11). A mesma palavra hebraica é usada para ira e cólera. Jeová é um deus colérico. Jeová está sempre irado contra quem não o conhece e nunca ouviu falar dele. “Derrama o teu furor contra as nações que não conhecem, e sobre os reinos que não invocam o teu nome” (Sl. 79:6). Jeremias falou isto (Jr. 10:25)“com ira e com furor exercerei vingança contra as nações que não ouvem” (Mq. 5:15). O furor de Jeová é o furor do inferno segundo as palavras de Moisés: “Porque um fogo se acendeu na minha ira, e arderá até o mais profundo do inferno” (Dt. 32:22). Jeová não deu o Messias  por amor, mas por ira (Sl. 2:1-5). Ao contrário do Pai que deu o seu Filho Jesus por amor (Jo. 3:16). Jeová disse: “Dei-te um rei na minha ira, e to tirei no meu furor” (Os. 13:11). Ora, um deus furioso e iracundo só pode gerar filhos iracundos.

Em segundo lugar, o pai dos filhos da ira criou normas irreversíveis para que seus filhos se tornem filhos da ira. Os filhos da ira têm duas características. São iracundos e odiosos, rebeldes e desobedientes e também são odiados e rejeitados pelo próprio pai que os formou como o oleiro forma o vaso de barro.

A lei foi dada por Jeová e é o seu pacto com Israel. “Estes são os mandamentos, e os estatutos e os juízos que mandou o Senhor vosso deus para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir” (Dt. 6:1). Pois as leis de Jeová produzem no homem a concupiscência, isto é, os desejos carnais. Isto está em  Rm. 7: 7-8. A lei de Jeová faz abundar o pecado, isto é, aumenta e multiplica o pecado (Rm. 5:20). E Paulo então nos adverte dizendo:  “O pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou” (Rm. 7:14). A lei de Jeová desperta no cristão as paixões pecaminosas da carne, cujo resultado é a morte (Rm. 7:5). E Jeová então mata e destrói os homens pela ira assassina de sua natureza, pois Jeová não muda (Ml. 3:6). E essa ira aumenta na proporção que os homens pecam. Como os cristãos crêem que é impossível não pecar, a ira, o furor e a cólera de Jeová não tem limites (Dt. 32:22-25). Quando Paulo diz que onde abundou o pecado superabundou a graça, está revelando que, aumentando o pecado, aumenta o furor de Jeová,  e por outro lado aumenta o amor e a misericórdia do Pai. E de uma mesma fonte não se bebe água doce e amarga (Rm. 5:20; Tg. 3:10-11). E o grande apóstolo dos gentios fecha com chave de ouro o assunto dizendo: “POR QUE A LEI OPERA A IRA” (Rm. 4:15). A lei foi dada com ira, por isso Ezequiel diz: “Lhes dei estatutos que não eram bons e juízos pelos quais não haviam de viver” (Ez. 20:25). Concluímos que os filhos da ira não são os filhos do diabo, mas os filhos de Jeová. Assim sendo, o príncipe das potestades do ar não é o diabo, mas o próprio Jeová, o deus da cólera assassina.

Para se conhecer os filhos da ira é fácil. Conversando com qualquer cristão que crê ser Jeová o Pai, esse cristão é todo gentileza e amor; mas se você negar que ele é o Pai, o amor do tal cristão desaparece e surge a ira assassina de Jeová, pois esse cristão vai espalhar que você é herege e filho do diabo; vai escrever cartas para todas as Igrejas ou pastores que conhece para que não recebam o herege; vão difamar, falar mal e aborrecer até a morte, o pobre cristão que não crê em Jeová.  João o apóstolo do amor declara que quem aborrece o seu irmão é assassino (Jo. 3:15). E este homicida arrisca-se a ir ao lugar que destinou ao herege, isto é, o inferno, pois quem não ama não conhece a Deus (I Jo. 4:7-8).

Para terminar resta-nos apenas provar pela Bíblia que é Jeová quem fabrica os filhos da ira, e estará terminada a nossa missão. Paulo disse: “O oleiro tem poder sobre o barro para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra. E que direis se deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para a glória já dantes preparou, os quais somos nós” (Rm. 9:21-24). A quem Paulo se referia? A Esaú e Jacó, figuras dos dois povos (Rm. 9:11-13). Paulo fez referência ao Velho Testamento e a predestinação de Jeová. Falando sobre o Pai de Jesus, Paulo diz: “Porque isto é agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham  ao conhecimento da verdade” (I Tm. 2:3-4). O deus que fabricou os vasos da ira e da perdição não quer que todos os homens se salvem, logo não é o Pai de Jesus. E Paulo ainda afirma o seguinte: “Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é
Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (I Tm. 4:10).

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(149) – O DEUS INVISÍVEL – II

O DEUS INVISÍVEL – 2

 

Como será Deus? Parecido com um anjo ou com um homem? É jovem ou um ancião de cabelos brancos e vestes talares? É preto ou branco? É alegre ou carrancudo? É Deus de paz ou de guerra? Como será a sua aparência? Ele se manifesta aos homens sentado num glorioso trono de ouro ou numa estrebaria coberto de panos velhos?  Paulo responde esta indagação: “Ora,  ao rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém” (I Tm. 1:15). Pelas palavras de Paulo, Deus não é alto ou baixo, velho ou moço, severo ou magnânimo, branco ou preto, homem ou mulher. DEUS É INVISÍVEL. E Paulo ainda diz mais: “Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; A QUEM NENHUM DOS HOMENS VIU NEM PODE VER JAMAIS; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém” (I Tm. 6:16). Nem Abraão viu (Gn. 17:1). Nem Moisés viu (Ex. 33:21-23). Nem Isaías viu (Is. 6:1-3). Nem Ezequiel viu (Ez. 8:2-4). DEUS É INVISÍVEL, POR ISSO NÃO PODE SER VISTO POR NINGUÉM, NEM ANJOS, NEM HOMENS, NEM PROFETAS.

Alguém vai perguntar: Em Ap. 22:4 está escrito que os salvos verão a face de Deus? O texto se refere a Jesus Cristo, e não ao Pai, É preciso ler os versos 2 e 3. Outro cristão vai citar At. 7:55. Este texto se refere à glória de Deus e não à sua forma.

O apóstolo João nos esclarece o assunto dizendo que Deus nunca foi visto por ninguém, e só pode ser conhecido através de Jesus (Jo. 1:18). Jesus mesmo, num diálogo com os fariseus, declarou: “Não me conheceis a mim, nem a meu Pai: se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai” (Jo. 8:19). Deus não pode ser visto ou conhecido a não ser através de Jesus. Qualquer anjo que aparecesse fazendo prodígios para enganar o povo de Israel seria falso, pois não foi Deus que desceu do céu para revelar o Filho aos homens, mas foi Jesus que desceu para revelar o Pai, seu amor e sua obra, por isso disse: “E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer” (Jo. 5:37). Como explicar que foi o Pai que enviou o Filho? Na carta aos Hebreus, lemos:“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb. 12:2). Isto quer dizer que o Filho é o autor do projeto, e o Pai concordou e o enviou.

Podemos agora entender as palavras do apóstolo Pedro, que declarou: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At. 4:12). Pedro está ensinando que Deus não salva ninguém. Não adianta invocar o nome de Deus, pois foi Cristo que morreu na cruz em lugar do pecador. Pedro mais uma vez esclarece o assunto:“Levando ele mesmo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas pisaduras fostes sarados” (I Pd. 2:24). E Paulo nos diz: “De forma que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome: para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na Terra, e debaixo da Terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fl. 2:5-11). Ninguém deve ajoelhar-se  diante de Deus, pois isto de nada lhe valerá, pois Jesus declarou: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6)“E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo. 14:13). Jesus é o caminho para o Pai (Jo. 14:6), Jesus é a porta para o Pai (Jo. 14:6, 9). É  soberba querer chegar ao Pai diretamente. João nos ensina: “Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho, tem também o Pai” (I Jo. 2:23). Se Deus fosse cabeça do homem, este poderia ir diretamente a Deus em oração, mas Deus é cabeça só de Jesus Cristo, e Jesus é cabeça de todo varão (I Co. 11:3).

Quando Jesus disse: “EU E O PAI SOMOS UM” (Jo. 10:30), Jesus está revelando que fora dele não há Deus. Quem vê a Cristo vê ao Pai. Quem ouve a Cristo, ouve o Pai; quem conhece a Cristo conhece o Pai. Deus, o Pai, está em Cristo, e não fora de Cristo. Quando Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6), Filipe, assustado com estas palavras, falou a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta” (Jo. 14:8). Jesus respondeu: “Estou a tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim, vê ao Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras, que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai, e o Pai está em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras” (Jo. 14:8-11). Deus, o Pai, não está no Velho Testamento, e nem no Novo Testamento; Deus está em Cristo. Conhecer a Cristo é conhecer o Pai. “Se vós me conhecêsseis a mim,  também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto”  (Jo. 14:7). Quem olha para Cristo vê o Pai (Jo. 14:9). Quem ama a Cristo, ama o Pai. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo. 14:23). Deus Pai é conhecido na graça de Cristo (II Co. 8:9). É conhecido no Espírito de Cristo (Rm. 8:9).

Deus é visível em Cristo, isto é, em Cristo, Deus deixou de ser invisível. “Dando graças ao Deus Pai que nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a redenção dos pecados; O QUAL É A IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL, E PRIMOGÊNITO DE TODA A CRIAÇÃO” (Cl. 1:12-15). Na carta aos hebreus lemos. “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor de sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu  poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se a dextra da majestade nas alturas” (Hb. 1:1-3).

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(148) – A IRA – II

A IRA 2

 

Ira é um sentimento que nasce de injúria recebida. As pessoas que ficam iradas sem terem sido ofendidas são iracundas e sofrem o fel da amargura. A pessoa iracunda ofende e maltrata pessoas queridas. Muitas esposas abandonam o marido por não suportar os maus tratos, e muitos filhos e filhas fogem de casa expondo-se ao mal por culpa da  iracúndia do pai. Existem também mulheres iracundas. No livro dos provérbios de Salomão lemos: “Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda” (Pv. 21:19). “Melhor é morar a um canto de umas águas furtadas, do que com a mulher rixosa em casa ampla” (Pv. 25:24). “O gotejar contínuo no dia de grande chuva, e a  mulher rixosa, uma e outra coisa são semelhantes” (Pv. 27:15). A ira não convém nem aos tolos. “A ira do louco se conhece no mesmo dia, mas o avisado encobre a afronta” (Pv. 12:16). A ira nutre a esperança de se vingar, logo anula o perdão. Tanto a ira como o ódio causam duplo dano. No  que está irado por que não consegue reter o fel do espírito ofendido, e na vítima da ira que é o objeto da vingança. A ira dificilmente é acompanhada da razão, pois a ira é uma paixão, e a paixão não obedece a razão, e sim o coração. Os animais brutos não têm razão, e contudo são susceptíveis de ira, logo não é acompanhada da razão. Também a embriagues, que priva da razão, produz ira num homem, que, quando está sóbrio é manso, logo a ira não é acompanhada da razão. Davi implorou a Jeová dizendo: “Jeová, não me repreendes na tua ira, nem me castigues no teu furor” (Sl. 38:1).

Por que Davi fez esse pedido? Porque a repreensão sem ira é menos violenta e o castigo sem furor é suportável. A ira exclue a piedade, por isso Jeová disse: “E fá-los-ei em pedaços, uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz Jeová; não perdoarei nem pouparei, e nem deles terei compaixão para que os não destrua” (Jr. 13:14)“Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, eu não os ouvirei”. A ira, mesmo depois da vingança não se satisfaz. O profeta Naum revela, que Jeová toma vingança contra os adversários, e guarda a ira (Na. 1:2). Se a ira não convém aos homens, muito menos a Jeová, que se proclama misericordioso (Dt. 7:9).

Os antigos classificaram três espécies de ira, a saber: O FEL, A MANIA, E O FUROR. Chama-se fel a ira, quando está encoberta no coração. A ira permanente, que se torna conhecida por declaração em palavras, chama-se mania. Por fim, o furor é a ira que se vinga com atos cruéis, depois das palavras. O fel pode desaparecer sem deixar vestígios, pois só existe no coração do irado. A mania pode também desaparecer, mas deixa vestígios, pois se revelou com palavras ofensivas. O furor é assassino e não tem retorno. Podemos dizer que as três iras são: A ira sem palavras, a ira seguida de palavras, e a ira seguida de palavras e atos cruéis. O evangelista Mateus nos dá a seguinte explicação: “Qualquer que sem motivo, se encolerizar contra o seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: RACA, será réu de Sinédrio; e qualquer que lhe disser: LOUCO, será réu do fogo do inferno” (Mt. 5:22). A ira, neste mundo, fere mais o iracundo, e também mata na eternidade. Salomão declara que os sábios desviam a ira (Pv. 29:8). Se um homem sábio consegue desviar a ira, porque Jeová alimenta a ira? A ira de Jeová jamais se apagará: “Porquanto me deixaram, e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem a ira, o meu furor se ascendeu e não se apagará” (II Rs. 22:17). É uma ira eterna. Jeová afirmou que criaria novos céus e nova terra, e que toda a carne viria adorar perante sua face, e os salvos veriam os corpos mortos dos que pecaram sendo devorados por bichos eternamente, isto é, matando e destruindo os perversos, sua ira não se apagou, pois mantém seus corpos pútridos numa lembrança eterna (Is. 66:22-24). E quem são estes corpos mortos?  São os que murmuraram no deserto por estarem com fome e sede. Jeová jurou vingança eterna, proibindo-os de entrar em Canaã.

Foi na sua ira que Jeová condenou à morte todos os homens em Adão (Rm. 5:12).

Foi na sua ira que Jeová destruiu a humanidade no dilúvio (Gn. 6:7).

Foi na sua ira que Jeová dividiu o reino de Israel em dois reinos, sabendo que o reino dividido não subsiste (Mt. 12:25).

Foi na ira que Jeová destruiu Israel (II Rs. 17:20-21).

Foi na  ira que espalhou os judeus por entre as nações por 2.600 anos.

Foi na ira e sem motivo algum que ordenou a Davi que enumerasse o povo e depois matou 70.000 inocentes (II Sm. 24:1; 24:15-17).

