(542) – DOIS MINISTÉRIOS – XV

DOIS  MINISTÉRIOS  15

  1. No Velho Testamento está escrito que todos pecam, segundo Salomão que foi o mais sábio deles, e disse: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec. 7:20). Salomão, portanto, estava convencido que jamais poderia deixar de pecar, e não havia quem pudesse libertar o homem desta sina maldita. No Novo Testamento lemos que quem comete pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio; para isto o Filho de Deus se manifestou, para desfazer as obras do diabo (I Jo. 3:8). No Velho Testamento todos estavam fadados a pecar, e por isso eram propriedades do diabo. Mas o apóstolo João declara que o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do diabo. Desfazer as obras do diabo é libertar o homem do pecado, logo, no Novo Testamento, o homem sai dessa escravidão do inferno. São, portanto, dois ministérios: No Velho Testamento, o dos pecadores; No Novo Testamento, o dos libertados do pecado.
  2.       Existem dois nascimentos: Os que nascem da cópula carnal entre marido e mulher, e os que nascem pela segunda vez de modo miraculoso. Jesus, respondendo uma pergunta de Nicodemos, príncipe dos judeus, falou: “Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo. 3:3). Com isto Jesus revela que nenhum homem ou mulher nascido de ventre carnal entra no reino de Deus. Os que creem na reencarnação estão todos fora do reino de Deus, pois cada vez que reencarnassem passariam pelo ventre carnal de uma mulher. Nicodemos, confuso, perguntou: “Poderia um homem velho, tornar a entrar no ventre da mãe para nascer de novo? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (Jo. 3:4-5). Jesus explica aqui que nascer da água é a fé que leva ao batismo, e batismo é morrer e ser sepultado com Cristo (Rm. 6:3-4). Então Jesus completa o pensamento, dizendo: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo. 3:6). Jesus está ensinando que os que nascem da carne da mãe continuam carne, e a carne é corrupção (I Co. 15:50). Os que nascem do Espírito Santo de Deus passam a ter a natureza espiritual de Deus. No Velho Testamento não havia novo nascimento, logo Deus não tinha filhos. Concluímos que o Velho Testamento era o ministério da carne, e o Novo Testamento o ministério do Espírito Santo.
  3.   Leiamos as palavras do apóstolo Paulo: “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em Espírito vivificante. Mas não é o primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais” (I Co. 15:45-48). Paulo está falando claro que Jeová, o deus do Velho Testamento, tinha um ministério terreno, e o Senhor Jesus tem um ministério celestial. Paulo afirma esta verdade em Ef. 2:5-6, que diz: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus”.
  4. São, portanto, dois ministérios, dois princípios, dois Adões, duas linhagens. Os que procedem do primeiro Adão nascem para pecar e morrer, por isso Paulo diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). Mas Jesus desceu do céu, e trouxe o ministério da ressurreição e da vida: “Porque, assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Co. 15:21-22). Claro que os que são vivificados, são os que creem e seguem os passos de Jesus.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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