(438) – DEUS DA CONFUSÃO – I

DEUS DA CONFUSÃO 1

Diz a sagrada escritura, que depois do dilúvio, a terra toda era de uma mesma língua, e de uma mesma fala. E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos, e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal. E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra (Gn. 11:1-4).

“Então desceu Jeová para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens tinham edificado” (Gn. 11:5). PARA VER? Jeová ficou míope? Teve astigmatismo? Ele disse por boca de Jeremias: “Sou eu apenas Deus de perto, diz Jeová, e não também deus de longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz Jeová. porventura Não encho eu o céu e a terra? diz Jeová” (Jr. 23:23-24). E diz mais a escritura:“Jeová olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, NEM UM sequer”  (Sl. 14:2-3). O fato é, que desta vez Jeová teve de descer para ver de perto. E o que viu? “E disse: EIS que O povo é um, e todos têm uma mesmA língua; E Isto é o que começam a fazer; E agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer” (Gn. 11:6).

“Eia, desçamos, e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a lÍngua do outro. Assim Jeová os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porque ali confundiu Jeová a lÍngua de toda a terra, e dali os espalhou Jeová sobre a face de toda a terra” (Gn. 11:7-9). Jeová é o deus da confusão pelos seguintes motivos:

  1.    Não interessa a Jeová que os homens se entendam. Ele quer uns contra os outros. Por isso Jeremias diz: “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço” (Jr. 17:5). Já no Novo Testamento João pregou a comunhão, isto é, dois contrários devem se amar e ter paz: “Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir, porque as trevas lhe cegaram os olhos (I Jo. 2:10-11). No tempo de Jeová, Esaú e Jacó eram inimigos desde o ventre da mãe (Gn. 25:22-23). No tempo de Jesus tem de ser diferente, pois ele disse: “Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigoEu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei aos que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt. 5:43-45).
  2.    Não interessa a Jeová que os homens sejam um, isto é, que tenham o mesmo propósito, pois quando os homens se unem a força se multiplica, pois a união faz a força, segundo a sabedoria popular. Os homens se uniram com o propósito de chegar ao céu (Gn. 11:4). Jeová não permitiu que esse propósito se consolidasse. A arma usada foi a confusão, pois é o que quer dizer BABEL, o nome da torre que edificavam. Babel se tornou sinônimo de balbúrdia, algazarra, confusão total. No lugar onde era babel, na terra de Sinar, ergueu-se a cidade de Babilônia dos caldeus, inimigos do povo de Israel.

No livro de Jó lemos que Jeová não tinha prazer em que Jó fosse justo, e também não tinha lucro algum na perfeição dos caminhos de Jó (Jó 22:3). Se Jeová tivesse prazer em que seu povo fosse perfeito nos seus caminhos, não os entregaria aos desejos de seus corações (Sl. 81:11-12). Também não venderia o seu povo, sem aumentar a sua riqueza com o seu preço, isto é, o povo foi vendido ao cativeiro, e lá se tornou pior do que era, pois anexou às suas próprias maldades, as maldades do povo que os escravizou. Se Jeová tivesse prazer em que seu povo fosse justo, não o contaminaria nos seus dons, ele mesmo (Ez. 20:26). Se Jeová tivesse prazer em que seu povo Israel fosse justo, não lhes daria estatutos que não eram bons, juízos pelos quais não haviam de viver (Ez. 20:25). Se Jeová tivesse prazer em que seu povo fosse justo, não desviaria ele mesmo o seu povo dos caminhos bons, e ainda endurecia o coração deles para que não o temessem (Is. 63:17). Se Jeová tivesse prazer em que seu povo fosse santo e justo, não colocaria o seu espírito santo como inimigo, a pelejar contra Israel. O texto diz: “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu espírito santo; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” (Is. 63:10).

Ora, todo homem é pecador e destituído da glória de deus (Rm. 3:23). Sendo assim o homem é mais animal do que espiritual, e por isso fraco e sem recursos para resistir o mal. O próprio Paulo testifica isso em Rm. 7:18-24.

Jesus, com sua morte, trouxe do céu outro Espírito Santo, isto é, não o espírito que peleja contra os fracos como o de Jeová, mas o Espírito que é Paráclito (palavra grega não traduzida, que quer dizer INTERCESSOR, CONSOLADOR, ADVOGADO). Por que o Pai tem prazer em que sejamos santos e justos, enviou o seu Filho Jesus para criar em nós um novo ser. Diz Paulo: “Que quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso SentIdo; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4:22-24).

Jeová no Velho Testamento promoveu confusão.

Nós cremos na Bíblia como palavra de Deus. Cremos no Velho e no Novo Testamento. Cremos em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Mas não cremos em Jeová, o usurpador, como Deus Pai.

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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