Foi na sua ira que destruía o povo que salvou (Jd. 5)

É a ira de Jeová que mata inocentes, pois matou o filho recém  nascido de Davi, e em todos os reinos matava criancinhas por causa do mal dos pais. Matou as crianças de Babilônia pelo pecado de seus reis (Is. 14:21). Foi a ira de Jeová que obrigou pela fome, a devorar os próprios filhos (Lm. 4:10). Um deus que não ama as criancinhas,  e mata para vingar o pecado dos pais, esse deus não é deus.

Deus, é o que está oculto em Jesus Cristo, cujas obras traçaram o seu perfil de amor e bondade; que salva todos, mesmo os piores e mais cruéis, que foram gerados pela ira de Jeová, que é o deus da guerra, das pestes e das pragas, da escravidão e do ódio.

Os que crêem em Jesus, são novamente criados em amor e piedade, e em mansidão e humildade, segundo a imagem de quem os criou, isto é, Jesus Cristo.

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(147) – A IRA – I

     A   IRA – 1

 

 

A ira é cólera, furor. O mais sábio dos homens discorre sobre a ira de maneira feliz :  “Porque o espremer do leite produz manteiga, e o espremer do nariz produz sangue, e o espremer da ira produz contenda” (Pv. 30:33). O que Salomão quer ensinar é que a ira jamais produzirá obediência, ou boa vontade, ou paz, ou amizade, ou comunhão, ou conciliação. A ira só produz contenda. E Salomão prossegue, dizendo: “Cruel é o furor, e impetuosa a ira” (Pv. 27:4). O ímpeto da ira leva uma pessoa a atitudes violentas e irracionais, que o expõem publicamente a desmoralização, e o obrigam a retratação e arrependimento. Qualquer cidadão de respeito, que preze a sua posição social, refreia a ira, por isso Salomão, o homem que recebeu a sabedoria de Jeová, disse: “O entendimento do homem retém a sua ira, e sua glória é passar sobre a transgressão” (Pv. 19:11). E Salomão acrescenta: “Os homens escarnecedores abrasam a cidade, mas os sábios desviam a ira” (Pv. 29:8).

Salomão dá um conselho aos jovens, para que ao  se tornarem adultos não façam fiasco. “Afasta, pois, a ira  do teu coração, e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade” (Ec. 11:10). Nesta declaração  Salomão revela que o mal anda com a ira, e quem se ira retém o mal da sua carne. O grande sábio nos faz uma  revelação fantástica. “ Não te apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos” (Ecl. 7:9).

Os filhos de Jacó, Simeão e Levi, se encheram de ira quando Siquém abusou se sua irmã Diná. Como Siquém estivesse apaixonado por Diná, seu pai, Amor, rei dos heveus e pai se Siquém, concordou em que todos os varões de sua cidade fossem circuncidados, isto é, haveria a união de dois povos e a paz. Depois da sangrenta cerimônia, ao terceiro dia, quando a dor era mais violenta, Simeão e Levi, filhos de Jacó e irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e mataram todo macho. Isso é o que a ira faz. E Jacó, velho, na cama, ao abençoar os filhos, declarou: “ Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura” (Gn. 49:7)

Se a ira é uma paixão violenta, incontrolável, que obstrui a razão e o bom senso nos homens, seria inaceitável que Deus, o supremo criador, que é descrito pelo apóstolo João como todo amor (I Jo. 4:7-8), fosse susceptível de ataques de ira e furor assassinos. Seria um absurdo e um contra senso, que Jeová, que se declara o Altíssimo e o misericordioso, seja susceptível desses ataques próprios de marginais ou terroristas. Mas infelizmente o quadro é aterrador. Jeová se ira todos os dias (Sl. 7:11). Jeová, irado diante da desobediência do seu povo, desfecha uma série de atentados divinos contra os seus filhos, achando que pelo terror vai torná-los fiéis, santos, amorosos e mansos. Vamos transcrever um momento da sua ira assassina: “Pelo que, como a  língua de fogo consome a estopa, e a palha se desfaz pela chama, assim será a sua raiz, como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó;  porquanto rejeitaram a lei de Jeová dos exércitos, e desprezaram a palavra do santo de Israel. Pelo que se ascendeu a ira de Jeová contra o seu povo, e estendeu a sua mão contra ele, e o feriu; e os seus cadáveres eram monturo no meio das ruas” (Is. 5: 24-25). Como a ira de Jeová, não cessa, mais a frente, Isaías continua falando: “Portanto Jeová suscitará contra ele os adversários de Rezin, e  instigará os seus inimigos. Pela frente virão os siros, e por detrás, os filisteus, e devorarão a Israel com a boca escancarada; e nem contudo isto , se apartou a sua ira, mas ainda está entendida a sua mão” (Is. 9:11-12). E o grande profeta continua a sua descrição macabra:“Pelo que Jeová não se regozijará com os seus mancebos, e não se compadecerá dos seus órfãos e das suas viúvas, porque todos eles são hipócritas e mafazejos, e toda a boca profere doidices. Com tudo isto se apartou a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão” (Is. 9:17). “Por causa da ira de Jeová dos exércitos a terra se escurecerá, e será o povo como pasto do fogo; e ninguém poupará seu irmão” (Is. 9:19).

A ira não dá a luz a instrução, mas a um furor sanguinário e estéril. O próprio Jeová advertiu a Israel dizendo: “O estrangeiro não oprimirás, nem afligirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito. A nenhuma viúva nem órfão afligirás. Se de alguma maneira os afligires, e eles clamarem a mim, eu certamente ouvirei o se clamor. E a minha ira se acenderá, e vos matarei a espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos” (Ex. 22:21-24).

A ira dá a luz um furor sanguinário e assassino. “Porque daqui a bem pouco se cumprirá a minha indignação, e a minha ira para os consumir” (Is. 10:25). “E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos de Jeová; porque Jeová ouviu-o, e a sua ira se ascendeu, e o fogo de Jeová ardeu entre eles, consumiu os que estavam na última parte do arraial” (Nm. 11:1). Quando Moisés subiu ao Monte Sinai para receber a lei e os estatutos de Jeová, embaixo o povo se corrompeu adorando o bezerro de ouro. Jeová então disse a Moisés: “Agora pois deixa- me, que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e eu farei de ti uma grande nação” (Ex. 32:10). Como a ira rebaixa o status de qualquer um, mesmo sendo Jeová; o deus de Israel, este teve de ceder ante os argumentos de Moisés, que disse: “ Torna-te da ira do teu furor, e arrepende-te deste mal contra o teu povo” (Ex. 32:12). “Então Jeová arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo” (Ex. 32:14). Até um deus quando é iracundo, e intenta fazer coisas absurdas, é chamado atenção por um homem. Que vergonha. E não foi só esta vez. Depois de  quarenta anos, na hora de entrar em Canaã, doze espiões israelitas foram enviados a sondar a terra. Dez se acovardaram, e o povo murmurou. Então Jeová disse: “Até quando me provocará este povo? E até quando me não crerão por todos os sinais que fiz no meio deles? Com pestilência os ferirei, e os rejeitarei; e farei de ti um povo maior e mais forte do que este” (Nm. 14:11-12). E o homem Moisés voltou a se opor aos planos de Jeová, que acabou cedendo, mas como a ira é assassina, matou de peste toda  aquela geração que libertou do Egito? Porque a ira tira, tanto dos homens, como também do deus  Jeová, toda a caridade, toda a piedade e toda a compaixão, sem deixar vestígios. “E fá-los-ei em pedaços uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz Jeová; não pouparei, nem deles terei compaixão para que os não destrua” (Jr. 13:14). “Pelo que também eu procederei com furor; o meu olho não poupará; nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, eu não os ouvirei” (Ez. 8:18). A ira endureceu deus…

 

Autoria Pastor Olavo S. Pereira

 

(146) – OS DOIS JUGOS

OS DOIS JUGOS

 

Existem, dentro do cristianismo, pelas Sagradas Escrituras, dois testamentos, dois concertos, duas leis e dois jugos. Um jugo no Velho Testamento e um jugo no Novo Testamento. Comecemos por esclarecer o que é jugo. Jugo é servidão ou escravidão. Todo jugo é pesado e opressivo. Jeová falou ao seu povo pela boca de Moisés, dizendo: “Eu sou Jeová vosso deus, que vos tirei da terra dos egípcios, para que não fosseis seus escravos, e quebrei os timões do vosso jugo, e vos fiz andar direito” (Lv. 26:13).

Como o povo de Israel se multiplicou muito na terra do Egito, após a morte de José levantou-se outro Faraó que não o conheceu, e para enfraquecer o povo, tomou providências enérgicas, a seguir: “E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades de tesouros, Pitom e Rameses” (Ex, 1:11). “Assim lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo” (Ex. 1:14). Foi nesse clima de dura escravidão que Jeová enviou Moisés com vara de ferro, até que  Faraó, vencido pelas incríveis pragas, os deixou sair livres para servir Jeová no decerto (Ex. 8:29; 9:1).

O povo saiu do Egito, atravessou o mar vermelho de forma espetacular e penetrou no deserto. Aquela multidão de aproximadamente dois milhões de pessoas, ouvindo as crianças chorarem de fome e sede, murmurou contra Moisés e Jeová, que ofendido mandou fogo de céu matando os que iam atrás(Nm. 11:1-6).  Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, chegaram ao deserto do Sinai, e Jeová chamou Moisés, que subiu ao monte (Ex. 19:1-3). Quarenta dias ficou Moisés no monte recebendo as tábuas da lei, e os estatutos de Jeová. No capítulo das maldições de Jeová, como prêmio da desobediência, lemos: “Servirás aos teus inimigos que Jeová enviará contra ti, com fome, e com sede, e com nudez, e com falta de tudo; e sobre o teu pescoço, porá um jugo de ferro até que  te tenha destruído” (Dt. 28:48). Vejamos o jugo da lei de Jeová se era mais pesado que o jugo do Egito, pois Jeová prometeu libertação e agora ameaça com jugo a transgressão do seu povo Israel.

 

  1. “Maldito o fruto do teu ventre” (Dt. 28:18). No jugo do Egito o fruto do ventre era abençoado, pois lemos: “Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam” (Ex. 1:12). O jugo de Jeová é pior que o do Egito, e maligno, pois atinge as inocentes crianças.
  2. “Jeová te fará pegar a pestilência, até que te consuma da terra a que passas a possuir” (Dt. 28:21). “Jeová te ferirá com as úlceras do Egito, com hemorróidas e com sarna, e com coceira, de que não possas curar-te” (Dt. 28:27). O jugo de Jeová é mais pesado e tenebroso que o do Egito ordenado por Faraó.
  3. “Os teus céus que estão sobre a  tua cabeça, serão de bronze; e a terra que está debaixo de ti, será de ferro. Jeová por chuva da tua terra te dará pó e poeira; dos céus descerão sobre ti até que pereças” (Dt. 28:23-24). Sob o jugo do Egito, o povo comia a fartar, pois clamou dizendo: “Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. mas agora a nossa alma se seca” (Nm. 11:5-6). Também, quanto a alimentação, o jugo de Jeová é pior que o de Faraó.
  4. “E apalparás ao meio dia, como o cego apalpa na escuridão, e não prosperarás nos teus caminhos; porém somente serás oprimido e roubado todos os dias e não haverá quem te salve” (Dt. 28:29). Lá no Egito havia trevas para os egípcios e não haverá para Israel (Ex. 10:21-23).
  5. No Egito foram mortos todos os primogênitos de homens e animais. Não havia casa onde não houvesse um morto, e o clamor e o pranto dos egípcios foi muito grande, mas nenhum dos Israelitas morreu. O executor da sentença foi o próprio Jeová. Os egípcios, porém, puderam sepultar os seus mortos. No jugo de Jeová; que se virou contra o seu povo, os filhos eram mortos pelas mães, para servirem de alimento. “E comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos, que te der Jeová teu deus, no cerco e no aperto com que os teus inimigos de apertarão” (Dt. 28:53). Sem dúvida, o jugo de Jeová é insuportável de pesado, que é. O jugo da lei de Jeová é tão monstruoso que o apóstolo Pedro disse: “Porque tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nós nem nossos pais pudemos suportar?” (At. 15:10). E quando Pedro fez esta declaração? Quando os cristãos judaizantes queriam obrigar os gentios a circuncidar e obedecer a lei de Jeová (At. 15:1-9).
  6. Para finalizar o projeto maldito de extermínio do seu próprio povo, Jeová transformou Jerusalém numa fornalha infernal (Is. 31:9). Depois mandou Israel para o cativeiro assírio, onde foram dizimados. “Pelo que Jeová rejeitou a toda a semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da sua presença” (II Rs. 17:20). Isso aconteceu por volta do ano 720 A.C.
  7. Cento e trinta anos depois, Jeová entregou o reino de Judá na mão de Nabucodonosor, seu servo, que levou o povo para a Babilônia, num cativeiro medonho, onde as mulheres eram violadas a força, os príncipes enforcados, os velhos não eram reverenciados, os mancebos moendo no moinho como bois, só havia pranto e não cânticos, a pele se enegreceu pelo sol. E o povo, órfão de deus, não tinham a quem clamar, pois Jeová ficou surdo (Lm. 5:10-14; Ez. 8:18). A promessa de liberdade feita por Moisés foi mentirosa.

 

Vejamos o que o Senhor Jesus Cristo fez, segundo nos revela o apóstolo Paulo. “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós: porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gl. 3:10). Todo o sofrimento que Israel padeceu nos cativeiros, Jesus padeceu para libertar o homem do jugo maldito de Jeová. Toda condenação, todo abandono, toda dor e angústia, Jesus sofreu e padeceu para destruir as maldições da lei de Jeová. Tanto judeus como gregos, partos e medos, elamitas e os que  habitam na Capadócia, ponto e Ásia, Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, Cirene, forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, todos estavam debaixo da graça e livres da maldição de Jeová. Cessou a violência do destruidor. Ë por isso que Jesus disse a todos: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei, tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim  que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt. 11:28-30; At. 2:9-10).

