(303) – O CRISTO RESSUSCITADO

O CRISTO RESSUSCITADO

         “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro” (Mt. 28:1). “E acharam a pedra removida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou” (Lc. 24:2- 6). Paulo apóstolo, pregando sobre a ressurreição, a alguns que duvidavam, disse: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados, e também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (I Co. 15:17-18). Quem crê só na morte de Cristo está perdido, pois a morte de Jesus não justifica ninguém. Paulo disse: “Jesus por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Rm. 4:25). E Paulo disse também: “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm. 5:10). O mestre Paulo poderia ter dito: “pela sua vida ressuscitada”. Quem não crê na ressurreição de Cristo não é salvo, e está eternamente condenado. Um dos apóstolos, de nome Tomé, não creu na ressurreição de Jesus, e por isso estava perdido. Mas Jesus, chegou-se a ele, e lhe disse: “Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (Jo. 20:24-27). Tomé então creu, e foi justificado e salvo. A glória de Jesus está mais na ressurreição que na morte, pois morrer na cruz muitos morreram, mas Cristo foi o primeiro a ressuscitar para a eternidade. “O Cristo devia padecer, e, sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios” (At. 26:23).

Falemos desta tão grande ressurreição. Depois que Jesus, crucificado, morreu, os discípulos se espalharam decepcionados (Mt. 26:56). Cada um foi para o seu tráfico. Dois deles iam voltando para Emaús, e Jesus se chegou a eles, mas não o conheceram (Lc. 24:13-16). E Jesus começou a discorrer sobre as profecias a seu respeito no Velho Testamento, começando por Moisés, e todos os profetas. E chegaram à aldeia de Emaús. E os dois discípulos o constrangeram a comer com eles. Quando estavam à mesa, Jesus, tomando o pão, o abençoou, e partindo-o lhes deu. Abriram-se-lhes os olhos, e o conheceram, e ele desapareceu-lhes (Lc. 24:25-31). O que entendemos aqui? Que o Cristo ressuscitado, não era igual ao que morreu. Vejamos o outro caso.

“E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro, e abaixou-se para o sepulcro. E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? E ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o pusestes, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se disse-lhe: Rabboni (que quer dizer, mestre)” (Jo. 20:11-16). Maria Madalena não reconheceu Jesus a princípio, porque o Cristo ressuscitado não era igual ao que foi crucificado! Vejamos então os apóstolos: “Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto ao mar de Tiberíades; e manifestou-se assim: Estavam juntos Simão Pedro, e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná de Galiléia, João e Tiago, filhos de Zebedeu, e os outros dois de seus discípulos. E disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Dizem-lhes eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo para o barco, e naquela noite nada apanharam. E, sendo já de manhã, Jesus se apresentou na praia, mas os discípulos não conheceram que era Jesus. Disse-lhes pois Jesus: Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não. E ele lhes disse: Lançai a rede para a banda da direita do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão de peixes. Então aquele discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor. E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se ao mar” (Jo. 21:1-7). Nenhum dos apóstolos reconheceu Jesus depois de ressuscitado, porque o Cristo crucificado não era igual ao que ressuscitou.

O Cristo ressuscitado tinha corpo espiritual, e o Cristo que morreu na cruz tinha corpo físico, e eram diferentes. O Cristo ressuscitado atravessava paredes, como lemos em Jo. 20:19. O Cristo ressuscitado aparecia e desaparecia misteriosamente, como aconteceu com os dois de Emaús (Lc. 24:30-31)O apóstolo Paulo declarou que não só eram diferentes no aspecto, mas eram tão diferentes espiritualmente, que o que morreu era um, e o que ressuscitou era outro. Paulo disse: “Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que também tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, contudo agora já o não conhecemos deste modo” (II Co. 5:16). E na carta aos Romanos, Paulo diz: “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, afim de que demos fruto para Deus” (Rom. 7:4). O que morreu era o Messias de Israel, e o que ressuscitou é o Filho de Deus, gerado pelo Espírito Santo na ressurreição (Rm. 1:3-4). O Messias era salvador só de Israel, o Filho de Deus é salvador de todos, por isso Paulo disse: “Porque para isto trabalhamos e lutamos, pois esperamos no Deus vivo, que é o salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis” (I Tm. 4:10).

Jesus espiritualmente ressuscitado não era mais o Messias de Israel mas o Salvador de todo aquele que crê: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (I Tm. 2:3-4). Após a ressurreição, Jesus aparece aos onze apóstolos, e disse-lhes: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão a mão sobre os enfermos, e os curarão” (Mc. 16:15-18).

Terminamos dizendo: O reino do Messias seria neste mundo. Jeová disse: “E deles farei uma nação na terra, nos montes de Israel, e um rei será rei de todos eles; e nunca mais serão duas nações, nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos” (Ez. 37:22). “E meu servo Davi reinará sobre eles, e todos eles terão um pastor; e andarão nos meus juízos, e guardarão os meus estatutos. E habitarão na terra que dei a meu servo Jacó … para sempre, e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente” (Ez. 37:24-25).

O reino de Cristo não é neste mundo. Paulo declarou: “O Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial” (II Tm. 4:18). E Pedro disse: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós” (I Pd. 1:3-4).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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