(135) – OS EXÉRCITOS DE JEOVÁ – II

OS EXÉRCITOS DE JEOVÁ – II

 

No estudo anterior falamos dos exércitos dos céus, que são os anjos de Jeová (Gn. 32:1-2; I Rs. 22:19; Sl. 103:19-22). A Terra, este planeta no qual vivemos, é um abismo: Pv. 8:26-27; Sl. 104:-6; Sl. 30:3 eRm. 10:6-7, onde lemos: “Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? Isto é, a trazer do alto a Cristo. Ou: Quem descerá ao abismo? Isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo”. Jeová tem também os seus exércitos no abismo. Como o rei do abismo é Abadom (Destruidor) e os exércitos do abismo são de Jeová, existe uma sociedade entre Abadom e Jeová.

Jeová tem o seu exército de leões (II Rs. 17:24-25). Não admira que Jeová tenha exército de leões, pois ele mesmo se denomina leão devorador. “Porque para Efraim serei como um leão, e como um leãozinho para a casa de Judá; eu, eu despedaçarei, e ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre”(Os. 5:14). “Serei, pois, para eles como leão, como leopardo expiarei no caminho, como urso que tem perdido seus filhos, os encontrarei, lhes romperei as teias do seu coração, E OS DEVORAREI COMO LEÃO; as feras do campo os despedaçarão”(Os. 13:7-8).

Jeová tem exércitos de ratos. Os filisteus haviam se apoderado da arca de Jeová, e este, para se vingar, encheu suas cidades e campos de ratos, e os feriu com hemorróidas. Resolveram então devolver a arca o mais depressa possível e enviaram uma oferta para expiação do pecado. Então disseram:“Segundo o número dos príncipes dos filisteus, cinco hemorróidas de ouro e cinco ratos de ouro, porquanto a praga é uma sobre todos nós. Fazei, pois, umas imagens de vossas hemorróidas e as imagens de vossos ratos, que andam destruindo a Terra, e dai glória ao deus de Israel” (I Sm. 6:4-5). Colocaram a arca num carro novo, puxado por vacas que não sofreram jugo, e enviaram. As vacas foram mugindo sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda na direção do Bet-Sames. Então cessou a praga e cessaram os ratos transmissores das pestes, pois Jeová se agradou da oferta, e deve ter guardado as hemorróidas e os ratos de ouro, pois ele é o deus do ouro (I Sm. 6:6-12).

Todos os exércitos de Jeová são destruidores. No Velho Testamento não há notícia de exércitos de evangelistas. Noé pregou a destruição (Gn. 6:7). Enoque, que nasceu 434 anos antes de Noé, pregou destruição por trezentos anos (Gn. 5:22; Jd. 14-15). Todos os profetas de Jeová pregaram morte e destruição. “Por isso os abati pelos profetas; pela palavra da minha boca os matei” (Os. 6:5).

Mas Jeová tinha, ou tem exércitos de homens. Os exércitos da Assíria eram de Jeová. “Porque há de acontecer que naquele dia assobiará Jeová às moscas que há no extremo dos rios do Egito, e às abelhas que andam na terra da Assíria, e virão” (Is. 7:18-19)“E continuou Jeová a falar, dizendo: Porquanto este povo desprezou as águas de Siloá que correm brandamente, e com Rezim e com o filho de Remalias se alegrou; eis que Jeová fará vir sobre eles as águas de um rio, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria, com toda a sua glória; e subirá sobre todos os seus leitos e transbordará por todas as suas ribanceiras; e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele, e chegará até o pescoço; e a extensão das suas asas encherá a largura da tua terra, ó Emanuel”(Is. 8:5-8). Quando Jeová profetizou sobre Emanuel (deus conosco), não falava de Jesus, mas dos filhos de Israel que foram para o cativeiro assírio. Emanuel, isto é, deus conosco, era o jugo de ferro e a desonra da escravidão do cativeiro. Os assírios eram um povo bárbaro e feroz, idólatra, perverso e despidos de moral, mas eram exército de Jeová. Sobre os Assírios Jeová disse: “Porventura gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele?”  (Is. 10:15).