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(145) – DEUS SURDO

DEUS SURDO

 

Está escrito que Jeová ouve as orações (Sl. 65:2; Sl. 94:9). Davi era o amado de Jeová, pois isso é o que quer dizer o seu nome. Davi era reto e fiel segundo as palavras do próprio Jeová (I Rs. 11:38; 15:5). Davi, entretanto, cometeu o seu primeiro pecado pois cometeu adultério com Batseba, mulher de Urias, o Heteu (I Sm. 11:1-4). Para não ser desmascarado, pois a mulher engravidou, mandou matar o marido (II Sm. 11:14-17). Jeová odeia os pecadores (Sl. 11:5; 5:5; Am. 9:10), por isso arquitetou um plano contra Davi, o seu amado. O plano começava por matar o filho nascido do adultério com Batseba.“Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos de Jeová blasfemem, também o filho que te nasceu morrerá. E Jeová feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi, e adoeceu gravemente” (II Sm. 12:14-15). Davi desesperado, jejuou, prostrou-se sobre a terra em oração por sete dias, mas Jeová não ouviu a oração de Davi, e o menino morreu (II Sm. 12-20). Não dá para entender que Jeová seja justo juiz (Sl. 119:137; 145:17). E também, Jeová, na sua lei, escreveu que o filho não morre pelo pai (Dt. 24:16). Como dissemos, não dá para entender que Davi, o pai pecador, foi perdoado, e o filho inocente morreu como castigo em lugar de Davi: Convém lembrar que a cobrança de Jeová foi vingativa e maligna, pois incitou Amnom, primogênito de Davi, que movido por uma paixão anormal estuprou a irmã desonrando-a publicamente. Absalão, também filho de Davi matou a seu irmão por vingança. Joabe, capitão do exército de Davi, matou Absalão contra as ordens de Davi. Por último Jeová entregou dez mulheres de Davi a Absalão, que copulou com elas publicamente para desonrar o Pai. E tudo isto feito por Jeová, que declarou dizendo: “Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o Heteu, para que te seja por mulher. Assim diz Jeová: Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei as tuas mulheres perante os teus olhos,  e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas perante este sol. Porque tu fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante este sol” (II Sm. 12:10-12; 13:1-19; 13:23-29; 16:21-23). É obvio que o pobre Davi orava em todo tempo, enquanto Jeová, surdo às súplicas do seu amado servo, ia destruindo os inocentes e a casa de Davi (Sl. 6:6; 38:1-2). E lemos no Velho Testamento que Jeová é justo  (Sl. 119:137; 145:17). A ira, o ódio, e a vingança, tapavam os ouvidos do deus Jeová, o matador. Considerando que Davi era um pecador confesso, temos de aceitar as suas desgraças, pois Jeová não ouve a pecadores (Jo. 9:31; Sl. 66:18; Is. 1:15; 59:1-2; Sl. 32:5; 51:3-4).

Vamos falar de outro que nunca praticou o mal, esse foi Samuel. “E o mancebo Samuel ia crescendo, e fazia-se agradável, assim para com Jeová como também para com os homens” (I Sm. 2:26). O nome de Samuel significa OUVIR DE DEUS. E Samuel servia a Jeová no templo com um coração limpo, e sendo ainda menino Jeová o chamou pelo nome e lhe fez revelações terríveis (I Sm. 3:1-14). No fim do seu ministério, Samuel, já velho, reuniu o povo, e disse: “Testificai contra mim perante Jeová, a quem tomei o boi, a quem tomei o jumento, e a quem defraudei, a quem tenho oprimido, e de cuja mão tenho tomado presente, e vos restituirei. Então disseram: Em nada nos defraudaste, nem nos oprimiste, nem tomaste coisa alguma da mão de ninguém” (I Sm. 12:3-4). E Samuel era um homem de oração (I Sm. 12:23).

O povo de Israel pediu a Samuel um rei, e Jeová lhe disse: “Ouve a voz do povo, pois não te tem rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado para eu não reinar sobre eles (I Sm. 8:5-7). E o próprio Jeová escolheu o varão Saul para reinar sobre Israel. E falou a Samuel: “Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo Israel, e ele livrara o meu povo da mão dos filisteus. E quando Samuel viu a Saul, Jeová lhe disse: Eis aqui o homem” (I Sm. 9:16-17).

Saul tinha qualidades boas. Saul era bom, mais que todos (I Sm. 9:2) (Em algumas Bíblias lê-se que era belo, mas no original hebraico esta escrito BOM). Saul cuidava do pai e não queria vê-lo aflito (I Sm. 9:5). Saul ia encontrar-se com Samuel e queria levar algum presente, revelando com isso respeito (I Sm. 9:7).  Saul era humilde, pois quando Jeová, por sorteio, escolheu a tribo de Benjamim, e por sorteio a família de Matri, e dela tomou Saul filho de Cis, não o acharam, pois estava escondido (I Sm. 10:20-22).Saul não tinha espírito guerreiro pois era manso e tratava dos bois. Naás, rei amonita, afrontou a Israel, e prometeu arrancar o olho direito de todos os de Jabes-Gileade. Os anciãos puseram-se a chorar de desespero. Saul voltava do lambo, atrás dos bois, e contaram-lhe sobre a afronta de Naás. Como Saul era manso, o espírito de Jeová se apoderou de Saul, e encheu-se de grande ira, pois o espírito de Jeová é o espírito de ira (I Sm. 11:1-6).

Pois foi o próprio Jeová que mudou o coração de Saul (I Sm. 10:6). Saul deixou de ser manso, humilde, submisso ao pai, bom, obediente a Jeová e honrando o seu profeta. Saul começou a rebelar-se exacerbando suas funções. Ofereceu sacrifícios a Jeová, coisa que só Samuel podia fazer (I Sm. 13).Desobedeceu a ordem de Jeová (I Sm. 15). Encheu-se de ódio contra Davi (I Sm. 18:7-11). Quando Saul se achava cercado pelos filisteus, orou a Jeová, que não lhe respondeu (I Sm. 28:1-6). Se Saul fez o mal foi porque Jeová lhe mudou o coração, e depois vira o rosto? As maldades que Saul iria fazer, Jeová falou antes de acontecer (I Sm. 8:9-18).  Jeová então revela o seu plano de vingança contra Israel, por ter pedido um rei. Quando o rei que eu puser sobre vós vos oprimir, clamareis a mim, mas eu não ouvirei a vosso oração (I Sm. 8:18). Samuel pôs-se a orar por Samuel, pois sabia que Jeová poderia mudar seu coração para o primeiro estado, mas Jeová lhe disse: “Ate quando terás dó de Saul havendo-o eu rejeitado? (I Sm. 16:1).

O terceiro caso é o de Jeremias, profeta escolhido por Jeová desde o ventre (Jr. 1:4-10). “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta” (Jr. 1:5). O profeta Jeremias tinha intimidade com Jeová; que lhe disse: “Clama a mim e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que tu não sabes” (Jr. 33:3).  Jeremias profetizou durante o cativeiro babilônico por causa da apostasia de Judá. Até os profetas e sacerdotes se corromperam. Então Jeremias se põe a orar pelo seu povo, mas Jeová lhe diz: “Não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não ouvirei” (Jr. 7:16; 11:14). E disse mais: “Não ores por este povo para bem, pois vou consumi-los pela espada, pela fome e pela peste” (Jr. 14:11-12).  Jeová só aceitava oração para o mal. Mas disse a Jeremias que ouviria a oração (Jr. 33:3). Foi inútil a oração do santo Jeremias. Jeová disse: “Fa-los-ei em pedaços uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz Jeová; não perdoarei nem pouparei, nem terei deles compaixão para que os não destrua” (Jr. 13:14).

Uma coisa é certa. O Sl.65:2 não fala a verdade: “Ó tu que ouves as orações.” Não ouviu a de Jeremias, nem a de Samuel e nem a de Moisés (Jr. 15:1-2).

Os Judeus estão no muro das lamentações orando ao deus surdo. Jesus entretanto disse: “Tudo o que pedirdes em meu nome eu o farei para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo. 14:13-14). “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-á, porque aquele que pede, recebe, e o que busca acha, e ao que bate, abrir-se-lhe-á” (Mt. 7:7-8). Quem pede? O pecador.

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(144) – A ÁRVORE DA VIDA

A ÁRVORE DA VIDA

 

No Evangelho de João, o apóstolo do amor, lemos: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o lavrador” (Jo. 15:1). Esta árvore da vida, que é Jesus, foi enviada por Deus especialmente para os pecadores e perdidos, por isso o apóstolo Paulo disse: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (I Tm. 1:15). E o próprio Senhor Jesus Cristo declarou: “Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento” (Mt. 9:13). Jesus é árvore da vida para os que estão mortos e não para os que estão vivos. Um ladrão e salteador estava pendurado numa cruz ao lado de Jesus, e clamou dizendo: “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino.” Jesus, cheio de compaixão vinda do Pai, lhe respondeu pronto: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc. 23:42-43). Nós perguntamos a Jeová, o deus deste mundo: Por que Adão, depois do pecado foi proibido de comer da árvore da vida? (Rm. 5:12). Qualquer um pode concluir que aquela árvore da vida era para os justos e não para os pecadores, pois estava liberada para Adão e Eva antes da queda. Se a árvore da vida do Jardim do Éden de Jeová só podia ser comida pelos justos, não era Jesus, e nem era figura da verdadeira, pois Jesus veio para os pecadores mortos. “Estando nós ainda mortos nas nossas ofensas e pecados, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef. 2:5). “E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas” (Cl. 2:13). A árvore da vida de Jeová, colocada no Jardim do Éden, não salva ninguém, pois foi criada só para os justos. E se João fala que Jesus é a verdadeira, aquela era falsa (Jo. 15:1).

Adão é o pai de todos os pecadores: “Pelo que, como por um  homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). “Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também  todos serão vivificados por Cristo” (ICo. 15:21-22). Se todos morreram espiritualmente a partir do primeiro Adão, foi decretado o império da morte por Jeová, e esse império pertence a Satanás, como lemos na carta aos hebreus: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue dos pais, também Jesus participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos a servidão” (Hb. 2:14-15).

E Jeová fechou o caminho da árvore da vida para os pecadores. “Então disse Jeová deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente; Jeová deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do Jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminha da árvore da vida” (Gn. 3:22-24). Jeová se cercou de garantias para que jamais algum mortal arrependido achasse o caminho da árvore da vida, feita somente para os justos. Estava pois consolidada a morte eterna e o império da morte de Satanás (Hb. 2:14-15).

Quem tem olhos pode ver claramente que a encarnação do Verbo foi uma violenta intervenção no projeto de Jeová. Tão violenta foi a intervenção que Jesus disse: “AGORA É O JUÍZO DESTE MUNDO; AGORA SERÁ EXPULSO O PRÍNCIPE DESTE MUNDO” (Jo. 12:31). O inferno foi invadido pelo amor e pela graça do Pai. “Porque a graça de Deus se há manifestado trazendo salvação a todos os homens” (Tt. 2:11). E Jesus Cristo proclamou a chegada do reino de Deus, o Pai, com estas palavras: “Se eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o reino de Deus” (Mt. 12:28). O reino de Deus não estava no Velho Testamento porque nessa dispensação imperava o reino da morte, que era o império do diabo, estabelecido por Jeová, por isso o diabo disse a Jesus, na tentação, que os reinos deste mundo lhe foram entregues (Lc. 4:5-8). O diabo quis entregar a Jesus o império da morte. Que tentação grosseira e estúpida. Jesus é a vida e a ressurreição (Jo. 11:25-26). O evangelista Lucas nos revela no seu Evangelho: “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus” (Lc. 16:16). Não havia vida no Velho Testamento, por isso o reino de Deus não estava lá.

Paulo diz: “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou  por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só – JESUS CRISTO” (Rm. 5:17).

Que coisa gloriosa ver os homens saírem da morte para a vida. Disse Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” (Jo. 5:24-25)“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6).

Quem quiser voltar ao paraíso do Éden, criado por Jeová, não vai poder, pois a espada inflamada de Jeová não permite, e os querubins, anjos de Jeová, estão vigilantes para que ninguém ache o caminho da árvore da vida. Nenhum pecador pode comer daquela árvore, que foi criada para os justos. Além disso, o reino de deus não é na Terra. Nada temos a ver com o paraíso de Jeová. Paulo nos revela:“O Senhor guardar-me-á para o seu reino celestial” (II Tm. 4:18). O apóstolo Pedro também nos diz que nossa herança não está na Terra. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós” (I Pd. 1:3-4).

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(143) – O OUTRO EVANGELHO – I

        O OUTRO EVANGELHO – I

 

Vamos ver o evangelho que Jesus pregou aos discípulos:

1) “Não ajunteis  tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e  onde os ladrões minam e roubam, mas ajuntai tesouros no céu…”.(Mt. 6:19-20). E Paulo explica qual é o tesouro que se pode ajuntar no céu: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos dá todas as coisas para delas gozarmos. Que façam bem, ENRIQUEÇAM EM  BOAS OBRAS, REPARTAM DE BOA MENTE, E SEJAM COMUNICÁVEIS” (I Tm. 6:17-18). Um homem rico de bens materiais, querendo ser mais rico ainda, negou- se a repartir com o próximo a sua riqueza, e construiu celeiros maiores e recebeu  de Jesus Cristo a seguinte sentença: “LOUCO, HOJE TE PEDIRÃO A TUA ALMA, E O QUE TENS PARA QUEM SERÁ? ASSIM É AQUELE QUE PARA SI AJUNTA TESOUROS E NÃO É RICO PARA COM DEUS” (Lc. 12:13-21).

2) Um jovem muito rico, querendo salvar- se, veio Jesus e disse: “Bom mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna? Jesus lhe respondeu: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus, se queres porém entrar na vida, guarda os mandamentos. O jovem lhe respondeu: Quais? Jesus lhe disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, amarás o teu próximo como a ti mesmo. O jovem então, seguro de si, respondeu: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade. Que me falta ainda? Jesus lhe disse: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, e dá- o aos pobres, e terás um tesouro no céu, depois vem, e segue- me” (Mt. 19:16-21).

