(308) – BUSCANDO A DEUS

BUSCANDO A DEUS

Tem o homem condições de buscar a Deus diretamente neste mundo? A Bíblia revela que o homem caiu da graça de Deus, quando Adão e Eva comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Os dois foram expulsos do jardim do Éden e da presença de Deus, e o caminho da árvore da vida foi para sempre fechado: “Então disse Jeová deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente; Jeová deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins do oriente do Jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gn. 3:22-24). Mas a pergunta permanece: — Pode o homem livremente buscar a Deus por sua vontade? — Parece que não, pois a Bíblia diz: “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou. Na esperança de que a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm. 8:20-21). O homem está debaixo de um poder maligno, e, portanto, impedido de buscar a Deus: “Noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Ef. 2:2). Se toda a criação está submetida a um poder maligno, não é Deus que está no comando, mas o maligno; e Deus não está neste mundo. Nós insistimos na pergunta: — Pode o homem buscar a Deus, ou não pode? — Não pode, pois o homem está submetido a Satanás e tem de ser libertado. Jesus nomeou o apóstolo Paulo, e o enviou aos gentios, para pregar, dizendo: “Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; afim de que recebam a remissão dos pecados, e sorte entre os santificados pela fé em mim (Jesus)” (At. 26:18). Mas os homens, em todas as nações, e em todas as épocas da história, insistem em buscar a Deus. Achá-lo-ão? Encontrá-lo-ão? Receberão do verdadeiro Deus alguma coisa? É impossível aos homens buscarem a Deus, pois estão todos condenados. Condenados às intempéries, tufões, tornados, ciclones destruidores; condenados a morrer de câncer, peste bubônica, peste negra, aids, enfartes, úlceras, gripes, doenças venéreas, reumatismo, artrose, bursite, sífilis, mongolismo, e outras, como a loucura, paranóias, psicoses, esquizofrenias, e centenas de outras doenças do corpo e da mente. Superabundam hospitais e farmácias. Os homens estão condenados ao sofrimento pela fome, pois 90% da população mundial é pobre; a humanidade está condenada ao tráfico de drogas; cocaína, maconha, cigarros, bebidas. Os aflitos pais levam os filhos ainda tenros à escola, e eles voltam viciados. Quantas tragédias nos lares por causa da droga. Estamos condenados às guerras destruidoras de almas, o monstruoso terrorismo, condenados a assaltos, roubos, latrocínios, escravidão, homicídios; existe tráfico de crianças, tráfico de mulheres, tráfico de órgãos, tráfico de influência. Se Deus estivesse ao alcance do homem, certamente o caos seria menor. E o fim desta infeliz jornada do ser humano é a morte inexorável, à qual está condenado. Os homens não podem buscar a Deus diretamente porque estão mortos, e Deus não é Deus de mortos. O profeta Isaías declara que o homem é mortal (Is. 51:12). Davi declara o mesmo no Salmo 8:4 “Que é o homem mortal para que te lembres dele?”. Alguém dirá: O homem é mortal, mas enquanto vive, não está morto! Mas Jesus disse a um discípulo que queria primeiro sepultar seu pai: “Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos” (Mt. 8:22). Ora, aqui Jesus esclarece que o que sepulta o defunto também é defunto. Temos mais uma explicação. Quando Jeová condenou Adão disse-lhe: “No suor de teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó, e em pó te tornarás” (Gn. 3:19). Quando Deus disse: “És pó, e em pó te tornarás”, estava dizendo que não havia diferença entre o homem que vira pó, e o homem antes de virar pó, pois antes de virar pó o homem já era pó. Foi por isso que Jesus falou: “Deixa os mortos sepultar os seus mortos”. O homem sabe que vai virar pó, mas não conhece o pó que é, por isso é vaidoso, soberbo, egoísta, ambicioso. Acumula riquezas para outros, pois sendo pó, tornará ao pó. — Pode ou não pode? — Não pode, pois o homem é escravo, e escravo não tem liberdade para escolher. Tem de ser comprado. O apóstolo Pedro é quem esclarece o assunto: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes de vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pd. 1:18-19). Jesus compra e liberta. Ele mesmo disse: “Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo. 8:36). E o homem, libertado por Cristo, tem o poder de buscar a Deus, e se tornar filho de Deus. Foi Jesus que declarou essa verdade: “Mas, a todos os que o receberam, deu-lhes o poder para serem feitos filhos de Deus; aos quais crêem no seu nome” (Jo. 1:12). Continuamos perguntando: — Pode o homem, de algum modo, buscar a Deus, e achá-lo? — Não pode, pois está escrito: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3:23). E foi introduzido o pecado na natureza do homem desde o Jardim do Éden. “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm. 5:12). O pecado trouxe junto a maldição da morte. Para sair da morte, o homem tem de sair primeiro do pecado, que é a causa. E isso é impossível, logo, o homem não pode buscar a Deus. Mas como Deus é amor, Deus, por amor, buscou o homem. Vejamos: O homem está impedido de buscar a Deus, mas Deus busca o homem. Leiamos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo. 3:16-17). “O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai” (Gl. 1:4). E Pedro completa o pensamento, dizendo: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (I Pd. 2:24). O apóstolo João assim se refere sobre essa doença maligna do pecado: “Bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado. Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (I Jo. 3:5-6). Se o homem continua pecando depois do batismo, o homem velho não foi sepultado com Cristo (Rm. 6:3-6). E o corpo do pecado não foi desfeito. E também o homem não nasceu de novo, conforme Jo. 3:3-6. Também não é nova criatura, pois a natureza do velho Adão permanece (II Co. 5:17). E quando esses tais chegarem diante de Cristo, na sua volta, dirão: “Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mt. 7:22-23). Autoria: Pastor Olavo Silveira Pereira

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