(510) – ABERRAÇÕES – III

ABERRAÇÕES  3

Aberração é uma coisa descabida e fora de medida e da razão. Vejamos:

  1. Jeová deu os dez mandamentos da lei no monte Sinai ao povo de Israel, e disse: “Os meus estatutos e os meus juízos guardareis; os quais, fazendo-os o homem, viverá por eles; eu sou Jeová” (Lv.18:5). Jeová repete muitas vezes que a vida está em guardar a sua lei (Dt.32:46; Ne.9:29; Ez.20:11, 13, 21). O mesmo Jeová declara que a lei é contra o homem, e não a favor. Ora Jesus Cristo é a vida eterna. Paulo afirma que quem guarda a lei de Jeová cai da graça, e o sacrifício de Cristo na cruz fica sem efeito, logo a lei foi dada com o único objetivo de anular a obra de Cristo. Qualquer cego pode concluir que Jeová é inimigo de Cristo, e é a favor da morte, logo é o deus dos mortos. O texto de Paulo diz: “Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo homem que se deixa circuncidar, que estão obrigados a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós, os que vos justificais pela lei: da graça tendes caído” (Gl.5:1-4). É uma aberração Jeová dizer que quem guarda a lei vive. Outra aberração é a teologia afirmar que Jeová é Jesus.
  2. Deus, o Pai, é amor, e o seu reino tem como fundamento o amor (Cl.1:12-13). É uma aberração crer que Jeová, que se intitulou deus, e que reina tiranicamente pela violência, e impõe uma servidão pior que a servidão dos homens, que são perversos, seja Jesus Cristo, ou seja Deus Pai de Jesus Cristo. No livro das Crônicas de Israel, lemos as palavras de Jeová, dizendo: “Vendo pois Jeová que se humilharam, veio a palavra de Jeová a Semaías, dizendo: Humilharam-se, não os destruirei; antes em breve lhes darei lugar de escaparem, para que o meu furor não se derrame sobre Jerusalém, por mão de Sisaque (Faraó do Egito). Porém, serão seus servos, para que conheçam a diferença entre a minha servidão, e a servidão dos reinos da terra” (II Cr.12:7-8). Sobre a tirania, Jeová diz: “Vivo eu, diz o senhor Jeová, que com mão forte, e com braço estendido, e com indignação derramada, hei de reinar sobre vós” (Ez.20:33 – grifo nosso). Crer que Jeová é amor é uma aberração sem lógica.
  3. Jesus condena o mundo, dizendo aos discípulos: “O mundo não vos pode aborrecer, mas ele me aborrece a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más” (Jo.7:7). E o apóstolo João declara: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (I Jo.5:19).E Tiago declara na sua epístola: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade com Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg.4:4). Não pode haver aberração maior do que Jeová, que se diz deus, colocar o mundo no coração dos homens (Ec.3:10-11). Pondo o mundo no coração dos homens Jeová os constitui em inimigos de Deus, o verdadeiro Deus.
  4. O apóstolo João declara que Deus é amor (I Jo.4:7-8). E para ser filho de Deus, os cristãos têm de amar os inimigos, bendizer os que os maldizem, fazer bem aos que os odeiam, e orar pelos que os maltratam e perseguem, pois isso é o que Jesus faz, e é o que Deus aprova (Mt.5:44-47). Ora, Jeová odeia os inimigos, a ponto de guardar ira eterna (Na.1:2):

Jeová jurou fazer guerra eterna contra Amaleque (Ex.17:16).

Jeová amou a Jacó e odiou Esaú desde o ventre (Ml.1:1-3).

Jeová declarou amar a Israel, seu povo (Os.11:1).

Jeová jurou ódio eterno aos amonitas e moabitas, porque não saíram com pão e água para ajudar Israel quando saiu do Egito, e ainda alugaram o feiticeiro Balaão para os amaldiçoar. Mas Jeová trocou em bênção a maldição porque os amava (Dt.23:3-5). E Jeová declara que o seu amor a Israel era eterno: “Pois que com amor eterno te amei; com amorável misericórdia te atraí” (Jr.31:1-3). Mas o homem é carne e sujeito a quedas; e Israel caiu e tornou atrás, e se deram à idolatria. Jeová então se esqueceu do seu amor eterno e odiou seu povo, desamparou o tabernáculo, a tenda que estabelecera para sua morada entre os homens, entregou o seu povo ao cativeiro e à espada (Sl.78:56-62).

Crer que esse deus Jeová, volúvel, vingativo, matador e destruidor das almas, é Jesus, ou o Deus que Jesus revelou, é uma aberração abominável.

Com Jesus é totalmente diferente. Ele disse: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua vida pelos seus amigos” (Jo.15:13). E Paulo diz: “Ele se deu a si mesmo pelos nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai” (Gl.1:4).

 

Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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