3) Jesus nos narra outro caso tenebroso. Um rico senhor, vestido de púrpura e linho, que passava os dias esplendida e regaladamente, esquecendo-se de um pobre mendigo que ficava à sua porta passando fome, teve um fim trágico, pois morreu e foi parar no inferno. No meio daquele tormento clamou a Deus, mas era tarde. Sua morada na eternidade foi decidida pela falta de caridade nesta vida(Lc. 16:19-25).

4) Jesus falou de maneira bem clara aos que querem segui-lo, dizendo: “Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo” (Lc. 14:33).

5) A outro, que lhe perguntou se são poucos os que se salvam, respondeu: “Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão” (Lc. 13:23-24). Com esta resposta Jesus quis ensinar que a porta larga é o cristianismo da prosperidade material, do conforto do ouro e da prata; dos carrões de luxo, da pele bronzeada na praia, não a queimada no campo da agricultura. São tantas as crianças pobres, e as donzelas cristãs não estão com olheiras, pelo cansaço do atendimento a essas pobres crianças, mas tendo as pálpebras e as sobrancelhas pintadas, e o corpo perfumado, estão todas preparadas para os deleites sensuais, em camas fofas e almofadadas. A luxúria brota no campo não semeado pela caridade (Mt. 7:13-15).

6) Aos discípulos disse Jesus: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perder-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achar-la-á” (Mt. 16:24-25). Em outro lugar Jesus falou : “Quem  não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim” (Mt. 10:38). Jesus ensinou que sem cruz não há cristianismo. O verdadeiro cristão é rejeitado como Jesus, e por fim crucificado. Paulo afirmou que cristão não deve apenas crer nele, mas padecer por ele (Fl. 1:29; I Tm. 2:11-12; Lc. 6:22-26).

7) Olhando ao redor de si, Jesus falou: “Bem aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus” (Lc. 6:20). Alguém poderá  objetar, dizendo:  E se um pobre for perverso ou ladrão. Será salvo mercê da sua pobreza? Os pobres que herdam o reino de Deus e a vida eterna são os pobres que se fizeram pobres, por amor dos pobres, tendo renunciado suas riquezas. Porém, os pobres que anseiam ser ricos, não são pobres, mas invejosos e piores que os ricos.

8) Jesus foi aborrecido por este mundo, e os seus discípulos, por não serem deste mundo como Jesus, serão aborrecidos também (Jo. 15:18-19).  Jesus disse: “Vós sois debaixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo. 8:23). Não ser deste mundo é não desfrutar das regalias deste mundo, de seus banquetes, de suas filosofias, de seus espetáculos e fantasias.

9) No fim dos tempos, os cristãos verdadeiros serão presos e atormentados e mortos, e serão odiados por todas as gentes (Mt. 24:9).

10) Disse também, o mestre: “Se alguém vier após mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos e irmãos e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc. 14:26).

Em última análise, ser cristão é navegar contra o vento. Os ventos favoráveis neste mundo, são do diabo, pois até a Jesus Cristo o capeta quis seduzir com riqueza, poder e glória (Lc. 4:1-13).  A vida cristã é comparada por Jesus ao homem que edifica a sua casa sobre a rocha; “e desceu a chuva e correram os rios, e assopraram os ventos e combateram  àquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. Aqueles, porém, que ouviram as palavras de Jesus e não as cumpriram em suas vidas, são comparados aos insensatos que edificaram sobre a areia; e desceu a chuva, e correram os rios, e assopraram ventos, e combateram àquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” ( Mt. 7:24-27). 

Edificar sobre a areia é construir casas de tijolo e cimento com torres; é ter jóias e reservas de ouro; é ter estabilidade neste mundo, é ter neste mundo um lugar de honra. Não renunciaram nada. Na epístola universal de São Tiago lemos: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” (Tg. 4:4).

Podemos fechar o assunto com duas conclusões:

1) Nos tempos apostólicos as pessoas se convertiam para ficarem pobres, serem perseguidos  e mortos, banidos das cidades, escorraçados.

2) No nosso tempo, passados estes dois mil anos, as pessoas  só se convertem se Deus lhes der: sucesso profissional, fartura, comodidade e riqueza. Um das duas conclusões produz filhos para Deus. Outra produz filhos deste mundo, e que vão desaparecer com o mundo (II Pd. 3:7). É o falso evangelho.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(142) – O MESSIAS – V

O MESSIAS –  V

 

         Sem a morte na cruz, Jesus teria vindo a este mundo inutilmente. O ponto alto da vida de Cristo foi, indubitavelmente, a morte na cruz. O próprio Senhor Jesus frisava esse ponto. “Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia” (Mt. 16:21; Lc. 18:31-33). Disse-lhes pois Jesus: “Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis quem eu sou, e que nada faço por mim mesmo” (Jo. 8:28). “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim” (Jo. 12:32).

Na missão, vida, ministério, e glória de Cristo, tudo dependeu da cruz. Sem a morte não haveria ressurreição pela morte na cruz. Se Jesus morresse naturalmente não haveria ressurreição, e sem a ressurreição não haveria justificação dos pecadores. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para a nossa justificação” (Rm. 4:25). Também não haveria salvação para ninguém: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados, e também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (I Co. 15:17-18).

Vejamos o que aconteceu de glorioso na vida de Jesus depois da ressurreição, e, se  aconteceu depois da ressurreição, antes não havia.

  1. Em primeiro lugar, se Jesus não ressuscitasse, não seria o Senhor do Universo, segundo as palavras do apóstolo Paulo: “Aniquilou-se a si mesmo, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”(Fl. 2:7-11).
  2. Se Jesus não ressuscitasse não seria o Messias, pois o apóstolo Pedro declara ao povo no dia do pentecostes: “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo (Messias)” (At. 2:36). Se Jesus já fosse o Messias (Ungido), Pedro teria dito: “Vós crucificastes o Messias”, mas disse: “Quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” Antes da ressurreição não era nem Senhor nem o Messias ungido.
  3. É óbvio também, que, sem a ressurreição Jesus não seria Salvador. “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para aqueles que lhe obedecem” (Hb. 5:5-9).
  4. O príncipe é o herdeiro do trono do rei, e Jesus só se tornou príncipe após a ressurreição, pois antes não o era. Pedro esclarece o assunto: “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro. Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados” (At. 5:30-31). É preciso notar que este mundo já tinha um príncipe (herdeiro), e este príncipe não era Jesus, pois este não havia morrido nem ressuscitado. Como Jeová era o dono deste mundo, e também o rei deste mundo, o príncipe herdeiro de Jeová era outro e não Jesus, pois Jesus declarou: “Já não falarei muito convosco; porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim” (Jo. 14:30; Sl. 24:1; 47:2, 7-8).
  5. Jesus só se tornou Filho de Deus Pai ressuscitando dentre os mortos, como disse Paulo: “Nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu, a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus; como também está escrito no Salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei” (At. 13:32-33). Se Jesus se tornou filho de Deus na ressurreição, quando Maria o deu a luz não era. Ao sair do ventre de Maria era o Filho do homem, que tinha de morrer.
  6. Após a ressurreição Jesus apareceu aos discípulos e disse: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt. 28:18). Jesus não tinha todo o poder antes.
  7. “Jesus Cristo ressuscitou e está assentado a destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências” (I Pd. 3:21-22). É evidente por este texto, que os anjos não se submetiam a Jesus, mas eram todos submissos a Jeová (Sl. 103:19-20). 
  8. Sem a cruz Jesus não seria o Juiz dos vivos e dos mortos (At. 10:40-42). Jesus não era Juiz antes da ressurreição (Rm. 14:9-10). Se Jesus não tinha nenhum atributo antes da ressurreição, e só os teve após a ressurreição, Jesus e Jeová não são a mesma pessoa, pois Jeová os possuía. Jeová era o Senhor (Gn. 15:2, 8; Is. 43:11).

Jeová era salvador (Is. 43:11).

Jeová tinha todo poder (Gn. 17:1).

Jeová era juiz (Gn. 18:24-25; Sl. 94:1-2).

A  restauração do reino de Israel seria obra do Messias de Jeová. O profeta Jeremias marcou o tempo dessa restauração gloriosa. O reino do norte foi levado para a Assíria no ano 722 a.C. Este reino do norte abrangia dez tribos (I Rs. 11:31-32). Sobrou o reino do sul, isto é, Judá, que foi levado para a Babilônia por Nebuzaradan, chefe o exército de Nabucodonozor, rei da Babilônia, no ano 582 a.C.  Jeremias profetizou a restauração para setenta anos mais tarde. Jer. 29: 10. O messias libertador deveria surgir no ano 512 a.C., mas não apareceu, e o reino não foi restaurado. O profeta Daniel leu a profecia de Jeremias e a confirmou (Dn. 9:1-2).

Daniel entretanto fez uma outra profecia, marcando por 490 anos o tempo do surgimento do Messias(Dn. 9:24-25). Quem deu a ordem foi Ciro, rei da Pérsia, no ano 457 a.C. – Quatrocentos e noventa anos se cumpriram na crucificação de Cristo, isto é, no ano 33 d.C.

Pilatos interrogou Jesus dizendo: És tu o rei dos judeus? A resposta de Cristo foi: “Meu reino não é deste mundo”(Jo. 18:33-36). E Jesus não assumiu o reino de Israel, subindo aos céus (At. 1: 8-11). O fato é que se passaram dois mil anos, e a profecia de Daniel não se cumpriu. Jesus Cristo vai voltar para levar com ele a sua Igreja. É o arrebatamento. Mas jamais Jesus vai assumir este mundo como messias de Jeová, pois seu reino não é aqui (II Tm. 4:12; I Pd. 1:3-4; Jo. 14:1-4). Os cristãos autênticos são peregrinos e forasteiros neste mundo (Hb. 11:13-16).

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(141) – DEUS NÃO OUVE A PECADORES?

DEUS NÃO OUVE A PECADORES?

 

         Deus ouve as orações de todos os homens ou apenas de alguns? Se a Bíblia declara que são todos iguais, Deus deveria ouvir as orações de todos ou de nenhum. Vejamos: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3:23)“Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: Não há justo, nenhum sequer” (Rm. 3:10).

Mas em contrário, um homem que fora curado por Jesus de cegueira congênita, disse: “Nós sabemos que deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a deus, e faz a sua vontade, a esse ouve” (Jo. 9:31). Segundo esta declaração, a oração é ouvida por merecimento. Seria mais ou menos como um rei que só recebe em audiência altas personalidades. O povão e os párias são barrados pelos guardas. Só os graduados têm acesso a Deus? Analisemos algumas declarações proféticas do deus do Velho Testamento; “Quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is. 1:15). E continuando, o profeta Isaías diz: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, praticai o que é reto, ajudai o oprimido, fazei justiça ao órfão, tratai da causa das viúvas; vinde então e argüi-me, diz Jeová” (Is. 1:16-18). Por  este texto de Isaías, só os justos têm acesso a Jeová, o deus do velho concerto. Davi afirmou isso, dizendo: “Se eu atender a iniqüidade no meu coração, Jeová não me ouvirá” (Sl. 66:18). E Davi, o amado de Jeová, quando cometeu um abominável adultério, (pois enquanto o seu amigo Urias, o heteu, um dos trinta e sete valente seus, estava ocupado com as coisas do reino, seduziu Bate Seba, sua esposa) não foi ouvido por Jeová (II Sm. 12:9-19), Jeová declarou o seguinte pela boca de Salomão: “Convertei-vos pela minha repreensão, eis que abundantemente derramarei sobre vós o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e não houve quem desse atenção; antes rejeitastes todo o meu conselho, e não quisestes a minha repreensão, também eu me rirei da vossa perdição, e zombarei, vindo o vosso temor. Vindo como assolação o vosso temor, e vindo a vossa perdição como tormenta, sobrevindo-vos aperto e angústia, ENTÃO A MIM CLAMARÃO, MAS EU NÃO RESPONDEREI; DE MADRUGADA ME BUSCARÃO, E NÃO ME ACHARÃO” (Pv. 1:23-28). O Rei Saul caiu em desgraça por desobediência a Jeová, e não foi ouvido na hora da necessidade. “E vendo Saul o arraial dos filisteus, temeu, e estremeceu muito o seu coração. E perguntou Saul a Jeová, porém Jeová não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (I Sm. 28:5-6). Depois de quatrocentos e cinqüenta anos, a partir do rei Saul, no ano seiscentos antes de Jesus Cristo, o reino dos judeus estava corrompido, e Jeremias  era um dos profetas. Leiamos o que Jeová declarou pela sua boca: “Tu pois não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não ouvirei” (Jr. 7:16). Mas Jeremias era homem de oração, e perseverava dia e noite intercedendo pelo seu povo. Então Jeová lhe diz: “Uma conjuração se achou entre os homens de Judá, entre os habitantes de Jerusalém. Tornaram as maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas palavras, e eles andaram após deuses estranhos para os servir; a casa de Israel e a casa de Judá quebrantaram o meu concerto, que tinha feito com seus pais. Portanto assim diz Jeová; eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar, E CLAMARÃO A MIM E EU NÃO OS OUVIREI” (Jr. 11:9-11). Então Jeová repreende Jeremias pela segunda vez, dizendo: “tu, pois, não ores por este povo, nem levantes clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a mim, por causa do seu mal” (Jr. 11:14).

O estranho na justiça de Jeová, é que o bem é reversível, mas o mal é irreversível. “Se ela fizer o mal diante dos meus olhos, não dando ouvidos a minha voz, ENTÃO EU ME ARREPENDEREI DO BEM QUE TINHA DITO LHES FARIA. Fala agora aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, dizendo:  Assim diz Jeová: Eis que estou forjando mal contra vós, e projeto um plano contra vós (Jr. 18:10-11). Quando Jeová prescreve as maldições da lei, afirmou que as mandaria até destruir totalmente os transgressores (Dt. 28:20-28, 45, 48, 61, 63). No verso 63 (sessenta e três) Jeová confessa que se deleita em destruir. Como a oração dos ímpios e transgressores é abominação para Jeová, ele proíbe o justo de interceder pelos maus (Jr. 14:11). O furor de Jeová só se aplaca despedaçando uns contra os outros; os pais com os filhos (Jr. 13:14).

A oração dos pecadores maus é abominação diante de Jeová (Pv. 28:9).

