(441) – VAIDADE – II

 VAIDADE  2

Que é vaidade? É desejo de brilhar, de atrair a atenção, de causar admiração aos outros, presunção ridícula, vanglória, ostentação, buscar fama, causar sensação ou espanto, ser aplaudido, festejado, elogiado, é aparecer, roubar a cena, sobrepor-se em tudo a todos; é assentar-se em sublime trono; é elogiar-se, gabar-se dos próprios feitos, promover-se, etc, etc.

A vaidade é a mãe da ostentação e da soberba. O soberbo ama-se a si mesmo mais do que tudo, pois isso é o que faz a vaidade, valorizar excessivamente os dons. Se a beleza não é acompanhada de humildade e modéstia, se transforma em presunção. O excesso de justiça se transforma em crueldade, como o excesso de misericórdia se transforma em tolerância maléfica.

Quando alguém faz um ato digno de louvor, o vaidoso procura de alguma forma depreciar, para não ser ofuscado. O vaidoso é sempre crítico, e tem olhos maus. Satanás é vaidoso, tão vaidoso que se julga digno de assentar no trono de Deus. O profeta Isaías revela isso: “Já foi derrubada no inferno a tua soberba com o som dos teus alaúdes; os bichinhos debaixo de ti se estenderão, e os bichos te cobrirão. Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; no monte da congregação me assentarei, na banda dos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Is. 14:11-15).

Examinando as escrituras do Velho Testamento, não encontramos nada escrito sobre a vaidade de Satanás em querer ser como Deus. Todas as passagens mostram Satanás como tentador, enganador, matador, adversário (Gn. 3:1-6; I Cr. 21:1; Nm. 22:31; Jó 1:6-12; Zc. 3:1-2; Sl. 109:6). A teologia mundial afirma que quem submeteu a criação foi Satanás, lá no jardim do Edem. Carece de provas essa afirmação.

Pela definição da vaidade, acima descrita, encontramos um vaidoso na Bíblia:

  1. Quando Moisés pediu para ver a glória de Jeová, este lhe disse: “Eu farei passar toda a minha bondade diante de ti” (Ex. 33:19). Ora, Jeová disse, a respeito de seu povo Israel: “Eu pus o meu rosto contra esta nação para mal, e não para bem” (Jr. 21:10). E disse mais: “Qualquer mal que suceda a uma cidade, fui eu o autor” (Am. 3:6). E disse mais: “Males amontoarei sobre eles” (Dt. 32:23). Praticar tantos males, e querer exaltar a própria bondade, isso é vaidade irrefletida (Sl. 107:31; Is. 63:7).
  2. Jeová usa a guerra para se promover, e toda guerra é um genocídio. Jeová se declara Senhor dos Exércitos – JEOVÁ TZEBAOT. E diz que foi glorificado na derrota dos exércitos egípcios no mar Vermelho. Ser glorificado na matança de impotentes humanos é vaidade desmedida (Ex. 14:17).
  3. Jeová se acha formoso: “Adorai a Jeová na beleza da sua santidade; dai a Jeová a glória de seu nome; trazei presentes” (I Cr. 16:29; Sl. 29:2; 96:9). Qual a santidade de Jeová? Nenhum sacerdote da linhagem de Arão, que tivesse alguma deformidade, cego, coxo, nariz chato, pé quebrado, etc., podia oferecer ofertas queimadas ao seu deus. Jeová não levava em conta a perfeição moral, mas só a física e exterior. Essa santidade é falsa; pura vaidade.
  4.  Todo vaidoso quer ser apreciado, aplaudido, louvado, badalado: “Louvem a Jeová pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens. E ofereçam sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo” (Sl. 107:21-22). Quem manda divulgar seus feitos é vaidoso, e quer se promover. Jesus era contra esse método (Mc. 7:36, 5:43; Mt. 9:30, 12:16, 17:9).
  5.  Jeová habita no meio dos louvores de Israel (Sl. 22:3). Nabucodonosor, rei de Babilônia (605 a 562 A.C.), era tão poderoso e tão vaidoso que, julgando-se um deus, mandou erigir uma estátua de ouro à sua imagem, cuja estatura era de vinte e cinco metros de altura. O arauto apregoava em voz alta, dizendo: “Ordena-se a vós, ó povos, nações e gentes de todas as línguas: Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles, e de toda a sorte de música, vos prostrareis, e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado. E qualquer que se não prostrar e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente” (Dn. 3:4-6).

Querer ser adorado, louvado, aplaudido, é coisa de homens vaidosos, soberbos e medíocres. Se um deus age do mesmo modo, se iguala aos homens na sua jactância, mesmo porque, Jesus que é Deus (I Jo. 5:20), era manso e humilde (Mt. 11:29), ensinava os discípulos a não buscar grandezas e glórias (Mc. 10:36-45). O exemplo de Jesus era servir e não ser servido. Proibia que as suas obras fossem proclamadas (Mc. 1:44).

Como Jeová usava todos os meios para se promover, era destituído de humildade e pleno de vaidade.

PAULO DECLARA: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou. Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm. 8:20-21). Enquanto Jeová, na sua vaidade, diz que é todo poderoso (Gn. 17:1), enquanto, na sua vaidade, proclama que tudo o que quer, faz (Sl. 135:6), enquanto declara em voz alta que Israel é o barro, e ele é o oleiro (Jr. 18:6), enquanto proclama afirmando que o seu reino domina sobre tudo (Sl. 103:19; 99:1), enquanto declara que o seu conselho está determinado sobre todas as nações, e o que determina ninguém pode mudar (Is. 14:26-27).

Toda a história dos reinos deste mundo está mergulhada na corrupção, nas guerras fratricidas, nas traições, na hipocrisia, na mentira e na vaidade. E o reino que Jeová criou para a sua glória (Is. 43:7), e que ele, Jeová, que é o oleiro, forma o coração do seu povo, sempre foi pior que as nações, a ponto de Jeová destruir os dois reinos, o templo, tudo (II Rs. 23:27; 24:1-3). Era só papo e vaidade!

Jesus realizou toda a sua obra sem vaidade!

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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