(287) – GLÓRIA DE JEOVÁ

GLÓRIA DE JEOVÁ

         Vamos definir glória dentro da concepção humana. Para os homens a glória é honra, fama, celebridade adquirida por obras, feitos, virtudes, talentos, etc. Glória artística. Leonardo da Vinci imortalizou-se na arte. Picasso também. Glória literária. Luiz de Camões foi o maior poeta português, autor do poema épico “OS LUSÍADAS”, focalizando a história e a glória do reino português. Machado de Assis é uma glória das letras brasileiras. Grande romancista do Rio de Janeiro. O Brasil tem uma constelação de grandes poetas. Olavo Bilac, Guerra Junqueira, Gonçalves Dias, e muitos outros, que são a glória da literatura brasileira.

A glória de um governo está em manter o equilíbrio social e econômico da nação; dirigir a nação buscando sempre o bem estar do povo; promover o crescimento intelectual, científico, e moral do povo, e assim por diante.

Os governos, em geral, dão muito valor à vida humana, cujos direitos inalienáveis são: “VIDA, LIBERDADE, CONQUISTA DA FELICIDADE”. Até os criminosos têem respeitados os seus direitos. Houve neste mês de Maio de 2004 uma tremenda rebelião na casa de custódia de Benfica, no Rio de janeiro, na qual trinta criminosos foram mortos. Foi uma chacina. O secretário de segurança pública fez uma declaração pelo rádio dizendo com grande satisfação: “Nenhum criminoso foi morto pelos policiais; todos foram mortos pelos próprios criminosos”. Com isto quis dizer que a polícia do Rio de Janeiro respeita a vida dos criminosos.

Vamos falar de Jeová deus, que preza muito a sua glória. Ele declarou o seguinte: “Eu sou Jeová; este é o meu nome; a minha glória pois a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Is. 42:8). Jeová está dizendo que a glória da sua justiça e bondade é tão grande e sublime em ralação ao homem que não pode ser compartilhada. E completa dizendo: “Faço chegar a minha justiça, e não estará ao longe, e a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião a salvação, e em Israel a minha glória” (Is. 46:13). E diz mais: “Porque, como o cinto está ligado aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa de Israel, e toda a casa de Judá, diz Jeová, para me serem por povo, e por nome, e por louvor, e por glória” (Jr. 13:11).

Jeová tem especial prazer em exibir a própria glória. Salomão terminou a edificação do suntuoso templo em Jerusalém. No dia da dedicação do templo, os sacerdotes trouxeram a arca do concerto de Jeová ao seu lugar, ao oráculo da casa, ao lugar santíssimo, até debaixo das asas dos querubins (I Rs. 8:6)“E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa de Jeová. E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Jeová enchera a casa” (I Rs. 8:10-11). Moisés escreveu num livro os estatutos e juízos de Jeová, leu diante do povo, que se comprometeu a cumprir; depois Moisés espargiu sobre o povo o sangue do concerto. Depois o texto diz:“E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel, e viram o deus de Israel, e debaixo dos seus pés havia como uma obra de pedra de safira, e como o parecer do céu na sua claridade. Porém ele não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; mas viram a deus, e comeram e beberam” (Ex. 24:9-11). Então Jeová ordenou a Moisés que subisse. “E subindo Moisés ao monte, a nuvem cobriu o monte. E habitava a glória de Jeová sobre o monte do Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia chamou Moisés do meio da nuvem. E o parecer da glória de Jeová era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel” (Ex. 24:15-17). Há uma coisa, entretanto, que deslustra a glória de Jeová. É o fato dele próprio ligar a sua glória às pragas do Egito. Ele declara dizendo: “E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz na terra do Egito” (Nm. 14:22). Praga nunca aumentou a glória de ninguém. Ainda mais que foi Jeová que mudou o coração dos egípcios para odiarem Israel (Sl. 105:23-25). É comparável ao policial que protege e incentiva o bandido, mediante propina, mas depois, descoberta a trapaça, mata o bandido. E depois diz que ferir o criminoso pré-fabricado, revela grande glória? É o fim!! Jeová deveria ter mudado o coração deles para amar e não para odiar, pois João declara que “Deus é amor” (I Jo. 4:8). E “o amor não faz mal ao próximo” (Rm. 13:10). Como pode viver e ensinar o amor um deus que mudou em ódio o amor que os egípcios tinham por Israel por causa de José? Ora, o Deus verdadeiro é amor, e porque é amor, quer dar a vida eterna a todos os homens, e por isso mesmo o apóstolo João diz: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo. 17:3). Jeová declarou outra coisa: “E eu endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó, e em todo o seu exército, e saberão os egípcios que eu sou Jeová” (Ex. 14:4). E Jeová ordena a Moisés, dizendo: “E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco. E eis que eu endurecerei o coração dos egípcios, para que entrem nele atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó, e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros. E os egípcios saberão que eu sou Jeová” (Ex. 14:16-18). Se Jeová não fosse o autor do ódio dos egípcios, ainda assim não haveria glória em matar e destruir um povo cego espiritualmente, mas depois de tornar mau seus corações, ainda endurece-os para depois matar, revela ausência total de amor e bondade.

A Bíblia revela que trevas são obras más. “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo. 3:19). Revela também que as trevas estão ligadas ao poder maligno de Satanás. Jesus falou a Paulo dizendo: “Eu te envio aos gentios para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; afim de que recebam a remissão dos pecados, e sorte entre os santificados pela fé em mim” (At. 26:18).

Quando Jeová ditou em voz alta a lei do monte Sinai, Moisés declarou ao povo as seguintes palavras: “E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas e vendo o monte ardendo em fogo, vos achegastes a mim, todos os cabeças das vossas tribos, e vossos anciãos; e dissestes: Eis aqui Jeová, vosso deus, nos fez ver a sua glória, e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo” (Dt. 5:23-24). Jeová se manifesta em glória do meio das trevas? Sempre pensei que a glória do verdadeiro Deus se manifestasse em luz. Jesus Cristo se manifestou em luz no monte da transfiguração (Mt. 17:1-2). E Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8:12). E João testificou de Jesus, dizendo: “Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo” (Jo. 1:9). E Paulo nos diz: “E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fl. 2:11). Se a glória de Deus Pai é manifestada em Jesus, que é a verdadeira luz, certamente a glória de Jeová, que se manifestava em trevas, nada tinha a ver com Jesus, mas com Satanás (At. 26:18). Ou com as potestades das trevas que querem destruir os cristãos (Ef. 6:12).

Nós, porém, andamos na luz com Jesus, pois não aborrecemos ninguém, não perseguimos ninguém, não injuriamos ninguém; pois a missão dos cristãos é amar aos perdidos, como Deus os amou (Jo. 3:16-17).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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