Jesus desceu do Céu à Terra para revelar aos homens a verdadeira natureza de Deus. Quando Jesus diz: “EU E O PAI SOMOS UM” (Jo. 10:30), Jesus está revelando que Deus, o Pai, se descesse à Terra faria as obras que Jesus fez, e falaria o que Jesus falou (Jo. 12:49-50; 14:10-11).“Lhes dei as palavras que tu me deste” (Jo. 17:8). “Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?(Jo. 10:32). Jesus comia com publicanos e pecadores (Lc. 7:34). E afirmou que os publicanos e as meretrizes entrarão no reino dos céus antes dos religiosos do seu tempo (Mt. 21:31). É fantástico que, aqueles que Jeová odeia e destrói, são os que Jesus veio salvar. “Porque eu não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento” (Mt. 9:13).

Jeová ordenou matar a todos os cananeus (Js. 11:20). E Jesus ouviu a oração de uma mulher cananéia, para libertar sua filha que estava endemoninhada. Os cananeus eram malditos de Jeová, mas Jesus, por compaixão, libertou-a (Mt. 15:21-28). Jesus entrou na casa de um fariseu, de nome Simão para comer. Estavam todos à mesa quando uma mulher entrou, e com lágrimas regava os pés do Senhor, e enxugava com os cabelos; e beijando-lhes os pés ungia-os com um precioso ungüento. Simão pensou: Se este fosse profeta, saberia que esta mulher é uma prostituta. Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhe: “Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, beija-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou” (Lc. 7:36-48). Jesus atende os perdidos, e o Pai também, pois Jesus fez e faz as obras do Pai (Jo. 14:10-11). Jesus e o Pai ouvem a quem Jeová não ouvia. Temos no Novo Testamento um caso mais exuberante na parábola do fariseu e do publicano. Os dois entraram no templo para orar. O fariseu em pé, orava consigo mesmo silenciosamente, dizendo: “Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes por semana, e dou os dízimos de tudo o que possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, não ousava levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador.” O publicano pecador e humilde saiu do templo justificado, mas o soberbo fariseu não saiu justificado. Jeová não ouviria a do pecador, pois se sente ofendido por essa oração (Pv. 28:9; 15:8). E há quem diga que Jesus não quis desmascarar Jeová.

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(140) – O DEUS INVISÍVEL

O DEUS INVISÍVEL

 

Deus, Pai do Senhor Jesus Cristo, é invisível. O apóstolo Paulo no-lo afirma: “Ora, ao rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém” (I Tm. 1:17).

Visível é aquilo que pode ser visto, mesmo sem corpo físico, como num sonho ou visão. Se Deus se revela numa teofania, deixa de ser invisível, pois invisível é aquilo que jamais pode ser visto. Um átomo não é visível a olho nu, mas pode ser visto com o auxílio de um microscópio.

Deus, porém, é invisível, isto é, não pode ser visto por ninguém, nem pelos anjos. É por isso que o evangelista Mateus diz: “Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar”. Mat. 11:27. No Velho Testamento deus se tornou visível sem ser através de Jesus, colocando em cheque a declaração do Filho em Mt. 11:27; pois apareceu fisicamente a Abraão em Gn. 17:1, e depois declarou que apareceu a Abrão, a Isaque e a Jacó em Ex. 6:3. Quem vê uma coisa conhece em parte, pois não conhece a essência, e Jeová disse: “Eu apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como o deus todo poderoso, mas não lhes fui perfeitamente conhecido” (Ex. 6:3).

Eu vi uma árvore e alguém me disse: É uma videira. Como não era tempo dos frutos, ela estava seca, e sem folhas. Eu, pela vista conheci a forma da árvore, mas não as folhas e os frutos. Foi assim que Abraão conheceu Jeová. Mas Jeová apareceu para Adão, no Jardim do Édem, e Adão se escondeu, logo aquele deus era visível (Gn. 3:8). Apareceu a Enoque (Gn.5:22-24). Jacó lutou corpo a corpo com um anjo, para receber a bênção de Jeová. Isso está  em Gn 32:22-30. No verso 30 Jacó declara que foi deus que lutou com ele, pois disse: tenho visto a deus face a face. O detalhe deste deus, é que temia a luz, e implorou a Jacó dizendo: “Deixa-me ir, porque já a alva subiu” (Gn. 32:26).

Sobre esta luta de Jacó com o anjo que é também deus, o profeta Oséias revela que Jeová era o anjo vencido por Jacó (Os. 12:4-5). Só de uma feita Jeová apareceu para setenta e quatro pessoas. “E  subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiu, e setenta dos anciãos de Israel. E viram o deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como uma pedra safira, e como o parecer do céu na sua claridade (Ex. 24:9-10). Se viram os pés, é porque tinha forma corporal, logo Jeová nunca foi invisível. Uma certa ocasião Moisés fez um pedido a Jeová: “Rogo-te que me mostres a tua Glória. Jeová lhe respondeu, dizendo: ”Não poderás ver a minha face, porquanto homem algum verá a minha face e viverá: Eis aqui um lugar junto a mim: ali te porás sobre a penha. Quando a minha Glória passar, te porei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, e havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas, mas a minha face não verás (Ex. 33:18-23). Um deus invisível não tem costas, nem mãos, nem rosto. Leiamos o que Jeová declarou sobre o seu servo Moisés: “Ouve agora as minhas palavras: Se entre vós houver profeta, eu, Jeová, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, e de vista, e não por figuras, pois ele vê a semelhança de Jeová. (Nm. 12:6- 8).

Jeová continuou aparecendo para muitos. Isaías viu Jeová assentado sobre um sublime trono, e os Serafins com seis asas sobre o trono (Is. 6:1-2). O Deus invisível não poderia ser visto sentado e Ezequiel viu os lombos de Jeová (Ez. 8:2).

A respeito do Deus verdadeiro, o apóstolo Paulo nos revela o seguinte: “Aquele que tem, Ele só a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum homem viu nem pode ver jamais” (I Tm. 6:16).Paulo não está dizendo que a criatura está proibida de ver o criador, e também que o homem, não pode ver a face de Deus e viver. Paulo está explicando que o invisível jamais pode ser contemplado ou visto. Deus, o Pai, é Espírito, e um Espírito não tem forma visível, pois é invisível.

Alguém dirá: Então jamais veremos a Deus, o nosso Pai é também Pai do Senhor Jesus? O Apóstolo João responde a essa pergunta. “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que esta no seio do Pai, esse o fez conhecer” (Jo. 1:18). O Apóstolo do amor está revelando duas coisas:

A)    Todos os que viram a Jeová do Velho Testamento, nunca viram o Deus e Pai de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

B)     B) Não é possível ver o Pai fora de Jesus. Quem vê Jesus vê o Pai. Esta foi a resposta de Jesus a Filipe (Jo. 14:8-9). Jesus tentou de todas as maneiras revelar essa grande verdade aos religiosos da sua época, mas eles rechaçaram Jesus, como acontece hoje. “Disseram-lhes eles: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim nem a meu Pai; se vós me conheceis a mim, também conheceríeis a me Pai” (Jo. 8:19). “Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer” (Jo. 5:37).

Jesus foi explícito ao dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14:6). Não se vai ao Pai pelos profetas, nem por Moisés, nem pelos anjos. Só por Jesus. E por que? Porque Jesus é a imagem do Deus invisível (Cl. 1:15). Jesus que estava no seio do Pai, e era invisível como o Pai, se tornou visível ao encarnar (Jo. 1:14). Quem olhava para as visões de Jeová ficava aterrorizado como Moisés (Hb. 12:16-21). Mas quem olha para Jesus fica deslumbrado com o amor do Pai(Jo. 3:16-17). Os que viram Jeová contemplaram o ódio e o mal (Jr. 13:14; 18:11; 21:10, 44:27, Am. 3:6 etc). Os que viram Jesus só contemplaram o amor e o bem do Pai (Tg. 1:17). Quem vê Jeová vê a morte(Ex.33:18-23). Quem vê Jesus, contempla a vida e a ressurreição (Jo. 11:25). Arão, o sacerdote de Jeová; viu Jeová matar seus dois filhos sem misericórdia (Lv. 10:1-2). Marta e Marta viram Jesus ressuscitar seu irmão Lázaro (Jo. 11:38-44). Os servos de Saul viram Jeová colocar em Saul um espírito maligno (I Sm. 16:14-15). Os servos de Jesus viram todos os atormentadores serem libertados dos espíritos (Mt. 8:14-17). Quem vê Jeová vê a condenação dos culpados e inocentes (Ez. 21:1-4). Quem vê o Pai em Jesus vê a salvação dos culpados e inocentes (I Tm. 1:15; Mt. 19:13-14). Uma coisa verdadeira, Tiago disse: “De uma mesma fonte não se bebe água doce e amarga” (Tg. 3:10-12).     

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(139) – O EGITO

 O EGITO

            Vamos falar do Egito no tempo dos Faraós e das pirâmides, pois foi nessa época que os israelitas entraram lá pelas mãos de José, filho de Jacó. O fato histórico aconteceu da seguinte maneira: Jacó tinha doze filhos. O penúltimo era José, que era o predileto. “E Jacó amava a José mais que a todos os seus filhos porque era filho da sua velhice, pois o gerou com setenta e nove ou oitenta anos. Os onze irmãos de José o odiavam por inveja, por ser o preferido do pai…. Estando eles no campo, José, com dezessete anos foi enviado por seu pai em busca dos irmãos que se demoravam. Estes, vendo a José, deliberaram matá-lo, mas por intercessão de Judá, venderam-no a uns ismaelitas, que o levaram ao Egito” (Gn. 37). Os ismaelitas venderam José a Potifar, eunuco do Faraó (Gn. 39:1). A mulher de Potifar tentou seduzir José, mas este se desviou dela que, sentindo-se desprezada, o acusou injustamente ao ouvidor de Potifar. Este, irado, mandou-o ao cárcere (Gn. 39:1-20). No cárcere José interpretou dois sonhos de seus colegas de prisão. O copeiro do rei e o padeiro do rei, que se cumpriram, pois o padeiro foi morto e o copeiro foi reempossado nas suas antigas funções (Gn. 40:1-22).

“Faraó também sonhou que estava em pé junto ao rio, e eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no prado. Eis que subiam do rio após elas, outras sete vacas, feias à vista, e magras de carne, e paravam junto às outras vacas. E as vacas feias e magras de carne, comiam as sete vacas formosas e gordas de carne”.(Gn. 41:1-4). Faraó, perturbado, mandou chamar os sábios e adivinhadores do Egito, mas estes não puderam interpretar o sonho. Então o copeiro de Faraó lembrou-se de José e contou como José interpretava os sonhos, e como se cumpriram. Conduzido à presença de Faraó, José lhe disse: As sete vacas gordas são sete anos de fartura na terra do Egito, e as sete vacas magras serão outros sete anos, porém de fome, que consumirá o Egito (Gn. 41:25-30). Faraó, assombrado, colocou José sobre todo o Egito, como senhor para administrar (Gn. 41:38-49). Quando chegaram os sete anos de fome, todos os povos vinham ao Egito comprar trigo, José enriqueceu sobremaneira a Faraó, que se uniu a José num profundo laço de amizade, e todo povo do Egito também. José começou a governar o Egito com trinta anos e morreu com cento e dez anos (Gn. 41:46; 50:26). Foram oitenta anos de consolidação da amizade. Quando José tinha trinta e nove anos mandou buscar seu pai e toda a família para habitar no Egito. Faraó se afeiçoou a Jacó, e lhe deu a terra Gosen, muito fértil, e a melhor do Egito. Houve um entrelaçamento tão grande, que por ocasião da morte de Jacó, os egípcios choraram por setenta dias (Gn. 50:3). José, atendendo ao pedido do pai, o levou para Canaã, para sepultá-lo.  No caminho, quando chegaram a eira do espinhal, que está além do Jordão, aconteceu outro grande pranto de sete dias. Os cananeus, ouvindo, disseram: É este o grande pranto dos egípcios(Gn. 50:10-11). O estreitamento de afeto entre as duas raças era tão forte, que nada poderia desfazer. Os egípcios amavam, honravam e respeitavam profundamente os israelitas. A obra de José pelo Egito foi tão grande e de tanto valor, que deveria ficar registrada para sempre na sua história. Por que não ficou? Por que após a morte de José, o Faraó seguinte começou a odiar a Israel, a maltratá-los e escravizá-los. Por que os egípcios apagaram da sua história o que José fez? Como puderam aborrecer e odiar repentinamente a quem amavam e respeitavam, a acima de tudo eram devedores? Paga-se o bem com o mal?  José foi o salvador do Egito, por isso recebeu o nome de Zafenate-Panéia (Gn. 41:45). Como pode ser que, tendo recebido um benefício tão grande, esqueceu tão repentinamente, passando a odiar e a perseguir? A resposta está na Bíblia, a palavra de Deus. “Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão, e Jeová multiplicou sobremodo o seu povo, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos. MUDOU O CORAÇÃO DELES PARA QUE ODIASSEM O SEU POVO, E USASSEM DE SEUS ENGANOS COM SEUS SERVOS” (Sl. 105:23-25). Isaías diz que Jeová derramou um perverso espírito, para que errassem na sua obra (Is. 19:14). Como pode ser que um Deus, que segundo João, é amor, e que diz que quem não ama não conhece a Deus; muda o coração de um povo para que odeie outro? Como Deus não muda, e Jeová obriga a odiar, Jeová e o Pai de Jesus não são a mesma pessoa. Jeová é o Pai da ira, do ódio, das vinganças e das pragas. O Pai é amor, perdão, reconciliação e misericórdia. Mas a coisa não pára por aí. Jeová tornou perverso o coração dos egípcios, para que odiassem Israel, para então mandar as dez pragas destruidoras e libertar o seu povo, exibindo a sua glória. Mas o culpado é o próprio Jeová. Quem produz o criminoso para depois matá-lo é pior que o criminoso. Quem colocou o espírito maligno em Saul foi pior que Saul (I Sm. 16:14-15). Jeová declara que é o criador do mal (Is. 45:7). Ao mudar o coração dos egípcios para que odiassem Israel, criou o mal, pois este não surgiu no coração dos egípcios, mas no coração de Jeová, o deus do ódio e do furor.

