(550) – DOIS MINISTÉRIOS – XVII

  DOIS  MINISTÉRIOS  17

Os descendentes do primeiro Adão nascem para pecar: Diz a escritura do Velho Testamento: “Na verdade, que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque” (Ec.7:20). “Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares na mão do inimigo…” (I Rs.8:46). Os descendentes do primeiro Adão eram todos pecadores, até Jesus Cristo. Paulo então diz: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm.5:12).

Se os descendentes do último Adão (Cristo) nascem também para pecar, todos são farinha do mesmo saco. O novo nascimento é apenas palavra, e não realidade. Mas Jesus fala que quem não nascer da água e do Espírito não entra no reino de Deus; e termina dizendo: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo.3:3-6). Se os nascidos de novo pecam, não há nova criatura que faça a obra de Deus (Ef.2:10). As coisas velhas permanecem, e nada se fez novo (II Co.5:17).

Mas, em contrário, lemos no Novo Testamento, que os descendentes do último Adão, não nasceram para pecar, mas para serem iguais a Jesus. Diz Paulo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e o conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef.4:13). É preciso lembrar que Cristo nunca pecou (Hb.4:15). “Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (I Jo.2:6). “Nisto é perfeita a caridade, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo” (I Jo.4:17). “Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus” (I Jo.3:9).

Se os nascidos do segundo Adão não nascem para pecar, mas pecam, então o último Adão é igual ao primeiro Adão, isto é, o diabo é igual a Jesus; pois se os discípulos de Jesus são iguais aos discípulos do diabo, seguem a mesma doutrina. Ou Jesus e o diabo são a mesma pessoa, ou Jesus mudou. Se os nascidos do segundo Adão não nascem para pecar, mas pecam, é que foram seduzidos pela carne, e as obras da carne são: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não entrarão no reino de Deus” (Gl.5:19-21). O carnal anda segundo a carne e não segundo o Espírito, e a inclinação da carne é morte, mas a inclinação do Espírito é vida e paz, pois a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós (Rm.8:5-9). Estão nestes versos definidos os dois ministérios: o do Velho Testamento e o do Novo Testamento. O ministério do Velho Testamento é o da carne, cujo deus é Jeová, que declarou: “Eu sou o deus de toda a carne” (Jr.32:27). O ministério do Novo Testamento é o ministério do Espírito.

O apóstolo Paulo diz: “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis” (Rm.8:13). E segue dizendo: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm.8:14). Mas a carne resiste ao Espírito Santo. Paulo diz: “Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne, porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito Santo não estais debaixo da lei” (Gl.5:16-18). Para fazer parte do reino de Deus, temos que fazer parte do ministério do Espírito, que é o Novo Testamento. Se ficarmos divididos entre a carne e o Espírito, ficaremos estéreis (II Co.3:5-9).

 

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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