(716) – A COSTELA DE ADÃO

Literalmente, Eva foi formada da costela de Adão: “Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn.2:21-24).

Acontece que Adão é figura: “No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir” (Rm.5:14). “Mas eles traspassaram o concerto, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim” (Os.6:7). Adão é figura de Israel. A mulher faz parte do homem, no matrimônio: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.  Assim devem os maridos amar a sua própria mulher, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja” (Ef.5:25-29). Israel tem como sua cabeça, o Messias prometido; assim como o solteiro é cabeça sem corpo, a mulher solteira é corpo sem cabeça; assim, é Cristo e a Igreja. Nem Cristo pode existir sem corpo, nem a igreja pode existir sem cabeça: “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminado os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da vossa vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos e qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo principado, e poder, e potestade e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro. E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” (Ef.1:17-23). A data da vinda do Messias foi marcada por Daniel: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E, depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias e não será mais, e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será uma inundação: e até ao fim haverá guerra; e estão determinadas assolações” (Dn.9:24-26). É preciso notar que o Messias carnal de Israel reinaria neste mundo. Seu reino era o reino de Israel. Ele, cabeça; e Israel, o corpo (1o Adão). Quem deu ordem para restaurar e edificar Jerusalém, foi Ciro, o persa (2 Cr.36:21-22; Ed.1:1-3). Isto se deu no ano 457 AC. A teologia afirma que a ordem foi dada por Artaxerxes a Neemias. Mas a Bíblia diz outra coisa; que Neemias foi enviado doze anos mais tarde (445 AC).

Em lugar do Messias, veio Jesus que disse: “O meu Reino não é deste mundo, se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo.18:36). Jesus anunciou outro reino, não o de Jeová. O Reino de Deus e de Jesus é nos céus: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt.4:17; 10:7). “A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele” (Lc.16:16). Este texto prova que o reino terreno de Jeová não é o Reino de Deus. O Reino de Deus não faz parte do Velho Testamento, e nem Jesus. O apóstolo Paulo diz: “E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu Reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém” (2 Tm.4:18). Jesus na cruz foi lancetado e logo saiu sangue e água: sangue da expiação e água do batismo. Da costela de Jesus, nasceu a Igreja (Jo.19:34).

Autoria: Pr. Olavo Silveira Pereira

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