(327) – A IMAGEM

A   IMAGEM

            Cristo é a imagem expressa do Pai, e o resplendor da sua glória, e está assentado à dextra da majestade nas alturas (Hb. 1:3). Jesus Cristo disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo. 14:9). “Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou” (Jo. 5:23). Quem vê a glória do Filho vê a glória do Pai. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, …, cheio de graça e de VERDADE” (Jo. 1:14).

O profeta Jeremias faz uma revelação fantástica. Leiamos: “No princípio do reinado do rei Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra a Jeremias da parte de Jeová, dizendo: Assim me disse Jeová: Faze umas prisões e jugos, e po-los-ás sobre o teu pescoço. E envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe, e ao rei dos filhos de Amom, e ao rei de Tiro, e ao rei de Sidom, pela mão dos mensageiros que veem a Jerusalém ter com Zedequias, rei de Judá. E lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo: Assim diz Jeová dos exércitos, o deus de Israel: Assim direis a vossos senhores: Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com  o meu braço estendido, e a dou àquele que me agrada em meus olhos. E AGORA EU ENTREGUEI TODAS ESTAS TERRAS NA MÃO DE NABUCODONOZOR, REI DE BABILÔNIA, MEU SERVO; e ainda até os animais do campo lhe dei para que o sirvam. E todas as nações o servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele. E acontecerá que, se alguma nação ou reino não servirem o mesmo Nabucodonosor, rei de Babilônia, e não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, visitarei com espada, e com fome, e com peste essa nação, diz Jeová, até que a consuma pela sua mão” (Jr. 27:1-8). E nos versos doze e treze deste mesmo capítulo, Jeová mandou falar a Zedequias, rei de Judá, que metesse os pescoços debaixo do jugo de Nabucodonosor, rei de Babilônia, pois quem se negasse, morreria.

(Jr. 27:12-13). 

O profeta Daniel, contemporâneo de Jeremias, conta mesma história, com lances dramáticos e esclarecedores. Nabucodonosor sonhou um sonho, e ao acordar de manhã, seu espírito estava perturbado, pois não lembrava o tal sonho. Então o rei mandou chamar os magos, astrólogos e encantadores, para que lhe declarassem qual era o sonho que lhe perturbava o espírito (Dn. 2:1-3).Nenhum deles conseguiu tal façanha, e por isso foram condenados à morte. Daniel e seus companheiros também foram condenados (Dn. 2:13). Daniel, muito prudentemente, mandou recado ao rei, que lhe desse tempo para que o deus do céu revelasse o sonho. O rei concedeu (Dn. 2:14-19). Deus revelou tudo a Daniel; o sonho e a sua interpretação. Levado à presença do rei, Daniel falou“Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua. Esta estátua, que era grande e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; as pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro” (Dn. 2:31-33). “Tu, ó rei, és rei de reis; pois o deus do céu te tem dado o reino, o poder, e a força, e a majestade. E onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo, e aves do céu, ele tos entregou na tua mão, e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro” (Dn. 2:37-38). É preciso notar que, toda esta glória foi dada a Nabucodonosor porque ele era agradável aos olhos de Jeová, pois era seu servo(Jr. 27:5-6).

Então Nabucodonosor, rei de Babilônia, servo de Jeová, cujos atos agradavam a Jeová, em gratidão a Jeová, pois sabia que quem se dobrasse diante dele, estava se dobrando diante do deus, que lhe deu todo aquele poder, mandou erigir uma estátua de vinte e sete metros de altura por dois metros e setenta de largura, toda de ouro. Foram chamados os sátrapas, os prefeitos e presidentes, os juizes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais, e todos os governadores das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado (Dn. 3:1-2). “O arauto do rei apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e gentes de todas as línguas: Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, vos prostrareis, e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado. E qualquer que se não prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente” (Dn. 3:4-6). Esse foi o decreto: Quem honrasse a Nabucodonosor estaria honrando a Jeová que o fez rei dos reis, e cabeças das nações. Quem se prostrasse diante do rei, estaria se prostrando diante de Jeová, que o constituiu e lhe deu toda a glória, e quem adorasse a imagem de ouro, estaria adorando e glorificando o deus que estabelece os reis e os destitui quando quer (Dn. 4:17).

Os amigos de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego, foram acusados pelos caldeus de adorarem e servirem a outro Deus, e não aos deuses de Nabucodonosor. Este rei, com ira e furor, mandou chamar os três jovens, e lhes disse: Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, do saltério, e de toda sorte de musicas, vós vos prostrareis e adorareis a estátua que fiz; mas se não adorares a estátua que fiz, sereis na mesma hora lançados no forno de fogo ardente. E qual é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? (Dn. 3:12-15). Os três jovens responderam ao rei, dizendo: “Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantastes” (Dn. 3:16-18). O rei, cheio de furor, mandou que o forno se aquecesse sete vezes mais (v. 19). O rei Nabucodonosor tinha certeza que Jeová não ia socorrê-los, pois foi ele mesmo, Jeová, que lhe deu todo poder e glória, e ainda dissera: Quem não puser o pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, eu visitarei com espada, com fome, e com peste essa nação (Jr. 27:8). E falou aos judeus que morreriam se rebelassem (Jr. 27:12-13). Jeová estava ao lado de Nabucodonosor, e não do lado dos judeus, que estavam abandonados por Jeová no monstruoso cativeiro caldeu (Lm. 5:1-16). Os três jovens foram lançados dentro do forno de fogo ardente. O forno estava tão quente, que os homens que os lançaram morreram queimados (Dn. 3:22). Mas, ó surpresa! Olhando o rei dentro do forno de fogo ardente, viu quatro homens que passeavam dentro das labaredas mortais; e o quarto homem era semelhante ao filho dos deuses (Dn. 3:25). Jeová determinou a morte dos três rapazes pelo fogo, mas Jesus anulou aquele propósito, e salvou os três de serem mortos pelo fogo.

O forno de fogo ardente simbolizava os padecimentos, os sofrimentos, os tormentos que os verdadeiros cristãos passam neste mundo tenebroso, por isso Paulo disse: “Por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (At. 14:22). E outra vez disse: “As aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós se há de manifestar” (Rm. 8:18). A fidelidade de Daniel e seus três amigos obrigaram a Jesus a ir libertá-los. Daniel era muito amado, pois era homem de oração, além de ser fiel (Dn. 9:23).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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