A coisa fica mais negra quando, por ocasião das pragas, o coração do Faraó amolecia, a ponto de querer se converter. “Então Faraó mandou chamar Moisés e Arão, e disse-lhes: Esta vez pequei, Jeová é justo, mas eu e o meu povo somos ímpios. Orai a Jeová por nós, para que não haja mais raiva, e eu vos deixarei ir” (Ex. 9:27-28). Quando cessou a chuva, Faraó se endureceu (Ex. 9:35). Mas era Jeová quem endurecia, pois não queria a conversão de Faraó, pois sua glória seria exaltada matando os egípcios no mar (Ex. 14:4, 17-18). Quando Jeová chamou Moisés, revelou o seu plano de endurecer Faraó, pois sabia da amizade entre os dois povos (Ex. 4:21). Muitas vezes Jeová o endureceu, para atingir o objetivo final assassino (Ex. 7: 3; 10:1, 20, 27; 11:10).

Um problema inexplicável é que, o Deus do Novo Testamento quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I Tm. 2:3-4). E Jeová, o deus do Velho Testamento queria a destruição dos egípcios, e para se vangloriar, então, mudou o coração deles de bons para maus, para depois destruí-los com uma vingança diabólica e injusta. Quem tem olhos para ver, veja (Sl. 105:23-25).

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(138) – ALELUIA

 

ALELUIA

 

Na língua hebraica não existe a palavra ALELUIA. No hebraico são duas palavras HALLEL e YAH. Hallel se traduz por louvar, e yah é abreviação do nome Iavé ou Jeová. No grego uniram as duas palavras e então temos hoje a palavra aleluia. No Novo Testamento só aparece no livro do Apocalipse 19:1-2,4. Quando cantamos aleluia estamos dizendo LOUVAI A JEOVÁ.

Agora vamos ver o sentido da palavra LOUVAI. Louvar é concordar ou aprovar alguma coisa. Se alguém faz uma boa ação, isso é digno de louvor. A caridade é louvável. A obediência é louvável. O altruísmo é louvável. Louvar é também aplaudir.

Vamos ver o louvor em relação a Deus. Quando o Pai, por amor aos homens, enviou o seu Filho unigênito para salvá-los, e não para condená-los, nós podemos cantar ALELABA. Alelaba quer dizer LOUVAI O PAI (Jo. 3:16-17). Quando o apóstolo Paulo revela que o Pai quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I Tm. 2:3-4) , isto é digno de louvor, e nós cantamos Alelaba (Louvai ao Pai). Se Jeová fosse o Pai de Jesus, poderíamos cantar Aleluia (Louvai a Jeová).

Quando um jovem se dirigiu a Jesus dizendo: “Bom mestre”, Jesus lhe respondeu: “Por que me chamas bom? Bom há um só, o Pai” (Mt. 19:16-17).  Se Jesus só fez o bem, curou, libertou, alimentou e perdoou a todos, é porque é bom; mas afirma que a bondade do Pai é infinitamente superior. É por isso que Deus é amor (I Jo. 4:7-8). O amor não faz o mal a ninguém (Rm. 13:10).  “O amor é sofredor, é benigno, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Co. 13:4-7).  Na epístola de Tiago, lemos: “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg. 1:17).  De Deus, o Pai, não vem nada que seja mau para os homens, por isso Jesus disse: “E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?  E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas a seus filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lho pedirem?” (Mt. 7:9-11). No livro de Números, o povo de Jeová clamou contra Moisés e contra Jeová pedindo pão, e Jeová mandou entre o povo serpentes ardentes e venenosas que morderam o povo, e morreu muita gente (Nm. 21:4-7).  Confiando na palavra de Jesus, que afirmou que, se pedirmos pão, o Pai não nos dará uma serpente, e confrontando o caso de Israel no deserto que pediu pão e recebeu a morte pelas serpentes, não é difícil concluir que não foi o Pai que enviou aquelas serpentes. Jeová é o deus das serpentes. Mais de mil anos depois de Moisés, o povo de Israel pecou, e o profeta Jeremias falou da parte de Jeová, dizendo: “Porque eis que enviarei entre vós serpentes e basiliscos, contra os quais não há encantamento, e vos morderão, diz Jeová” (Jr. 8:17).  Tanto no caso de Moisés, lá no deserto, como no caso de Jeremias, podemos cantar aleluia, louvai a Jeová, mas jamais poderíamos cantar Alelaba, louvai ao Pai, pois o Pai declarou pela boca de Jesus que não manda serpentes em lugar do pão.

Israel é o povo de Jeová, e por isso foi salvo do cativeiro egípcio pela mão de Moisés. Eram uns dois milhões que Jeová libertou, e depois os matou no deserto, como lemos em Judas: “Quero lembrar-vos que, havendo Jeová salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram” (Jd. 5).  O episódio completo está em Nm. 14. Salvar para depois destruir só dá para falar Aleluia, mas nunca Alelaba, pois isso não foi obra de um pai, mas do destruidor. Quando o profeta Amós diz: “Cairá a ave no laço, se não houver laço para ela? Levantar-se-á o laço da terra, sem que tenha apanhado alguma presa? Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? SUCEDERÁ QUALQUER MAL À CIDADE, E JEOVÁ NÃO O TERÁ FEITO?” (Am. 3:5-6). Jeová assume todos os males que aconteçam numa cidade, sem deixar nada para os demônios. Quem quiser louvar a Jeová por isso, diga Aleluia, mas não diga Alelaba, pois do Pai não vem nenhum mal. É evidente que cantar aleluia é louvar as pragas de Jeová; é  concordar e aplaudir as pragas das moscas, das varejeiras, que mandou não só ao Egito, mas hoje infestam nossas casas. Cantem Aleluia (Louvai a Jeová) pelas pestes. “Jeová te ferirá com a tísica e com febre, e com quentura, e com ardor, e com secura, e com a destruição das sementeiras e com ferrugem; e te perseguirão até que pereças”—  ALELUIA! (Dt.28:22). “Jeová te ferirá com as úlceras do Egito, e com hemorróidas, e com sarna, e com coceira, de que não possas curar-te. Jeová te ferirá com loucura, e com cegueira, e com pasmo de coração” (Dt. 28:27-28). — ALELUIA! “O teu cadáver será por comida a todas as aves dos céus, e aos animais da terra, e ninguém os espantará” (Dt. 28:26). — ALELUIA! Quem canta aleluia aprova e louva todos estes males. “Teus filhos e tuas filhas serão dados a outro povo, os teus olhos o verão, e desfalecerão” (Dt. 28:32). Aleluia, Jeová afirma que estes males todos são forjados por ele. “Eis que agora estou forjando mal contra vós, e projeto um plano contra vós” (Jr. 18:11). — ALELUIA! “Porque pus o meu rosto contra esta cidade para mal, e não para bem, diz Jeová (Jr. 21:10). — ALELUIA! “Eis que velarei sobre eles para mal e não para bem” (Jr. 44:27). — ALELUIA! Jeová não pensa em fazer o bem, mas só o mal, e ainda vela para que se cumpram os detalhes do malefício — ALELUIA! Moisés declara que Jeová se deleita em fazer o mal (Dt. 28:63). — ALELUIA! Mas quando o Pai entrega seu filho Jesus para morrer na cruz e nos resgatar das maldições de Jeová, podemos cantar ALELABA (Louvai ao Pai) (II Co. 5:19; Gl. 3:13).  “Cristo nos resgatou das maldições da lei fazendo-se maldição por nós.” Quando o Pai, em Cristo, reconcilia consigo todos os inimigos, cantamos ALELABA (Louvai ao Pai). Pois Jeová destruía os inimigos impiedosamente(Mq. 5:9; Na. 1:2). Quando Jesus diz: “Deixai vir a mim as criancinhas, e não as impeçais, porque delas é o reino dos céus” (Mt. 19:14), Jesus disse, pois Jeová tinha prazer em matar as criancinhas quando os pais pecavam (Is. 14:1). É uma questão de discernimento espiritual. Ou cantar aleluia ao mal, ou cantar alelaba ao bem. Amém.

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(137) – OS IMUNDOS – II

 

OS IMUNDOS II

 

Perguntas difíceis de responder:

  1. Por que as crianças têm faro aguçado pelas coisas  erradas e resistem em fazer as coisas certas?
  2. Por que as crianças tendem com mais facilidade para o mal e não para o bem?
  3. Por que as crianças são em geral desobedientes?
  4. Por que as crianças escondem dos pais as coisas erradas que fazem?
  5. Porque os adultos são em geral, escravos do mal que aprenderam na infância?

Jeová exigia santidade na vida dos sacerdotes e também na vida do povo. “Santos sereis, porque eu, Jeová vosso deus, sou santo”(Lv. 19:2; 20:7, 26).

Se algum israelita pecasse qualquer pecado, ia ao sacerdote, no templo com os animais; um para sacrifício e outro, para holocausto. O sacerdote oferecia a Jeová os animais sobre o altar, e o pecado era perdoado (Lv. 4:27-35).

Quanto aos imundos, lemos na carta aos hebreus: “Porque, se o sangue dos touros e dos bodes, e a cinza de uma novilha espargida sobre os imundos, os santifica, quanto a purificação da carne” (Hb. 9:13). A imundícia estava mais fortemente ligada ao sexo. Em Lv. 15:16-17 lemos que a semente da cópula do homem é imunda. Também  o sangue da menstruação da mulher era imundo (Lv. 12:1-4). A criança nascia imunda (Jó 15:14; 25:4). Era um “show” de imundícia (II Pd. 2:10).

Os israelitas, entretanto, eram santificados e purificados pelos  sacrifícios da lei (Hb. 9:13).  Se eram santificados e purificados através do sacrifício da expiação, e do holocausto, onde a vítima era totalmente queimada no altar, por que a cópula continuava imunda? Por que a semente da cópula do homem e ovulação menstrual da mulher continuam imundas? Por que, após o sacrifício para purificação as crianças nasciam imundas? A RESPOSTA É : Porque foram criados imundos. Toda a carne antes de Jesus Cristo, era imunda, pois era de natureza imunda. Paulo afirma que a carne e o sangue são corrupção em I Co. 15:50. Jesus declara que a carne, para nada serve em Jo. 6:63. Paulo também declara, que para pertencer a Cristo, a carne tem de ser crucificada. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl. 5:24). Todos, fora da cruz, são imundos. Quando Jesus dizia: “Quem quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt. 16:24), estava esclarecendo aos discípulos, que a carne é imunda e podre, e inimiga da nossa alma. “Abstende-vos das concupiscências carnais, que combatem contra a alma” (I Pd. 2:11). Paulo confessou: “Porque também nós, em outro tempo, éramos insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros” (Tt. 3:3).

É preciso lembrar que nenhuma concupiscência vem do Pai. “Tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade do Pai permanece para sempre” (I Jo. 2:16-17). A vontade do Pai é outra: “No tempo, que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (I Pd. 4:2).

Ora, Adão e Eva foram vestidos de carne pelas mãos de Jeová (Gn. 2:21-23). “De pele e de carne me vestiste, e de ossos e nervos  me entreteces- te” (Jó 10:11). E a carne é tão imunda, que a roupa se torna imunda pelo contato com a carne (Jd. 23). Até a lei de Jeová ficou enferma por causa da carne (Rm. 8:3).

A obra de Jesus na cruz foi tão poderosa e gloriosa, o seu sacrifício foi tão eficaz, que foge a nossa percepção! Pedro, o apóstolo, confessou: “Vi o céu aberto, e descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra, no qual havia de todos os animais, quadrúpedes e répteis da terra, e aves do céu. E foi-me dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas eu disse: De modo nenhum Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum ou imunda. E segunda vez lhe disse a voz:  Não faças tu comum o que Deus purificou” (At. 10:11-15). Pedro, em obediência, foi pregar o evangelho na casa do centurião Cornélio, o gentio romano, e ao chegar disse: “Vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu ajuntar-se ou achegar-se a um estrangeiro; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo” (At. 10:28). Os judeus se consideravam santos, e aos demais povos tinham por imundos; e Deus, pelo sacrifício de Cristo na cruz purificou todas as raças, e Pedro não tinha olhos para ver a obra de Jesus. “Jesus é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo. 2:2). “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (II Co. 5:19). Para Deus, o Pai, não há mais imundos, nem partos imundos, nem crianças imundas.

Se não há mais partos imundos, por que Paulo afirma que há crianças imundas? “Se algum cristão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe, e se alguma mulher cristã tem marido descrente e ele consente em habitar com ela, não o deixe,  porque o marido descrente é santificado pela mulher crente, e a mulher descrente é santificada pelo marido crente; doutra maneira vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos” (I Co. 7:12-14). Paulo, nesta passagem ensina que, quando o descrente consente em habitar com o crente, apoia a fé do crente em Cristo. Quando não consente, é porque não  crê, e neste caso anula a obra de Cristo na cruz, e assim permanecem todos imundos dentro do Velho Testamento de Jeová.

Cabe, neste assunto, uma tremenda reflexão. O esperma de homem é naturalmente imundo (Lv. 15:16; 22:4). A menstruação da mulher é também imunda (Lv. 15:19). A cópula honesta é imunda (Lv. 15:18). A criança nasce imunda (Lv. 12:1-7). Note-se que o homem fica imundo quando sai a semente de cópula. A mulher também. O filhinho tem de ser circundado para deixar de ser imundo. Se o homem foi criado com semente imunda, se a carne da qual o homem foi feito é imunda (II Pd. 2:10), pode um ser imundo ser criado à imagem e semelhança de um deus santo? Mas no Novo Testamento, o sacrifício de Cristo santificou os homens, e o leito fica sem mácula (Hb. 13:4). Agora o homem pode ser à imagem do Deus Pai (Cl. 3:8-10).

