(455) – MANIFESTAÇÃO DE CRISTO – IV

MANIFESTAÇÃO DE CRISTO 4

Jesus Cristo não se manifestou no Velho Testamento. Paulo explica isso: O Velho Testamento é a dispensação da lei, e o Novo Testamento é a dispensação da graça. O texto bíblico diz: “Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como me foi este mistério manifestado pela revelação como acima em pouco vos escrevi. Pelo que quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho” (Ef. 3:2-6).

A manifestação de Cristo é a manifestação da graça de Deus. Paulo, novamente, diz: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (II Co. 8:9). Em outra ocasião Paulo disse: “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifestado aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Cl. 1:26-27).

Como a graça é um decreto de Deus para os gentios no Novo Testamento, e no Velho Testamento os gentios eram rejeitados por Jeová como imundos e incircuncisos (Sl. 10:16), Jesus Cristo não se manifestou no Velho Testamento; e Cristo só se manifestou em carne. Paulo disse: “E sem dúvida nenhuma grande é o mistério da piedade: aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória” (I Tm. 3:16). E o apóstolo João, diz: “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade” (Jo. 1:14).

Os anjos só viram Cristo depois de encarnado; os homens também só viram Cristo depois de encarnado. Fica provado que Cristo jamais se manifestou antes da encarnação. Foi mistério oculto a todos, em todos os séculos.

Vejamos agora para que Jesus Cristo se manifestou:

  1. Em primeiro lugar, Jesus se manifestou em carne para revelar a graça de Deus: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt. 2:11). Antes de Cristo a ‘salvação’ era só para os judeus.
  2. “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I Jo. 3:8). Este texto deixa claro que antes de Cristo as obras do diabo não eram desfeitas, isto é, o diabo, que é também Satanás, pintava e bordava, e Jeová fazia vista grossa. Satanás e Jeová eram tão íntimos, que quando Davi numerou Israel, em II Sm. 24:1, lemos que quem incitou Davi foi Jeová, e em I Cr. 21:1 lemos que foi Satanás que o incitou. Jeová, que declara que o Velho Testamento foi produzido por ele, e que o seu espírito é quem ajuntou os textos (Is. 34:16), aprova o que está escrito, isto é, o que Jeová faz, Satã faz igualmente, e o que Satã faz, Jeová faz igualmente. Outro fato que prova isso, e que Jeová e Satã concordaram em macerar Jó (Jó 23:16), e oprimir Jó (Jó10:2-3).
  3. Está assim provado que as obras de Satanás não eram desfeitas por Jeová no Velho Testamento, e assim Jesus não estava lá, e também Jeová não é Jesus, como dizem os que não lêem a Bíblia.
  4. Jesus se manifestou para abolir a morte. Paulo diz: “Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e nos chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (II Tm. 1:8-10). Como todos estavam mortos, Cristo não estava lá (Rm. 5:17).
  5. Cristo se manifestou para revelar o amor de Deus: “Nisto se manifesta a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos” (I Jo. 4:9). “O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido ainda antes da fundação do mundo” (I Pd. 1:20). Onde há amor, não há ira. Diz Paulo que “o amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha” (I Co. 13:4-8).
  6. Jesus manifestou o nome de Deus. Ele falou, dizendo: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra” (Jo. 17:6). E disse mais Jesus:“Tudo por meu pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e quem é o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Lc. 10:22). É claro que não se trata do nome de Jeová, ou Javé, que revelou seu nome a Moisés em Ex. 3:15 e 15:3. A Isaías disse: “Eu sou Jeová; este é o meu nome” (Is. 42:8). “O nome do nosso Redentor é Jeová dos Exércitos” (Is. 47:4). “E até da santa cidade tomam o nome, e se firmam sobre o deus de Israel; Jeová dos Exércitos é o seu nome” (Is. 48:2). Todo mundo conhecia o nome de Jeová. Até a prostituta Raabe conhecia (Sl. 87:4).

Se Jesus disse que ninguém conhece quem é o Pai, e que ele revelou aos homens o nome do Pai, não era Jeová o nome do Pai.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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