Outro exército de Jeová foi o dos caldeus, ou babilônicos. Jeová virou as costas para o seu povo e fortaleceu os caldeus. “Assim diz Jeová, o deus de Israel: Eis que virarei contra vós as armas de guerra, que estão nas vossas mãos, com que vós pelejais contra o rei da Babilônia, e contra os caldeus, que vos tem cercado fora dos muros, e ajuntá-los-ei no meio desta cidade, e eu pelejarei contra vós com mão estendida, e com braço forte, e com ira, e com indignação e com grande furor, e ferirei os habitantes desta cidade, assim homens como animais, e de grande pestilência morrerão” (Jr. 21:4-6)“Eu fiz a Terra, os homens e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder, e com o meu braço estendido, E A DOU ÀQUELE QUE ME AGRADA A MEUS OLHOS, E AGORA EU ENTREGUEI TODAS ESTAS TERRAS NA MÃO DE NABUCODONOSOR, REI DA BABILÔNIA, MEU SERVO; e todas as nações o servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que venha o tempo, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele. E acontecerá que se alguma nação ou reino não servirem ao mesmo Nabucodonozor, rei da Babilônia, e não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei da Babilônia, visitarei com espada, e com fome, e com peste essa nação, diz Jeová, até que a consuma” (Jr. 27:5-8). Nabucodonozor e seu exército eram a menina dos olhos de Jeová, e por isso entregou o reino de Judá como escravo ao seu servo, que lhe agradava aos olhos.

O terceiro grande exército de Jeová foi o dos Medos e Persas. A respeito dos medos, assim falou:“Eu dei ordens aos meus santificadossim, já chamei os meus valentes para a minha ira, os que exultam com a minha majestade” (Is. 13:3)“Pelo que farei estremecer os céus, a Terra se moverá do seu lugar, por causa do furor de Jeová dos exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira” (Is. 13:13).  “Todo o que for achado será transpassado; e todo o que for apanhado cairá à espada, e suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas. Eis que eu despertarei contra eles os medos, que não farão caso da prata, nem desejarão ouro, e os seus arcos despedaçarão os mancebos, e não se compadecerão do fruto do ventre; o seu olho não poupará os filhos. E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra” (Is. 13:15-19).

É de se analisar o assunto: Jeová destruiu os egípcios por amor de Israel (Is. 43:3). Depois deixou de amar a Israel e trouxe o seu grande exército assírio para destruir Israel. Mais tarde resolveu destruir a Assíria (Is. 10:5-15; Sf. 2:1-12). Quem conquistou e destruiu para sempre a Assíria? Quem queimou a fogo o templo de Jeová, queimou Jerusalém, e levou os judeus para o cativeiro? Foi o servo de Jeová: Nabucodonozor, rei da Babilônia. Por fim Jeová destrói a Babilônia usando o exército de Dario, o medo, chamando-os de seus santificados. Qual a conclusão sobre o assunto? Jeová é sanguinário. Ele mesmo declara: “Porque a minha espada se embriagou nos céus, eis que sobre Edom descerá, e sobre o povo do meu anátema, para exercer juízo. A espada de Jeová está cheia de sangue” (Is. 34:5-6)“Porque este dia, é o dia de Jeová dos exércitos, dia da vingança para se vingar dos seus adversários; e a espada devorará, fartar-se-á, e embriagar-se-á com o sangue deles” (Jr. 46:10).

Jeová, pela boca do profeta Jeremias, e também Ezequiel, prometeu restaurar o reino de Israel, e colocá-lo como cabeça das nações (Jr. 30:31-32; Ez. 37). Zacarias profetizou que Jeová vai reinar em Jerusalém, e as nações subirão de ano em ano a adorá-lo, e Judá pelejará em Jerusalém (Zc. 14:14-18).Então Judá será a arma de guerra de Jeová para despedaçar as nações  (Jr. 51:20-23).

Jesus Cristo revelou um Deus pacífico, cheio de amor e de misericórdia, perdoador e salvador de todos os homens (I Tm. 4:10). E que nunca colocou os pés neste mundo tenebroso de Jeová. Os exércitos de Jesus andam percorrendo este abismo tenebroso com a mensagem de amor do Pai. Os que crêem serão levados para o reino dos céus. Os que não crerem ficarão para serem devorados pelos exércitos de Jeová aqui na Terra.   

 

Autoria: Pastor Olavo S. Pereira

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