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(136) – OS IMUNDOS – I

         Os imundos-1

 

Pode uma criança recém-nascida ser imunda? Se é, essa imundície é congênita, isto é, nasceu com ela. Se nasceu com ela, só podem haver duas causas. Ou todas  as crianças nascem imundas; e neste caso nenhuma criança nasce pura; ou a imundície procede dos pais quando são imundos, e neste caso, a imundície é herança. Este segundo caso não tem sustentação bíblica, pois pela  Bíblia, todas as crianças nascem imundas segundo a lei de Jeová. “Fala aos filhos de Israel, dizendo: Se uma mulher conceber e tiver um filho varão, será imunda sete dias, assim como nos dias da separação da sua enfermidade será imunda” (Lv. 12:1). O texto é cristalino. Não  é a criança que fica imunda por causa da mãe, mas a mãe fica imunda por causa do filho. O mesmo texto deixa claro que durante a menstruação ela se torna imunda, logo, o mal não está na mulher, mas na menstruação, isto é nos ciclos  descartados, que são considerados enfermidades por Jeová. O texto de Jó 15:14 diz: “Que é o homem para que seja puro? E o que nasce de mulher para que fique justo?”. A explicação é que a mulher nasceu impura, e o filho nascerá impuro também. Em Levítico 12:1-4, Jeová revela que uma mulher, ao dar a luz um filho, fica trinta e três dias no sangue de sua purificação, depois de passadas sete dias imunda. Mas, se tiver uma fêmea, fica duas semanas imunda, e sessenta e seis dias no sangue da sua purificação.  Por que uma fêmea torna a mãe imunda o dobro do tempo? Porque nasceu imunda e vai dar à luz imundos.

Segundo o Velho Testamento todos nascem imundos. “Como, pois, seria justo o homem perante Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher? (Jó 25:4).

Para Jeová, o esperma é imundo (Lv. 15:16; 22:4), a ovulação da mulher é imunda (Lv. 15:19-25); a cópula é imunda (Lv. 15:18). O parto é imundo (Lv. 12:2,5); toda criança recém-nascida é imunda (Jó 15:14; 25:4); e os imundos contaminavam o tabernáculo de Jeová (Lv. 15:31-33). A imundícia cessava quando era feito um sacrifício para expiação do pecado (Lv. 12:6-8).

Como os povos gentílicos eram estranhos ao concerto de Jeová, eram todos imundos, por isso os israelitas não se misturavam com outras raças até hoje, pois são imundos para eles. A imundície do varão israelita  era tirada na circuncisão (Lv. 12:3; Is. 52:1). Como a fêmea não era circuncidada, era imunda o dobro do tempo.

Se o homem era santificado na circuncisão, e a mulher era pelos sacrifícios da lei, por que a semente da cópula e a ovulação da mulher eram imundos, e ambos ficavam imundos por elas? Porque tanto o homem como a mulher foram criados imundos. Adão e Eva já eram imundos antes da queda e jamais poderiam resistir a tentação. Têm de ser novamente criados por Jesus Cristo. “Quem está em Cristo nova  criatura é, as coisas velhas passaram, eis que tudo se fez novo” (II Co. 5:17). “Que  quanto ao trato passado, vos despojais do velho homem, que se corrompe pelas concupsciscências do engano; e vos renoveis no espírito do vosso sentido; e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4:22-4).

Passemos à obra e ao ministério de Jeová, o deus do Velho Testamento. Em primeiro lugar, é Jeová que fecha ou abre a madre da mulher para que tenha filhos na carne. E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e a sua mulher, e as suas servas, de maneira que tiveram filhos; porque Jeová havia fechado totalmente todas as madres da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abraão” (Gn. 20:17-18).   Ler Gn. 25:21; 29:31; 30:32-24; Dt. 7:14; 30:9. É Jeová que promove a fecundidade carnal.“Não haverá alguma que aborte, nem estéril na tua terra” (Ex. 23:26).

É Jeová  que multiplica os filhos imundos (Sl. 107:41; Is. 9:3).

Jeová predestina imundos para reinar sobre a terra (I Cr. 28:4-5; Is. 65:9). Todos os filhos gerados carnalmente no ventre das mulheres são gerados por Jeová. “Além disto, tomaste a teus filhos e tuas filhas, por mim gerados, e os sacrificastes a eles. Acaso é pequena a tua prostituicão? E mataste a meus filhos” (Ez. 16:20-21; 23:37).

Jeová lançou uma maldição sobre o seu povo Israel, dizendo: “E comerás o fruto do seu ventre, a carne de teus filhos, que te der Jeová teu deus, no cerco e no aperto, com que teus inimigos te apertarão” (Dt. 28:53).Ler Lv. 26:29, Jr. 19:9, Ez. 51:8-11, II Rs.  6:24-31; Lm. 4:10.

Os filhos gerados no ventre carnal, e por isso imundos, são herança de Jeová (Sl. 127:3). Agora dá para entender porque Jeová se declara o deus de toda carne. “Eis que eu sou Jeová, o deus de toda a carne”  (Jr. 32:27).

Jeová não é somente  o deus de Israel, cujos filhos são santificados, pela circuncisão ou pelos sacrifícios do sacerdócio Levítico, mas ele próprio se declara o deus de todos os homens do mundo. “De Jeová é a terra e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam” (Sl. 24:1). “Quem não entende por todas estas coisas que a mão de Jeová fez isto.  Que está na sua mão a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda a carne humana? (Jó 12:9-10).

É preciso que todos creiam no poder santificador de Jesus Cristo, e o busquem e consagrem seus filhos a Jesus, para que os filhos deixem de ser imundos; e para que os espíritos imundos não tenham acesso a eles. Existe uma maldição que persegue filhos de pastores e missionários, que é o afastamento de igreja, para se envolverem com o mundo, prostituicão e drogas. Pela fé no sacrifício de Cristo na cruz, e pela oração, as crianças são libertadas da imundícia e das maldições de Jeová.

Há, entretanto, uma declaração do apóstolo Paulo a respeito dos filhos de Deus: “Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel, são israelitas. Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas; em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é: Não são os filhos da carne que são filhos de Deus” (Rm. 9:6-8).  Não são filhos de Deus porque são imundos. E se são imundos, como eram filhos de Jeová?  “Viram os filhos de Deus, que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si muitas mulheres” (Gn. 6:2). E sobre Israel Moisés declarou: “Filhos sois de Jeová vosso deus” (Dt. 14:1)“O que, vendo Jeová, os desprezou, provocando a ira contra seus filhos e filhas” (Dt .32:19). Agora fala o próprio Jeová: “Ouvi os céus e presta ouvidos, tu ó terra, porque fala Jeová: Criei filhos, e exaltei- os; mas eles prevaricaram contra mim” (Is. 1:2). Como fica? Jeová gerava filhos na carne, e chamava filhos os nascidos na carne, mas os filhos da carne não  são filhos do Deus pai de Jesus Cristo. São realmente duas famílias e dois pais, um temporal e outro eterno; um da terra e outro do céu, um mortal e outro imortal.

Jeová gera filhos imundos na carne pelo ventre da mãe carnal. O Pai gera filhos santos no ventre da mãe espiritual que é a igreja, pelo Espírito Santo.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

(135) – OS EXÉRCITOS DE JEOVÁ – II

OS EXÉRCITOS DE JEOVÁ – II

 

No estudo anterior falamos dos exércitos dos céus, que são os anjos de Jeová (Gn. 32:1-2; I Rs. 22:19; Sl. 103:19-22). A Terra, este planeta no qual vivemos, é um abismo: Pv. 8:26-27; Sl. 104:-6; Sl. 30:3 eRm. 10:6-7, onde lemos: “Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? Isto é, a trazer do alto a Cristo. Ou: Quem descerá ao abismo? Isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo”. Jeová tem também os seus exércitos no abismo. Como o rei do abismo é Abadom (Destruidor) e os exércitos do abismo são de Jeová, existe uma sociedade entre Abadom e Jeová.

Jeová tem o seu exército de leões (II Rs. 17:24-25). Não admira que Jeová tenha exército de leões, pois ele mesmo se denomina leão devorador. “Porque para Efraim serei como um leão, e como um leãozinho para a casa de Judá; eu, eu despedaçarei, e ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre”(Os. 5:14). “Serei, pois, para eles como leão, como leopardo expiarei no caminho, como urso que tem perdido seus filhos, os encontrarei, lhes romperei as teias do seu coração, E OS DEVORAREI COMO LEÃO; as feras do campo os despedaçarão”(Os. 13:7-8).

Jeová tem exércitos de ratos. Os filisteus haviam se apoderado da arca de Jeová, e este, para se vingar, encheu suas cidades e campos de ratos, e os feriu com hemorróidas. Resolveram então devolver a arca o mais depressa possível e enviaram uma oferta para expiação do pecado. Então disseram:“Segundo o número dos príncipes dos filisteus, cinco hemorróidas de ouro e cinco ratos de ouro, porquanto a praga é uma sobre todos nós. Fazei, pois, umas imagens de vossas hemorróidas e as imagens de vossos ratos, que andam destruindo a Terra, e dai glória ao deus de Israel” (I Sm. 6:4-5). Colocaram a arca num carro novo, puxado por vacas que não sofreram jugo, e enviaram. As vacas foram mugindo sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda na direção do Bet-Sames. Então cessou a praga e cessaram os ratos transmissores das pestes, pois Jeová se agradou da oferta, e deve ter guardado as hemorróidas e os ratos de ouro, pois ele é o deus do ouro (I Sm. 6:6-12).

Todos os exércitos de Jeová são destruidores. No Velho Testamento não há notícia de exércitos de evangelistas. Noé pregou a destruição (Gn. 6:7). Enoque, que nasceu 434 anos antes de Noé, pregou destruição por trezentos anos (Gn. 5:22; Jd. 14-15). Todos os profetas de Jeová pregaram morte e destruição. “Por isso os abati pelos profetas; pela palavra da minha boca os matei” (Os. 6:5).

Mas Jeová tinha, ou tem exércitos de homens. Os exércitos da Assíria eram de Jeová. “Porque há de acontecer que naquele dia assobiará Jeová às moscas que há no extremo dos rios do Egito, e às abelhas que andam na terra da Assíria, e virão” (Is. 7:18-19)“E continuou Jeová a falar, dizendo: Porquanto este povo desprezou as águas de Siloá que correm brandamente, e com Rezim e com o filho de Remalias se alegrou; eis que Jeová fará vir sobre eles as águas de um rio, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; e subirá sobre todos os seus leitos e transbordará por todas as suas ribanceiras; e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele, e chegará até o pescoço; e a extensão das suas asas encherá a largura da tua terra, ó Emanuel”(Is. 8:5-8). Quando Jeová profetizou sobre Emanuel (deus conosco), não falava de Jesus, mas dos filhos de Israel que foram para o cativeiro assírio. Emanuel, isto é, deus conosco, era o jugo de ferro e a desonra da escravidão do cativeiro. Os assírios eram um povo bárbaro e feroz, idólatra, perverso e despidos de moral, mas eram exército de Jeová. Sobre os Assírios Jeová disse: “Porventura gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele?”  (Is. 10:15).

Outro exército de Jeová foi o dos caldeus, ou babilônicos. Jeová virou as costas para o seu povo e fortaleceu os caldeus. “Assim diz Jeová, o deus de Israel: Eis que virarei contra vós as armas de guerra, que estão nas vossas mãos, com que vós pelejais contra o rei da Babilônia, e contra os caldeus, que vos tem cercado fora dos muros, e ajuntá-los-ei no meio desta cidade, e eu pelejarei contra vós com mão estendida, e com braço forte, e com ira, e com indignação e com grande furor, e ferirei os habitantes desta cidade, assim homens como animais, e de grande pestilência morrerão” (Jr. 21:4-6)“Eu fiz a Terra, os homens e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com o meu braço estendido, E A DOU ÀQUELE QUE ME AGRADA A MEUS OLHOS, E AGORA EU ENTREGUEI TODAS ESTAS TERRAS NA MÃO DE NABUCODONOSOR, REI DA BABILÔNIA, MEU SERVO; e todas as nações o servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que venha o tempo, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele. E acontecerá que se alguma nação ou reino não servirem ao mesmo Nabucodonozor, rei da Babilônia, e não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei da Babilônia, visitarei com espada, e com fome, e com peste essa nação, diz Jeová, até que a consuma” (Jr. 27:5-8). Nabucodonozor e seu exército eram a menina dos olhos de Jeová, e por isso entregou o reino de Judá como escravo ao seu servo, que lhe agradava aos olhos.

O terceiro grande exército de Jeová foi o dos Medos e Persas. A respeito dos medos, assim falou:“Eu dei ordens aos meus santificadossim, já chamei os meus valentes para a minha ira, os que exultam com a minha majestade” (Is. 13:3)“Pelo que farei estremecer os céus, a Terra se moverá do seu lugar, por causa do furor de Jeová dos exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira” (Is. 13:13).  “Todo o que for achado será transpassado; e todo o que for apanhado cairá à espada, e suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas. Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem desejarão ouro, e os seus arcos despedaçarão os mancebos, e não se compadecerão do fruto do ventre; o seu olho não poupará os filhos. E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra” (Is. 13:15-19).

É de se analisar o assunto: Jeová destruiu os egípcios por amor de Israel (Is. 43:3). Depois deixou de amar a Israel e trouxe o seu grande exército assírio para destruir Israel. Mais tarde resolveu destruir a Assíria (Is. 10:5-15; Sf. 2:1-12). Quem conquistou e destruiu para sempre a Assíria? Quem queimou a fogo o templo de Jeová, queimou Jerusalém, e levou os judeus para o cativeiro? Foi o servo de Jeová: Nabucodonozor, rei da Babilônia. Por fim Jeová destrói a Babilônia usando o exército de Dario, o medo, chamando-os de seus santificados. Qual a conclusão sobre o assunto? Jeová é sanguinário. Ele mesmo declara: “Porque a minha espada se embriagou nos céus, eis que sobre Edom descerá, e sobre o povo do meu anátema, para exercer juízo. A espada de Jeová está cheia de sangue” (Is. 34:5-6)“Porque este dia, é o dia de Jeová dos exércitos, dia da vingança para se vingar dos seus adversários; e a espada devorará, fartar-se-á, e embriagar-se-á com o sangue deles” (Jr. 46:10).

Jeová, pela boca do profeta Jeremias, e também Ezequiel, prometeu restaurar o reino de Israel, e colocá-lo como cabeça das nações (Jr. 30:31-32; Ez. 37). Zacarias profetizou que Jeová vai reinar em Jerusalém, e as nações subirão de ano em ano a adorá-lo, e Judá pelejará em Jerusalém (Zc. 14:14-18).Então Judá será a arma de guerra de Jeová para despedaçar as nações  (Jr. 51:20-23).

