(512) – ABERRAÇÕES – V

ABERRAÇÕES  5

 

  1. Jesus declara: “Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” (Mt.6:26). Pois Jeová, em relação às aves, declara: “Quando encontrares algum ninho de ave no caminho em alguma árvore, ou no chão, com passarinhos, ou sobre os ovos, não tomarás a mãe com os filhos. Deixarás ir livremente a mãe, e os filhos tomarás para ti; para que bem te vá, e para que prolongues os dias” (Dt.22:6-7). Esse mesmo sentimento de piedade que Jeová revela em relação a uma ave, que, segundo as palavras de Jesus tem muito menos valor que a pessoa humana, Jeová não revela em relação às mulheres piedosas. Jeremias diz: “As mãos das mulheres piedosas coseram seus próprios filhos; serviram-lhe de mantimento na destruição da filha do meu povo” (Lm.4:10). Usando o critério de piedade, usado com as aves, Jeová deveria ter poupado as mulheres piedosas, mas obrigou-as a cozerem os próprios filhos para servirem de mantimento. Leiamos a maldição lançada por Jeová contra Israel mil anos antes de acontecer: “E comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e tuas filhas, que te der Jeová teu deus, no cerco e no aperto com que os teus inimigos te apertarão” (Dt.28:53-57). Pode haver uma aberração maior do que esta?
  2. Os dez mandamentos foram escritos pelo dedo de Jeová deus em duas tabuas de pedra, tal era a importância dos mesmos. O décimo mandamento diz assim: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Ex.20:17). Pois Jeová comete uma terrível aberração em outra ocasião. Leiamos: “Quando saíres à peleja diante dos teus inimigos, e Jeová teu deus os entregar nas tuas mãos, e tu deles levares prisioneiros, e entre os presos vires uma mulher formosa à vista, e a cobiçares, e a queiras tomar por mulher, então a trarás para a tua casa, e ela rapará a cabeça e cortará as suas unhas, e despirá os vestidos do seu cativeiro, e assentará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; e depois entrarás a ela, e tu serás teu marido e ela tua mulher” (Dt.21:10-13). Segundo Jesus Cristo, o meu próximo não é o meu vizinho, ou o meu parente, ou algum conhecido. Segundo Jesus, o meu próximo é o necessitado que o destino coloca perto de mim. E Jesus contou a parábola do bom samaritano: “Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram deixando-o meio morto. Descia pelo mesmo caminho um sacerdote, e vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele, e vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho, e levou o ferido a uma estalagem para que tratassem dele”. O samaritano, odiado pelos judeus, foi o próximo do necessitado (Lc.10:30-35).No caso de Dt.21:10-14, o israelita era o próximo do pobre prisioneiro e sua filha, desde o momento que o tomou como despojo. E a cobiça do israelita cometeu mais uma abominação, pois Jeová disse: “O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito” (Ex.22:21). Ao arrancar a filha das mãos dos pais contra a vontade, o israelita os afligiu e oprimiu. O pior é que, depois de humilhar a moça, se o varão israelita não se agradasse dela, Jeová lhe dava a permissão para mandar embora a prisioneira. É o cúmulo da aberração.

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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