(645) – DOIS MINISTÉRIOS 44

Estatuto Perpétuo

“E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa a Iahweh; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo” (Ex.12:14). Perpétuo é eterno. A páscoa foi instituída por Jeová para proteger os israelitas do juízo que ele ia executar, matando todos os primogênitos do Egito: “E aconteceu à meia-noite, que Jeová feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais” (Ex.12:29).

Nas casas dos hebreus não havia morte dos primogênitos, porque as portas estavam marcadas com o sangue de um cordeiro. Quando Jesus apareceu, João Batista disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo.1:29).

Quando Jesus morreu na cruz, cessou o sacrifício da páscoa: “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co.5:7). Depois que Cristo morreu, acabou a páscoa do Velho Testamento porque Jesus foi feito sumo sacerdote eterno e aniquilou o sacerdócio levítico, porque este era imperfeito: “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico, (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar, visto ser manifesto que o nosso Senhor Jesus Cristo procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio” (Hb.7:11-14).

Foi mudado o sacerdócio, foi mudada a lei e foi mudada a páscoa, logo, a páscoa de Jeová não é perpétua. Quem constituiu Jesus, não foi Jeová. No batismo de Jesus, segundo Lucas, está escrito: “Ora, tendo o povo recebido o batismo, e no momento em que Jesus, também batizado, achava-se em oração, o céu se abriu, e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corporal, como pomba. E do céu veio uma voz: Tu és o meu Filho bem amado; eu, hoje, te gerei” (Lc.3:21-22). (Bíblia de Jerusalém). “Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei” (Hb.5:5).

Se foi mudado o sacerdócio, e foi mudada a lei, acabou o reino de Jeová, porque o reino de Jeová é deste mundo e o reino de Jesus não é deste mundo: “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus, mas, agora, o meu Reino não é daqui” (Jo.18:36).

Se acabou o Reino de Jeová, pois este não tem mais povo, se Jeová não tem mais povo, nem sacerdócio, nem lei, nem trono, por que os cristãos em lugar de glorificar o Pai, glorificam a Jeová? “Disse-lhe, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu” (Jo.6:32). Portanto, Jeová não é o Pai.

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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