Jesus Cristo revelou um Deus pacífico, cheio de amor e de misericórdia, perdoador e salvador de todos os homens (I Tm. 4:10). E que nunca colocou os pés neste mundo tenebroso de Jeová. Os exércitos de Jesus andam percorrendo este abismo tenebroso com a mensagem de amor do Pai. Os que crêem serão levados para o reino dos céus. Os que não crerem ficarão para serem devorados pelos exércitos de Jeová aqui na Terra.   

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(134) – OS EXÉRCITOS DE JEOVÁ – I

OS EXÉRCITOS DE JEOVÁ – I

 

No primeiro livro dos Reis de Israel lemos o seguinte: “Vi Jeová assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda” (I Rs. 22:19). Jeová queria matar Acabe, então consultou os anjos sobre o assunto, dizendo: “Quem induzirá Acabe, a que suba, e caia em Ramote de Gileade? E um dizia desta maneira, e outro de outra” (I Rs. 22:20). Estes textos provam que não havia o governo da trindade no Velho Testamento. Eram milhões de anjos dando palpites (Jó 25:3). O profeta Daniel revela que Jeová opera segundo a sua vontade pelo exército do céu e pelos moradores da terra  (Dn. 4:35). O rei Davi assim se expressa: “Jeová tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei a Jeová, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que executais o seu beneplácito” (Sl.103:19-21).

Jeová tem um capitão que comanda os  seus exércitos (Js. 5:13-14).

Esses exércitos combatem com espadas e carros de fogo puxados por cavalos (Gn. 3:24; I Cr. 21:30; II Rs. 6:17).

Um anjo sozinho mata 180 mil homens (II Rs. 19:35).

Os anjos são destruidores também, pois dois deles destruíam as cidades de Sodoma e Gomorra (Gn. 19:1, 13, 24).

Os anjos de Jeová amaldiçoam (Jz. 5:23).

Os anjos de Jeová perseguem os homens (Sl. 35:5-6).

Os anjos colocam mentira na boca dos profetas de Jeová (I Rs. 22:19-23).

Um anjo de Jeová ensinou Jacó a enganar Labão (Gn. 30:37-43; 31:11-12).

É evidente que “o anjo de Jeová acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Sl. 34:7). O problema é que não guardou Gideão, seu servo fiel, da idolatria, e por castigo matou 69 de seus 70 filhos (Jz. 6:11-14; 8:30; 9:5). Não livrou Davi do adultério e do homicídio (II Sm. 11 e 12). Não livrou Salomão da idolatria e da fornicação (I Rs. 11:1-11).

Continuemos a falar dos exércitos de Jeová, que é o nosso assunto. Os anjos de Jeová são guerreiros; os anjos de Jeová matam; os anjos de Jeová perseguem; os anjos de Jeová enganam; os anjos de Jeová amaldiçoam; os anjos de Jeová destróem. Os anjos de Jeová salvam (Is. 63:9). Os anjos de Jeová fazem e têm supremo poder.

Mas Jeová declara ter outros exércitos não muito compatíveis com a sua divindade, santidade e justiça. “E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelos gafanhotos, a lagarta, o pulgão e a saúva cortadeira, o meu grande exército que enviei contra vós” (Jl. 2:25). Em vez de descerem do céu os exércitos de anjos, Jeová usa pragas como exércitos. O pobre povo de Deus, que foi libertado do Egito por Jeová com grandes promessas de habitar numa terra paradisíaca, onde emana leite e mel, plantava suas verduras e não comia porque a lagarta, o pulgão e a formiga cortadeira devoravam tudo. E naquele tempo não havia  agrotóxicos. Não havia como combater as pragas, ou melhor, os exércitos de Jeová.

O profeta Joel, revela da parte de Jeová; dizendo: “Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos e vossos filhos a seus filhos, e os filhos destes à outra geração. O que ficou da largata, o comeu o gafanhoto, e o que ficou do gafanhoto o comeu a locusta, e o que ficou da locusta o comeu o pulgão (Jl. 1:3-4)“O campo está assolado, e a terra triste; porque o trigo está destruído, o mosto se secou, o óleo falta.  Os lavradores se envergonham, os vinhateiros gemem sobre o trigo e sobre a cevada; porque a colheita do campo pereceu. A vide se secou, a figueira se murchou; a romeira também; e a palmeira e a macieira; todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se secou entre os filhos dos homens. Cingi- vos e lamentai-vos, sacerdotes; gemei ministros do altar” (Jl. 1:10-13). Os homens não tinham como se defender dos exércitos predadores de Jeová. Mas Jeová tem mais exércitos. “Disse mais Jeová a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua vara. E fere o pó da terra, para que se torne em piolhos por toda a terra do Egito” (Ex. 8:16). E eu que por toda a minha vida pensei que, lagartas, pulgões, piolhos, gafanhotos e saúvas eram pragas satânicas para atormentar os homens. E o que se lê no livro de apocalípse. “Do abismo da terra subiu fumo como de uma fornalha, e do fumo vieram gafanhotos sobre a terra; e foi- lhes dado poder, como o poder dos escorpiões, para atormentar os homens que não têm nas testas o sinal de Deus. E tinham sobre si um rei; o Anjo de Abismo, que em hebreu é Abadom, e em grego Apoliom” (Ap. 9:1-11). Abadom quer dizer Destruidor. Ou o destruidor está imitando Jeová, ou está sendo imitado por ele. Tanto os gafanhotos de Apoliom, ou Abadom, como os gafanhotos de Jeová, são atormentadores dos homens.

Mas Jeová tem também exércitos de moscas. Jeová falou pela boca de Moisés a Faraó dizendo: “Se não deixares ir o meu povo, eis que enviarei enxames de moscas sobre ti, sobre teus servos, e sobre o teu povo, e as casas dos egípcios se encherão de moscas, e toda a terra em que estiverem” (Ex. 8:20-21). Os farizeus acusaram Jesus de expulsar demônios por Belzebu, príncipe dos demônios (Mt. 12:24). Belzebu quer dizer: “Senhor das moscas”.  Quem lê a Bíblia fica confuso, e sem saber quem é o senhor das moscas, esse inseto nojento e transmissor de germes e pestes. Será Belzebu ou será Jeová?

Para abrir caminho ao exército de Israel, Jeová enviava na frente exércitos de vespões, desses pretos, cujo ferrão produz dores insuportáveis e veneno mortal (Dt. 7:20; Ex. 23:28; Js. 24:11-12).

Mas Jeová tem mais exércitos: : exército de serpentes. O povo, errante pelo deserto, debaixo de um sol causticante, cansado e oprimido, vendo os filhinhos secarem, por falta de pão e água, reclamaram,  falando contra Moisés e contra Jeová. Jeová enviou então um exército de serpentes com veneno mortal. Morreu muito povo. O povo então se humilhou, e Jeová mandou Moisés fazer uma serpente de metal e colocar numa haste. Quem olhasse para a serpente sarava (Nm. 21:4-9).

O maior contra-senso que se observa é que Jesus revelou um Deus bom, perdoador, paciente, salvador, misericordioso, pacífico e amigo dos  homens, totalmente oposto a Jeová, cujas obras são também as obras de Satanás. Quem afirmar que Jeová é o pai espiritual de Jesus, arma a pena de   escritores como Jack Miles, que escreveu o livro “Deus, uma biografia”, onde afirma que Satanás é uma das faces de Deus. Os cristãos judaizantes fazem tanta questão de glorificar o deus que tem um Satã oculto nele, que acabam desprezando o Deus revelado por Jesus, e que é igual a Jesus (Jo. 14:9).

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

(133) – O VELHO TESTAMENTO

O VELHO TESTAMENTO

 

O Velho Testamento abrange sete pontos principais, a saber:

  1. A eleição da descendência de Abraão como povo eleito — “E farte-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gn. 12:2). “Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as pode contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente” (Gn. 15:5).
  2. A terra de Canaã como herança eterna — “Te darei a ti, e a tua semente depois de ti, a terra das tuas  peregrinações;  toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhe-ei o seu deus” (Gn. 17:8).
  3. A lei de Jeová, dada  por Moisés, o mediador de Jeová (Gál.3:19) — No concerto da lei estavam incluídos, o sacerdócio levítico; os sacrifícios da lei; as tábuas da lei com os dez mandamentos, e os estatutos e juízos. E são cinco os livros da lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio — esses livros são chamados de Pentateuco e são a Torá do povo hebreu. Os sacerdotes ministravam a lei (Ml. 2:4-7).
  4. O pacto da circuncisão carnal feito com Abraão — “Será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará o meu concerto na  vossa carne por concerto  perpétuo. E o macho com prepúcio, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será estirpada dos seus povos; quebrantou o meu concerto” (Gn. 17: 13-14).
  5. Uma linhagem real para  assentar no trono do reino de Jeová — “E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo” (Ex. 19:6). “Não quebrarei o meu concerto, não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o céu perante mim” (Sl. 89:34-36). Essa linhagem é carnal e não espiritual, pois Paulo diz: “Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o  Espírito de Santificação, pela ressurreição dos mortos – JESUS CRISTO NOSSO SENHOR” (Rm. 1:3-4).
  6. As bênçãos e as maldições — Bênçãos para os que guardam fielmente as leis e os estatutos de Jeová, e infinitas maldições para os que quebrantam a lei. Essas bênçãos e maldições são materiais e terrenas, e estão especificadas nos capítulos 27 e 28 do livro de Deuteronômio.
  7. A vingança do concerto — “Se andardes  contrariamente  para comigo  eu também  convosco andarei  contrariamente, e eu, mesmo eu, vos ferirei sete vezes mais por causa dos vossos pecados, porque trarei sobre vós a espada, que executará a vingança do concerto; e ajuntados estareis nas vossas cidades; então  enviarei a peste entre vós, e sereis entregues na mão do inimigo.” (Lv. 26:23-25).

O Velho Testamento foi feito por Jeová com Israel, excluindo os outros povos (Dt. 14:1-2; Am. 3:2).

O Novo Testamento é completamente diferente do Velho, e inclue :

  1. O sacrifício de Jesus na cruz; sacrifício maldito (Dt. 21:22-23) — Os sacrifícios do Velho Testamento agradavam a Jeová (Ex. 20:24), mas não agradavam ao Pai de Jesus (Hb. 10:4-10). O sacrifício de Jesus na cruz não foi o cumprimento dos sacrifícios da lei de Jeová, mas foi o sacrifício perfeito que anulou os imperfeitos, pois uma coisa imperfeita não  pode ser figura de outra perfeita. Foram assim abolidos os sacrifícios do  Velho Testamento. Em Hb. 9:23, a figura não é o sacrifício, pois era imperfeito; a figura era o tabernáculo (Hb. 9:21).
  2. Foi instituída por Jesus a sua Igreja — Mt. 16:18.
  3. Foi abolida a circuncisão — “Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim  o ser uma nova criatura” (Gl. 6:15). Ora, a circuncisão obrigava a guardar toda a lei (Gl. 5:1-3). E os tais caíam da graça ficando sem Jesus (Gl. 5:4). Os Cristãos estavam desobrigados da lei de Jeová. “O pecado não terá domínio sobre vós, pois  não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm. 6:14; 7:6).
  4. Foi instituído um sacerdócio real, e uma nação santa — I Pd. 2:9. Se o novo sacerdócio, dos gentios, era o real , o levítico não era real, mas ficção. Novela não é  real; teatro não é real, mas fantasia, conto, aparência. Tudo o que não permanece não é real . “O homem, nascido de mulher, sai como a flor, e se seca; foge também como a sombra, e não  permanece” (Jó 14:1-2). O homem é uma sombra que logo desaparece quando se vai a luz, por isso não é real. Se tiver vida eterna em Cristo, passa a ser real. O sacerdócio levítico foi mudado, logo não era real (Hb. 7:12-14).
  5. A linhagem de Jeová era carnal, e a do Pai é espiritual — “Aquele que não nascer de novo, isto é, nascer da água e do Espírito, não entra no reino de Deus” (Jo. 3:3-6). Jeová gerava os filhos carnalmente, por isso disse a Israel no deserto. “Não haverá alguma que aborte, nem estéril na tua terra” (Ex. 23:26). Mas João, o apóstolo nos diz: “Mas, a todos os que o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo. 1:12-13; Rm. 9:6-8; Rm. 5:5-9).
  6. A herança dos discípulos de Jesus não é na terra, nem em Canaã, mas no céu, por isso Paulo declarou: “O Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial” (II Tm. 4:18). Pedro afirma o mesmo, dizendo que os que ressuscitam com Cristo têm uma herança incorruptível, incontaminável, guardada nos céus para os santos” (I Pd. 1:3-4).
  7. No Velho Testamento, o reino de Jeová era só para os Israelitas (Ex. 19:6; Dt. 14:1-2; Am. 3:2).No Novo Testamento, o reino dos céus está aberto a todos os homens de todas as raças, por isso Jesus disse: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo” (Mc. 16:15-16).

CONCLUSÃO: Se o Velho Testamento é necessário para a salvação, os gentios, ignorantes do assunto, teriam de adotá-lo, mas foram desobrigados pelo Espírito Santo (At. 15:1-29). Paulo não pregaria contra a circuncisão e a lei (At. 21:21-28; Gl. 6:15;  Rm. 6:14; 7:6).

A lei é tropeço para os que a guardam (Rm. 9:30-33). A justiça da lei estabelecida por Jeová, não é a justiça do Pai. Se o Velho Testamento fosse útil no plano da salvação, não teria sido abolido por Cristo(II Co. 3:14). Paulo afirma que foi abolido.  Jesus Cristo não é mediador do Velho Testamento (Hb. 9:15).O mediador do Velho Testamento foi Moisés (Gl. 3:19). Jesus não é o fiador do Velho

Concerto, pois este não era eterno (Hb. 8:13; 7:22).

Os mandamentos da lei foram fracos e inúteis, e nada aperfeiçoaram (Hb. 7:18-19). A lei de Jeová era enferma pela carne (Rm. 8:3), e por isso só aproveita aos carnais (Rm. 8:5-9). A lei ressuscita o pecado (Rm. 7:9).

O Velho Testamento impõe escravidão aos adeptos (Gl. 4:21-26).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira